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TERAPIA GÊNICA Prof. Rodrigo Vela Terapia Gênica • Tratamento de doenças genéticas. Na maioria das vezes o tratamento das doenças genéticas é somente paliativo amenizando os sintomas ao invés de agir na causa primária: o gene Terapia Gênica Diversas tecnologias que têm em comum: introdução de material genético para atuar na causa fundamental da doença : o gene, fragmento gênico ou oligonucleotídeos. Cromossomo Descreve qualquer processo destinado a tratar ou aliviar doenças pela modificação genética das células do paciente. Terapia Gênica Formas de terapia gênica • Terapia gênica germinativa • Terapia gênica somática Terapia Gênica – Terapia de células somáticas • Terapia in vivo: as células são tratadas dentro do corpo Transgene terapêutico Transgene empacotado em um vetor Transgene introduzido no paciente Órgão alvo Terapia Gênica – Terapia de células somáticas • Terapia ex vivo: as células do paciente são retiradas e manipuladas fora do corpo Transgene terapêutico Células modificadas geneticamente. Células mãe cultivadas em laboratório O transgene é introduzido em uma célula que, em geral, é uma progenitora do próprio paciente Órgão alvo Transgene empacotado em um vetor Terapia Gênica – células alvo Características: acessíveis, tempo de vida longo no corpo, alta taxa de proliferação Tipos de células alvo: • Células tronco (medula óssea- cordão umbilical) • linfócitos • fibroblastos de pele • células musculares (mioblastos) • células vasculares endoteliais • hepatócitos Hepatócitos Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Técnicas que utilizam métodos físicos ou químicos: possuem baixa eficácia e normalmente são transitórios • microinjeção de DNA • eletroporação (choque elétrico) • biobalística (gene gun) • precipitado de fosfato de cálcio • lipossomos Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Sistemas Não-Virais: Microinjeções de DNA - Microinjeção: núcleo da célula (terapia ex vivo ou in vivo- embrião) - É utilizada principalmente no desenvolvimento de vacinas de DNA. Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Sistemas Não-Virais: Eletroporação - Pulsos elétricos curtos de alta voltagem; - Permeabilização da membrana celular; - Entrada na célula de diferentes tipos de moléculas, entre as quais os DNA. Células obtidas por biópsia do paciente são isoladas O gene da terapia de interesse é introduzido por eletroporação Geneticamente alteradas as células são propagadas e caracterizadas Geneticamente alteradas as células são reinjetadas no paciente Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Sistemas Não-Virais: Microesferas – Biobalística ou Gene-Gun - Bombardeio partículas de ouro/ tungstênio conjugada ao DNA: bomba de hélio (morte celular) Gene gun Partículas do DNA conjugado com partículas de ouro DNA com partículas de ouro Células alvo Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Sistemas Não-Virais: Transfecção com Fosfato de Cálcio - Método utilizado com sucesso para introduzir transgenes em células in vitro; - Não apropriado para aplicação in vivo. Precipitado c/DNA- endocitose (cultura celular – ex vivo) Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Sistemas Não-Virais: Lipossomas - Dupla camada lipídica englobando uma fração aquosa -complexo de DNA e lipídeos - Não atravessam membrana nuclear. - Grande maioria são levados ao sistema lisossômico. Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Técnicas que utilizam vetores biológicos: • Retrovírus (RNA) • Adenovírus (DNA) • Adenovírus associado-AAV (parvovírus) • Lentivírus (retrovírus → cels. não dividem) • Herpes vírus (invadir neurônios) • Cromossomo artificial Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Retrovírus • Retrovírus (vírus de RNA) são os vetores ideais para a transferência de genes em células humanas: • São capazes de infectar quase 100% das células-alvo em divisão→ integra no genoma hospedeiro • Carregam fragmentos relativamente grandes de DNA (8kb) • Desvatagem: infectam somente células em divisão Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos • Retrovírus Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Retrovírus • A inserção casual do DNA no genoma das células hospedeiras pode : - inativar um gene importante: morte celular - ativar um oncogene: alterar o padrão normal de controle e divisão celular câncer - causar mutação Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Adenovírus • Grupo de vírus muito frequentes de genoma de DNA dupla hélice que sobrevivem por longos períodos fora do hospedeiro. • Não possuem envelope bilipídico e são extremamente resistentes. Técnicas de introdução de genes em células de mamíferos Adenovírus Vantagens: - Infectam grande variedade de tecidos; - Não possuem envelope, sua partícula é muito estável, sendo obtidos em grande quantidade; - DNA dupla fita; - Não se integram no DNA das células hospedeiras; - Aceitam inserções de 30Kb; - Penetram em células que não se multiplicam; - Não ativam proto-oncogene ; Desvantagens - Não é integrado ao genoma celular; - Resposta imune contra o tecido transduzido com o vetor. - Baixa taxa de entrega in vivo expressão transitória Vetor mais utilizado em terapia gênica contra o câncer Células Tronco • Células indiferenciadas, sem função específica nos tecidos, capazes de multiplicar-se mantendo-se indiferenciadas por longos períodos (tanto in vitro como in vivo), mas que diante de estímulos específicos podem diferenciar-se em células maduras e funcionais dos tecidos. Células Tronco • Célula-tronco adulta: tipo de célula tronco obtida de tecidos após a fase embrionária (feto, recém-nascido, adulto). • Célula-tronco embrionária: tipo de célula-tronco pluripotente (capaz de originar todos os tecidos de um indivíduo adulto) que cresce in vitro na forma de linhagens celulares derivadas de embriões humanos. Células Tronco - Tipos • Totipotentes – tipo de célula tronco capaz de originar todos os tecidos fetais (= célula-ovo ou óvulo fecundado, ou a célula híbrida obtida por transferência de núcleo somático), incluíndo extra-embrionárias (zigoto até a mórula) Zigoto Mórula Células Tronco - Tipos • Pluripotentes – tipo de célula tronco capaz de originar todos os tecidos de um indivíduo adulto (excluindo as membranas embrionárias – Placenta e anexos) Células Tronco - Tipos • Multipotentes - podem produzir células de várias linhagens (células tronco adultas), conseguem diferenciar-se apenas em alguns tecidos . • Ex.: medula óssea Células Tronco - Tipos • Oligopotentes - podem produzir células dentro de uma única linhagem (células tronco adulta) • Unipotentes - produzem somente um único tipo celular maduro (célula tronco adulta)
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