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Direito Administrativo para Concursos Prime Lidiane Coutinho

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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
Profa. Lidiane Coutinho e Prof. Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
1 
 
OS: 0052/7/16-Gil 
CONCURSO: TRT RN 
 
ASSUNTO: 
Capítulo 1 – Direito Administrativo...................................................................................................02 
Capítulo 2 – Princípios da Administração Pública..............................................................................04 
Capítulo 3 – Organização da Administração Pública.........................................................................14 
Capítulo 4 – Poderes Administrativos..............................................................................................29 
Capítulo 5 – Ato Administração........................................................................................................38 
Capítulo 6 – Licitação Pública............................................................................................................61 
Capítulo 7 – Contrato Administrativo..............................................................................................74 
Capítulo 8 – Serviços Públicos...........................................................................................................87 
Capítulo 9 – Servidores Públicos........................................................................................................99 
Capítulo 10 – Responsabilidade da Administração Pública...............................................................130 
Capítulo 11 – Controle da Administração Pública..............................................................................142 
Capítulo 12 – Legislação......................................................................................................................155 
Capítulo 13 – Questões de Concursos................................................................................................347 
 
CAPÍTULO 1 – DIREITO ADMINISTRATIVO 
1.1 – Origem do Direito Administrativo 
1.2 – Objeto e Conceito do Direito Administrativo 
1.3 - Fontes do Direito Administrativo 
1.4 – Administração Pública 
1.5 – Federação 
1.6 – Separação dos Poderes 
 
CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
2.1 – Princípio da Supremacia do Interesse Público 
2.2 – Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público 
2.3 – Princípio da Legalidade 
2.4 – Princípio da Moralidade 
2.5 – Princípio da Impessoalidade 
2.6 – Princípio da Publicidade 
2.7 – Princípio da Eficiência 
2.8 – Princípio da Isonomia 
2.9 – Princípio da Vinculação ao Poder Judiciário 
2.10 – Outros Princípios 
 
CAPÍTULO 3 – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
3.1 – Áreas de atuação do Estado 
3.2 – Administração Pública Direta e Indireta 
3.3 – Órgãos Públicos 
3.4 – Autarquias 
3.5 – Fundações 
3.6 – Empresas Públicas 
3.7 – Sociedades de Economia Mista 
3.8 – Consórcio Público 
3.9 – Agências 
3.10 – Entidades Paraestatais 
 
CAPÍTULO 4 – PODERES ADMINISTRATIVOS 
4.1 – Instrumentalidade 
4.2 – Abuso do Poder 
4.3 – Poder Vinculado 
4.4 – Poder Discricionário 
4.5 – Poder Hierárquico 
4.6 – Poder Disciplinar 
4.7 – Poder Regulamentar 
4.8 - Poder de Polícia 
 
CAPÍTULO 5 – ATO ADMINISTRATIVO 
5.1 – Ato da Administração e Ato Administrativo 
5.2 – Atributos 
5.3 – Elementos 
5.4 – Classificação 
5.5 – Espécies 
5.6 – Extinção 
 
CAPÍTULO 6 – LICITAÇÃO PÚBLICA 
6.1 – Obrigatoriedade 
6.2 – Exceções: Dispensa e Inexigibilidade 
6.2 – Modalidades: Concorrência, Tomada de Preços, 
Convite, Concurso, Leilão, Pregão 
6.3 – Procedimento 
6.4 – Controle – Recursos Administrativos 
 
CAPÍTULO 7 – CONTRATO ADMINISTRATIVO 
7.1 – Contrato da Administração e Contrato Administrativo 
7.2 – Características 
7.3 – Cláusulas Exorbitantes 
7.4 – Tipos de Contrato 
7.5 – Mutabilidade 
 
CAPÍTULO 8 – SERVIÇOS PÚBLICOS 
8.1 – Princípios 
8.2 - Classificação 
8.3 – Concessão, Permissão e Autorização de Serviços 
Públicos 
8.4 – Extinção da Concessão 
 
CAPÍTULO 9 – SERVIDORES PÚBLICOS 
9.1 – Regimes de Pessoal 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
Profa. Lidiane Coutinho e Prof. Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
2 
 
OS: 0052/7/16-Gil 
9.2 - Acessibilidade aos Cargos, Empregos e Funções 
Públicas 
9.3 - Investidura nos Cargos Públicos – Concurso Público 
9.4 - Direito de Greve 
9.5 - Remuneração 
9.6 - Subsídio 
9.7 - Teto Constitucional 
9.8 - Inacumulabilidade dos cargos, empregos e funções 
públicas 
9.9 - Exercício de mandato eletivo 
9.10 - Estabilidade 
9.11 - Provimento e Vacância dos Cargos Públicos 
9.12 – Regime Previdenciário dos Servidores Estatutários 
 
CAPÍTULO 10 – RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
10.1 – Evolução 
10.2 – Irresponsabilidade 
10.3 – Responsabilidade Subjetiva 
10.4 – Responsabilidade Objetiva 
10.5 – Responsabilidade por Ação 
10.6 – Responsabilidade por Omissão 
 
 
CAPÍTULO 11– CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
11.1 – Controle Administrativo 
11.2 – Controle Jurisidicional 
11.3 – Controle Legislativo 
11.4 – Improbidade Administrativa 
 
Capítulo 12 – LEGISLAÇÃO 
12.1- Constituição Federal................................................155 
12.2- Decreto-Lei 200/67..................................................256 
12.3- Lei 8.112/90.............................................................260 
12.4- Lei 8.429/92.............................................................291 
12.5- Lei 8.666/93.............................................................295 
12.6- Lei 8.987/95.............................................................327 
12.7- Lei 9.784/99.............................................................335 
12.8- Lei 10.520/2002 ......................................................342 
12.8- Lei 11.107/2005.......................................................344 
 
Capítulo 13 – QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1 – DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1.1) ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O Direito Administrativo, como ramo autônomo do direito, 
começa a se organizar no final do século XVIII e início do 
século XIX, com as revoluções liberais desse período, 
particularmente a Revolução Francesa. Antes, os estados 
europeus eram monarquias absolutas e, evidentemente, 
referidos estados não se submetiam às regras jurídicas, 
posto que, os monarcas concentravam em suas mãos todos 
os poderes e, consequentemente, jamais se submeteriam a 
um regime jurídico-administrativo. 
Após a Revolução Francesa, com o surgimento do 
constitucionalismo, do princípio da Legalidade e da 
Separação dos Poderes, começam a surgir normas 
administrativas, que, mais tarde, seriam estudadas de 
forma mais harmônica, organizando-se como um ramo 
específico do direito. 
Inicialmente, não se pode falar em Direito Administrativo 
como um ramo próprio do direito, posto que, existiam leis 
que cuidavam da matéria administrativa, porém estas leis 
eram esparsas, inexistindo uma sistematização entre as 
mesmas. Eram estudadas de acordo com os princípios do 
Direito Civil. 
O Direito Civil disciplinava as matérias, que atualmente são 
estudadas pelo Direito Administrativo. No Brasil, ainda hoje 
o Código Civil, por exemplo, classifica bens públicos, em seu 
art. 99. 
Posteriormente, em função das novas funções assumidas 
pelo Estado, aumentando a complexidade da sua estrutura 
organizacional, o Direito Civil não consegue mais disciplinar 
as novas relações jurídico-administrativas, surgindoa 
necessidade da organização de um novo ramo do Direito, 
que seria o Direito Administrativo. 
No final do século XIX e início do século XX, com o 
surgimento do Estado Social, que veio substituir o Estado 
Liberal, prevalente nos séculos XVIII e XIX, o Direito 
Administrativo ganha um impulso extraordinário, pela 
necessidade de conferir ao Estado poderes até então 
inexistentes, tornando-se definitivamente um ramo próprio 
do direito, com regras sistematizadas, com princípios 
próprios e com uma hermenêutica própria. 
 
1.2) OBJETO E CONCEITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
O Direito Administrativo disciplina as relações entre os 
diversos entes e órgãos estatais, assim como a relação 
destes com os particulares, sempre buscando a realização 
do interesse público. Na relação com os particulares, o 
Estado sempre terá prerrogativas, posto que sempre busca 
a realização do interesse público e, muitas vezes, para 
realizá-lo, terá que restringir a esfera individual dos 
particulares. Ex.: multa de trânsito aplicada em decorrência 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
Profa. Lidiane Coutinho e Prof. Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0052/7/16-Gil 
do poder de polícia do Estado, fechamento de 
estabelecimentos comerciais que desobedecem as normas 
sanitárias, concessão de licenças para construir, 
desapropriação, dentre outras. 
Hely Lopes Meireles afirma que o Direito Administrativo 
Brasileiro “sintetiza-se no conjunto harmônico de princípios 
jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades 
públicas tendentes a realizar concreta, direta e 
imediatamente os fins desejados pelo Estado”(Direito 
Administrativo Brasileiro, 28ª ed., São Paulo: Editora 
Malheiros, 2003, p. 38). 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que: Direito 
Administrativo é “o ramo do direito público que tem por 
objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas 
administrativas que integram a Administração Pública, a 
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de 
que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza 
pública.” (Direito Administrativo, 19º ed, São Paulo: Editora 
Atlas, 2006, p. 66). 
José dos Santos Carvalho Filho afirma que o Direito 
Administrativo é “o conjunto de normas e princípios que, 
visando sempre ao interesse público, regem as relações 
jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e 
as coletividades a que devem servir.” (Manual de Direito 
Administrativo, 15ª ed., Rio de Janeiro: Lúmen Júris Editora, 
2006, p. 07). 
Celso Antônio Bandeira de Mello define o Direito 
Administrativo como “o ramo do direito público que 
disciplina a função administrativa e os órgãos que a 
exercem.” (Curso de Direito Administrativo, 20ª ed., São 
Paulo, Editora Malheiros, 2006, p. 37). 
Pode-se conceituar o Direito Administrativo como o ramo 
do direito público que disciplina o conjunto de regras e 
princípios jurídicos, visando a realização do interesse 
público, aplicáveis às relações entre os diversos órgãos e 
entes estatais com os particulares e a coletividade em geral. 
 
1.3) FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
A Constituição Federal apresenta-se como a fonte 
primordial do Direito Administrativo, porque nela estão 
disciplinadas as principais regras e princípios que 
estruturam e disciplinam o Estado. A Lei aparece como uma 
das principais fontes, posto que no Direito Administrativo o 
Princípio da Legalidade tem uma presença muito forte, na 
medida em que o agente público só pode fazer aquilo que a 
lei previamente lhe autoriza que o faça. 
A doutrina, a jurisprudência e os costumes diários são 
outras fontes do Direito Administrativo na aplicação e 
interpretação dos diversos atos praticados pelo Estado, 
exercendo a função administrativa. 
 
 
1.4) A EXPRESSÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A expressão Administração Pública é usada pela doutrina 
administrativa em dois sentidos básicos: um, subjetivo, 
formal ou orgânico e o outro, material, objetivo ou 
funcional. 
Na acepção subjetiva, compreende todos os órgãos e entes 
que integram a Administração Pública, ou seja, 
corresponde a toda a estrutura administrativa do estado, 
englobando autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e consórcios públicos, além 
dos diversos órgãos que integram o Estado e na acepção 
objetiva compreende a própria atividade administrativa, ou 
seja, a própria função administrativa, compreendendo a 
prática dos atos administrativos. 
 
1.5) FEDERAÇÃO 
A Teoria Geral do Estado costuma classificar o Estado de 
diversas formas. Uma das classificações (forma de Estado) 
subdivide o Estado em Estados Unitários ou Federativos, 
difereciando-se basicamente pela centralização ou não do 
poder estatal. No Estado Federativo, o poder não está 
centralizado numa única instância, mas, sim, em várias 
esferas de poder. No Brasil, integram a Federação a União 
Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 
18 da Constituição Federal). No Estado Unitário, o poder 
está centralizado numa única instância de governo. Os 
Estados que têm uma grande dimensão territorial 
geralmente são estados federativos. 
Os entes integrantes da Federação possuem eleições 
próprias, competência administrativa própria para a 
prestação de serviços públicos, autonomia administrativa e 
competência tributária própria, dentre outras 
características, o que demonstra a autonomia de tais entes. 
No Brasil, o princípio federativo está inserido no rol de 
cláusulas pétreas, previsto no art. 60, paraágrafo 4º da 
Constituição Federal. 
 
1.6) SEPARAÇÃO DOS PODERES 
A Separação dos Poderes, prevista expressamente no art. 2º 
da Constituição Federal, representa uma das maiores 
contribuições da Revolução Francesa no final do século 
XVIII. Implica na limitação dos poderes estatais, 
entregando-se a órgãos distintos as três principais funções 
estatais de administrar, julgar e legislar. O gênio político 
francês de Montesquieu sistematizou esta teoria no famoso 
livro: “O espírito das Leis”. 
Esta separação absoluta, que prevaleceu inicialmente, não 
existe mais, posto que, atualmente, fala-se mais em 
separação de funções, entregando-se a órgãos diferentes 
funções distintas. No entanto, estes mesmos órgãos, além 
das funções que lhes são próprias (funções típicas), 
exercem funções de outros órgãos (funções atípicas), ou 
seja, o Poder Judiciário, essencialmente julga, mas também 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
Profa. Lidiane Coutinho e Prof. Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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OS: 0052/7/16-Gil 
exerce funções de outros poderes, quando expressamente 
autorizado pelo texto constitucional. 
Desta forma, a função administrativa não é exclusiva do 
Poder Executivo. Os outros poderes (Judiciário e Legislativo) 
também exercem função administrativa. Quando um 
Tribunal de Justiça promove um juiz de uma comarca para 
outra, pratica ato administrativo, e, não, função 
jurisdicional. Quando a Câmara dos Deputados realiza uma 
licitação pratica inúmeros atos administrativos. O exercício 
de funções administrativas pelos Poderes Legislativo e 
Judiciário é essencial para que preservem maior 
independência no exercício de suas funções típicas de 
legislar e de julgar. 
Sendo assim, não se deve restringir a função administrativa 
apenas ao Poder Executivo, posto que os Poderes 
Legislativo e Judiciário também exercem função 
administrativa. 
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CAPÍTULO 2 – PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
 
2.1) ORDENAMENTO CONSTITUCIONAL 
As modernas Constituições dos países ocidentais, 
principalmente após a Segunda Guerra Mundial, período 
em que a legalidade estrita serviu de esteio a um dos piores 
períodos da história do homem ocidental, em que inúmeros 
absurdos foram praticados sob o argumento de 
cumprimento à lei, passaram a consagrar a existência de 
direitos que seriam fundamentais à pessoa humana, 
introduzindo-os em seus textos. Afasta-se assim de um 
apego formal e “cego” à lei, para a consagração de uma 
pauta mínima de direitos fundamentais, que não podem 
jamais ser afastados, sob a alegativa de obediência à lei, 
posto que, estas é que devem obediência àqueles. Os 
direitos fundamentais é que condicionam todo o 
ordenamento jurídico. 
É corrente hoje na moderna teoria do Direito Constitucional 
a distinção entre normas que são regras e normas que são 
princípios, distinção esta brilhantemente realizada por 
Ronald Dworkin e Robert Alexy. Desta forma, os princípios 
jurídicos foram “normatizados”, sendo uma das espécies de 
norma, ao lado das regras, que antes eram confundidas 
com o próprio conceito de norma. Hodiernamente, nada 
mais são do que uma de suas espécies. 
Os modernos textos constitucionais, de forma crescente, 
consagram uma grande quantidade de princípios em seus 
textos, positivando-os, princípios estes consagradores de 
direitos fundamentais. Assim nos ensina Paulo Bonavides1, 
ao comentar a evolução histórica da juridicidade dos 
princípios: “A terceira fase, enfim, é a do pós-positivismo, 
que corresponde aos grandes momentos constituintes das 
últimas décadas deste século. As novas Constituições 
promulgadas acentuam a hegemonia axiológica dos 
princípios, convertidos em pedestal normativo sobre o qual 
assenta todo o edifício jurídico dos novos sistemas 
constitucionais”. 
Referidos princípios previstos no texto constitucional, sendo 
a nossa Constituição um exemplo da consagração de tais 
princípios, servem de fundamento a todo o ordenamento 
jurídico, prevalecendo, em caso de confronto, sobre as 
regras. 
É importante ressaltar a distinção entre as espécies de 
normas (princípios e regras), para melhor entender a sua 
natureza e, consequentemente, dar-lhes a melhor e mais 
efetiva aplicação, diante das respectivas situações fáticas. 
Enquanto as regras são dotadas de um caráter “bem 
fechado”, com um grande grau de especificidade, os 
princípios são dotados de um alto grau de generalidade, 
falando a doutrina em normas de tipo fechado (regras) e 
 
1 BONAVIDES, Paulo, Curso de Direito Constitucional, 8ª ed., São 
Paulo : Malheiros, p. 237 
DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSOS 
Profa. Lidiane Coutinho e Prof. Giuliano 
 
 
CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
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OS: 0052/7/16-Gil 
normas de tipos abertos (princípios). Esclarecendo tal 
diferenciação, assinala o prof. Willis Santiago Guerra Filho2 
que; “uma das características dos princípios jurídicos que 
melhor os distinguem das normas que são regras é sua 
maior abstração, na medida em que não se reportam, ainda 
que hipoteticamente, a nenhuma espécie de situação fática, 
que dê suporte à incidência de norma jurídica. A ordem 
jurídica, então, enquanto conjunto de regras e princípios, 
pode continuar a ser concebida, à la KELSEN, como formada 
por normas que se situam em distintos patamares, 
conforme o seu maior ou menor grau de abstração ou 
concreção, em um ordenamento jurídico de estrutura 
escalonada (Stufenbau). No patamar mais inferior, com o 
maior grau de concreção, estariam aquelas normas ditas 
individuais, como a sentença, que incidem sobre situação 
jurídica determinada, à qual se reporta a decisão judicial. O 
grau de abstração vai então crescendo até o ponto em que 
não se tem mais regras, e sim, princípios, dentre os quais, 
contudo, se pode distinguir aqueles que se situam em 
diferentes níveis de abstração”. Em suma, pode-se 
diferenciar tais espécies, pelo diferente grau de abstração, 
maior, nos princípios, e menor, nas regras. 
A nossa Constituição traz a previsão de inúmeros princípios 
jurídicos, que em muitas ocasiões, colidem com outros 
princípios constitucionais. Em outras ocasiões, há a colisão 
de duas regras, ou ainda, a colisão entre uma regra e um 
princípio. A solução para referidas situações de conflito 
permite uma melhor diferenciação das normas, em relação 
aos princípios. 
Quando uma regra colide com um princípio, é 
inquestionável, como afirmado anteriormente, que este 
prevalece sobre aquela, posto que as regras encontram 
seus fundamentos nos princípios, que estão na base do 
ordenamento jurídico. O conflito entre duas regras, resolve-
se pelo aniquilamento de uma delas, aplicando-se a outra, 
ou seja, uma das regras é afastada pela perda de validade, 
reputando-se a outra como válida. Helenilson Cunha 
Pontes3 nos ensina que “duas regras jurídicas em oposição, 
diante de um caso concreto, consubstanciam um conflito de 
regras. Os conflitos entre regras jurídicas resumem-se a 
uma questão de validade, isto é, quando para uma mesma 
situação de fato, duas regras aparecem para o intérprete 
como igualmente aptas à regulação do caso, a escolha de 
uma levará necessariamente à declaração de invalidade da 
outra, mediante a aplicação de outras regras (de 
interpretação) tais como lex posterior derrogat legi priori ou 
lex specialis derrogat legi generali. O fundamental é que o 
conflito entre regras reduz-se a uma questão de validade.” 
Trata-se da aplicação das regras clássicas de soluções de 
antinomias (hierarquia, especialidade e critério temporal). 
 
2 GUERRA FILHO, Willis Santiago, Processo Constitucional e 
Direitos Fundamentais, 1ª ed., São Paulo : Celso Bastos Editor, pp. 
52-53 
3 PONTES, Helenilson Cunha, O Princípio da Proporcionalidade e o 
Direito Tributário, 1ª ed., São Paulo : Dialética, pp 33-34 
Tratando-se de conflitos entre princípios, a solução é bem 
distinta, abandonando-se todos os métodos clássico-liberais 
de solução de antinomias, tais como a subsunção ou o 
método silogístico. Considerando a natureza do princípio de 
grande generalidade, não referindo-se a um caso específico, 
é comum, que diante de um caso concreto, dois ou mais 
princípios colidam. Neste caso, sempre diante do caso 
concreto a ser solucionado, prevalece um princípioem 
relação ao outro, sem, no entanto, este ser anulado. 
Apenas, diante daquela situação fática prevalece um 
determinado princípio, sem prejuízo de, em outra situação, 
mudadas as condições e ocorrendo semelhante conflito, 
prevaleça o outro princípio que fora afastado. Continuando 
em seu livro, Helenilson Cunha Pontes4 ensina que: “A 
oposição entre princípios, por outro lado, consiste em uma 
colisão de princípios. As colisões entre princípios jurídicos 
resolvem-se segundo uma técnica de composição, em que 
um dos princípios deve ceder diante do outro sem que, por 
isso, o princípio que teve a sua aplicação afastada tenha 
que perder a sua validade. A precedência de um princípio 
em relação a outro deve ser aferida sempre diante das 
circunstâncias do caso concreto e do respectivo peso que 
cada um dos princípios assume diante dessas 
circunstâncias. A dimensão de peso inerente aos princípios 
jurídicos permite que as colisões entre eles resolvam-se 
segundo uma ponderação dos pesos dos princípios 
colidentes, sem que o princípio afastado perca a sua 
dimensão de validade.” No mesmo sentido, a lição de 
Marciano Seabra de Godoi5: “as colisões de princípios 
devem ser solucionadas de maneira totalmente diversa. 
Quando dois princípios entram em colisão, um deles deve 
ceder ao outro. Mas isto não significa declarar inválido o 
princípio que deu lugar a outro nem que naquele deva ser 
introduzida uma cláusula de exceção. O que ocorre é que, 
sob certas circunstâncias, um dos princípios precede ao 
outro, e sob outras circunstâncias a questão da precedência 
poderia ser solucionada de maneira inversa. Isto é o que se 
quer dizer quando se afirma que nos casos concretos os 
princípios têm pesos diferentes e que prima o princípio de 
maior peso. Aqui a argumentação de Alexy é idêntica à de 
Dworkin.” 
É inquestionável, por conseguinte, que a solução das 
colisões de princípios só pode ser feita à luz do caso 
concreto. Inexiste a solução pré-determinada de caráter 
abstrato, simplesmente verificando se aquela situação 
fática adequa-se à hipótese abstrata prevista pelo 
legislador. Hoje, diante da possibilidade de colisão entre 
dois mais princípios previstos no texto constitucional, a 
solução mais próxima do ideal de justiça, perseguido por 
todos, obriga a uma análise do caso concreto. Em face 
disso, afirma o Prof. Willis Santiago Guerra Filho6 que: “o 
traço distintivo entre regras e princípios por último referida 
 
4 In ob. cit. p. 34 
5 GODOI, Marciano Seabra de, Justiça, Igualdade e Direito 
Tributário, 1ª ed., São Paulo : Dialética, p. 119 
6 In ob. cit. p. 45 
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aponta para uma característica desses que é de se destacar: 
sua relatividade”. 
 Ressalte-se ainda que, além dos princípios 
expressamente previstos no texto constitucional, existem 
princípios implícitos, que resultam da própria estrutura do 
texto constitucional, da opção política feito pelo legislador, 
bem como do disposto no art. 5º, par. 2º do texto 
constitucional de 1988 segundo o qual: “Os direitos e 
garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou 
dos tratados internacionais em que a República Federativa 
do Brasil seja parte”. É importante destacar a possibilidade 
de colisão entre princípios explícitos e implícitos, que são 
resolvidos semelhantemente à colisão entre princípios 
expressos. 
 
2.2) PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
A solução para a colisão entre princípios previstos no texto 
constitucional deve ser feita de forma, segundo a situação 
fática a ser solucionada, a dar prevalência a um princípio, 
afetando o mínimo possível o outro princípio colidente, ou 
seja, o princípio que “cede” em face do outro deve ser 
desrespeitado somente no que for necessário para a 
solução do caso concreto. Sintetizando a importância desse 
princípio, nos ensina Willis Guerra Filho7 que: “para resolver 
o grande dilema da interpretação constitucional, 
representado pelo conflito entre princípios constitucionais, 
aos quais se deve igual obediência, por ser a mesma a 
posição que ocupam na hierarquia normativa, se preconiza 
o recurso a um ‘princípio dos princípios’, o princípio da 
proporcionalidade, que determina a busca de uma ‘solução 
de compromisso’, na qual se respeita mais, em determinada 
situação, um dos princípios em conflito, procurando 
desrespeitar o mínimo ao(s) outro(s), e jamais lhe(s) 
faltando minimamente com o respeito, isto é, ferindo-lhe 
seu ‘núcleo essencial’. Esse princípio, embora não esteja 
explicitado de forma individualizada em nosso 
ordenamento jurídico, é uma exigência inafastável da 
própria fórmula política adotada por nosso constituinte, a 
do ‘Estado Democrático de Direito’, pois sem a sua 
utilização não se concebe como bem realizar o 
mandamento básico dessa fórmula, de respeito simultâneo 
dos interesses individuais, coletivos e públicos.” 
Desta forma, o princípio da proporcionalidade é 
indispensável à correta interpretação constitucional que 
privilegia um princípio, desrespeitando o mínimo possível o 
princípio colidente, procurando não afetar o seu “núcleo 
essencial”. 
É corrente na doutrina a consideração de três aspectos do 
princípio da proporcionalidade, aspectos estes que foram 
sendo desenvolvidos pela jurisprudência da Corte 
Constitucional Alemã, quais sejam: adequação, necessidade 
e proporcionalidade em sentido estrito. Pela adequação, 
 
7 In. ob. cit., p. 59 
exige-se que o meio utilizado seja adequado para o alcance 
do objetivo visado, apto à realização do fim colimado. A 
necessidade, por sua vez, implica na adoção do meio mais 
suave, ou seja, se para a solução de uma colisão de 
princípios, existem vários meios, deve-se buscar aquele que 
menor ofensa causar ao(s) outro(s) princípio(s). A 
proporcionalidade em sentido estrito é o núcleo do 
princípio da proporcionalidade, significando a relação entre 
o meio utilizado e o objetivo colimado, ou seja, se o fim 
alcançado supera o prejuízo causado a outros interesses 
igualmente protegidos. 
 
2.3) DIREITO CONSTITUCIONAL x DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
O Direito Constitucional, que tem por objeto principal o 
estudo da Constituição Federal, funciona como um “vetor” 
na interpretação da legislação infraconstitucional. As 
normas legais devem estar de acordo com o texto 
constitucional. Quanto ao Direito Administrativo, ramo do 
direito público por excelência, qualquer aplicação de suas 
normas deve levar em consideração o que encontra-se 
previsto na Constituição, que atualmente (CF de 1988), 
consagra um capítulo inteiro à Administração Pública 
(Capítulo VII). 
 
2.4) ESTADO – CONCEITO - ELEMENTOS 
Conceituar Estado é uma das mais difíceis tarefas do Direito 
Constitucional e da Teoria Geral do Estado. No entanto, 
respaldado na teoria do Contrato Social de Rousseau, pode-
se afirmar, que as pessoas resolveram abdicar um pouco da 
sua liberdade, para poder viver em sociedade sob o governo 
de uma determinada entidade, que, conhecemos, 
hodiernamente como Estado. 
 
2.5) PODERES DO ESTADO 
As revoluções liberais do final do século XVIII, capitaneadas 
pela Revolução Francesa, praticamente estruturaram o 
Estado Moderno, que hoje, encontra-se presente em 
praticamente todos os Estados ocidentais. Entre as suas 
principais contribuições, a separação de poderes constitui 
uma das mais importantes. Imaginavam os teóricos que o 
poder de legislar, julgare administrar não podia continuar 
concentrado nas mãos de uma só pessoa. Montesquieu, em 
seu famoso livro: “O Espírito das Leis”, sistematizou a 
separação dos poderes. 
Prevista no art. 2º da Constituição Federal Brasileira de 
1988 e elencada como cláusula pétrea em seu art. 60, § 4º , 
a Separação de Poderes, atualmente, não é mais vista como 
uma separação absoluta. Quando se refere ao Poder 
Judiciário, por exemplo, não significa que o Poder Judiciário 
só julgue. A sua função principal é julgar, aplicando a 
Constituição e a lei ao caso concreto, porém, ele também 
tem algumas funções legislativas, como o envio do projeto 
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de lei, referente ao Estatuto da Magistratura, ao Congresso 
Nacional, de iniciativa exclusiva do Supremo Tribunal 
Federal, bem como algumas funções administrativas, como 
a administração dos seus próprios servidores. Assim 
também ocorre em relação ao Poder Legislativo, cuja 
função principal é legislar, porém, excepcionalmente ele 
julga (Ex.: Julgamento do ex-presidente Collor por crime de 
responsabilidade pelo Senado Federal) e também 
administra suas próprias casas. 
Desta forma o Direito Administrativo estuda também os 
atos administrativos praticados pelo Poder Judiciário e 
Legislativo, além da atividade do Poder Executivo, 
essencialmente administrativa. 
 
2.5) PRINCÍPIOS DA SUPREMACIA E DA 
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 
O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que 
estes dois princípios norteiam toda a atividade 
administrativa, decorrendo os demais princípios dos 
mesmos. Segundo ele, referidos princípios caracterizam o 
regime jurídico-administrativo. É o interesse público 
superior ao interesse privado e, conseqüentemente, 
supremo e indisponível, ou seja, o administrador não tem o 
poder de disponibilizar referido interesse público, 
consistindo sua obrigação a sua preservação. 
O Estado pode compulsoriamente condicionar o interesse 
privado à satisfação do interesse público. A esfera 
individual, antes intocável, no auge do Liberalismo, pode ser 
limitada em prol do interesse público. Pode-se afirmar que 
referido princípio está implícito no ordenamento jurídico, 
sendo inerente à própria sociedade. Como afirma o Prof. 
Celso Antônio Bandeira de Mello: “O princípio da 
supremacia do interesse público sobre o interesse privado é 
princípio geral de Direito inerente a qualquer sociedade. É a 
própria condição de sua existência. Assim, não se radica em 
dispositivo específico algum da Constituição, ainda que 
inúmeros aludam ou impliquem manifestações concretas 
dele, como, por exemplo, os princípios da função social da 
propriedade, da defesa do consumidor ou do meio 
ambiente (art, 170, III, V e VI), ou tantos outros. Afinal, o 
princípio em causa é um pressuposto lógico do convívio 
social”. (IN Curso de Direito Administrativo, 13ª ed., Edit. 
Malheiros, p. 67/68). 
Em relação ao princípio da indisponibilidade do interesse 
público, é importante ressaltar que o administrador público 
exerce um encargo público, um “munus” público, 
administra em nome e em favor do povo, verdadeiro titular 
do patrimônio público. Desta forma, ele não tem 
disponibilidade em relação ao patrimônio público. Deverá 
administrá-lo em conformidade com a lei e, não, segundo 
sua vontade, como acontece em relação aos 
administradores privados. 
 
 
2.6) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Sendo o povo o titular do poder, o seu representante 
(administrador público) não tem a liberdade para agir, 
segundo sua vontade. A sua atuação deve ser previamente 
precedida de uma lei, posto que em última instância, é o 
povo que legisla, através de seus representantes. 
É o Direito Administrativo um ramo do direito onde a 
legalidade é estrita, ou seja, qualquer atividade do 
administrador deve ser precedida de uma prévia 
autorização legal. É o princípio da legalidade que melhor 
caracteriza o Estado de Direito, ou seja, um Estado 
disciplinado por normas jurídicas, normas estas que se 
impõem ao próprio Estado. A competência administrativa 
deve ser previamente estabelecida para a prática de 
quaisquer atos administrativos. 
 
2.7) PRINCÍPIO DA FINALIDADE E DA IMPESSOALIDADE 
O administrador público deve ser impessoal, não 
beneficiando ninguém, mas contratando, por exemplo, 
servidores, através de concurso público, 
independentemente de quem sejam “os candidatos”. A 
impessoalidade está intimamente ligada à legalidade, posto 
que a atividade do administrador, sendo pautada na 
legalidade, não pode beneficiar ou prejudicar ninguém. 
Contrata o administrador, por exemplo, um particular, 
mediante uma prévia licitação, como determina a 
Constituição Federal no seu art. 37, XXI. 
A finalidade pública deve sempre ser o escopo do 
administrador. Ainda que o Estado esteja realizando 
atividades econômicas (art. 173 da Constituição Federal), 
busca realizar o interesse público, posto que a atuação na 
esfera econômica só pode ocorrer por razões relevantes de 
interesse coletivo ou por razões de segurança nacional. 
 
2.8) PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Hoje, o legislador constituinte originário elenca várias 
exigências morais, que devem ser observadas pelo 
legislador e pelo administrador. Apesar da dificuldade de 
definir o que seja moral, sabe-se qual situação fática está de 
acordo com a moral ou não. Não basta ser legal, tem que 
ser moral também. A moralidade funciona como um vetor 
que deve nortear a atuação e a interpretação do 
administrador público. 
A Constituição Federal não se limita a colocar o princípio da 
Moralidade como um princípio a ser realizado pela 
Administração Pública. Assegura instrumentos processuais 
para a efetivação do princípio, tais como a Ação Popular 
(art. 5º , LXXIII da CF) e a Ação de Improbidade 
Administrativa (art. 37, parágrafo 4º da CF), que visam a 
punição de agentes ímprobos e a anulação de atos 
administrativos ilegais. 
 
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2.9) PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Os atos administrativos devem ser publicados em órgão 
oficial do ente estatal, até para facilitar o controle por parte 
do povo. A publicidade é indispensável para garantir a todos 
o acesso aos atos administrativos que nos interessam, bem 
como para permitir o controle sobre os atos estatais. 
 
2.10) PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
O Poder Constituinte Derivado elevou este princípio a um 
nível constitucional. Consagrado pela legislação 
infraconstitucional, encontra-se o mesmo previsto de forma 
expressa na Constituição no “caput” do art. 37. A emenda 
constitucional n. 19/98 conferiu a este princípio uma 
posição de destaque em nosso ordenamento jurídico-
constitucional. Inicia-se um terceiro estágio de nossa 
Administração Pública. Após a Administração Pública 
Patrimonialista e, posteriormente, Burocrática, nasce o 
Estado Gerencial. 
Deve-se ressaltar, no entanto, que, como todo princípio, 
não tem o mesmo caráter absoluto, posto que, não é 
possível, afastar a legalidade, sob o argumento de dar maior 
eficiência à Administração Pública. As etapas legais de um 
procedimento administrativo, como a licitação, por 
exemplo, não podem ser afastadas. Deve-se buscar uma 
forma de realizar a eficiência sem subverter outros 
princípios administrativos. 
 
2.11) PRINCÍPIODA MOTIVAÇÃO 
Os atos administrativos devem ser justificados. O 
administrador deve sempre motivá-los. A exigência da 
motivação funciona como instrumento de controle em 
relação às atividades do administrador. Devidamente 
motivado, o povo, titular do patrimônio público, consegue 
identificar as razões que levaram o administrador público a 
praticar determinado ato administrativo. O art. 50 da lei n. 
9784/99 elenca os atos que devem ser motivados. 
 
2.12) PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA, DO 
CONTRADITÓRIO E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
Cuida-se de princípios semelhantes aos que são exigidos em 
processos judiciais, podendo a parte opor-se ao que é 
afirmado sobre ela (princípio do contraditório), utilizando-
se de todos os meios de prova para defender-se (princípio 
da ampla defesa) em processos administrativos. O devido 
processo legal é decorrência lógica dos princípios da 
segurança jurídica e da legalidade. 
 
2.13) PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DO PODER 
JUDICIÁRIO. 
Em nosso sistema, nada foge ao controle do Poder 
Judiciário (art.5º, XXXV, CF). Nenhuma jurisdição 
administrativa pode, pela Lei Maior, dar a palavra final. 
Inexiste a “coisa julgada administrativa” para o 
administrado, que mesmo diante de decisões desfavoráveis 
na esfera administrativa, pode socorrer-se do Poder 
Judiciário, para modificar as decisões administrativas. 
Referido princípio, também chamado de princípio da 
jurisdição única, implica na não necessidade de prévio 
esgotamento da instância administrativa, como requisito 
para a propositura de uma ação judicial. O administrado, 
como regra, pode propor uma ação judicial sem a 
necessidade de, previamente, esgotar a via administrativa. 
 
2.14) PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
A exigência de um tratamento igual de pessoas que se 
encontram em situação igual é uma das grandes 
preocupações do legislador constituinte de 1988. Em 
inúmeros artigos, há uma referência a este princípio. 
É importante ressaltar, no entanto, que a Isonomia, 
atualmente, é vista como um tratamento igual de pessoas 
que se encontrem em situação igual e, desigual, de quem se 
encontre em situação desigual. O critério que diferencia, no 
entanto, deve ser um critério razoável, cujo tratamento 
diferenciado seja exigido, como meio à realização da justiça. 
 
2.15) PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO 
Este princípio decorre diretamente do Estado de Direito. Em 
um Estado regido por normas jurídicas, estas obrigam-no 
também, ou seja, se eventualmente, na realização de suas 
atividades, causa o Estado prejuízo a um terceiro, deve ser 
responsabilizado, patrimonialmente, pelos seus atos (art. 
37, parágrafo 6º da CF). 
 
2.16) PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
A presunção de legitimidade dos atos administrativos é 
decorrência lógica do princípio da legalidade. O 
administrador só pode agir, quando previamente 
autorizado por lei. Desta forma, sua conduta é 
presumivelmente legal. Presunção esta que não é absoluta, 
podendo ser afastada por prova em contrário do 
administrado que, eventualmente, seja prejudicado com as 
atividades da Administração Pública. 
 
2.17) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO 
Os bens que são afetados à prestação do serviço público 
são impenhoráveis em razão deste princípio, posto que, o 
interesse público não pode sucumbir perante os interesses 
privados de eventuais credores individuais. O serviço 
público não pode ser afetado. Os bens indispensáveis à sua 
prestação são intocáveis, existindo outros meios, como o 
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precatório judicial, para satisfazer os interesses individuais 
em face do Estado. 
Outros princípios norteiam a atividade do Poder Judiciário e 
do Administrador, quando da aplicação da lei 
administrativa. Pode-se elencar outros, além dos já citados, 
tais como: da Proporcionalidade, da Razoabilidade, da 
Segurança Jurídica, da Tutela, da Autotutela, da 
Especialidade e da Hierarquia. 
 
 
SÚMULAS 
Súmula n. 346, STF: A administração pública pode declarar a 
nulidade dos seus próprios atos. 
Súmula n. 473, STF: A administração pode anular os seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos 
os casos, a apreciação judicial. 
 
ESQUEMAS DE SALA DE AULA 
1. Conceito e Fontes do Direito Administrativo 
 
NOÇÕES PRELIMINARES 
 
 FUNÇÃO 
TÍPICA 
FUNÇÃO 
ATÍPICA 
PODER 
EXECUTIVO 
ADMINISTRAR ART. 62, CF. 
Lei infranconstitucional* 
PODER 
LEGISLATIVO 
LEGISLAR E 
FISCALIZAR 
ART. 52, CF 
ART. 37, XXI, CF 
PODER 
JUDICIÁRIO 
JULGAR ART 96,I, a. CF 
ART 96,I, f. CF 
 
 
 
 
 
- CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a 
atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da 
Administração Pública. 
 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
LEI 
É a fonte primária do direito administrativo, abrangendo esta expressão desde a 
Constituição até os regulamentos executivos**. 
DOUTRINA 
É fonte secundária do direito administrativo; formam o sistema teórico de princípios 
aplicáveis ao direito positivo, é elemento construtivo da Ciência Jurídica à qual pertence a 
disciplina em causa. Influi não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas e 
não contenciosas. 
JURISPRUDÊNCIA 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Traduz-se na reiteração dos julgamentos num mesmo sentido, influencia poderosamente a 
construção do Direito, e especialmente a do Direito Administrativo. Tem um caráter mais 
prático que a doutrina e a lei. Outra característica é seu nacionalismo. 
COSTUMES 
É fonte secundária do direito administrativo; 
Corresponde a prática administrativa; para Hely Lopes a praxe burocrática passa a suprir a 
lei, ou atua como elemento informativo da doutrina. 
 
* Há divergências doutrinas sobre a possibilidade ou não do Executivo desenvolver a função de julgar. 
** Há divergências doutrinárias sobre a os atos normativos serem apenas a CF as leis em sentido estrito. 
 
ESTADO 
POVO 
TERRITÓRIO 
GOVERNO 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 
 
- A expressão Administração Pública, em sentido formal, subjetivo ou orgânico, compreende os agentes públicos, os órgãos 
integrantes da Administração Direta e as entidades componentes da Administração Indireta. 
 
- Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública corresponde às diversas atividades finalísticas 
exercidas pelo Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA(EM SENTIDO SUBJETIVO E OBJETIVO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
POLÍTICAS 
 
ADMINISTRATIVAS 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
- INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE 
 NO DOMÍNIO ECONÔMICO 
 
 
EM SENTIDO SUBJETIVO, 
FORMAL OU ORGÂNICO 
EM SENTIDO OBJETIVO, MATERIAL 
OU FUNCIONAL 
ENTIDADES 
ÓRGÃOS 
AGENTES 
- SERVIÇO PÚBLICO 
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA 
- FOMENTO 
 -INTERVENÇÃONA PROPRIEDADE 
 NO DOM. ECONOM. 
AGENTES PÚBLICOS 
UNIÃO 
ESTADO, DF 
MUNICÍPIO 
AUTARQUIA 
FUND. PUB. 
SOC.ECON.MISTA 
EMP. PÚBLICA 
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OS: 0052/7/16-Gil 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO SUBJETIVO: 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA –ENTIDADES, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO OBJETIVO 
-ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA- 
 
1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou 
por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas , sob regime exclusiva ou 
preponderantemente de Direito Público. Ex: saúde, educação, transporte, saneamento etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* DF tem estrutura anômala (que é estudada em Direito Constitucional). 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS E DF 
MUNICÍPIOS 
CENTRALIZADA 
OUTORGA 
AUTARQUIAS 
FUND. PÚB 
SOC. ECON. MISTA 
EMP. PÚBLICA 
DELEGAÇÃO 
CONCESSIONÁRIAS 
PERMISSIONÁRIAS 
AUTORIZATÁRIAS 
DESCENTRALIZADA 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
UNIÃO 
ESTADOS 
E DF* 
MUNICÍPIOS 
EXEC- PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA 
LEG- SENADO E CAM. DOS DEPUTADOS 
JUD- STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT E CNJ. 
MPU- MPF, MPT, MPM, MPDFT E CNMP. 
DPU 
TCU 
 
EXEC- GOVERNADORIA DO ESTADO 
LEG- ASSEMBLEIA LEGISLATIVA 
JUD- TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
MPE- PROCURADORIA DE JUSTIÇA 
DPE 
TCE  (OBS.: EM 4 ESTADOS DO PAÍS(CE, PA, BA E GO) 
EXISTEM OS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS MUNIPIOS- QUE 
É ÓRGAO ESTADUAL. 
EXEC- PREFEITURA 
LEG- CAMARA MUNICIPAL 
(OBS.: A CF/88(ART. 31, § 4º) PROIBIU A CRIAÇÃO DE TRB. 
CONTAS MUNICIPAIS, MAS ANTES DE 1988 FORAM 
CRIADOS 2 (DOIS) TRIB.CONTAS MUNIPAIS (ÓRGÃO 
MUNIPAL), EM SÃO PAULO E NO RIO DE JANEIRO. 
INDIRETA 
AUTARQUIA 
FUNDAÇÃO PUBLICA 
SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA 
EMPRESA PÚBLICA 
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2) POLÍCIA ADMINISTRATIVA: corresponde à atividade pela qual a Administração impõe limitações e 
condicionamentos ao gozo de bens e ao exercício de atividades e direitos individuais em prol do interesse coletivo . Ex: 
fiscalização, multas de trânsito, licença para dirigir, autorização para porte de arma, apreensão de bens, interdição de 
estabelecimentos etc. 
 
 
 
 
3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante 
benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários, 
entre outros instrumentos de estímulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) INTERVENÇÃO: 
 
4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos 
incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc. 
 
4.2- NO DOMÍNIO ECONÔMICO- consiste na regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza 
privada e na atuação direta do Estado no domínio econômico, dentro dos permissivos constitucionais, por meio de 
empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 
CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 
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OS: 0052/7/16-Gil 
CAPÍTULO 3 – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
3.1) Áreas de atuação estatal 
A Constituição Federal, em seus dispositivos, admite a possibilidade do Estado prestar serviços públicos (art. 175 da 
Constituição Federal) ou exercer atividades econômicas (art. 173 da Constituição Federal). A prestação de serviços públicos, 
evidentemente, consiste a área de atuação própria do Estado, posto que a organização estatal existe essencialmente para a 
realização do interesse público, finalidade esta que é atingida também pelo fornecimento de serviços públicos aos 
administrados. 
O exercício de atividades econômicas ocorrerá de forma excepcional, posto que em países capitalistas, a esfera econômica 
deve ser exercida essencialmente pelos particulares. A própria Constituição Federal exige, em seu art. 173, relevante 
interesse coletivo ou razões de segurança nacional, que justifiquem a atuação estatal na economia. 
A prestação de serviços públicos poderá ser feita de forma centralizada através dos órgãos públicos, despersonalizados, bem 
como de forma descentralizada, transferindo a execução dos serviços públicos aos entes de administração pública indireta 
(art. 37, XIX, CF e art. 241, CF) ou aos particulares (concessionários e permissionários de serviços públicos). 
Os concessionários de serviços públicos não integram o estado, ou seja, o fato deprestarem serviços públicos não os colocam 
como ente da administração pública indireta, razão pela qual continuam regidos por normas de direito privado na sua 
organização, aplicando-se, no entanto, normas públicas quanto ao objeto (prestação de serviços públicos), tais como: 
licitação para transferir a execução de serviço público, fixação da tarifa cobrada, controle do serviço público pelas agências 
reguladoras. Cuida-se de aplicação de legislação privada e pública, regendo-se por este regime misto. 
Na esfera econômica, o estado atua através de empresas públicas e sociedades de economia mista, posto que a Constituição 
Federal expressamente admite no art. 173, § 1º, inciso II, a flexibilização do regime público a estas empresas que atuam na 
economia, determinado a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas em relação às obrigações civis, 
comerciais, trabalhistas e tributárias. A atuação na esfera econômica só é possível, com a flexibilização do regime público. No 
entanto, é fundamental ressaltar que estas empresas não estão sujeitas a um regime exclusivamente privado. O próprio 
dispositivo constitucional supra citado determina a aplicação da licitação a estas empresas (art. 173, § 1º, inciso III, CF). Estas 
empresas também são obrigadas a realizar concurso público (art. 37, inciso II, CF) e o Tribunal de Contas da União exerce 
fiscalização sobre as suas contas (arts. 70 e 71, incisos II e III, CF). Estas empresas estão sujeitas a um regime híbrido (público 
e privado). Organizam-se segundo regras públicas (concurso público, licitação, controle pelos Tribunais de Contas), aplicando-
se, no entanto, regras privadas quanto ao objeto econômico (art. 173, inciso II, CF) 
 
3.2) Organização administrativa estatal 
A organização interna da Administração Pública constitui um dos principais objetos de estudo do Direito Administrativo. 
Estabelecendo a Constituição a base da organização do estado, preocupa-se o Direito Administrativo com a organização e 
funcionamento diário dos componentes do estado. 
A administração pública divide-se em administração pública direta e indireta. A administração pública direta é formada pelos 
entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e seus respectivos órgãos públicos. 
A administração pública indireta, por sua vez, é composta por entes dotados de personalidade jurídica, quais sejam: 
autarquia, fundação, empresa pública e sociedade de economia mista (art. 37, XIX, CF), além dos consórcios públicos, com 
personalidade jurídica de direito público (art. 241, CF e Lei n. 11107/05). 
Os órgãos públicos caracterizam-se pela inexistência de personalidade jurídica própria. São despersonalizados e 
subordinados ao ente central, ou seja, os órgãos públicos são disciplinados de forma hierarquizada. Atualmente, entende-se 
que o órgão integra o próprio ente estatal (Teoria do Órgão). A Teoria do Órgão prevalece, superando as teorias do Mandato 
ou da Representação. A União Federal é a soma de seus órgãos públicos. Fala-se em desconcentração administrativa quando 
ocorre a criação de órgãos públicos. Os órgãos são dispostos de forma hierárquica (Órgão Independente, Autônomo, 
Superior e Subalterno). 
Os entes da administração indireta, dotados de personalidade jurídica própria, não são subordinados ao ente central. São 
vinculados ao ente federativo. A relação entre eles não é de subordinação, mas, de coordenação. O controle feito pelo ente 
central liga-se ao cumprimento das finalidades que justificaram a criação do respectivo ente (controle finalístico ou princípio 
da Tutela). 
A autarquia, pessoa jurídica de direito público, apresenta-se como o ente mais próximo do ente central. Goza das mesmas 
prerrogativas dos entes federativos. Seus atos são atos administrativos e, conseqüentemente, são presumivelmente legais; 
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os prazos processuais são diferenciados (art. 188 do Código de Processo Civil); são beneficiadas pela imunidade recíproca 
(art. 150, VI, a c/c art. 150, § 2º, CF), bem como sujeição ao pagamento de seus débitos através de precatório judicial (art. 
100, CF). 
O ente autárquico, pessoa distinta do ente central, em função de ser dotado de personalidade jurídica própria, tem 
patrimônio próprio e é criado para o exercício de funções típicas do Estado. 
O Decreto-lei 200/67 assim define: autarquia é “o serviço autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e 
receita próprios, para executar atividades da Administração Pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizadas” 
Criada por lei (art. 37 XIX, CF), está a autarquia sujeita a um regime público, tais como: licitação, concurso público, controle 
finalístico exercido pelo ente central e controle externo exercido pelos Tribunais de Contas. São exemplos de autarquias: o 
INSS, o IBAMA, o Banco Central, o DNOCS, as Agências Reguladoras, dentre outras. 
Existem algumas autarquias que sujeitam-se a um regime especial, ou seja, mesmo sujeitas ao regime jurídico próprio das 
autarquias, gozam de algumas prerrogativas, aplicando-se às mesmas regras específicas, que, geralmente, lhes conferem 
maiores prerrogativas, tais como o processo de escolha dos seus dirigentes, como ocorre com o Banco Central, a 
Universidade Federal do Ceará (UFC), chamadas de “autarquias sujeitas a um regime especial”, a estabilidade maior dos seus 
dirigentes. 
Nesse grupo de autarquias, podem ser incluídas as Agências Reguladoras. Em função da opção dos últimos governos de 
delegar a prestação de serviços públicos a particulares (concessão e permissão de serviços públicos), surge a necessidade de 
descentralizar o gerenciamento dessa nova forma de prestação dos serviços públicos, feita por particulares. 
A agência Reguladora resulta da descentralização do estado, posto que as atividades de fiscalização, administração, licitação 
e regulação dos serviços públicos executados por particulares são transferidas do estado para a agência reguladora. A função 
dessas agências alcança hoje até mesmo o exercício de atividades econômicas. 
Embora não exista lei alguma disciplinando de forma uniforme referidas agências, posto que cada uma delas foi criada por 
uma lei específica, são organizadas sob a forma de autarquias. Podem ser citadas como exemplos a ANEEL (Lei 9472/97), a 
ANATEL (Lei 9472/97), a ANP (Lei 9478/97). A Lei 9986/00 disciplina algumas normas gerais comuns às agências reguladoras 
no âmbito federal, assim como a Lei 10871/04. 
As fundações públicas (Lei nº 7596/87) também integram a administração pública indireta. São criadas para a execução de 
atividades do ente central. A doutrina administrativa diverge a respeito de sua natureza jurídica, prevalecendo o 
entendimento de que poderiam ser pessoas jurídicas de direito privado e de direito público. As fundações estatais, 
juntamente com as autarquias podem se qualificar como agências executivas, beneficiando-se com a duplicação dos limites 
de dispensa de licitação, como dispõe o § único do art. 24 da Lei n. 8666/93. 
As empresas públicas e sociedades de economia mista também integram a Administração Pública Indireta, sendo pessoas 
jurídicas de Direito Privado, posto que a lei específica apenas autoriza a criação das mesmas (art. 37, XIX, CF), sendo 
necessário o arquivamento dos seus atos constitutivos para que adquiram personalidade jurídica própria. A diferença entre 
elas reside basicamente na composição do capital (100% público na empresa pública e misto – público e privado na 
sociedade de economia mista) e na organização societária, posto quea sociedade de economia mista somente pode 
organizar-se sob a forma de sociedade anônima e a empresa pública pode organizar-se de outras formas, do ponto de vista 
societário (S/A, LTDA, etc). 
A Lei n. 11107/05 disciplina a criação de Consórcios Públicos, que resultam da convergência de interesses dos entes 
federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) para a execução de serviços públicos comuns aos mesmos. 
Referidos consórcios, previstos na Constituição Federal (art. 241, CF) podem ser pessoas jurídicas de direito privado e 
pessoas jurídicas de direito público, sendo que neste último caso (direito Público) integram a Administração Indireta de todos 
os entes consorciados, apresentando-se como um novo ente estatal ao lado de autarquias, fundações, empresas públicas e 
sociedades de economia mista. Os consórcios públicos de direito privado, que para existirem, deverão atender os requisitos 
da lei civil, não integram a administração pública indireta dos entes consorciados, devendo, no entanto, cumprir regras 
públicas no que diz respeito aos contratos e licitação, aos concursos públicos e controle de gastos (prestação de contas). 
Há de se ressaltar que ao lado da administração direta ou centralizada, formada pelos órgãos públicos e da administração 
indireta, formada pelas entidades estatais, existem as entidades do terceiro setor ou paraestatais. 
As entidades paraestatais não integram a administração pública. São parceiros do estado na realização do interesse público, 
atuando em serviços não exclusivos do estado, como saúde e educação. Não são pessoas estatais. Auxiliam o estado, 
mediante parceria, na consecução do interesse público. Podem ser citados como exemplo os Serviços Sociais Autônomos 
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(SESC, SESI, SENAI, etc.), as Organizações Sociais (Lei nº 9637/98) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público 
(Lei nº 9790/99). 
 
ESQUEMAS DE SALA DE AULA 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E 
DESCONCENTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO FENÔMENO DA DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
DIRETA 
INDIRETA 
UNIÃO 
INSS 
FUNAI 
BANCO DO BRASIL 
CAIXA ECONOMICA FEDERAL 
DESCENTRALIZAÇÃO: 
U, E, D.F, 
M 
A, F.P, S.E.M, 
E.P 
CENTRALIZAÇÃO 
OCORRE QUANDO O 
ESTADO EXECUTA SUAS 
TAREFAS 
DIRETAMENTE, POR 
MEIOS DE ÓRGÃOS E 
AGENTES INTEGRANTES 
DA ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA. 
OCORRE QUANDO O 
ESTADO EXECUTA 
ALGUMAS DE SUAS 
ATRIBUIÇÕES POR 
MEIO DE OUTRAS 
PESSOAS E NÃO PELA 
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA. QUANDO O 
ESTADO INSTITUI AS 
ENTIDADES DA 
ADMINISTRAÇÃO 
INDIRETA, OCORRE 
DESCENTRALIZAÇÃO 
POR OUTORGA. 
DESCENTRALIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO 
OCORRE QUANDO UMA 
DETERMINADA PESSOA 
JURÍDICA INTEGRANTE 
DA ADMISTRAÇÃO 
PÚBLICA, EXTINGUE 
ÓRGÃOS ANTES DA 
SUA ESTRUTURA, 
REUNINDO EM UM 
NÚMERO MENOR DE 
UNIDADES AS 
RESPECTIVAS 
COMPETÊNCIAS. 
DESCONCENTRAÇÃO 
OCORRE QUANDO 
UMA DETERMINADA 
PESSOA JURÍDICA 
DISTRIBUI 
COMPETÊNCIAS NO 
ÂMBITO DE SUA 
PRÓPRIA ESTRUTURA A 
FIM DE TORNAR MAIS 
ÁGIL E EFICIENTE A 
PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS. 
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OS: 0052/7/16-Gil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS 
Conceito: são centros de competências, compartimentos internos das 
entidades, divisões da pessoa jurídica. 
 
Características: 
1) são criados e extintos por lei; 
2) não têm personalidade jurídica; 
3) são resultado da desconcentração; 
4) expressam a vontade das entidades a que pertencem (União, Estado, 
DF e Município); 
5) não possuem patrimônio próprio. 
 6) não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que 
integram; 
7) alguns têm capacidade processual para defesa em juízo de suas 
prerrogativas funcionais; 
 
 
 
DESCONCENTRAÇÃO: 
Presidência da República 
Ministério da 
Fazenda 
Ministério da Educação Ministério da 
Saúde 
Ministério da 
Justiça 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA DIRETA UNIÃO Poder Executivo 
Presidência da República 
Ministério da Fazenda 
Delegacia da Receita Federal 
UNIÃO 
Setor de Atendimento- CAC 
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CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 
1) SEGUNDO HELY LOPES MEIRELLES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) SEGUNDO MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS 
SEGUNDO HELY LOPES SEGUNDO DI PIETRO 
1) DE ACORDO COM À POSIÇÃO ESTATAL: 
1.1- ÓRGÃOS INDEPENDENTES: “são os originários da Constituição e representativos dos três poderes de Estado, sem 
qualquer subordinação hierárquica ou funcional; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica”. 
Exemplos: Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, Tribunais Superiores etc . 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à posição 
Estatal 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
Quanto 
 à Atuação 
 Funcional 
 
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Presidência 
Senado 
STF 
Ministérios 
Secretarias 
Gabinetes 
Sec. Gerais 
Protocolo 
Portaria 
Portaria Sec. de 
Educação 
Presidência 
da República 
Câmara dos 
Deputados 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à posição 
Estatal 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
Quanto 
 à Composição 
 
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Quanto à 
sua esfera 
de ação 
 
 
Centrais 
 
 
Locais 
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1.2- ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: “são os localizados na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos 
órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões 
governamentais”. Ex.: Ministérios, AGU, Secretarias de Estado e Município etc. 
1.3- ÓRGÃOS SUPERIORES: “são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controlehierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira”. Exemplos: Departamentos, 
Coordenadorias, Divisões, Gabinetes etc . 
1.4- ÓRGÃOS SUBALTERNOS: “são os que se acham subordinados hierarquicamente à órgãos superiores de decisão; 
exercem funções de execução”. Ex.: Seções, Setor etc. 
2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 
- ÓRGÃOS SIMPLES(OU UNITÁRIOS): “são constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas”. 
Exemplos: Setor de Protocolo, Portaria etc. 
- ÓRGÃOS COMPOSTOS: “são constituídos por vários outros órgãos”. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias 
de Município etc. 
3) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL: (SEGUNDO HELY 
LOPES) 
- ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS): “são os que 
atuam e decidem através de um único agente,”. 
Exemplos: Presidência, Governadoria, Prefeituras 
etc. 
- ÓRGÃOS COLEGIADOS ( OU PLURIPESSOAIS): “são todos 
aqueles que atuam e decidem pela manifestação 
conjunta e majoritária da vontade de seus 
membros”. Ex.: Corporações Legislativas, Tribunais 
etc. 
 3) QUANTO À COMPOSIÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO) 
- ÓRGÃOS SINGULARES: “quando integrados por um único 
agente”. Exemplos: Presidência da República, Diretoria de 
uma escola etc. 
- ÓRGÃOS COLETIVOS: “quando integrados por vários 
agentes”. Ex.: Tribunais etc. 
 
 
 
 
 -- 
 
 
 
 4) QUANTO À ESFERA DE AÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO): 
- ÓRGÃOS CENTRAIS: “são aqueles que exercem atribuições 
em todo o território de competência (seja nacional, 
estadual ou municipal)”. Exemplos: Ministérios, 
Secretarias Estaduais ou Municipais etc. 
- ÓRGÃOS LOCAIS: “são aqueles que atuam sobre uma parte 
do território”. Ex.: Delegacias Regionais da Receita 
Federal, Delegacias de Polícia, Postos de Saúde etc. 
 
3) SEGUNDO CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à função 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
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OS: 0052/7/16-Gil 
4) SEGUNDO RENATO ALESSI: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃOS 
SEGUNDO CELSO ANTÔNIO SEGUNDO RENATO ALESSI 
1) DE ACORDO COM A FUNÇÃO: 
1.1)ÓRGÃOS ATIVOS: “os que expressam decisões estatais para o cumprimento dos fins da pessoa jurídica”. Ex.: Conselho 
Monetário Nacional, que edita resoluções obrigatórias para todo o sistema financeiro nacional. 
1.2)ÓRGÃOS CONSULTIVOS: “os de aconselhamento e elucidação (pareceres) para que sejam tomadas as providências 
pertinentes pelos órgãos ativos”. Ex.: Advocacia-Geral da União, que expede pareceres para a resolução de problemas 
jurídicos. 
1.3)ÓRGÃOS DE CONTROLE: “são os prepostos a fiscalizar e controlar a atividade de outros órgãos e agentes”. Ex.: Tribunal de 
Contas da União, que controla (fiscaliza e revisa) as despesas governamentais. 
2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 
2.1) ÓRGÃOS SIMPLES: “são aqueles cujas decisões são 
formadas e manifestadas por uma só pessoa ”. Ex.: 
Presidência da República 
2.2)ÓRGÃOS COLEGIAIS: “são aqueles cujas decisões são 
formadas e manifestadas por um grupo de pessoas”. 
Ex.:Plenário. 
 
 2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 
-2.1)ÓRGÃOS BUROCRÁTICOS: “são aqueles que estão a cargo 
de uma só pessoa física ou de várias pessoas ordenadas 
VERTICALMENTE ”. Ex.: Diretoria 
2.2) ÓRGÃOS COLEGIADOS: “são aqueles formados por uma 
coletividade de pessoas físicas ordenadas 
HORIZONTALMENTE, com base em uma relação de 
coligação ou coordenação”. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
 
CONCEITO: A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração 
direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. 
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS ENTIDADES: 
- São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, instituídas por determinada entidade política para exercer uma parcela 
de sua capacidade de autoadministração. 
- Capacidade de autoadministração: segundo a qual exercem com autonomia a atividade que lhe foi transferida pela entidade 
política, nos termos e limites da lei. 
- Não possuem capacidade de autogoverno nem de autoconstituição, nem mesmo de autolegislação. 
- São resultado do fenômeno da descentralização. 
- Têm patrimônio próprio, receitas e orçamentos próprios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGÃOS 
(classificação) 
 
Quanto 
 à função 
 
Quanto 
 à Estrutura 
 
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ANÁLISE DAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
 AUTARQUIA 
FUND. PUB. (PUBLICO) E FUNDAÇÃO 
PUB (PRIVADO) 
EMPRESA PUB. E 
SOC. ECON. MISTA 
CONCEITO 
Pessoa jurídica de direito 
público, criada por lei, para 
desenvolver atividades 
típicas e próprias da 
Administração. 
 
 
 
Pessoa jurídica de direito público 
(entendimento jurisprudencial) ou de 
direito privado; as fundações são 
pessoas jurídicas que nascem em razão 
da existência de um patrimônio 
vinculado ao cumprimento de uma 
finalidade: desenvolver atividades com 
um fim social. 
 
Pessoas jurídicas de 
direito privado, destinadas 
à atividades 
econômicas(art. 173, CF) 
ou prestação de 
serviços(art. 175, CF) 
industriais ou comerciais, 
em que o Estado tenha 
interesse próprio ou 
considere convenientes à 
coletividade. 
CRIAÇÃO Criada por lei 
Fund. Pub. (Publico) - criada por lei 
Fundação Pub (Privado) - autorizada 
por lei 
Autorizadas por lei. 
PERSONALIDADE 
JURÍDICA 
Direito Público Direito Público ou Privado Direito Privado 
RELAÇÃO COM O 
ENTE POLÍTICO 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; tutela 
administrativa) 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; tutela 
administrativa) 
Vinculação 
(controle finalístico; 
supervisão ministerial; 
 tutela administrativa) 
REGIME JURÍDICO 
Regime Jurídico de Direito 
Público 
Fund. Pub. (Publico)- Reg. Jur. Direito 
Público 
 Fundação Pub (Privado)- Regime 
Híbrido 
Regime Híbrido 
RELAÇÃO DE 
TRABALHO 
Estatutária 
(Obs.: o STF suspendeu o 
uso do regime celetista 
através da ADI-MC 2135). 
Fund. Pub. (Publico) – Estatutária. 
(Obs.: o STF suspendeu o uso do 
regime celetista através da ADI-
MC 2135). 
Fundação Pub (Privado) – Celetista. 
Celetista 
LICITAÇÃO E 
CONTRATOS 
Realizados através de 
LICITAÇÃO 
Realizados através de LICITAÇÃO 
Realizados através de 
LICITAÇÃO 
CONTROLE 
EXTERNO 
Contorle feito pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas 
PRIVILÉGIOS 
Imunidade de impostos, 
prescrição quinquenal de 
suas dívidas, 
impenhorabilidade de seus 
bens. 
Fund. Pub. (Publico) - Imunidade de 
impostos, prescrição quinquenal de 
suas dívidas, impenhorabilidade de 
seus bens; 
 Fundação Pub (Privado) - imunidade

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