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Plano de Aula: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO I .FURTO DIREITO PENAL III - CCJ0110 Título CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO I .FURTO Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 6 Tema CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO I. Furto (art. 155, CP). Objetivos O aluno deverá ser capaz de: - Identificar o bem jurídico tutelado pelo Direito Penal; -Reconhecer a aplicação dos princípios da lesividade, insignificância e proporcionalidade para os delitos contra o patrimônio; - Identificar as figuras típicas do crime de furto, diferenciando-as e reconhecendo as circunstâncias que as fazem incidir; Estrutura do Conteúdo O conteúdo será apresentado com base no Material Didático de Direito Penal III, entre as páginas 295 e 316 (Prado, Luiz Regis Curso de Direito Penal Brasileiro vol. 2 . Parte Especial arts. 121 a 249, editora: Revista dos Tribunais. Segunda Parte. Crimes contra o Patrimônio. I. Furto). Antes da aula, não esqueça de ler : O artigo. 155, do Código Penal. Verbetes de Súmula n. 442 e 511, do Superior Tribunal de Justiça. ESTRUTURA DE CONTEÚDO DESTA AULA: 1. Crimes contra o Patrimônio. 1.1 Conceito de patrimônio para o Direito Penal. 1.2 Aplicabilidade do princípio da insignificância aos crimes contra o patrimônio. 2. Furto. Art.155, do Código Penal. 2.1 Análise da figura típica: Bem jurídico tutelado. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos. Sujeitos do delito. Classificação doutrinária. Consumação e tentativa. 2.2. Coisas que não podem ser objeto de furto. 2.3. Furto de uso. 2.4 Figuras típicas: furto simples, furto noturno, furto privilegiado, furto de energia e furto qualificado. 2.5 Distinção entre o delito de furto e demais figuras típicas contra o patrimônio : apropriação indébita, estelionato, receptação e roubo. 2.6. Distinção entre o delito de furto e demais figuras típicas contra a Administração Pública: peculato-furto, exercício arbitrário das próprias razões e favorecimento real. UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS: Nesta aula inauguraremos o estudo sobre os crimes contra o patrimônio, compreendido este para fins penais, como o conjunto de relações jurídicas que possam ser economicamente apreciáveis, não abrangendo, entretanto, o patrimônio negativo. O delito de furto apresenta-se como elemento disparador da análise das demais figuras típicas contra o patrimônio, tais como apropriação indébita, roubo e estelionato. Classificação doutrinária: Configura-se como crime comum; subjetivamente complexo (doloso); material; instantâneo, monossubjetivo e plurissubsistente. Figuras Típicas: Por tratar-se de crime subjetivamente complexo, apenas admite condutas dolosas e apresenta as seguintes figuras típicas: simples, majorada pelo repouso noturno, privilegiada pelo pequeno valor da res e primariedade do agente, qualificada por circunstâncias objetivas e subjetivas, bem como a figura equiparada em decorrência da subtração de energia elétrica ou outra forma de energia que tenha valor econômico. Consumação: Com relação ao momento consumativo surgem quatro teorias, a saber: contrectatio, amotio, ablatio e illatio, sendo o entendimento dominante no sentido que a consumação ocorre no momento em que há a inversão da posse, não sendo necessário que ela seja mansa e pacífica ? teoria da amotio. Desta forma, avaliaremos as questões controvertidas na doutrina e jurisprudência sobre as condutas típicas do delito de furto. Aplicação Prática Teórica APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Cássio, assíduo cliente do Supermercado “Prime”, quando se encontrava promovendo suas compras do mês, foi surpreendido pelo anúncio sonoro acerca de uma promoção relâmpago de um renomado vinho tinto, que teria desconto de 50 porcento de seu valor original de R$ 500,00 (quinhentos reais). Isso para todos aqueles que conseguissem levar o produto ao balcão de descontos para colocação do selo de abatimento do preço. No afã de ser beneficiado pelo anunciado desconto, Cássio rapidamente se dirige ao setor correspondente, e consegue apanhar a última garrafa disponível, colando o necessário selo promocional. Aliviado, Cássio desvia sua atenção para a continuidade de suas compras, mas, ao retornar do curto período em que se distanciou de seu carrinho, acaba por constatar que alguém teria sorrateiramente dele retirado o desejado vinho com o selo de desconto. Ao procurar a gerência e comunicar o inusitado fato, Cássio foi levado ao recinto de monitoramento do mercado, onde, após analisar as imagens, identificou uma senhora idosa, que, aproveitando-se da distração de Cássio, teria retirado de seu carro de compras a última garrafa de vinho com o selo promocional, correndo ao caixa prioritário, onde promoveu o pagamento do produto com seu cartão de débito, tomando rumo igno rado em seguida. Comunicada do fato, a polícia consegue, com auxílio das imagens do circuito interno e análise da fatura de compra cedida pelo supermercado, identificar a astuta senhora como sendo Cremilda de tal, levantando-se também seu endereço. Intimada a depor em sede policial, Cremilda, do alto de seus 73 anos, admitiu sem remorsos todo o ocorrido, esclarecendo não ter resistido ao fato de ser aquele o último vinho com selo de promoção, tendo consumido o produto naquele mesmo dia. Considerando que Cás sio não conseguiu levar outro vinho com abatimento do preço, e que o supermercado nenhum prejuízo sofreu, indaga-se sobre a relevância penal da conduta perpetrada por Cremilda. QUESTÃO OBJETIVA Caio, 21 anos furta seu irmão Mévio, 19 anos. É correto afi rmar que a ação penal é pública: a) e Caio é isento de pena. b) incondicionada, mas sujeita a perdão do ofendido. c) e incide atenuante pela idade. d) condicionada à representação e incidirá agravante pelo parentesco.
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