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1
DIREITO 
INTERNACIONAL
Profª Ms. Ângela Diniz Linhares 
Vieira
Direito Internacional Público –
NOÇÕES PRELIMINARES
CONCEITO:
“É o conjunto de normas jurídicas que
regulam as relações mútuas dos Estados
e, subsidiariamente, as das demais
pessoas internacionais, como
determinadas organizações, e dos
indivíduos.” (Silva e Accioly)
DIP – NOÇÕES PRELIMINARES
CONCEITO:
“É o conjunto de normas que regula as
relações externas dos atores que
compõem a sociedade internacional. Tais
pessoas internacionais são as seguintes:
Estados, organizações internacionais, o
homem, etc.” (Celso D. de Albuquerque
Mello)
DIP – NOÇÕES PRELIMINARES
Pressupostos do Direito Internacional –
bases sociológicas:
 Pluralidade de Estados Soberanos
 Comércio Internacional
 Princípios Jurídicos Coincidentes
CARACTERÍSTICAS DA NORMA 
INTERNACIONAL:
 “são muito poucas em número”;
 “são extremamente abstratas, quase que se 
reduzem a um mero invólucro, sem conteúdo”;
 são atributivas, no sentido de que dão “uma 
competência sem assinalarem a materialidade 
da ação a executar”; 
 não há hierarquia entre as normas jurídicas 
internacionais;
 seu processo de elaboração é lento; 
OBRIGATORIEDADE DA NORMA
JUS COGENS
“Direito cuja aplicação é obrigatória pela parte e
não pode ser afastado pela vontade de
particulares”.
“As normas de jus cogens criam obrigações
internacionais erga omnes.”
“É a ordem pública para a satisfação do
interesse comum dos que integram a
sociedade internacional.”
2
OBRIGATORIEDADE DA NORMA
JUS COGENS
É “uma norma aceita e reconhecida pela
Comunidade de Estados Internacionais em
sua totalidade, como uma norma da qual não
é permitida nenhuma derrogação e que só
poderá ser modificada por uma subseqüente
norma de lei internacional que tem o mesmo
caráter legal”. (Convenção de Viena sobre a
Lei dos Tratados)
NORMAS IMPERATIVAS (de JUS COGENS)
 igualdade jurídica dos Estados e o princípio
da não-intervenção;
 a proibição do uso da força nas relações
internacionais e a obrigação da solução
pacífica das controvérsias;
 o princípio da autodeterminação dos povos;
 os direitos fundamentais do homem.
(Carrillo Salcedo)
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Fontes
“modos pelos quais o Direito se manifesta;
maneiras pelas quais surge a norma jurídica;”
(Celso D. de A. Mello)
“os documentos ou pronunciamentos dos quais
emanam direitos e deveres das pessoas
internacionais, configurando os modos formais
de constatação do direito internacional.” (Silva e
Accioly)
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Primeiro texto que enunciou as fontes de Direito 
Internacional (não chegou a entrar em vigor):
Art. 7º de uma das Convenções de Haia (1907):
“Se a questão de direito estiver prevista por uma
Convenção em vigor entre o beligerante captor e a
Potência que for parte do litígio ou cujo nacional for
parte dele, o Tribunal (Internacional de Presas) se
conformará com as estipulações da mencionada
Convenção.
Não existindo essas estipulações, o Tribunal
aplica as regras de Direito Internacional. Se não
existirem regras geralmente reconhecidas, o
Tribunal decide de acordo com os princípios gerais
de direito e da eqüidade.”
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Estatuto da Corte Internacional de Justiça – art. 38:
“1 – A Corte, cuja função é decidir de acordo com o 
Direito Internacional as controvérsia que lhe forem 
submetidas, aplicará:
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer 
especiais, que estabeleçam regras expressamente 
reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática 
geral aceita como sendo o direito;
c) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas 
nações civilizadas;
d) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões 
judiciárias e a doutrina dos publicistas mais qualificados 
das diferentes nações, como meio auxiliar para 
determinação das regras de direito.”
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Principais Fontes:
 convenções internacionais
 costume internacional
 princípios gerais de direito
Fontes Auxiliares:
 decisões judiciárias e doutrina
 Eqüidade
Fontes Novas
 atos unilaterais
3
FONTES DO DIREITO 
INTERNACIONAL PÚBLICO
Fontes novas:
 Atos unilaterais;
 As Resoluções das Organizações 
Internacionais.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Costume Internacional
“...prova de uma prática geral aceita como
sendo o direito;” (art. 38 ECIJ)
“É o conjunto de normas consagradas
pelo longo uso e observadas na ordem
internacional como obrigatórias.” (Silva)
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Costume Internacional
Elementos:
 Material – uso geral; prática, multiplicação de 
precedentes;
 Subjetivo – opinio júris; consciência coletiva 
da Sociedade Internacional aceitando o 
costume como um novo direito
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Costume Internacional
Características:
 Prática comum – repetição uniforme de 
certos atos da vida internacional;
 Prática obrigatória – o costume é direito e 
deve ser respeitado por toda a Sociedade 
Internacional;
 Prática evolutiva – possui plasticidade, que 
permite adequar-se às novas circunstâncias.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Costume Internacional
Prova:
“Quem invocar o costume tem o ônus da
prova” (Brownlie cit por Silva)
“A parte que invoca um costume (...) tem que
provar que este costume está estabelecido de
tal modo que se tornou vinculativo para a outra
parte, (...) que a norma invocada está de acordo
com um uso constante e uniforme praticados
pelos Estados em causa (...)” (Acórdão da CIJ –
Asilo, 1950)
FONTES DO DIREITO 
INTERNACIONAL PÚBLICO
Costume Internacional
Interpretação:
 Costume especial derroga o geral
 Costume posterior derroga o anterior
4
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Princípios Gerais de Direito
São princípios gerais comuns à ordem
interna e internacional que têm a finalidade
de preencher lacunas do Direito, como
elemento subsidiário para as decisões da
Corte Internacional de Justiça.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Princípios Gerais de Direito Internacional
 Abstenção de recorrer a ameaça ou uso da força;
 Solução pacífica de litígios;
 Não-intervenção em assuntos de jurisdição interna;
 Cooperação;
 Igualdade de direitos e livre determinação dos
povos;
 Igualdade soberana;
 Cumprimento em boa-fé das obrigações contraídas.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Princípios comuns à ordem interna e 
externa
 Relativos ao nascimento das obrigações –
nascidas de atos unilaterais;
 Relativos à execução das obrigações – pacta
sunt servanda;
 Relativos ao exercício dos direitos – abuso do
direito; direito adquirido;
 Relativos à extinção das obrigações –
prescrição liberatória.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Princípios Específicos de Direito 
Internacional
 Primado do Direito Internacional sobre a lei 
interna;
 Respeito à independência dos Estados;
 Continuidade dos Estados;
 Responsabilidade Internacional – indenização 
apreciada a partir da data de realização efetiva 
do prejuízo;
 Patrimônio comum da humanidade (Amazônia)
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Jurisprudência e Doutrina
“Não são normas de expressão de
Direito, mas instrumentos úteis ao seu
correto entendimento e aplicação,
objetivando uma boa interpretação da norma
internacional.” (Silva)
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Eqüidade e Analogia
“Não são propriamente fontes de direito,
mas métodos de raciocínio jurídico, utilizados
quando há lacunas nas normas ou
inexistência de normas que disciplinem o
assunto. Não são obrigatórias e são pouco
utilizadas.” (Silva)
5
FONTES DO DIREITO INTERNACIONALPÚBLICO
Atos Unilaterais
Manifestações de vontade de um sujeito
de Direito Internacional, encaminhada para
produzir um efeito internacional (criação,
modificação ou extinção de uma relação
jurídica), feita por órgão estatal devidamente
autorizado para tal, declarando-se de
maneira expressa (Protesto – não aceita - e
Renúncia/reconhecimento – aceita) ou tácita.
Deve ser público e representar a intenção
do Estado que o elabora em se obrigar.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Decisões das Organizações Internacionais
“São normas originárias de uma
Organização Internacional, que se tornam
obrigatórias para os seus Estados-membros,
independentemente de sua ratificação.”
(Silva)
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
A Convenção de Viena foi firmada em 1960 e começou a viger em
1980.
O Brasil levou 40 anos para ratificar a Convenção de Viena. O CN
apenas veio a referendá-la em julho de 2009 e sua promulgação
pelo Presidente da República ocorreu por meio do Decreto
7.030/2009. Ainda assim, na prática ela foi respeitada durante todo
este período, como costume internacional.
1.Conceito e classificação
“Tratado é todo acordo formal concluído entre pessoas jurídicas de
direito internacional público, e destinado a produzir efeitos
jurídicos”. Rezek
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
“Tratado significa um acordo internacional concluído por
escrito entre Estados e regido pelo direito internacional,
quer conste de um instrumento único, que de dois ou
mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua
denominação específica (...).” Art. 2º, da Convenção de
Viena de 1969
- O direito dos tratados é fundado na máxima do
consensualismo.
- Respeita a autonomia da vontade das pessoas jurídicas
de direito internacional.
- Não há hierarquia entre os tratados internacionais.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
De modo geral, considera-se tratado acordo formal entre sujeitos de
DIP qualquer que seja sua designação específica.
Exceto para:
Carta ou Tratado Constitutivo – instrumentos constitutivos de
Organizações Internacionais.
Protocolo - Utilizado para designar a ata de uma conferência ou para
acordo menos formal que um tratado, como suplemento a um
acordo já existente.
Troca de notas - Instrumentos da prática diplomática para designar
assuntos de natureza administrativa.
Concordata - Utilizado para avenças que envolvam a Santa Sé e
outros Estados, regulamentando assuntos religiosos.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
Classificação
a) Critério formal
- Número de participantes
1) Bilateral – apenas duas partes.
2) Multilateral ou coletivo – três ou mais membros no tratado (Carta da
ONU).
- Conforme o procedimento
1) Solenes ou de devida forma – aqueles que observam um iter de
formação.
2) Formal simplificada – aqueles que não dependem do cumprimento
de fases procedimentais.
6
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
b) Critério material
- Natureza jurídica ou matéria
1) Tratados contratuais – são realizados com o objetivo de regular uma
situação jurídica específica;
2) Tratados normativos ou tratados-leis – são aqueles que definem
normais gerais e abstratas. A vontade manifestada é coincidente
entre as partes;
3) Tratados-constituição – aqueles destinados a estruturar instituições,
com órgãos e poderes próprios, distintos da vontade dos Estados
que a constituem (p. ex., o Estatuto de Roma, que cria o Tribunal
Penal Internacional).
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
- Conforme a possibilidade de adesão
1) Tratado aberto – admite novos membros (p. ex.,
a Carta da ONU, o Tratado de Roma etc.);
2) Tratado fechado – não admite novos membros.
- Quanto à execução territorial – tratados que são
executados mundialmente (em todo o espaço
territorial, ou tratados de execução limitada no
território).
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
- Quanto à execução no tempo
1) Tratado transitório – executado em tempo
determinado e cria situação jurídica estática;
2) Tratado permanente – a execução se prolonga
por tempo indeterminado e, consequentemente,
gera situação jurídica dinâmica.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
- Quanto à obrigatoriedade de cumprimento
1) Tratados mutáveis – são os tratados
multilaterais que não exigem a participação ou
execução por todos os membros;
2) Tratados imutáveis – são tratados que,
necessariamente, devemos ser executados por
todos os membros, sob pena de violação.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
2. Condições de validade
O tratados internacionais possuem como condição
de validade os seguintes requisitos:
a) CAPACIDADE DAS PARTES – Prevista no
artigo 7º, da Convenção de Viena. Os agentes
que celebram o tratado internacional devem ser
detentores de poderes de representação do
Estado ou da organização internacional
representada.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
Segundo a Convenção de Viena (art. 6.º), todos os
Estados têm capacidade para celebrar tratados,
devendo eles, porém, na realização de negociações
com o governo de país estrangeiro, atuar através de
seus representantes, devidamente autorizados a praticar
atos internacionais em seu nome (plenipotenciários -
detentores dos plenos poderes), à exceção daquelas
pessoas que, em virtude do cargo que ocupam, estão
dispensadas de tal autorização (v.g., os Chefes de
Estado, os Chefes de Governo e o Ministro das
Relações Exteriores).
7
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
O próprio conceito de "plenos poderes" dado pelo art. 2.º, §
1.º, "c", da Convenção de Viena já induz essa idéia.
Para o referido dispositivo, os plenos poderes
consubstanciam-se em um documento expedido pela
autoridade competente de um Estado e pelo qual são
designadas uma ou várias pessoas para representá-lo
na negociação, adoção ou autenticação do texto de um
tratado, para manifestar o consentimento do Estado em
obrigar-se por ele ou para praticar qualquer outro ato a
ele relativo.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
Mas caso o poder conferido a um representante, para
manifestar o consentimento de um Estado em obrigar-se
por um determinado tratado, tiver sido objeto de
restrição específica, o fato de o representante não
respeitar a restrição não pode ser invocado como meio
para invalidar o consentimento expresso, a menos que
tal restrição tenha sido notificada aos outros Estados
negociadores antes da manifestação do consentimento,
segundo se depreende da regra expressa no art. 47 da
Convenção de Viena de 1969.
.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
b) Habilitação dos agentes signatários - As avenças são negociadas e
concluídas pelos agentes signatários (os representantes dos
sujeitos de DIP, ou “plenipotenciários”). Para desempenhar esse
papel, recebem “plenos poderes”, em geral por carta assinada pelo
Chefe do Poder Executivo e referendada pelo Ministro das
Relações Exteriores. Contudo, em razão do cargo ocupado, alguns
representantes estatais estão dispensados de tal autorização como:
Chefes de Estado; Chefes de Governo; Ministro das Relações
Exteriores, Chefes de missão diplomática; representantes do
Estado em Conferências ou OI’s; Secretários-Gerais (e adjuntos) de
OI’s.
.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
c) Objeto lícito e possível - As partes contratantes devem
celebrar tratado cujo objeto não seja contrário ao DIP e
materialmente possível de ser executado;
d) Consentimento mútuo e livre – representa a
manifestação livre da vontade em fazer parte do tratado,
decorrente da soberania de cada ente internacional.
.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
3.Efeitos
A Corte Internacional de Justiça consagrou tal princípio,
ao declarar,em sentença proferida a 25 de maio de
1926, que “um tratado só faz lei entre os Estados que
nele são partes”. Hildebrando Accioly
1º) Sem dúvida, um tratado não pode ser fonte de
obrigações para terceiros. Isto não impede, porém, que
lhes possa acarretar consequências nocivas. Nesta
hipótese, o Estado assim lesado tem o direito de
protestar e de procurar assegurar os seus direitos, bem
como o de pedir reparações.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
Se, entretanto, o tratado não viola direitos de um Estado não-
contratante e é apenas prejudicial a seus interesses, ou causa a
esse Estado um dano extralegal, ou antes um "damnum sine injuria,
o Estado lesado poderá reclamar diplomaticamente contra o fato,
mas contra o mesmo não terá recurso jurídico.
2º) Por outro lado, nada impede que, de um tratado, possam resultar
consequências favoráveis para Estados que dele não participem, ou
que os contratantes, por manifestação de vontade expressa,
concedam um direito ou privilégio a terceiros. A bem dizer, esta é a
única hipótese de exceção ao princípio de que o tratado só produz
efeitos entre as partes contratantes.
8
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
Processo de formação dos tratados:
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
4.Ratificação, adesão e assinatura
A ASSINATURA é ato que não gera obrigação ao cumprimento do
tratado. O Estado assina o tratado, submete-o à aprovação interna
e, depois de tal aval, retorna perante a comunidade internacional,
em especial perante as partes do tratado, e confirma a assinatura.
A RATIFICAÇÃO corresponde à confirmação da assinatura, gerando o
início da obrigação de cumprimento do tratado no âmbito
internacional. Sendo um ato bilateral ela opera-se tão somente com
a troca de notas dos instrumentos de ratificação. Na hipótese de
tratado multilateral, o instrumento de ratificação será encaminhado
ao depositário do tratado.
:
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
A ADESÃO é quando o Estado adere ao tratado já em vigência
internacional, sem que tenha participado da sua elaboração.
5. Registro, Promulgação e publicação
REGISTRO OU ARQUIVAMENTO – os tratados devem ser arquivados
junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
O tratado é, no Brasil, PROMULGADO pelo Presidente da República,
por meio de decreto presidencial, conferindo-lhe executoriedade e
certificação de existência no âmbito interno.
:
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
É com a PUBLICAÇÃO no Diário
Oficial da União, observado o período
de vacatio legis, que o tratado passa
a ter eficácia no âmbito interno do
Estado.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
6. Interpretação 
O art. 53 CVDT afirma que é nulo o tratado que, no
momento de sua conclusão, for conflitante com uma
norma imperativa de direito internacional geral. Esta é
uma norma reconhecida por toda comunidade
internacional.
1.5.7. Aplicação de tratados sucessivos sobre a mesma
matéria
O artigo 30 CVDT estabelece as regras para solução de
conflitos entre tratados sucessivos que versem sobre a
mesma matéria:
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
7.Aplicação de tratados sucessivos sobre a mesma
a) Quando um tratado tiver previsão no sentido de que
está subordinado a outro (que seja anterior ou posterior)
ou que não deverá ser considerado incompatível com
ele, serão aplicáveis as disposições deste último tratado;
b) Na hipótese de coincidirem todas as partes do tratado
anterior com as partes do tratado posterior, prevalecerão
as disposições do tratado posterior. Serão aplicados os
regramentos vigentes do anterior apenas se forem
compatíveis com o tratado novo;
9
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
c) Havendo divergência entre as partes do tratado anterior 
e as partes do tratado posterior: em relação às partes 
que forem coincidentes, aplica-se o novo tratado, na 
forma do item b; em relação a um Estado que seja parte 
nos dois tratados e outro Estado que seja parte apenas 
em um desses tratados, o tratado em que os dois 
Estados forem partes regerá os seus direitos e 
obrigações recíprocos
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
Reserva
Representa uma manifestação unilateral passível de ser apresentada
no momento da assinatura, na ratificação ou adesão a um tratado,
com o objetivo de excluir ou modificar a responsabilidade sobre o
cumprimento de terminada parte do tratado (art. 2º, I, “e” CVDT69).
1.5.9. Emenda e modificação do tratado
Se houver consentimento dos Estados que o integram, os tratados
poderão ser emendados ou alterados.
Nos termos do artigo 40 CVDT 69, a proposta para emenda do tratado
deverá gerar a notificação de todas as partes contratantes
envolvidas, abrindo discussão quanto ao encaminhamento da
proposta, a negociação e a assinatura do novo tratado de emenda.
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL 
PÚBLICO
Tratados
10. Nulidade do tratado
A validade do tratado está condicionada à manifestação livre e não
viciada da vontade de um ente do direito internacional público.
a) Erro (art. 48) – fato ou situação que o Estado supunha existir no
momento em que o tratado foi celebrado, sendo ele condição
essencial para a manifestação da vontade.
b) Dolo (art. 49) – conduta fraudulenta do Estado negociador.
c) Corrupção (art. 50) – o Estado negociador utiliza-se da corrupção do
agente ou representante de outro Estado.
d) Coação (art. 51 e 52) – O Estado negociador utiliza-se de ameaça
ou emprego de força contra o outro Estado.

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