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Resumo de Direito Civil Av. Parcial 1 B

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Resumo de Direito Civil – Av. Parcial 1° B
Direito das Coisas
Conceito de Patrimônio – é o conjunto de bens (corpóreos e incorpóreos) que compõem os ativos de sujeitos de direito ( pessoa física, pessoa jurídica).
Conceito de Coisas – são bens corpóreos passíveis de apropriação pelo homem a fim de satisfazer suas necessidades pessoais, sociais.
Conceito de Direitos Reais – é o conjunto de normas e princípios reguladores das relações jurídicas pertinentes às coisas que são sujeitas à apropriação pelo homem, atendendo a uma finalidade social.
O direito das coisas está previsto nos artigos 1.196 ao artigo 1.330 do Código Civil também denominado direitos reais, englobando a posse, que se encontra disciplinada entre o artigos 1.196 e 1.224 do CC. 
A posse se subdivide em posse direta e indireta.
Distinção entre Direitos Reais X Direitos Obrigacionais/ Pessoais
	Direitos Reais
	Direitos Obrigacionais
	Direito absoluto – rol taxativo Art. 1.225
	Direito relativo
	Devem ser levados a registros públicos com eficácia erga omnes.
	Devem ser cumpridos por uma obrigação contraída entres as partes
	Tem efeito com publicidade
	Faz vínculo somente entre as partes e o objeto da obrigação.
	Seus efeitos são permanentes 
	Seus efeitos são transitórios
	A violação do direito real é por atuação positiva
	A violação do direito obrigacional é por uma conduta negativa 
	O objeto é a coisa
	O objeto é a própria prestação.
Cumpre destacar a relativização do Direito Real estabelecido pela Constituição, especialmente concernente à propriedade, determinada pela função social da propriedade, função social da posse, reforma agrária, incidência de normas de ordem pública a respeito ao meio ambiente ( reserva ambiental).
A transmissão da propriedade/ domínio de bens imóveis se dá com a transcrição (Art. 1.227 e Art. 1.245 do CC) e a de bens móveis ocorre com a tradição ( Art. 1226 e Art. 1267 do CC). 
Quando há a usurpação/ esbulho, o instrumento jurídico para combatê-la será a Ação de Reintegração de posse.
Quando há a turbação o instrumento jurídico para afastá-la será a Ação de Manutenção de Posse.
Já quando se discute a propriedade a Ação é de Reivindicação (Reivindicatória).
O instrumento jurídico para a defesa da propriedade/ posse é o interdito Proibitório.
IMPORTANTE: 
Posse Nova – Ação de Manutenção com pedido de Liminar;
Posse Velha – Ação de Reintegração de Posse sem pedido de liminar podendo ser cumulada com pedidos de perdas e danos.
Regras Gerais do Direito das Coisas:
Conceito de Transcrição – transferência solene com registro de Imóveis no CRI do domínio/ propriedade – Art. 1227 do CC e Art. 1245 do CC.
Da Posse: Ações Possessórias – instrumento de defesa da posse:
Conceito de Posse – é o poder de fato exercido juridicamente sobre a coisa.
Esbulho Possessório – inciso II do Art. 161 do CP – Ação de Reintegração de Posse – Art. 952 do CC.
Turbação – Ação de Manutenção de Posse – na inicial pode ser cumulada com perdas e danos – Art. 389 do CC;
Posse Nova – menos de ano e dia e a ação poderá ser com pedido de liminar, seguindo rito especial;
Posse Velha – mais de ano e dia e sem pedido de liminar, seguindo rito ordinário.
A Ação Reivindicatória é proposta para se discutir o título/ domínio/ propriedade. 
Da Posse: A natureza jurídica da posse possui correntes doutrinárias divergentes e o Código Civil adota a Teoria Objetiva de Ihering que inclui a natureza de fato, de direito e de fato e de direito.
De Fato – Pontes de Miranda
De Direito – Orlando Gomes;
De Fato e de Direito;
De Direito Especial – Teoria de Clóvis Bevilacqua.
Da Natureza Jurídica – A posse tem natureza jurídica dupla: é fato e direito. Considerada em si mesmo, é um fato, mas, pelos efeitos que gera, entra na esfera do direito. Segundo Clóvis Bevilacqua, a posse não é direito real, nem pessoal, mas um direito Especial.
Teoria Objetiva de Ihering – conceito: posse é conduta de dono. Sempre que haja o exercício dos poderes de fato, inerentes à propriedade, existe posse, a não ser que alguma norma diga que esse exercício configura a detenção e não a posse. Art. 1.198 e Art. 1208 do CC. Ex: locatário, comodatário, arrendatário, etc.
Já a Teoria Subjetiva de Savigny são necessários dois elementos para configurar a posse, o corpus ( exteriorização da posse por meios materiais) e o animus ( vontade de ser dono da coisa, defendendo contra terceiros). Para a Teoria Subjetiva a posse é o poder imediato de dispor do bem. O Código Civil não adotou a Teoria de Savigny, todavia ela serve como base de fundamentação para o instituto da usucapião para seus requisitos. Para usucapir o requisito subjetivo é necessário. 
Posse e Detenção: Há situações em que uma pessoa não é considerada possuidora, mesmo exercendo poderes de fato sobre uma coisa. Ex: locatário. Isso acontece quando a Lei desqualifica a relação para mera detenção. OBS: somente a posse gera efeitos jurídicos da usucapião. Poderes de fato significa estar sobre a propriedade.
Quase Posse – os romanos só consideravam posse a emanada do direito de propriedade. A exercida nos tempos de qualquer direito real menor, era chamada de quase posse, por ser aplicada aos direitos ou coisas incorpóreas. Tais situações são hoje tratadas como posse propriamente dita. Ex: servidões, usufruto, etc.
Da Composse:
Se divide em a) Pro Diviso e b) Pro Indiviso.
Conceito: é a situação pela qual duas ou mais pessoas exercem, simultaneamente, poderes possessórios sobre a mesma coisa. Art. 1.199 do CC. A Composse se subdivide em:
Pro Diviso – se estabelecer uma divisão de fato para a utilização pacífica do direito de cada um dos compossuidores. Neste caso, também, cada um dos compossuidores poderá exercer individualmente ou em conjunto os direitos possessórios contra terceiros ( Interditos Proibitórios, Ações possessórias).
Pro Indiviso – se todos exercerem, ao mesmo tempo (conjuntamente) e sobre a totalidade da coisa, os poderes de fato. Qualquer dos compossuidores pode valer-se do interdito possessório para impedir que outro compossuidor exerça uma posse exclusiva sobre qualquer fração da comunhão.
Da Classificação das Espécies de Posse:
Da Posse Direta ou Imediata – Art. 1.197 do CC –é aquela que tem a coisa em seu poder , temporariamente, em virtude de contrato, que a exerce por concessão do proprietário. Ex: contratos de locação, comodato, arrendamento, parceria, uso e habitação.
Da Posse Indireta ou Mediata – é aquela que cede o uso do bem ( o locador/ proprietário). Dá-se o desdobramento da posse. Uma não anula a outra. Nessa classificação de posse não se propõe o problema da qualificação, porque ambas são posses jurídicas e tem o mesmo valor. 
Posse Justa – Art. 1.200 do CC – é a posse não violenta, não clandestina ou precária. É a adquirida legitimamente, sem vícios jurídicos externos. Ex: aquisição para contratos de compra e venda, direitos sucessórios (herança). O tempo conta para o exercício da usucapião.
Posse Injusta – é aquela adquirida de forma violenta, injusta, por grave ameaça. Posse por esbulho possessório, descrita no Art. 161, inciso II do CP. Tem prazo prescricional de 03 anos. 
É a adquirida viciosamente. Ainda que viciada não deixa de ser posse, visto que a sua qualificação é feita em face de determinada pessoa. Será injusta em face do legítimo possuidor, será, porém, justa e suscetível de proteção em relação as demais pessoas estranhas ao fato. Ex: posse adquirida através de esbulho possessório.
Posse de Boa –Fé – Art. 1.201 do CC – configura-se quando o possuidor ignora os vícios, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. É de suma importância a crença do possuidor de encontrar-se em uma situação legítima. O Código Civil no parágrafo único do Art. 1.201 estabelece a presunção de boa-fé em favor de quem tem o justo título. Ex: posse por Compra e Venda, direitos hereditários.
Posse de má-fé – Art. 1.201 do CC – é aquela em que o possuidor tem conhecimento dos vícios na aquisição da posse, e portanto dailegalidade de seu direito. A posse de boa-fé se transforma em posse de má-fé desde o momento em que as circunstâncias demonstrem que o possuidor não mais ignora que possui indevidamente. 
OBS: As consequências dos desdobramentos dessa espécie de posse recai sobre as indenizações e o direito de retenção do bem (coisa):
Na posse de boa-fé o possuidor tem direito às benfeitorias necessárias e úteis, quanto aos frutos: os colhidos, percepientes e estantes.
Na posse de má-fé o possuidor tem direito apenas às benfeitorias necessárias – Art. 96 do CC.
Posse Nova – menos de ano e dia, com pedido de liminar, subordinado à rito especial. Não se confunde com ação de força nova, que leva em conta não a duração temporal da posse, mas o tempo decorrido desde a ocorrência da turbação ou do esbulho. Nas ações possessórias ( Manutenção e Reintegração de posse) poderá ser cumulada com pedido de liminar, seguindo o rito especial no CPC.
Posse Velha – mais de ano e dia, sem pedido de liminar, rito ordinário. Não se confunde com ação de força velha, intentada depois de ano e dia da turbação ou esbulho. Neste caso não admite pedido de liminar nas ações possessórias, seguindo o rito ordinário do CPC. Portanto, poderá a vítima pedir tutela antecipada nos autos para garantir indenizações futuras até o julgamento do mérito. 
OBS: em ambos os casos, tanto na posse velha como na nova, poderá ser cumulado pedido de perdas e danos na inicial das ações possessórias. Nas ações possessórias o juiz de ofício poderá adequar o pedido convertendo entre as formas de ações possessórias ( manutenção – reintegração).
Posse Natural – é a que se constitui pelo exercício de fato sobre a coisa. Corpus + Animus. Ex: posse mansa e pacífica e não clandestina. 
Posse Civil ou Jurídica – é a que se assim se considera por força de lei, sem necessidade de atos físicos ou materiais. É a que se transmite (direito sucessório). Ex: herança ou se adquire pelo título (contrato de Compra e Venda, escritura pública). Em ambos os casos a aquisição da posse derivada conta-se o tempo para aquisição da propriedade mediante o instituto da usucapião.
Posse “Ad Interdicta” – é a que pode ser defendida pelos interditos proibitórios ou as ações possessórias quando molestado, mas não conduz á usucapião, por ter algum vínculo jurídico que desclassifica a posse para mera detenção. Ex: direito obrigacional ( locatário, comodatário), direitos reais ( direito sucessório, usuário e beneficiário da habitação), direitos agrários ( parceiro outorgado, arrendatário). 
Posse “Ad Usucapioneum” - é a que se prolonga por determinado lapso de tempo estabelecido na lei, deferindo a seu titular a aquisição do domínio/ propriedade através do instituto da usucapião. Ex: usucapião ordinária, extraordinária e especial.
Posse Pro Diviso – instituto da composse
Posse Pro Indiviso – instituto da composse 
Da Aquisição e Perda da Posse:
Modos de Aquisição da Posse – Art. 1.196 do CC / Art. 1.204 e Art. 1.205 do CC – adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. A sua aquisição pode concretizar-se, portanto, por qualquer dos modos de aquisição em geral ( ex: apreensão) o constituído possessório e qualquer outro ato ou negócio jurídico (contrato de compra e venda, escritura pública, herança, testamento, etc), especialmente a tradição ( a) real e b) simbólica, c) ficta.
Espécies de Aquisição:
Originária – configura-se nos casos em que não há relação de causalidade entre a posse atual e a anterior. É o que acontece quando há esbulho, e o vício, posteriormente cessa, posse mansa e pacífica e não clandestina, etc.
Derivada – Art. 1.203 do CC – diz-se que a posse é derivada quando há anuência do anterior possuidor, como na tradição. De acordo com o Art. 1.203 do CC essa posse conservará o mesmo caráter de antes, computando esse tempo para requerer a propriedade através da usucapião. Quando o modo é originário, surge uma nova situação de fato, que pode ter outros defeitos mas não os vícios anteriores. Ex: contrato de Compra e Venda, escritura pública, testamento, herança e etc.
Quem pode adquirir a posse – Art. 1.205 do CC – são três situações:
A própria pessoa que pretende, desde que capaz – Art. 104, inciso I do CC;
O seu representante legal ou convencional; legal (pais em relação aos filhos, curados e curatelados); convencional ( os portadores de procuração através de contrato de madato);
Terceiro sem mandato – gestor de negócio, dependendo de ratificação, comitente, preposto, etc. 
Da Perda da Posse – Art. 1.196 e Art. 1.223 do CC
Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor. Ex: reintegração de posse, esbulho possessório. O poder sobre o bem ao qual se refere o Código Civil. Ex: perde-se a posse: 
Pelo abandono – ato voluntário/ unilateral;
Pela Tradição – contrato de compra e venda, escritura pública;
Pela destruição da coisa;
Pela sua colocação fora do comércio ( reserva ambiental);
Pela posse de outrem;
Constituto Possessório.
Perda da Posse para o ausente – Art. 1.224 do CC – quando toma conhecimento – se for menos de ano e dia, usa-se o desforço necessário para repelir a invasão, caso contrário, entrará com a ação de reintegração de posse com pedido de liminar, seguindo o rito especial.
Dos Efeitos da Posse: A posse mansa e pacífica e não clandestina e de boa-fé são requisitos essenciais para o lapso temporal de contagem do instituto de usucapião que é uma forma de aquisição da propriedade/ domínio e os Interditos Proibitórios.
Da Tutela da Posse :
Efeitos mais evidentes da Posse:
Proteção possessória, abrangendo a autodefesa e a invocação dos interditos;
A percepção dos frutos – Art. 1.214 e Art. 1.217 do CC;
A responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa – Art. 952 do CC – Responsabilidade Civil e Art. 1.217 do CC;
A indenização das benfeitorias e o direito de retenção;
A usucapião – Art. 1.238 e Art. 1.247 do CC:
Rural:
Especial – 50 hectares –CF/88 e Estatuto da Terra;
Ordinária 
Extraordinária
Urbana:
Especial e 2) Social – Estatuto da Cidade – Lei 10.257
OBS: O posseiro de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias úteis e necessárias constituídas sobre a posse, ocorrendo a perda da posse e o novo possuidor não tendo condição de indenizá-los, aquele de boa-fé tem direito de retenção sobre a coisa – Art. 1.219 do CC. O possuidor de má-fé terá direito à indenização apenas das benfeitorias necessárias, sem direito à retenção – Art. 1.220 do CC.
Diferença entre Terras Devolutas e Terras Públicas – as devolutas não tem titulação escriturada, já as terras públicas são tituladas. 
Da Proteção Possessória :
Legítima defesa e desforço imediato – Art. 1.210 do CC – os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além da manutenção ou da reintegração da posse, desde que o faça de imediato.
As Ações Possessórias ( heterotutela): Ação de Manutenção, Ação de Reintegração e Interdito Proibitórios.
As Ações Possessórias no sentido estrito:
Legitimação Ativa – exige-se a condição de possuidor, mesmo que não tenha título. O detentor não tem essa faculdade, nem o nascituro. Dos possuidores diretos e indiretos tem ação possessória contra terceiros e também um contra o outro.
Legitimação Passiva:
Art. 927 do CC, inciso II e Art. 932 do CC – O autor da ameaça, turbação e esbulho no qual agente passivo no direito Civil.
Do curador, do pai ou tutor, se a turbação e o esbulho for causador por amental ou menor;
Da pessoa que ordenou a prática do ato molestador (mandante);
Do herdeiro à título universal ou mortis causa, porque continua de direito a posse do seu antecessor;
Pessoa jurídica de direito privado autora do ato molestador, bem como pessoa jurídica de direito público contra a qual pode até ser deferida medida liminar, desde que sejam previamente ouvidos os seus representantes legais. Art. 928, parágrafo único do CPC. 
Da Indenização de Perdas e Danos – Art. 952 do CC – se ocorrer o perecimentoou deterioração considerável da coisa só resta ao possuidor o caminho da indenização na esfera da Responsabilidade Civil com base no Art. 952 do CC, com cumulação de pedidos.
Da Percepção dos Frutos – Art. 1.214 ao Art. 1.219 do CC:
Introdução – Art. 1.214 do CC – os frutos devem pertencer ao proprietário, como acessórios da coisa. Essa regra, contudo, não prevalece quando o possuidor está possuindo de boa-fé, isto é, com a convicção de que é seu o bem possuído. 
Da Noção de Frutos – os frutos são acessórios, pois dependem da coisa principal. Distinguem-se dos produtos, que também são coisas acessórias, porque não exaurem a fonte, quando colhidos. Reproduzem-se periodicamente, ao contrário dos produtos. 
Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente produz, vinculado à coisa principal, enquanto pendente. 
Das espécies de Frutos:
Quanto à origem:
Naturais – são aqueles que se reproduzem a partir dos vegetais e dos animais. Frutos vegetais : soja , milho, látex. Animais: leite, carneiros, bovinos, suínos. 
Industriais – são aqueles que se processam através da manufatura de matéria prima. Ex: laticínios, curtumes, industrialização de carne, óleo de soja. Quanto aos frutos naturais industriais a sua renda é percebida periodicamente (ciclo de produção). 
Civis – são os provenientes da renda de dinheiro, ou da venda de bens imóveis ou de bens móveis nos contratos de arrendamento. Ex: contrato de parceria, aluguéis de imóveis, contrato de arrendamento de bens imóveis e móveis. Juros sobre capital, aluguel de pasto. Os frutos civis a sua receita ou indenização é contada dia a dia – Art. 1.215 do CC. 
Quanto ao seu estado:
Pendentes – são aqueles que não terão valor se forem destacados da coisa principal antes de serem percebidos, amadurecidos. Ex: milho, bezerros novos.
Percebidos ou colhidos – são os frutos destacados do bem principal e amadurecidos, antes de serem estantes, ou seja, ainda não armazenados. Ex: soja, milho, algodão.
Estantes – são os frutos colhidos e armazenados.
Percipientes – são os frutos maduros que podem ser colhidos a qualquer momento, tem valor comercial.
Consumidos – são os frutos colhidos e manufaturados. Ex: milho e soja transformados em ração ou industrializados. 
Regras de Restituição- Art. 1.214 e Art. 1.215 do CC
Art. 1.214 – o possuidor de boa –fé tem direito, enquanto ela durar, aos frutos percebidos e dos frutos pendentes (aos custos de produção);
Art. 1.215 – os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos, logo que são separados da coisa principal, enquanto os frutos civis reputam-se percebidos dia por dia.Ex: aluguel, juros de capital dinheiro, etc.
Art. 1.216 – o possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que por culpa sua, deixou de perceber (danos emergentes e/ou lucros cessantes – Art 402 e 403 do CC), desde o momento em que se constituiu posse de má-fé; mas tem direito às despesas da produção e custeio.
Da Responsabilidade pela Perda ou Deterioração da Coisa – Art. 1.217 e 1.218 do CC:
Quando se tratar de esbulho aplica-se o Art. 160, inciso II do CP. O possuidor de boa-fé não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa, ou seja, se não agir com dolo ou culpa – Art. 1.217 do CC. Por outro lado, o possuidor de má-fé (Art. 1.218 do CC) responderá pela perda ou deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que de igual modo se teria dado, estando na posse do reivindicante. Ex: excludentes de responsabilidade civil (força maior).
Da Indenização das Benfeitorias – Art. 96 do CC
O possuidor tem o direito de ser indenizado pelos melhoramentos que introduziu no bem. As benfeitorias podem ser classificadas em : 
Necessárias – que têm por fim conservar o bem. Ex: conserto de um telhado, conserto elétrico de edificação, tributos. 
Úteis – são as que aumentam ou facilitam o uso ou a finalidade a que o bem se destina. Ex: garagem, banheiro, portão eletrônico.
Voluptuárias ou de deleite – para recreação, lazer, etc, ex: piscina, campo de futebol, churrasqueira.
OBS: as benfeitorias são melhoramentos feitos em coisas já existentes. Distinguem-se das acessões industriais, que constituem coisas novas, como a edificação de uma casa, curral, silos, etc. 
Regra de Indenização das benfeitorias:
Art. 1.219 do CC – o possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias. Se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias úteis e necessárias. 
Art. 1.221 – os danos emergentes e lucros cessantes a partir da citação compensam-se, o reivindicante tem direito aos danos emergentes e lucros cessantes compensando com as benfeitorias úteis e necessárias e edificações. 
Direito de Retenção:
Consiste no ius retentionis no meio de defesa outorgado ao credor à quem é reconhecido a faculdade de continuar a deter a coisa alheia, mantendo-a em seu poder até ser indenizado pelo crédito, que se origina, via de regra, das benfeitorias ou de acessões por ele feitas (industriais –plantações ou edificações). A jurisprudência prevê outras hipóteses em que pode ser exercida (contratos de locação, arrendamento, parceria, etc). 
Natureza jurídica – o direito de retenção é reconhecido pela jurisprudência como o poder jurídico direito e imediato de uma pessoa sobre uma coisa, com todas as características de uma coisa de direito real ( direito real menor –sobre coisas alheias).
Modo de Exercício da retenção – Art. 621 do CPC – via de regra, o direito de retenção deve ser alegado em contestação para ser reconhecido na sentença. Pode o devedor, ainda, na execução para entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, deduzir embargos de retenção por benfeitorias (guias de depósito de bens móveis fungíveis, Warrantes, etc).

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