Buscar

Recurso Especial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Recurso Especial
O Recurso Especial é um recurso direcionado tão somente para o Superior Tribunal de Justiça. O mesmo está previsto no art. 105, III, da Constituição Federal. O procedimento a ser seguido está disciplinado nos artigos 26 a 29 da Lei 8.038/90.
O Recurso Especial é cabível quando a decisão contra a qual se recorre contraria o tratado ou lei federal, julga válido ato de governo local contestando em face de lei federal e quando der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Ou seja, o Recurso Especial serve para abordar conteúdos cujo problema esteja puramente ligado a qualquer lei federal.
O prazo para a interpor o referido recurso e para contrarrazões é de 15 dias, respectivamente.
O principal objetivo do Recurso Especial é trazer uniformidade interpretativa, a fim de impossibilitar as divergências ou violação a respeito de um mesmo dispositivo de lei federal, quer dizer, coloca em prática a função do STJ. Por este motivo o Recurso Especial é interposto nos casos previstos no art. 105, III. Neste sentido, o escopo deste recurso é tornar única a interpretação dada as leis federais infraconstitucionais.
O supracitado recurso só poderá ser interposto quando se esgotar todas as possibilidades ou instâncias de recorrer, desta forma, o recorrente não dispõe de mais nenhum outro meio a não ser a interposição do mesmo.
Conforme disciplina o art. 609, CPP, os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis. Podemos ver também que caso haja a negativa do provimento da apelação ou embargos, o interessado ainda terá a possibilidade de interpor embargos infringentes e de nulidade, sendo assim, ainda não é possível interpor o Recurso Especial.
O efeito é do REsp é, via de regra, devolutivo, ou seja, a matéria impugnada será reexaminada e a interposição não impedirá a execução do acórdão que está sendo recorrido. Para que a execução do acórdão seja impedida, é necessário que o recurso tenha efeito suspensivo e no caso do Recurso Especial, a suspensão só pode ocorrer em excepcionais. No processo penal, o efeito suspensivo poderá ser atribuído quando for interposto contra sentença condenatória. Excepcionalmente o Recurso especial poderá ter efeito regressivo.
O Recurso Especial possui requisitos de admissibilidade, tais como: prequestionamento, interposição pela parte sucumbente e tempestividade.
No prequestionamento a matéria que á tenha sido decidia, deve comprovar que já foi aquela já foi julgada anteriormente, ou seja, implica a obrigatoriedade do debate a respeito da alegação contida no recurso. Pelo fato do Recurso Especial ser excepcional, só pode ser interposto em ultimo caso, sendo assim o prequestionamento imprescindível. Contudo, em alguns casos, considera-se o Recurso Especial mesmo que não haja o prequestionamento. Isso acontece quando o fundamento para o recurso surge no próprio acórdão recorrido, ou quando for interposto embargos declaratórios e o tribunal se recusa a eliminar a omissão.
Na interposição pela parte sucumbente, só poderá recorrer quem foi prejudicado.
Na tempestividade, o prazo deve ser obedecido, do contrário serão considerados intempestivos e não serão conhecidos. Por isso deve ser interposto no prazo máximo de 15 dias a contar da publicação do acórdão, ou da intimação da parte quando necessária e deverá ser dirigido ao Presidente do Tribunal ou Vice-presidente, em petições distintas, e deverá ser indicado pelo recorrente os fundamentos constitucionais, a exposição de fato e do direito e a demonstração do cabimento das razões do pedido de reforma da decisão recorrida. Caso seja denegado, caberá agravo de instrumento no prazo máximo de 5 (cinco) dias, para o próprio STJ.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
O Recurso Extraordinário é de competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal, e ele analisa a matéria exclusivamente constitucional, conforme dispõe o art. 102, III, da Constituição Federal, e art. 26 a 29 da Lei 8038/90.
É necessário que se demonstre a repercussão geral das questões constitucionais. Ou seja, assim como no Recurso Especial, é necessário provar que a matéria em questão tem importância em outros casos.
Cabe Recurso Extraordinário quando a decisão for contraria à dispositivos da Constituição Federal, quando declarar a inconstitucionalidade de tradado ou lei federal ou julgar válida lei local contestada em face da lei federal. Em suma, quando o STF julga o Recurso Extraordinário, ele não examina provas ou questões de fato, apenas faz análise constitucional da decisão recorrida, conforme disciplina Súmula 279 do STF.
Da mesma maneira que no REsp, o prequestionamento é essencial no Recurso extraordinário. Pois é de fundamental importância discutir anteriormente a matéria da decisão recorrida. Neste sentido, o juiz deve antes já ter se manifestado acerca da tese e somente se ele se manifestar é que tem cabimento o Recurso Extraordinário. Em outras palavras, a sentença recorrida tem de tratar exclusivamente do dispositivo da Constituição Federal que se pretende fazer valer. Ou seja, não dá pra afirmar que uma decisão fere a Constituição genericamente, é imperioso que se aponte o artigo supostamente violado. 
No Recurso Extraordinário, todas as partes podem interpor, contudo, o assistente da acusação está limitado às condições previstas nas sumulas 208 e 210 do STF. Assim como no REsp, o prazo para a interposição do recurso e para contrarrazões é de 15 dias, conforme artigo 26 e 27 da Lei 8.038/90 e o mesmo não tem efeito suspensivo em razão do princípio da presunção de inocência. O mesmo discute, exclusivamente, o direito. Assim, é recebido tão somente no efeito devolutivo. Neste sentido, é possível a execução provisória da sentença.
Possui legitimidade para propor Recurso Extraordinário a parte que teve decisão desfavorável à sua pretensão, o querelante, a defesa e o Ministério Público.
Antigamente só existia o Recurso Extraordinário, e o mesmo era julgado pelo STF, e abrangia as modalidades extraordinária e especial, como é dividido hoje. Mediante o crescimento do número de causas que passaram a chegar no Supremo, a Constituição Federal distribuiu a competência entre o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, sendo que o STF seria o defensor da Constituição e o STJ defenderia a legislação federal. Logo, os recursos excepcionais foram divididos entre as duas cortes, cabendo tão somente ao STF o Recurso Extraordinário, e ao STJ o recurso especial. 
Como já mencionado, algumas características comuns do Recurso Extraordinário e o Recurso Especial é o esgotamento prévio das instâncias ordinárias, ou seja, não cabe recurso para as instancias inferiores; a atuação do STF e STJ não é igual a dos demais tribunais, pois suas funções são guardar o ordenamento jurídico e não a situação particular das partes. O recorrente poderá ser beneficiado por essa garantia, contudo, a simples menção de que as decisões anteriores foi injusta, esta não serve para fundamentar o referido recurso. Outras características é que não servem para mera revisão de matéria de fato; a admissão vai depender de aprovação da instância inferior, e em seguida do STF e STJ; os pressupostos específicos dos referidos recursos estão elencados na Constituição e não no CPC. Os dois recursos poderão ser ajuizados simultaneamente no STF e STJ, visto que suas distinções são bem definidas pela Constituição Federal, quando se trada de discussão de matérias distintas. Enquanto durarem os recursos excepcionais, a sentença anterior já pode ser executada provisoriamente. 
Para ser admitido o Recurso Extraordinário, a matéria constitucional deve ser pré -questionada. Em outras 
palavras, a sentença recorrida tem de tratar especificamente do di spositivo da Constituição que se pretende 
fazer valer. Não se pode dizer que uma decisão fere a Carta Magna genericamente: o corret o é apontar o 
artigo supostamente violado. 
Para ser admitidoo Recurso Extraordinário, a matéria constitucional deve ser pré -questionada. Em outras 
palavras, a sentença recorrida tem de tratar especificamente do di spositivo da Constituição que se pretende 
fazer valer. Não se pode dizer que uma decisão fere a Carta Magna genericamente: o corret o é apontar o 
artigo supostamente violado. 
Para ser admitido o Recurso Extraordinário, a matéria constitucional deve ser pré -questionada. Em outras 
palavras, a sentença recorrida tem de tratar especificamente do di spositivo da Constituição que se pretende 
fazer valer. Não se pode dizer que uma decisão fere a Carta Magna genericamente: o corret o é apontar o 
artigo supostamente violad
Leia mais: http://oprocessopenal.blogspot.com/2008/03/o-recurso-extraordinrio.html#ixzz4zgClkCMD
 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula&pagina=sumula_201_300 
http://oprocessopenal.blogspot.com.br/2008/11/o-recurso-especial.html
 http://resumojuridicoaqui.blogspot.com.br/2015/11/processo-penal-iii-recurso-especial_22.html

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes