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Expansão Ultramarina

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A EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA
	
Causas da Expansão Marítima.
	Vários fatores contribuíram para impulsionar as Grandes Navegações. Em geral os livros costumam indicar os seguintes:
O fascínio pelas Índias.
O monopólio das cidades italianas de Veneza e Gênova, responsáveis pela compra de produtos do Oriente através de Constantinopla, revendendo-os, em seguida, na Europa.
O progresso das técnicas de navegação. 
A centralização do poder real e o surgimento do absolutismo. Portugal e Espanha foram as primeiras nações da Europa a formar Estados Modernos. O crescimento do poder do rei foi apoiado pela burguesia que desejava a expansão marítima.
Finalmente temos um fator raramente citado em livros didáticos: a expansão da fé cristã. Os autores passam a impressão que as navegações foram realizadas principalmente, e até exclusivamente, por razões político-econômicas. Será verdade? Leia este trecho do historiador Linhares de Lacerda: 
“O testemunho de escritores e cronistas da época não deixa dúvidas a respeito do valor e da sinceridade pura dos grandes monarcas, dos nobres dos castelos, dos mais altos auxiliares do governo, dos mestres de todos os ofícios e do povo em geral, relativamente aos projetos de Portugal e Espanha, quanto ao resgate da cristandade e à dilatação dos domínios da fé até das mais longínquas e ignotas paragens da terra”. 
	A expansão marítima portuguesa foi, assim, considerada uma epopéia por Deus e pelo Rei. É o que nos diz Sérgio Buarque de Holanda:
	“os portugueses tiveram, na proeza de conquistar o trópico para a civilização, a sua maior missão histórica”. Daí comentar Evandro Faustino:
	“Porque como missão foi encarada, e como missão e epopéia se realizou”.
	E depois:
		
		O que movia as caravelas
 Não era o vento, nem as velas, 
 Mas era a Cruz gravada nelas. 
		(Evandro Faustino. 500 anos. Reflexões sobre a Evangelização. Ed. Quadrante, SP, 2000. p. 12, 13.
Vejamos agora porque Portugal foi a primeira nação da Europa a realizar as Grandes Navegações. 
Causas do Pioneirismo Português.
Posição geográfica estratégica.
Paz interna.
Avançado desenvolvimento náutico.
Centralização monárquica associada aos interesses da burguesia mercantil.
O Périplo Africano. 
	Com as navegações os portugueses queriam chegar às Índias contornando o sul da África. Isso se fez aos poucos. Começaram a invadir e ocupar territórios no norte da África. Aos poucos foram fazendo feitorias (fortes onde eram feitas trocas comerciais com nativos) na direção sul até chegar ao Cabo da Boa Esperança. Veja como isso aconteceu:
1415. Conquista de Ceuta. Costa do Marrocos.
1434. Gil Eanes chega ao cabo Bojador.
1462. Pedro Sintra descobre ouro na Guiné.
1488. Bartolomeu Dias chega e transpõe o Cabo da Boa Esperança.
1498. Vasco da Gama chega às Índias. 
Cabral chega ao Brasil.
Colombo descobriu a América em 1492. A descoberta gerou uma polêmica entre Portugal e Espanha. D. João II, rei português, alegou que as terras poderiam ser suas. Para evitar o conflito foi feito um tratado entre as duas nações: o Tratado de Tordesilhas. Devido a ele, uma parte do atual Brasil, com aproximadamente 2 milhões de km2 já seria de domínio luso. (veja o mapa). Portugal garantia também o domínio das regiões asiáticas. Assim, quando Cabral aqui chegou em abril de 1500, ele veio simplesmente tomar posse de um território que, juridicamente, já era lusitano.
Valeu a pena?
	Passados mais de 500 anos é o caso de terminarmos perguntando se todo o esforço marítimo português valeu a pena. Veja o que diz o notável escritor Fernando Pessoa:
	Ó mar salgado, quanto do teu sal
 São lágrimas de Portugal! 
 Por te cruzarmos, quantas mães choraram, 
 Quantos filhos em vão rezaram!
 Quantas noivas ficaram por casar
 Para que fosses nosso, ó mar! 
 Valeu a pena? Tudo vale a pena
 Se a alma não é pequena. 
 Quem quer passar além do Bojador
 Tem que passar além da dor. 
 Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
 Mas nele é que espelhou o céu. 
 
Os primeiros habitantes da América.
	Quando portugueses e espanhóis chegaram à América esta já era habitada, há milhares de anos, por diferentes povos e nações indígenas. Aí se põe uma pergunta: Qual a orígem deles? Surgiram na América ou vieram de outros continentes. 
	Considera-se que eles não surgiram aqui. Vieram para a América através de grandes movimentos migratórios. Veja o mapa no seu livro, na pág. 29.
	As hipóteses sobre a orígem do homem americano são quatro:
A asiática.
A australiana.
A malaio-polinésia.
A esquimó.
Questão: Os indígenas eram os donos da terra?
É preciso cuidado para se responder a esta pergunta. Observe.
 Índios como os Astecas e os Maias construiram civilizações. Tinham um Estado. Nesse caso eram legítimos senhores de suas terras. Até os europeus reconheciam isso se bem que, contraditoriamente, em muitos casos violaram seus direitos.
	Quanto ao índio brasileiro a resposta é diferente. Nem eles eram “donos da Terra” e menos ainda foram os “primeiros brasileiros”
	Não eram donos porque eram nômades, e não se sentiam “proprietários” de terra alguma. Propriedade, tal como a entendemos, é um conceito dos europeus, dos brancos, de orígem romana.
	Por outro lado é absurdo chamá-los de primeiros “brasileiros”. Ser brasileiro é pertencer à nação brasileira. Esta, quando se organizou politicamente, formou um Estado, que é nosso atual país. Já os índios eram de outras nações. Eram tupis, guaicurus, nuaruaques, caraíbas. Não formaram nenhum Estado. E quando surgiu o brasileiro? Muito depois de Cabral. Surgiu da miscigenação de três “raças”: branca, negra e indígena. E é só lá pelos séculos XVII e XVIII que eles foram se sentindo brasileiros. É o que veremos quando falarmos do nativismo, tema do capítulo 8 do livro de Luís César e Leonel Itaussu. 
Os índios eram homens?
	Certos historiadores criticam os europeus porque estes, dizem, consideravam que os índios não tinham alma. A Igreja também é considerada culpada por não defende-los. Será verdade? Leia o que o Papa Paulo III escreveu na Bula Sublimis Deus : 
	“Considerando que os índios, como verdadeiros homens, não somente estão aptos a receber a fé cristã mas, conforme soubemos, respondem com maior prontidão a esta fé, e desejando resolver este assunto com soluções convincentes, pela presente decretamos e declaramos, com a nossa autoridade apostólica, que os citados índios e todos os demais povos que doravante cheguem ao conhecimento dos cristãos, embora se encontrem alheios à fé cristã, não serão privados nem se hão de privar de sua liberdade, nem do domínio de seus pertences. Podem ainda usufruir, possuir e gozar livre e licitamente desta liberdade e deste domínio; não devem ser reduzidos à servidão. E é inválido, nulo ou de nenhum valor nem atualidade tudo o que de outra maneira for praticado.” (cf. Pergunte e responderemos, n. 358, março de 1992, pag. 9).
A EXPANSÃO ULTRAMARINA ESPANHOLA.
Razão do atraso das Grandes Navegações espanholas: A Reconquista. Os mouros muçulmanos só foram expulsos do território espanhol em 1492 quando os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela tomaram Granada. Aí foi possível a unificação completa da monarquia espanhola que concedeu 3 navios a Colombo para que o navegador genovês tentasse chegar às Índias navegando na direção do Ocidente.
Até 1504 Colombo realizou mais três viagens à América.
Em 1513 Nunes Balboa atravessou por terra a América Central indo do Atlântico ao Pacífico.
Entre 1519 e 1522 Fernão de Magalhães fez a primeira viagem de Circunavegação. Saiu da Espanha, atravessou o estreito de Magalhães (nome dado em homenagem aeste navegador), cruzou o Pacífico, chegou às Filipinas, onde foi morto. Seus companheiros, liderados por Sebastião del Cano, continuaram a viagem pelo Índico, contornaram a África e chegaram na Espanha. Com esta viagem ficava comprovado o que alguns sábios, como S. Alberto Magno e S. Tomás de Aquino, já ensinavam na Idade Média: a Terra é redonda.
Também em 1519 Hernán Cortez chegou ao México e dominou o Império Asteca.
153l. Francisco Pizarro e Diogo Almagro chegaram ao Perú e venceram os Incas.
AS NAVEGAÇÕES TARDIAS
Foram realizadas pela França, Inglaterra e Holanda.
Os franceses ocuparam o Canadá e a Luisiana (centro do atual EUA).
A Inglaterra, inicialmente, dedicou-se mais à pirataria e ao tráfico de escravos para a América. Só no século XVII iniciou a colonização da América do Norte.
A Holanda ocupou terras na Guiana, Caribe e Nova Amsterdã.
CONSEQÜÊNCIAS DA EXPANSÃO ULTRAMARINA
	Foram inúmeras as conseqüências da expansão marítima européia. Vejamos sinteticamente algumas delas:
Formação de Impérios Coloniais. Portugal e Espanha tornaram-se grandes potências, senhoras de vastos impérios.
Destruição dos impérios asteca e inca pelos espanhóis.
Transposição do Eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. Resultado: Veneza e Gênova entraram em decadência.
O comércio mundial cresceu e o consumo passou a ser mais diversificado.
A entrada de ouro e prata oriundos do México e do Peru criaram inflação na Europa.
Aumentaram os conhecimentos geográficos, astronômicos, botânicos, zoológicos, religiosos, etc. Tudo fruto da descoberta de novas terras e povos.
Expansão da fé cristã, primeiro católica e depois evangélica entre povos não europeus.
Transposição das lutas religiosas entre católicos e protestantes da Europa para a América. Ex: a tentativa dos franceses calvinistas formar uma colônia no Rio de Janeiro em 1555.

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