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[ Cognição, desenvolvimento e aprendizagem ] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cognição, desenvolvimento e 
aprendizagem 
Diretos Autorais reservados à 
UNÍNTESE 
 
Pedro Stieler 
Coordenação Geral 
 
Maria Bernardete Bechler 
Coordenação Pedagógica 
 
Pedro Stieler 
Texto 
 
Vanessa Immich 
Design Instrucional 
 
Rosane Stieler 
Administrativo-Operacional 
 
Maria Denise Uggeri (Pedagógico) 
Marla Hilgert (Pedagógico) 
Tatiane da Silva Campos (Acessibilidade) 
Willian Dourado Teixeira (Tecnologia) 
Equipe Técnica | Produção 
 
2012 
EXPEDIENTE 
 
Uníntese | UnínteseVirtual 
 
Pedro Stieler 
Diretor Presidente 
 
Mara Regina Escobar 
Diretora Vice-Presidente 
 
Maria Bernardete Bechler 
Diretora Pedagógica 
 
Cristiane da Silva Evangelista 
Diretora de Administração e Finanças 
 
Carmem Regina dos Santos Ferreira 
Diretora de Marketing 
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[ Cognição, desenvolvimento e aprendizagem ] 
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Pedro Stieler1 
 
 
O estudo sobre a aprendizagem traz consigo a necessidade 
de abordar os conceitos de desenvolvimento e de cognição. Temas 
básicos do cotidiano dos profissionais da educação, que contam, no 
entanto, com poucos momentos dedicados ao seu aprofundamento, 
no cenário escolar. 
Assim, ao conceituarmos desenvolvimento, nos referimos 
ao conjunto de processos de maturação neurobiológicos do 
organismo humano e das funções cognitivas que permitem o 
aprendizado. A maturação, entendida não somente como uma 
aptidão natural do organismo, mas principalmente como resultado 
das experiências deste organismo com o meio. 
 
1
 Pedagogo, Supervisor e Orientador Educacional, Especialista em Aprendizagens Psico-
lógicas na Universidade, Mestre em Educação nas Ciências, Doutorando em Epistemologia 
e História da Ciência. 
Qbex
Sticky Note
Este texto é a parte introdutória da escrita nullnullSTIELER, Pedro. Cognição,desenvolvimento e aprendizagem. Santo Ângelo: UNÍNTESE, 2012.
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[ Cognição, desenvolvimento e aprendizagem ] 
 
Ao conceituarmos cognição, nos referimos a um conjunto de 
habilidades mentais denominadas funções cognitivas, como a 
percepção, a atenção, a memória, a linguagem e as funções 
executivas – responsáveis pelo planejamento de tarefas, resolução 
de problemas, estratégias para enfrentar desafios. As funções 
cognitivas ou funções psicológicas superiores são fundamentais 
para a aprendizagem. 
A percepção é a função cerebral que permite receber e 
reconhecer diferentes estímulos sensoriais através dos órgãos dos 
sentidos, bem como permite organizá-los e dar-lhes significado. A 
atenção é a capacidade que temos de concentração em um foco, 
chamada de atenção seletiva, ou a mais de um foco ao mesmo 
tempo, chamada de atenção dividida, a partir de uma ação, um 
estímulo que julgamos importante. A memória é a função cerebral 
que nos dá capacidade de armazenar, guardar informações (a curto 
ou longo prazo) e lembrá-las, ou seja, resgatá-las quando 
necessário ou quando fazemos algum tipo de associação. A 
linguagem é a função cuja capacidade permite a comunicação 
verbal e não verbal, de forma que a pessoa possa compreender e 
ser compreendida. 
As funções executivas se referem às capacidades 
relacionadas à estruturação do pensamento que permitem à pessoa 
responder, de forma eficaz, aos estímulos do meio, através da 
organização e execução de ações complexas. As funções 
executivas mobilizam habilidades das demais funções e delas 
dependem para seu desempenho. 
Segundo Mello (PANTANO & ZORZI, 2009, p. 90-91), diversas 
habilidades são descritas como funções executivas, dentre elas, a 
organização e planejamento de uma ação, o comportamento 
orientado ao alcance de metas, a manutenção da disposição para 
agir, a verificação e regulação da ação (auto-regulação), a inibição 
seletiva do comportamento (controle inibitório), a capacidade para 
mudar o plano de ação diante de mudanças na tarefa (flexibilidade 
mental), a memória operacional, a atenção seletiva e vigilância, a 
resolução de problemas, o controle emocional. No entanto, 
recentemente, foram agrupadas em três eixos principais: mudanças 
de padrões mentais, atualização e monitoramento da 
informação e inibição de respostas predominantes. 
A cognição, portanto, é resultado da articulação entre todas 
estas funções, que só se tornam habilidades mentais à medida em 
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[ Cognição, desenvolvimento e aprendizagem ] 
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que forem desenvolvidas, ou seja, estimuladas e mobilizadas para a 
aprendizagem, a partir de desafios. 
Para Wajnsztejn e Alessi, o estudo sobre aprendizagem se 
constitui como um fator importantíssimo neste processo, pelo fato de 
que a maioria dos comportamentos humanos são resultados da 
aprendizagem. Ao nascer, o bebê começa a apresentar 
comportamentos que chamamos “condutas reflexas”, de caráter 
involuntário e que surgem em função dos estímulos naturais do 
meio, possibilitando que ele sobreviva em um novo ambiente, 
diferente do intrauterino. Com o passar do tempo, com as 
oportunidades e com os estímulos, essas condutas reflexas dão 
lugar às “condutas adquiridas”. Esse é o início do processo de 
aprendizagem, quando o sujeito, ao exercitar seu reflexo, consegue 
aplicá-lo em situações diversas, como na sucção que inicialmente é 
reflexo (inato), ao se repetir diversas vezes leva o bebê a sugar seu 
próprio dedo, num exemplo de transformação de conduta reflexa em 
adquirida. No entanto, não podemos entender esse exemplo como 
um fato isolado e sim como resultado de um processo que envolve a 
maturação do sistema nervoso através do crescimento dos 
neurônios e das respectivas mudanças que ele provoca para realizar 
as conexões destas terminações nervosas. (PANTANO & ZORZI, 
2009, p.47-48-49). 
A aprendizagem pode ser entendida, então, como o 
processo que permite ao ser humano transformar a sua estrutura 
mental e, assim, possibilitar o entendimento acerca do meio, mudar 
seu comportamento. Esse processo não acontece de forma isolada, 
mas como resultado de processos anteriores que envolvem 
aspectos biológicos, psíquicos (afetivos e emocionais) e sociais 
(histórico-culturais). Desta forma, aprendizagem pode se referir mais 
ao processo e, aprendizado ao resultado desse processo. 
Neste contexto, os conceitos de cognição e aprendizagem 
são discutidos por diferentes correntes teóricas, no entanto, se 
caracterizam como processos distintos e ao mesmo tempo 
interdependentes, os quais permitem ao homem construir seu 
conhecimento e utilizá-lo para a resolução de situações problema, 
para sua adaptação ao meio, para sua sobrevivência. 
Independente da posição teórica a ser adotada na 
fundamentação do trabalho pedagógico, destacamos, aqui o 
interacionismo por trazer elementos de extrema importância para o 
processo de aprendizagem escolar, bem como a neurociência, que, 
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[ Cognição, desenvolvimento e aprendizagem ] 
 
aplicada à educação, traz uma nova perspectiva para a 
aprendizagem. 
O interacionismo explica o desenvolvimento cognitivoa partir 
da relação do sujeito com o mundo, considerando os aspectos 
biológicos, afetivos e sociais. A neurociência por sua vez, explica o 
desenvolvimento cognitivo a partir dos aspectos neurobiológicos, em 
que a maturação dos neurônios e seus processos de constituição de 
redes neurais (com as sinapses) que se formam a partir dos 
estímulos, tanto os inatos quanto àqueles provenientes de 
estimulação, denominados estímulos orgânicos e ambientais. 
Assim, temos em Piaget (1896 - 1980) o precursor do 
interacionismo, que, com sua teoria denominada epistemologia 
genética, concebe o desenvolvimento cognitivo como um processo 
de evolução das estruturas internas a partir de etapas bem 
estruturadas, chamadas de estágios de desenvolvimento. 
Na corrente (sócio)interacionista, destaca-se também 
Vygotsky (1896 - 1934) que teoriza sobre as relações entre o 
desenvolvimento cognitivo e o aprendizado escolar. Vygotsky 
entende que o aprendizado, organizado de forma adequada resulta 
em desenvolvimento cognitivo, desencadeando uma série de 
processos de desenvolvimento, que, sem o fator aprendizagem 
escolar não aconteceriam. Desta forma, ele coloca o aprendizado 
como uma necessidade para o processo de desenvolvimento das 
funções cognitivas-psicológicas (1978, p.101). 
Assim, quando tratamos de cognição, de desenvolvimento 
cognitivo e de aprendizagem, as teorias do interacionismo e da 
neurociência convergem e se complementam.

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