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Psicologia clínica

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Aula 25.08
Primeira aula Serafim
Toda evolução do sistema de saúde que foi gradativamente abrindo espaço para sair daquele papel puramente curativo da relação de saúde e doença, garaditavento foi se criando proposta de forma mais integrada e é um processo longo pq toda descentralização do sistema de saúde, toda relação que sai do curativo, da ideia do hospital como único ponto de referência de tratamento, começa a se criar as unidades básicas, postos de saúde, mais recentemente ambulatórios específicos, UPAS, todos esses recursos são uma forma de descentralização e atenção integral. Se a gnt pensar o SUS, foi criado nos anos 90 então temos praticamente 16 anos de SUS, em 97 o ministério da saúde reconhece e determina a questão dos profissionais de saúde, anualmente a ONS lança cartilhas sobre programas e ações, então sempre priorizando o atendimento comunitário, integridade física e social das pessoas, isso significa que é um processo contínuo.
 Se fala muito do SUS, da efetividade dessa lei,é uma lei extremamente completa, mas por questões de gestão dos equipamentos de saúde nao sao necessariamente dirigidas por pessoas especialistas da área, então no Brasil sofremos a questão do loteamento político, partidário na administração pública. Os políticos estão preocupados com outras coisas como no lucro e acabam deixando de lado a criação dos programas. 
O plano de saúde mental é uma catástrofe, não temos planejamento nenhum, efetividade, municípios que não atendem transtornos mentais. Isso tudo já vem de alguns anos possibilitou a inserção do psico no serviço público e na saúde pública, a questão é que as coisas acontecem o psico entra e continua com uma formação muito quadrada, a formação do psicólogo é a mesma. As universidades lançam os alunos no mercado e esse mercado tem uma série de demandas e o psico é inserido com modelos muito arcaicos ou muito clínico de consultório que não se aplica na rede pública, que carece de maiores informações, planejamento, características administrativas, preciso saber oq vou fazer, quais demandas eu atendo, recursos que necessito, meta que preciso e oq vou atender de fato, qual minha capacidade real de atendimento. 
AUmento de mortalidade, continuamos com esse problema, as pessoas morrem por dengue, alcoolismo, acidentes, homicídios, é absurdo como o brasil não tem conflitos terroríficos entre outros mas morre muito mais gente do que nos países em que existem guerras. 
Questão da filosofia dos países, discordância do modelo médico (sistema único centrado no médico, que não resolve problema) e começa a ter uma valorização do contexto social, fatores que interferem na sociedade apesar de que conceitos biopsicossociais não é um conceito novo, mas todos tem dificuldade em olhar o todo, isso é extremamente importante mas as pessoas não inserem isto na prática.
Nesse contexto a gente vem buscando trabalhar mais a integração de modelos teóricos, integrar conceitos, integre formações, modifica atitudes em questões de enfermidade, sai da ideia das doenças como incapacitantes e começa a ter uma visão mais ampla.
é muito grave a falta de educação e estrutura do país, todo esse impacto econômico, crise política, afeta todas as áreas, pois como você prescreve ou fala para uma pessoa que ela deve lavar as mãos todos os dias se ela não sabe ler ou entender oq deve fazer e porque precisa fazer isso. As pessoas estão adoecendo, ficando mais burras.
Rompe-se o modelo curativo pq (impossível entender oq ele fala nessa parte), na vdd se formos pensar hj no momento em que vivemos a promoção de saúde no nosso país é muito ruim, a prevenção não existe (existem algumas vacinas), mas na maioria das vezes é mais reativo, corremos atrás das questões. Os problemas que nós temos acontece no mundo todo o problema é a quantidade em que as coisas ocorrem.
Quais são os grandes fatos que transformam isso ?
1º necessidade de ampliação de categorias profissionais no setor com o psicólogo (cria-se a necessidade de equipes, antes de 90 foi criado o SUDS,sistema unificado descentralizado de saúde, foi ele que deu a base inicial para o SUS, ele tinha como objetivo a universalização do atendimento,redefinição dos problemas dos psico integração, hierarquização,regionalização, atenção primária, secundária que deveria funcionar mas que o dinheiro é gasto na atenção terciária que não é certo, pois gastam dinheiro naquilo que tem pouca chance de remissão, o dinheiro é gasto com manutenção, também falam da municipalização, onde o dinheiro é passado para as prefeituras administrarem. A partir dos anos 90 cria-se o sistema único saúde (SUS), vem como estabelecendo a saúde como direito social universal a ser oferecido do estado, saúde passa a ser oferecida como direito ao cidadão, foi criada com a função de organização de serviço de saúde de modo descentralizado, em cada esfera de governo (federal, municipal. estadual), além das diretrizes de atendimento integral e participação da comunidade. Então o SUS, deveria trabalhar muito com a questão da comunidade, sensibilidade, formação de agentes de saúde da própria comunidade, é conceito do SUS que cada cidade tenha conselho municipal de saúde, então cria-se grupo de pessoas da sociedade civis que formam um conselho e este conselho passa a ser a comissão de diálogo entre os munícipes e a secretaria da saúde. A lei é muito bonita e atende as necessidades, a grande questão é que tem uma grande diferença entre a lei e a prática, isso também se aplica na segurança pública. 
O corte de gastos interfere diretamente na população, pois enquanto existiam 4 psicólogos eu reduzo esse número na metade consequentemente estou reduzindo a capacidade de atendimento, pq por mais que os psicólogos tentem aumentar o número de atendimentos alguém sempre vai ficar de fora com essa redução. Pq geralmente são programas e ai vai entrar nas intervenções, elas tem um planejamento, objetivo, execução e vc tem um período em que avalia a eficácia, os resultados do seu trabalho, tudo se insere nessa condição geral, vivemos essa questão. na Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, a qual valoriza uma visão ampliada de saúde, com vistas à amplitude do bem-estar do ser humano, descaracterizando o conceito voltado somente para a cura de doenças e passando ao enfoque de promoção de saúde, configurando uma nova modalidade de assistência, baseada no modelo de vigilância à saúde, e vigilância é exatamente isso, esse trabalho preventivo , promocional, e cria-se as agências de vigilância (deixa de ser fiscalizadora, e emite meramente certificados,ou seja, deixa de ser uma agente reguladora e passa a ser promotora). É uma lei extremamente estruturada o problema é que existe uma distância entre execução e realidade dos fatos.
Com a construção do SUS cria-se a Política Nacional de Humanização da atenção a gestão no Sistema Único de Saúde – (PNH), pensa sempre na questão da humanização do tratamento e o que é humanização? é quando vc reduz desconforto, sofrimento das pessoas.
 Orientação Básica: Valorização da dimensão subjetiva e coletiva em todas as práticas de atenção e gestão no SUS, fortalecendo o compromisso com os direitos de cidadania e controle social com o caráter participativo. 
Princípios: Transversalidade, indissociabilidade entre atenção e gestão e protagonismo, co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos. Aquele que menos fazemos é gerar protagonismo que é vc trabalhar com a parte de promoção de saúde e prevenção, pois quando vc trabalha com esses conceitos, vc gera protagonismo, mas gerar isso depende de educação, se eu falei pra vcs que o país retrocede na educação fica difícil, pois como vou cuidar de um paciente se ele não entendeu nada do que eu falei, então só lidamos com a questão do protagonismo quando efetivamente geramos condições educacionais. Saúde e educação são dos pontos que deveriam sair da parte do ministério e deveria ser o próprio profissional da área cuidando dessa parte. 
Objetivos:
· Criar um sistema de saúde em redeque supere o isolamento dos serviços em níveis de atenção; (oq é rede? serviço integrado, deveria ser um serviço contínuo, onde a pessoa para passar de um profissional para o outro não precisasse esperar. Ocorrem muitas migrações das pessoas entre as cidades pq muitas vezes onde ela mora não existe o programa/profissional que ela necessita, e acaba criando muita fila de espera nos hospitais em que existe maior diversidade. Cada bairro tem um hospital, o ideal é que cada hospital atendesse toda territorialidade, para que a população de um bairro X não precise se deslocar para um hospital do bairro A, e essa grande migração acaba gerando o represamento, uma procura maior do que a capacidade aguenta, isso ocorre em vários segmentos, como CAPS, etc
· Alterar o entendimento de saúde como ausência de doença;
· Ampliar e fortalecer a concepção de saúde como produção social, econômica e cultural bem como a fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes profissionais e;
· Implantar diretrizes do acolhimento e da clínica ampliada, buscando oferecer um eixo articulador das práticas em saúde destacando o aspecto subjetivo nelas presentes. ( não tem isso, pra vc considerar a subjetividade humana vc tem que ter uma formação do profissional, isso quando não gera a famosa despersonalização quando a pessoa vira paciente pq ele tem uma patologia, tem uma doença, essa pessoa ela deixa de ser “joão” e passa a ser chamado de “diabético”. O QUE é entender a subjetividade humano? é considerar todos esses fatores, como a pessoa entende/compreende as coisas, como ela percebe a doença ou não percebe, valores, culturais, sociais, religiosos, políticos,pq tudo isso precisa ser entendido na hora, pra vc entender o problema preciso entender o contexto, aí entro na questão biopsicossocial).
Principal diretriz:
 Clínica ampliada como estímulo para as diferentes práticas terapêuticas. (quanto mais oferta de especialidades melhor)
A organização do trabalho:
· Em equipes multiprofissionais e atuação transdisciplinar, bem como a garantia de participação dos trabalhadores em atividades de Educação Permanente. (não se trabalha saúde se não preparar a pessoa no contexto da educação, para cada grupo de paciente, ex: transtornos do humor, psicóticos, elementares e todos os outros, criamos os grupos psicoeducacionais, qual o papel dos psicoeducacionais? gerar informações tanto para pacientes, como para curiosos, para familiares, sobre o problema que o parente tem. Ex: oq é esquizofrenia,dependência química, TDH, transtorno alimentar… É preciso ter a técnica e habilidade de saber comunicar as coisas. Precisamos de conhecimento, temos que ter argumentações fundamentadas em evidências, 
· Preconiza um novo tipo de interação entre os sujeitos, focalizados de forma singular, porém no contexto coletivo, chamando a responsabilidade para um novo modo de ser trabalhador, munido de qualificação técnica, política, conhecimento interdisciplinar com práticas multiprofissionais embasadas nas necessidades da comunidade. 
Ações imprescindíveis para a realização do trabalho do Psicólogo na saúde
 
· Planejamento e gestão do trabalho; (não se faz nenhuma intervenção se vc nao tiver gestão, como vc gerencia) 
· O conhecimento das demandas do território, dos recursos públicos e comunitários; (conhecimento da população, da problemática, do que vc pode fazer)
· Ações intersetoriais e com a comunidade; ( ações interárias, como melhorar o atendimento, fazer com que todos do local entendam das doenças, saibam como lidar com o indivíduo, eles precisam conhecer a população em que estão inseridos) Se o psico não se manifestar os outros vem dizer oq devemos fazer ou simplismente excluem, como tiram qualquer área que não se manifeste 
· O envolvimento no trabalho de geração de renda e redes sociais de apoio.

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