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AULA 5 TRICOMONÍASE

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TRICOMONÍASE
O Trichomonas vaginalis é um parasita anaérobio facultativo. Tem quatro flagelos desiguais e uma membrana ondulante que lhe dão mobilidade, e uma protuberância em estilete denominada axóstilo – uma estrutura rígida, formada por microtúbulos, que se projeta através do seu centro até sua extremidade posterior. Não possui mitocôndrias, mas apresenta grânulos densos (hidrogenossomos) que podem ser vistos à microscopia óptica. É o agente causador da triconomíase e existe em apenas uma única forma denominada trofozoíto, simultaneamente infecciosa e ativa (Figura 1).
PARASITOLOGIA CLÍNICA
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Epidemiologia
O T. vaginalis é o mais frequente patógeno encontrado entre as DST’s (Doenças Sexualmente Transmissiveis) (Figura 2). Estima-se que 180 milhões de mulheres no mundo se infectem na almente, correspondendo a 1/3 de todas as vaginites diagnosticadas. O organismo, não possuindo forma cística, não resiste à dessecação e a altas temperaturas.
Agente Etiológico
Podem ser subdivididos de acordo com o organismo que parasitam: em humanos (Trichomonas vaginalis), suínos (Tritrichomonas suis), bovinos (Trichomonas foetus), aves (Trichomonas gallinae e Tetratrichomonas gallinarum).
É monoxeno e não possui forma cística, somente a trofozoítica. Reprodução por divisão binária longitudinal.
A transmissão acontece por relação sexual e pode sobreviver por mais de um mês no prepúcio de um homem sadio após o coito com uma mulher infectada.
O homem é o vetor da doença; com a ejaculação, os parasitas presentes na mucosa da uretra são levados à vagina pelo esperma.
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Ciclo
Através de relações sexuais ou do uso de objetos, como toalhas, contaminados, o indivíduo tem contato com o parasita que sob a forma trofozoíta, ele se instala na mucosa vaginal ou na uretra peniana. Por cissiparidade o número de indivíduos prolifera e coloniza asregiões infectadas.
Profilaxia
As medidas profiláticas são de certo modo, extremas, no entanto, aconselha-se a
abstenção do ato sexual, uso de preservativos durante todo o intercurso sexual além de limitar
o número de parceiros.
Caso um dos parceiros esteja infectado, o bom senso de comunicar ao outro parceiro é
fundamental, prevenindo assim a reinfecção e proliferação.
PARASITOLOGIA CLÍNICA
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Diagnóstico
Para a mulher varia da forma assintomática ao estado agudo. A infecção vaginal provoca uma vaginite que se caracteriza por um corrimento vaginal fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais comumente no período pósmenstrual, podendo apresentar dor e dificuldade nas relações sexuais, desconforto nos genitais internos, dor ao urinar e frequência miccional.
Para o homem é comumente assintomática. Para os casos de manifestações sintomáticas, apresenta como uma uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra.
a) Diagnóstico Clínico
O diagnóstico diferencial da tricomoníase, tanto no homem como na mulher é difícil,sendo essência o diagnóstico parasitalógico.
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b) Diagnóstico Laboratorial através da coleta da amostra
No homem: os pacientes devem comparecer no local pela manhã, sem terem urinado no dia e sem terem tomado nenhum medicamento tricomonicida há mais de 15 dias. O material uretral é colhido com uma alça de platina ou com swab de algodão não absorvente ou de poliéster. O organismo é mais encontrado no sêmen que na urina ou em esfregaços uretrais.
Uma amostra fresca poderá ser obtida pela masturbação em um recipiente limpo e estéril.
Também pode ser observado o sedimento centrifugado (600 g por 20 min.) dos primeiros 20 ml de urina matinal.
Na mulher: a vagina é o local mais facilmente infectado, e os tricomonas são mais abundantes durante os primeiros dias após a menstruação. O material é normalmente coletado na vagina com um swab de algodão não absorvente ou de poliéster. O diagnóstico é feito através da observação do material coletado a fresco no microscópio ou em cultura de parasitas.
Este é o mais prático e rápido método de diagnóstico, mas possui uma sensibilidade relativamente baixa. Para aumentar a sensibilidade das preparações a fresco, estas podem ser coradas,com safranina, verde-malaquita ou azul de metileno. As culturas de parasita são mais sensíveis, porém demoram de 3 a 7 dias para fornecer resultados.
Os exames de Imunofluorescência indireta e ELISA são mais sensíveis e possuem maior significado em caso de pacientes assintomáticos.
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Tratamento:
O tratamento, que é específico e eficiente, pode ser realizado com os quimioterápicos nitroimidazólicos, metronidazol ou tinidazol, administrados em dose oral única.
Todos os parceiros sexuais devem ser simultaneamente tratados, de maneira a se evitar a reinfecção. Pelo menos até que se tenha a certeza de cura, os pacientes devem utilizar preservativos em todas as relações sexuais.
A doença não confere imunidade permanente, portanto a reinfecção é possível. A resistência aos
imidazólicos é possível, porém é usualmente dose-dependente, bastando a administração de uma dose maior e/ou mais prolongada.
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