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Resumo Prova Bimestral Direito Administrativo 2 B

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Resumo Prova Bimestral – Direito Administrativo – Prova Bimestral 2º B
Regime de Concessão e Permissão:
Lei 8.987/95 – Lei dos Serviços Públicos ( Concessão e Permissão) 
Art. 175 da CF – ( Princípio da Legalidade ) - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único – A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II – os direitos dos usuários;
III – política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
A delegação de serviço público, instrumentalizada na Lei 8.987/95 é garantida pela norma programática do Art. 175 do CF. Através da lei em questão pode se observar 03 figuras essenciais:
O poder concedente;
O regime de concessão;
O regime de permissão. 
Art. 1º da Lei 8.987 – As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da CF, por esta lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.
Concessão e Permissão – A primeira característica dos regimes de delegação está na titularidade, chamado de poder concedente, descrito no art. 2º, inciso I da Lei 8.987, como sendo a União, Estado, DF e os Municípios.
O regime de concessão, segundo a lei, só é aplicável, quando passar pelo crivo do modelo licitatório, com a abertura de concorrência. Caso esta não ocorra, teremos um modelo precário, chamado de permissão, nos termos desta mesma lei. 
Definição de Obra e Serviço: Lei 8.666/93 (lei das licitações) em seu art. 6°:
Obra – toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta;
Serviço – toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.
Elementos da Concessão e de Permissão (Serviço Adequado):
Continuidade – o princípio da continuidade do serviço público, seja por prestação direta ou indireta. O princípio da continuidade correlaciona-se com o serviço adequado, que é aquele exercido, dentre outras características, sem paralisação ou interrupções. Esse princípio, entretanto, possui 3 exceções:
Emergência – para que o serviço seja interrompido de forma legítima deve ocorrer o caso fortuito ou de força maior.
Reparo, manutenção e consertos – justificam a paralisação, mas devem ser avisados anteriormente aos usuários.
Inadimplência – para que haja paralisação deve haver aviso prévio do inadimplemento de forma a garantir o contraditório e a ampla defesa. Em qualquer caso o poder concedente poderá intervir na concessionária, nos termos do Art. 32 da Lei 8.987/95.
O Art. 6°, § 1° da Lei 8.987/95 – Princípios do Serviço Adequado – Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
A regulamentação do serviço adequado condiciona toda a matéria prevista na Lei 8.987/95. Por se tratar de um diploma legal que abrange questões diversas como licitação e política tarifária, é imprescindível reconhecer os princípios elencados no Art. 6°, § 1° da referida lei, a saber:
Regularidade – o serviço adequado deve ser pautado por uma prestação rotineira e planejada;
Continuidade – os serviços públicos devem ser realizados sem interrupções;
Eficiência – o serviço deve ser prestado ao menor custo x benefício;
Segurança – o serviço adequado deve se atentar às normas técnicas mínimas;
Atualidade – o serviço público deve ser realizado de acordo com as técnicas, equipamentos e instalações modernas;
Generalidade – o serviço adequado não pode discriminar a figura do usuário;
Cortesia – o serviço adequado deve ser prestado de forma digna e eficiente;
Modicidade das tarifas – os preços públicos praticados devem ser acessíveis, em conformidade com a complexidade da operação.
Modicidade da tarifa – para o cálculo do valor tarifário se leva em conta dois fatores principais: a) a capacidade econômica do usuário e b) a complexidade do serviço prestado. O valor tarifário, por lei, não se submete às regras tributárias, dada a sua natureza, poderá ser reajustado sempre que na necessidade do equilíbrio econômico vier à preponderar.
Política tarifária – compensação – o exercício da aplicação de tarifas está condicionado ao chamado equilíbrio econômico-financeiro, assim, a regulação da tarifa deverá ser feita nos moldes de revisão, aprovado pela autoridade competente, uma vez apresentada a planilha de custos e observada a impactação dos custos ao usuário.
Contratos Administrativos
Conceito: é o ajuste celebrado entre a administração pública e o particular, ou outra entidade administrativa para a realização de atividade de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria administração. 
Distinção entre Contrato Administrativo e o Contrato Civil:
	
	Contrato Civil
	Contrato Administrativo
	Sujeitos
	Particular, Empresa Privada X Particular ou Empresa Privada
	Administração X Particular, PJ de direito privado ou outro ente Administração
	Objeto
	Privado – regido pela legislação civil privada.
	Interesse Público e regido por legislação específica pública.
	Posição dos Contraentes
	 Igualdade ou Hipossuficiência presumida
	Supremacia do interesse público, unilateralidade.
Características do Contrato Administrativo – se caracteriza por ser consensual, formal, oneroso, comutativo ou de adesão e personalíssimo, contrato de ordem pública. 
Modalidades de Contrato Administrativo:
Nos contratos administrativos, um dos requisitos essenciais é a concentração da especificidade de forma e conteúdo do art. 23 da Lei 8.987/95. A presença desses requisitos é indispensável e gera nulidade aos contratos que não a contém.
Art. 23 / lei 8.987 – São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas: ao objeto, à área e ao prazo da concessão; ao modo, forma e condições de prestação do serviço; aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço; ao preço do serviço e aos critérios e procedimento para o reajuste e a revisão das tarifas; aos direitos e garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária; aos direitos e deveres dos usuários para utilização do serviço; à forma de fiscalização; às penalidades contratuais; aos casos de extinção da concessão; as condições de prorrogação do contrato; prestação de contas da concessionária ao poder concedente.
Contrato de Obra – é definida no Art. 6° da Lei 8.666/93, inciso I e se concentra, essencialmente na construção, reforma e ampliação de obra pública.
Contrato de Fornecimento – contrato pelo qual a administração adquire coisa móvel de particular mediante ajuste. Ex: contrato de fornecimento de material de limpeza para prédios públicos. O contrato de fornecimento é uma subespécie de contratos de serviços, cuja definição completa se encontra no art. 6°, inciso II. 
Contrato de Gestão – é o contrato que visa transferir a exploração de uma certa e determinada prerrogativa do Estado. Ex: concessão de rádio de televisão, de água, de energia elétrica, etc.
Cláusulas Exorbitantes – são cláusulas exclusivas do contrato administrativo impondo condições especiais e unilaterais da administração pública. As são cláusulas abusivas, porém são válidas e esperadas, dando característica de unilateralidade pela supremacia do interesse público. 
Características dos Contratos Administrativos:
Exigência de garantia – após o vencimento da concorrência na licitação é exigida ao contrato a prestação de caução. Essa garantia será devolvidaapós o fim do contrato, caso o contrato tenha dado causa a rescisão, a administração poderá reter a garantia como ressarcimento.
Alteração ou Rescisão Unilateral – o interesse público deve prevalecer nos contratos administrativos. Assim, a administração poderá alterar ou rescindir o contrato por diversas causas: não cumprimento de cláusulas; lentidão, atraso ou paralisação de obra, falência da empresa, etc.
Fiscalização – os contratos administrativos, no tocante a seu cumprimento devem ter a concessionária como constante objeto de fiscalização admitindo-se a eventual intervenção do poder concedente (Art. 29 da Lei 8.987/95, inciso I).
Retomada do objeto – pelo princípio da continuidade do serviço, admite-se a retomada do objeto da concessionária, sempre que a paralisação e a lentidão prejudique a execução do serviço. Ex: Art. 38 da Lei 8.987/95.
Aplicação de Penalidades – a administração pública pode se valer do poder de polícia na execução dos contratos administrativos. Ex: fiscalização ambiental e sanitária em obra pública.
Equilíbrio Econômico – a administração pública pode aumentar os encargos do contrato. Esta cláusula, entretanto, é parcialmente exorbitante, uma vez que a concessionária também poderá rever a cobrança tarifária. 
Execução de Contrato não cumprido – a administração pública pode inadimplir com as obrigações do contrato unilateralmente. Nesse caso a cobrança por parte da concessionária se faz pela via executiva judicial, uma vez que é obrigada a dar continuidade ao serviço.
Interpretação dos Contratos:
 Formalização: 
Art. 54 da Lei 8.666/93 (lei das licitações) – o contrato administrativo goza da fé pública presumida e da presunção da legitimidade. Os contratos administrativos de que trata esta lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.
§ 1° - Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
Distinção entre Interpretação de Contratos Administrativos e Contratos Civis:
	Contrato Civil
	Contrato Administrativo
	Função Social
	Vinculação ao interesse público
	Boa fé objetiva (animus contraendi)
	Boa fé pública (presunção de legitimidade)
Contrato Civil – sem requisito para contração contratual – Art. 421 – a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Contrato Administrativo – Art. 14 da Lei 8.987/95 – Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao instrumento convocatório. 
Art. 25 da Lei 8.666/93 – hipóteses de inexigibilidade da licitação em contratos administrativos.
A interpretação dos contratos administrativos far-se-á pelas normas de direito público e subsidiariamente pela Teoria Geral dos Contratos. Assim, princípios genéricos como o Pacto Sunt Servanda e o Rebus Sic Stantibus se aplicam genericamente aos contratos civis e administrativos, mas princípios como a presunção de legitimidade e a vinculação ao interesse público são exclusivos do contrato administrativo.
Toda cláusula que, por sua redação possua teor contrário ao interesse da coletividade será considerada como não escrita.
Formalização Contratual dos Contratos Administrativos:
Instrumento Contratual – o contrato administrativo é formal e, alguns casos solene, como por exemplo, quando há a exigência de escritura pública e quando o objeto recaia sobre direito real sobre imóvel. Direitos reais – Art. 1.221 do CC. Ex: hipoteca.
As cláusulas obrigatórias desse contrato administrativo são:
As que definem o objeto do contrato;
As que estabelecem o regime de execução da obra;
Aquelas que fixam o preço e condições de pagamento;
Aqueles que trazem critérios de reajuste e atualização monetária;
As que marquem o início, execução, conclusão e entrega do objeto do contrato;
O apontamento das garantias.
Conteúdo : No conteúdo surgem as cláusulas necessárias, ou seja, aquelas que definem direitos, obrigações, encargos e responsabilidades no contrato.
Inexecução do Contrato Administrativo: 
A inexecução total ou parcial do contrato acarreta a rescisão contratual administrativo, conforme dispõe o art. 77 da Lei 8.666/93. Só acarreta peso para o contratado.
Conceito: a inexecução do contrato é o descumprimento de suas cláusulas, no todo ou em parte. Só ocorre no caso d ação ou omissão do contratado dentro das circunstâncias previstas no art. 78 da Lei 8.666/93. 
As formas de rescisão do contrato estão prevista no art. 79 da referida Lei 8.666.
Causas Justificadoras – são as circunstâncias que justificam a inexecução do contrato sem gerar, portanto, direito indenizatório às partes. Art. 78 da Lei 8.666. – Res Sic Stantibus – o instante rege o contrato.
Teoria da Imprevisão – pressupõe situações imprevisíveis que afetem substancialmente o contrato, tornando-o excessivamente oneroso. Esse princípio é sustentado na premissa de que o instante rege o contato. Resolução por onerosidade excessiva – art. 478 do CC.
Fato do Príncipe – também chamado de álea administrativa, é medida de ordem geral praticada pela administração pública, não relacionada diretamente com o contrato, mas que nele repercute. Afeta indiretamente a Administração. 
Fato da Administração – é toda ação ou omissão do poder público que incidindo direta e especificamente sobre o contrato, impede sua execução – culpa pela administração – art. 79, inciso XV da Lei 8.666 – Afeta diretamente a administração.
Caso Fortuito – é o acontecimento humano, imprevisível e inevitável que impossibilita a execução do contrato. Ex: greve, epidemia.
Força Maior – é o evento da natureza inevitável, imprevisível que impossibilita o cumprimento do contrato. Ex: tempestade, desastres naturais.
Bens Públicos
Art. 20 a Art. 26 da CF/ Lei 9.636/98 / Art. 98 do CC e ss.
Conceito: são todos os bens que pertencem ou estejam sob o domínio de pessoa jurídica de direito público, da administração direta ou indireta. 
O bem público, para fins de entendimento doutrinário se dá a partir da ideia de domínio, o que gera 03 situações:
Bens públicos propriamente ditos- são aqueles de propriedade da administração pública;
Bens particulares de interesse público – são aqueles de domínio da administração;
Bens de fruição geral – são aqueles de aproveitamento coletivo – chamados de Res Nullius.
Art. 20 da CF – Terras da União: terras devolutas, lagos, rios, praias fluviais, ilhas, recursos naturais, mares, potencial de energia hidráulica, recursos minerais, terras indígenas.
Classificação dos Bens Públicos – A Constituição Federal relaciona em seu Art. 20 os bens pertencentes à União e, no art. 26, os bens pertencentes ao Estado. Pode-se dizer que, aos Estados e Municípios é reservado um domínio residual, ou seja, uma vez que originalmente pertence à União, o domínio de bens públicos é praticamente, concessão originária dela.
Categorias de Bens Públicos:
Bens de Uso Comum – são aqueles que se destinam à utilização geral pela coletividade. Ex: rios , estradas, ruas, etc.
Bens de Uso Especial – são aqueles que se destinam à execução de serviços administrativos e serviços públicos em geral. Ex: Hospital público, Fórum, Delegacia.
Bens Dominicais – são aqueles que não possuem uma destinação pública específica, ou, não possua uma finalidade administrativa própria. Ex: terras devolutas, bens móveis sem destinação e sem valia, prédios públicos desativados, etc.
Afetação e Desafetação do Bem Público:
Concessão. Permissão, Alienação e Doação de bem Imóvel da União (Lei 9.636/98).
Afetação – considera-se afetadoo bem público quando há utilização para um fim público determinado de forma direta pelo Estado ou de forma indireta pelo uso particular. Afetação é, portanto, a atribuição a um bem público a sua destinação especifica. Ex: os bens de uso comum e os bens de uso especial são bens afetados.
Desafetação – é a modificação na forma de destinação do bem. Em regra, a desafetação tem por objetivo incluir os bens de uso especial e de uso comum na categoria de bens dominicais e só pode ser feito com a autorização legislativa específica. Ex: Hospital Público em ruínas é desafetado por Lei se tornando assim, alienável. 
Art. 22 da Lei 9.636/98 (Bens Imóveis da União) – permissão – utilização a título precário de áreas de domínio da União para a realização de eventos de curta duração poderá ser autorizada sob o regime de permissão de uso.
Art. 22-A da Lei 9.636/98 – Concessão de uso especial para fins de moradia aplica-se às áreas de propriedade da União. 
Art. 31 – mediante ato do Poder Executivo poderá ser autorizada a doação de bens imóveis de domínio da União a: Estados, DF, Municípios, Fundações Públicas e Autarquias; empresas públicas, fundos públicos habitacionais, sociedades de economia mista para programas habitacionais, beneficiários de programas habitacionais.
Forma de Utilização de Bens Públicos:
Autorização de Uso – é ato unilateral, discricionário e precário pelo qual a administração consente na prática de determinada atividade individual, incidente sobre um bem público. Autorização não tem forma, nem requisitos especiais para sua efetivação, visando apenas a atividades transitórias e irrelevantes para o poder público. Ex: autorização para a ocupação de terrenos baldios, retirada de água em fontes abertas, etc. As autorizações não geram privilégios contra a administração e, por isso, não necessitam de autorização legislativa ou de licitação.
Permissão de Uso – é ato negocial, discricionário, gratuito ou oneroso, pelo qual a administração permite ao particular a utilização de determinado bem público, sendo o ato reversível em havendo motivo de interesse público. Ex: barracas de venda em praia, colocação de banheiros químicos em área pública, etc. Na permissão a revogação é, em geral, não indenizatória, pois a regra é a da revogabilidade sem ônus para a administração. 
Quadro de distinção entre Autorização e Permissão de Uso:
	Autorização
	Permissão
	Precário
	Precário
	Unilateral
	Negocial
	Gratuito
	Gratuito/ Oneroso
	Discricionário
	Discricionário
	Atividades transitórias e irrelevantes
	Atividades economicamente relevantes
Cessão de Uso – é a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize nas condições estabelecidas no respectivo termo. É ato de colaboração entre repartições públicas na qual aquela que tem bens desnecessários para o seu uso poderá cedê-la à outra repartição. Ex: empréstimo de computadores de uma Secretaria Estadual para uma Secretaria Municipal. Ele é gratuito, precário, empréstimo e ocorre da Administração pública para a administração pública. 
Concessão de Uso – é o contrato administrativo pelo qual o poder público atribui a utilização de um bem do seu domínio à um particular, para que cumpra a sua função específica. A concessão de uso pode ser remunerada ou gratuita, por tempo certo ou determinado, precedida de autorização legal e pode se dar mediante licitação. Ex: Mercado Municipal, concessão para instalação de frigorífico em matadouro municipal, quiosque no porto do Baé para ser usado por comerciante. 
Concessão de Direito Real de Uso – é o contrato pelo qual a administração transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público para particular, na qualidade de direito real resolúvel com as finalidades de urbanização, industrialização, edificação, cultivo ou outras atividades de interesse social. Ex: abertura de distrito industrial, concessão de terra pública para colonização, etc.
Quadro de distinção entre Concessão de Uso e Concessão de Direito Real de Uso:
	Concessão de Uso
	Concessão de Direito Real de Uso
	Destinação específica
	Terreno público, urbanização, industrialização, edificação, cultivo.
Características dos Bens Públicos:
Inalienabilidade – é a característica original do bem público na qual, os direitos de disposição são nulos ou extremamente limitados em razão de restrição legal. Alienação, por exemplo, de bem móvel pertinente à União depende de uma autorização, seguida de um parecer da secretaria pública da União, seguida de uma autorização do Presidente da República. 
Imprescritibilidade – decorre da própria inalienabilidade. Assim, se os bens públicos são originariamente inalienáveis, pode-se concluir que não incide sobre os mesmos o efeito da usucapião (prescrição aquisitiva – art. 1.238 do CC).
Impenhorabilidade – os bens públicos não estão sujeitos a serem utilizados pelos credores do poder público a título de pagamento. Isso decorre da prerrogativa constitucional que garante à Fazenda Pública a impossibilidade de garantia de dívidas por força de penhora de bens públicos. A forma usual de pagamento por parte da administração pública é feito de garantias de títulos chamados de precatórios. Direitos Reais. 
Não Oneração – é a impossibilidade de um bem público não ser objeto de direito real de hipoteca. Hipoteca é a garantia real de dívida oferecida a credor cujo objeto é o compromisso imobilizado referente ao valor do bem imóvel. Direito Real. 
OBS: O termo direito real – art. 1.225 do CC – se aplica à circunstâncias externas ao sujeito (direito pessoal), mas inerentes ao objeto, como propriedade, usufruto, hipoteca, servidão. A impenhorabilidade e a não oneração são características dos bens públicos referentes aos direitos reais.

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