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leitura aula 4

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CURSO:	PEDAGOGIA 
DISCIPLINA	: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
PROFESSORA M.Sc.: NOHAD MOUHANNA FERNANDES
		 
			
ATIVIDADES OBRIGATÓRIAS DA AULA 4 (caso prefira, envie apenas as respostas das questões ) – (Valor: 1,3)
LEITURA E INTERPRETAÇÃO
OBS.: ATIVIDADE INDIVIDUAL
- (CESGRANRIO) Texto para as questões 01 a 08:
	“Pode soar irônico lembrar que estamos vivendo tempos de paz e não de guerra, tão sombrio e impregnado de profundo mal-estar e insegurança é o clima de nossa geração. As contradições parecem insolúveis. Sem dúvida, a sociedade de consumo continua nos enriquecendo materialmente, com um progresso e um avanço tecnológico antes inimagináveis. Mas, diante da destruição a que assistimos - tanto ao nível físico, destruição ecológica das bases elementares da vida, como ao nível espiritual, destruição do acervo de valores humanistas e erosão de responsabilidades - esse tipo de progresso está se tornando cada vez mais questionável; em vez de se ampliarem as condições de uma vida mais plena para a humanidade, elas parecem se reduzir.
	À primeira vista, certas coisas se apresentam até bastante positivas. Através do livre acesso a informações sobre acontecimentos atuais, e com a grande variedade de materiais e processamentos modernos que existem agora, nosso conhecimento inteligente e todo nosso ser sensível é estimulado de mil maneiras, devendo se enriquecer e desenvolver nesse processo.
	Entretanto, no contexto da sociedade de consumo, as coisas se viciam. Isso porque ocorre ao mesmo tempo, com tantas oportunidades que se oferecem, um processo orientado exatamente em sentido inverso, um processo que aliena as pessoas de sua espontaneidade criativa e de seu potencial sensível, um verdadeiro processo de dessensibilização das pessoas, que as incapacita para o uso das oportunidades oferecidas. Num bombardeio ininterrupto através dos diversos canais de persuasão cultural e meios de comunicação - bombardeio que vai da casa à rua, à escola, ao trabalho, ao lazer, e ao qual o indivíduo está sendo exposto praticamente desde o momento em que nasce - procuram-se impor os valores do consumismo como únicos valores reais, única meta de vida e única forma de realização social. A curiosidade natural do jovem diante da vida, os anseios, as aspirações e as necessidades do adulto, tudo é sumariamente reduzido ao nível de mercadorias, a fim de ser considerado realidade. Fora da mercadoria não há realidade. O próprio homem, portador de tantas capacidades criativas e produtivas, só interessa enquanto mercadoria. O resto é mero sonho, mundo utópico, romântico, enfim, irreal. Caminhos de vida? Intuição? Sensibilidade? Realização de um íntimo potencial criador? Tudo irreal. Não sendo negociáveis nem substituíveis, não farão parte das realidades. Cabe entender ainda que, dessensibilizadas e despojadas de suas faculdades criativas, as pessoas são mais facilmente condicionadas a abdicar de critérios críticos.
	É preciso levar tudo isso em conta quando se analisa o que está ocorrendo em nossos dias.”
 (Fayga P. Ostrower. Universos da arte.)
1. No texto, o autor utiliza alguns elementos coesivos para estabelecer relações entre as idéias veiculadas. Sobre o uso do conectivo negritado em “Entretanto, no contexto da sociedade de consumo, as coisas se viciam.” (3º parágrafo), assinale a única alternativa correta:
 e) marca o valor adversativo entre o parágrafo precedente e o que se segue.
2. Responda:
a) Que vocábulo do texto repete “as condições de uma vida mais humana e mais plena para a humanidade”?
Esse tipo de progresso está se tornando cada vez mais questionável, em vez de ampliarem as condições de uma vida mais plena para a humanidade, elas parecem se reduzir.
b) A quem se refere o pronome oblíquo “as” (sublinhado no texto)?
Referem-se às pessoas.
c) Qual é o antecedente a que se refere o pronome relativo “ao qual” (sublinhado no texto)? 
Ao bombardeio.
d) O pronome “tudo” (sublinhado no texto) é um anafórico que retoma quais elementos do texto?
A curiosidade natural do jovem diante da vida, os anseios, as aspirações e as necessidades do adulto.
Obs.: o conteúdo da aula 7 pode auxiliá-lo a resolver as questões acima.
3. De acordo com o texto, que tipo de problema o progresso de nossos dias está trazendo?
 
 c) A destruição de aspectos físicos e espirituais, com a redução das condições de uma vida mais digna.
 
4. Qual das afirmações a seguir contraria as idéias do texto?
 e) Os valores impostos pela sociedade de consumo devem ser acatados e aprovados.
5. O que interessa à sociedade de consumo, de acordo com o texto?
 
 b) Impor seus valores como únicos e verdadeiros.
6. Segundo o texto, a sociedade de consumo menospreza e desvaloriza:
 b) Os caminhos de vida e a intuição.
7. De acordo com o que diz o texto a respeito da sociedade de consumo, assinale o fator que não atua no sentido de influir e condicionar o modo de ser e de agir da população:
 a) Os valores humanistas.
8. Concluindo, pode-se dizer que o texto:
 c) Analisa a sociedade de consumo, citando e criticando os prejuízos por ela causados.
BOM TRABALHO!!!
.............................................................................................................................................ATIVIDADE COMPLEMENTAR 
(Leia o texto abaixo e enriqueça o seu conhecimento sobre o significado e a importância da leitura.)
A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
11/7/2006
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta. 
A atividade de leitura não corresponde a uma simples decodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos. 
Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo. 
Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff, 
cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. 
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegueser tocado pela leitura. 
Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:
[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia. 
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquirirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão. 
E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas. 
Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem. 
Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo". Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se. 
Maria Carolina
http://www.colegiosantamaria.com.br/santamaria/aprenda-mais/artigos/ver.asp?artigo_id=2

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