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RESENHA CRÍTICA

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UNIVERSIDADE CEUMA
CURSO DE PSICOLOGIA
ADRYANNE ALMEIDA - 
RAYANE DOS SANTOS REGO - 72518
RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME ‘’MAR ADENTRO’’
São Luís
2016
UNIVERSIDADE CEUMA
CURSO DE PSICOLOGIA
ADRYANNE ALMEIDA –
RAYANE DOS SANTOS REGO - 72518
RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME ‘‘MAR ADENTRO’’
Resenha crítica baseada no filme “Mar Adentro” elaborada para a obtenção de nota da disciplina de Psicologia da saúde e hospitalar referente à segunda nota do segundo bimestre, 5º período do curso de Psicologia. 
Docente: profa. Me. Alexandra Tavares.
São Luís
2016
Este filme baseado em fatos reais, representado através do filme “Mar Adentro”, dirigido por Alejandro Amenábar, trata-se da história de um jovem marinheiro chamado Ramón Sampedro que teve a vida totalmente mudada após um trágico acidente que acabou o deixando tetraplégico pra sempre. Este jovem chamado Ramón tinha muita disposição à vida e depois do acontecimento se viu de frente a um estilo invariável, sofrido, doloroso e que dependia de tudo e de todos que estavam ao seu redor para realizar as atividades mais básicas às mais complexas.
Antes dos 20 anos, Ramon já havia viajado por todo o mundo e sempre dizia que por ser marinheiro viajava praticamente de graça. Tinha uma noiva, tinha muitos planos e muita aventura a fazer. Parecia que ele procurava por sua própria morte, pois, o mesmo, vivia aprisionado em uma cama, andar sobre cadeira de rodas e como homem não exercer mais suas necessidades, de fato, refletia uma vida sem sentidos e todo o esforço dedicado para mantê-lo vivo o enquadrava numa vida medíocre. “A vida é um direito e não uma obrigação”, afirma Ramon com seu jeito racional de lidar com as circunstancias, inclusive com a morte. Ele lutava de forma incansável para obter o direito em poder decidir quando por o fim em sua vida.
Mesmo contrariando a todos Ramon insistia nesse propósito trazendo ainda mais sofrimento aos seus familiares. Seu pai XX, um senhor idoso transparecia uma grande tristeza e afirmava que pior do que ver a morte de um filho, seria vê-lo querendo morrer. José, seu irmão mais velho, era também totalmente contra seu desejo e mesmo cuidando de Ramón por 28 anos ao estilo de vida de um tetraplégico, sempre dizia que viver era bom e que somente Deus tinha o poder dessa decisão. Sua cunhada, Manuela, tinha amor mesmo com todas as dificuldades do intenso tratamento e acolhimento e isso não foi o suficiente para fazer Sampedro mudar de ideia. 
Uma bela advogada se interessou na defesa de seu caso, é evidente que o motivo de Júlia em ajudar Ramon foi por se identificar pela falta de autonomia em sua própria vida por conta de suas limitações físicas, ela sofria de uma doença degenerativa. Durante o período de convivência entre Ramón e Júlia, percebem-se indícios de uma paixão através de seus sonhos e comportamentos perante a advogada. 
Na tentativa de comover a sociedade e assim alcançar seu objetivo, Ramón chegou a expor seu corpo em um programa de TV defendendo sua escolha, atraindo outra bela mulher chamada Rosa. Esta era cheia de vida, de sonhos, de luta, era contagiante, se apaixona e declara-se a Ramón mesmo sabendo claramente de suas limitações físicas. Após ouvir de Ramón outra perspectiva de amar – para ele, amar era libertar - resolve ajuda-lo em sua decisão. E foi dessa forma que Ramón alcançou a morte despedindo-se de uma vida, conceituada por ele, indigna. 
Sobre o diagnóstico
O termo diagnóstico reacional refere-se à forma como o paciente reage diante da experiência de adoecimento, que pode implicar na adesão ao tratamento e consequentemente em sua eficácia. Segundo Kubler- Ross(1960), o diagnóstico reacional pode acontecer de quatro formas: Negação, revolta, depressão e enfrentamento. Não há uma sequência fixa e o sujeito pode mudar de posicionamento em relação à doença em qualquer momento. Segue abaixo uma ilustração do diagnostico reacional de Ramon Sanpedro:
DEPRESSÃO
↑ 
REVOLTA ←TETRAPLEGIA → ENFRENTAMENTO
 O diagnostico apresentado acima nos mostra como funciona o comportamento de revolta, depressão e enfrentamento onde, apesar de está seguro e determinado em sua decisão de morrer, o protagonista reage em diferentes formas diante de sua condição. 
Por exemplo, na primeira visita de Rosa à casa de Ramon, ela tentava convencê-lo de que a vida vale à pena ser vivida e o acusava de fugir de seus problemas, Ramón reage de forma agressiva intitulando-a de mulher frustrada. Rosa sofria maus tratos, talvez, a história de Ramón fosse um consolo para o seu sofrimento. Outra passagem importante a qual remete à revolta esta no momento de tentativa em convencer Ramón de sua decisão, pois para ele isso é algo digno de aplausos e o que lhe oferecem são tratamentos e meios de apoio vistos por ele como migalhas.
Na posição de depressão entende-se que não é apenas um estado que se resume em grande tristeza e sim um conjunto de vários outros sentimentos. É na depressão que o individuo nada encontra como incentivo a esperar algo do futuro, não se coloca à disposição para uma continua busca de melhoria em sua própria qualidade de vida, ou seja, ele próprio não acredita que pode ser curado ou até mesmo se submeter a um novo estilo de vida considerando perdas significativas como exemplo ser tetraplégico. Parte desse contexto depressivo de Ramon foi apresentado quando ele ouvia as gravações feitas pela advogada em uma de suas conversas, ou ainda quando esboçava sorrisos já que para ele seus sorrisos eram como choros de dor, dor essa psicológica certo de que a dor física neste caso não era possível senti-la.
Quando se relata a depressão no diagnostico reacional podemos observar a desmotivação nas frases deferidas por Ramon: Pra que? Não vai resolver. Se olharmos para o caso desse relato elaborado neste documentário, entenderemos isso de forma clara já que o mesmo não teria como obter a cura devido o quadro do seu estado físico ser algo irreversível. 
Seguindo as hipóteses levantadas na apresentação do DR, temos o enfrentamento porque trata do olhar do paciente enquanto encontra uma resposta real, algo concreto, não se preocupa se o seu adoecimento faz sentido, sua preocupação é que a doença é dele e só ele poderá cuidar. Neste caso sua resposta ou solução como optar por sua própria morte foi gerado pelo entendimento que nada o faria a voltar a ser o que era antes, sua vida não tinha mais nenhum sentido por está sendo apresentado e obrigado a viver de uma forma totalmente contraria às suas expectativas. Notamos dentre as falas de Ramon quanto à essa afirmação quando ele relata que não quer recordar ao passado, pois nada daquilo iria voltar. Sabe que seu alivio seria morrer, Ramon fala também que é a morte seria a única com quer se casar. 
O filme Mar adentro nos traz um grande desafio sobre o entendimento e aceitação em sermos o dono de nossa própria morte. Portanto, lutar por ela e deixar de lado outros prazeres e ou sentidos que a vida poderá proporcionar de fato pode custar grande angustia e sofrimento desnecessário, contudo, cabe a cada um de nós lutarmos por algo que possua sentidos, valores e prazeres. Dar fim a vida poderá ser um fim precoce ao desconhecido, a aquilo que poderá estar por vir, dar fim a vida é também não permitir uma readaptação em vista um novo estilo de viver. A vida é tudo aquilo que sonhamos, que lutamos, é tudo aquilo que nos move e na tetraplegia o corpo não mais caminha em suas direções, mas os sentimos, o amor, o afeto, esses sim podem se tornar grandes potenciais para se fazerem motivos para lutar a favor da vida.

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