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GESTÃO DA SEGURANÇA NO SDLC Sample6: Fazendo uma parceria para tornar alimentos mais seguros UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Fichamento de Estudo de Caso Ronnei Ericson Rodrigues Correa GESTÃO DA SEGURANÇA NO SDLC Tutor: Prof. Luiz Roberto Martins Bastos Boa Vista-RR 2018 GESTÃO DA SEGURANÇA NO SDLC Sample6: Fazendo uma parceria para tornar alimentos mais seguros Referência: Sample6: ROBERT F. HIGGINS e KIRSTEN KESTER. Fazendo uma parceria para tornar alimentos mais seguros. 2013 O texto relata o estudo de caso de como o Tim Curran, CEO de uma statup de biologia sintética e monitoramento Sample6, tentava firmar uma parceria com executivos da industria de alimentos dos Estados Unidos. O autor relata como a Sample6 conseguiu revolucionar a forma de como eram feitos os testes de segurança alimentar, tonando-os mais rápido e baratos que o padrão atual. Tim Curran, não tinha somente essa carta em jogo, a Sample6 tinha desenvolvido um software capaz de analisar e monitorar os resultados dos testes. Além disso, Tim Curran tinha um grande desafio pela frente, era convencer os executivos das maiores industrias alimentícias dos EUA, que cresciam de uma forma muito rápida e tinham um mercado consolidado e amplo por todo o pais, de como mudar a forma que eram feitos os testes e adotar as metologias que a Sample6 desenvolvia, podia trazer benefícios pra eles e seus clientes. O autor relata também como a internet ajudou a transformar o gosto dos consumidores, adotando hábitos mais saudáveis, por exemplo, o consumo de produtos integrais livres de conservantes e pesticidas. Com essa grande forma de obtenção de informação que a internet disponibiliza, a forma de se alimentar melhor entrou na moda. Com a globalização, veio também, as tendencias de novos mercados, a importação de alimentos se torno um grande negócio, tornando produtos mais acessível para os consumidores finais. Com isso, veio a preocupação e a importância da rastreabilidade dos produtos, a segurança alimentar entrou em foco, com muitos produtos entrando e saindo do país sem exigência mais rigorosa no controle da segurança dos alimentos, os surtos de contaminação e doenças aumentaram. O autor cita alguns como doença como: doença da vaca louca e uma proibição de dez anos das exportações de carne bovina britânica, a disseminação da gripe aviária na Ásia e o escândalo de 2008 na China em função da contaminação de melamina em fórmulas infantis. Portanto, os números de recalls de produtos foram crescendo bastante de 2008-2012, tornando-se evidência nas mídias populares como jornais e a internet. Algumas técnicas foram adotadas em resposta às preocupações com a segurança dos alimentos, mas a que se tornou ponto forte e reconhecida mundialmente, foi a rastreabilidade por DNA que testava a integridade dos alimentos. Por consequência da globalização dos alimentos, as doenças transmitidas através de produtos contaminados e os recalls, se tornando cada vez mais presente, isso custou aos EUA $78 bilhões. O Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), enfatizou uma maior prevenção e estabeleceu medidas para reduzir as infecções até 2020, com isso dois órgãos regulamentadores entraram em cena, a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Com a lei de Modernização da Segurança Alimentar (FSMA), homologada pelo presidente Obama. A FSMA deu maior autonomia para a FDA estabelecer altos padrões para produtos importados e maior prevenção, fiscalização e autoridade de solicitar recalls. A FSMA exigia uma forma de monitorar e rastrear produtos contaminados para maior rapidez e reposta em caso de um recall, minimizando seus impactos. De 2008 à 2012, foi o período que mais ouve recalls, impactando a economia e a confiabilidade dos consumidores nos produtos que foram contaminados. Impacto que se propagava mais rápido por causa da internet e mídia em massa, que estampavam capas de jornais pelo país repercutindo para o mundo todo. Com a FSMA exigindo maior rigor dos órgãos de fiscalização, dando GESTÃO DA SEGURANÇA NO SDLC Sample6: Fazendo uma parceria para tornar alimentos mais seguros poderes de exigir um recall, no ano de 2011, a industria de diagnóstico de segurança alimentar teve um grande crescimento, impulsionando o mercado de análise de patógeno por tendência dos órgãos de regulamentação estarem exigindo testes de patógenos mais aprimorados e seguros. Por causa do grande fluxo e crescimento de importação de alimentos e consumidores cada vez mais conscientizado de uma alimentação mais saudável, esse mercado de análise de patógeno crescia bastante. Os testes de patógenos eram divididas em duas partes: teste de produtos e teste ambientais. O foco maior que a FDA dava, era nos testes ambientais, pois nessa categoria que ocorreram alguns dos maiores surtos de contaminação naqueles últimos três anos, desde de 2011. Depois desse ocorrido, a FDA reconheceu a importância dos testes ambientais. Os testes realizados por laboratórios terceirizados custavam caro e levavam de 30-48 horas ou mais para ficarem prontos, um tempo precioso que podia ser gasto em uma resposta rápida no caso de uma contaminação de alimentos, evitando ou reduzindo o prejuízo de um recall. O mercado de teste de segurança alimentar estava muito fragmentado, onde três dos maiores fornecedores tinham a maior fatia do mercado, sendo que muitos fornecedores de diagnóstico de patógenos eram empresas de grande porte que não tinha como foco principal a segurança alimentar. Alguns das industrias alimentícias tinham opiniões divergentes com relação a segurança alimentar. Diziam que os níveis dos testes estavam bons, outros já falavam que os testes não resolvia o problema maior que era a contaminação dos alimentos, mas o fator principal era que a industria de diagnóstico necessitava de uma nova tecnologia para tratar melhor os problemas. Apesar disso, a industrias de testes faziam um bom trabalho, pois na visão do Christine Hurckes, Gerente Corporativa de Higiene e Segurança Alimentar do Grupo OSI, a segurança alimentar era uma vantagem não competitiva, deu exemplo, em um surto de salsicha em algum lugar afetaria a industria toda. Michael McCain, Presidente e CEO da Maple Leaf Foods, comenta que devido não detectar novas tendencias em análises de testes de dados, foi a razão do seu recall mortal em 2008. Um recall pode destruir a imagem de uma empresa e levá-la a falência. Foi o que aconteceu com a Peanut Corporation of America, que de 2008-2009, entrou com um pedido de falência devido a um surto de produtos contaminados por Salmonella. Não ter padrão em análise de dados coletados é uma falha que pode levar a outras falhas e resultados diferentes dos esperados. Muitas empresas usavam métodos de análise feito “dentro de casa”, como cita o autor “registros manuais sendo usado, até mesmo papel e caneta, ou exposto em planilhas do Excel. Métodos rudimentares, que poderia induzir a erros e falhas nos processos de coletas”. Acheson, um dos executivos aguardado por Curran, comenta que as empresa do setor alimentício deve procurar soluções tecnológicas orientado a software. Software que mapeie os testes, até imaginando mapas em 2D ou 3D orientando onde os testes foram feitos, soluções mais sofisticada de análise. O autor relata, em 2009, que a Sample6 foi fundada pelos professores Tim Lu do MIT e o Dr. Michael Koeris, onde desenvolveram uma plataforma de análise por Bioiluminação que podiam detectar tipo específico de bactérias através de uma máquina chamada luminômetro. As bactérias “acendiam” conforme a análise feita. Tecnologia que possibilitou um avanço na forma de detecção de patógenos, tornando-o o método de detecção de bactériasmais confiável em um curto período de tempo, apenas quadro horas. Em 2011, a Sample6 venceu algumas competições de planos de negócio e ganhou um capital de $5,75 milhões. Isso foi o ponta pé inicial para iniciar os planos de melhorar a saúde e a segurança dos consumidores globais desenvolvendo o sistema integrado de GESTÃO DA SEGURANÇA NO SDLC Sample6: Fazendo uma parceria para tornar alimentos mais seguros detecção de bactérias perigosas. Focou seus esforços no desenvolvimento de um kit de diagnóstico ambiental que detectava a bactéria Listeria, para depois expandir os testes para as bactérias Salmonella e E. coli, bactérias muito perigosa ao ser humano. Além dos testes, a Sample6 desenvolveu um sistema de monitoramento em nuvem chamado Sample6ANALYZE ajudando as empresas na rastreabilidade de seus testes e resultados, permitindo que as empresas avaliassem suas necessidades de segurança. O objetivo descritos por Koeris, um dos fundadores da Sample6, era reduzir a morbilidade e mortalidade associada as infeções transmitidas por alimentos. Os testes produzido pela Sample6 eram muito mais rápidos que seus concorrentes, proporcionando aos seus clientes benefícios que ajudaria resolver problemas imediatamente, reduzindo tempo e desperdícios. O método que a Sample6 utilizava era rápido pois não necessitava esperar o cultivo de bactéria e enriquecimento bacteriano para realizar os testes, mas sim realizar o teste no local pelos próprios funcionários, ao invés de terceirizar para um laboratório caro. A os métodos da Sample6 começaram a ter uma visibilidade maior das industrias. Com a FSMA exigindo mais documentação dos processos, as industrias precisavam ter mais controle dos seus resultado e documentação, e o mapeamento visual dos testes dos resultados ajudaria nesse processo. Curran tinha em mente que a Sample6 podia se tornar um padrão no procedimento operacional e que poderia virar um “selo de aprovação ouro” aos olhos dos consumidores, pela sua solução inovadora. Mas o objetivo do Curran não era só no procedimento operacional, mas também na parceria com agricultores e fabricantes de alimentos, proporcionando ganharem mais negócios e gerar receitas mais altas. Algumas das maiores empresas dos EUA, como a Pacific Cheese Company, um ótimo fabricante e fornecedor de queijos finos na Costa Oeste e Earthbound Farm que era umas das maiores empresas no ramo de hortifrutigranjeiro orgânico dos Estados Unidos, renovaram seus teste de segurança alimentar depois de um recall. Segundo Will Daniels, gerente de operações da Earthbound Farm, reconheceu o potencial da Sample6. Disse que oferecia diversas melhorias com seus testes rápidos, pois como a Earthbound Farm trabalhava com produtos frescos, que tinha proximamente 21 dia até seus produtos estragarem, o tempo gasto para testes poderia sair caro. Ainda observou que o Sample6ANALYSE ajudaria a identificar pontos cruciais no seu ambiente de processamento. O presidente e CEO da Legal Sea Foods, Roger Berkowitz, empresa que atuava no ramo de restaurante de frutos do mar, falou que era importante estabelecer o frescor e a pureza dos produtos, e de está sempre a frente com novas tecnologias. O Diretor Assistente de Garantia de Qualidade da Legal Sea Foods, John Ciarametaro, reconheceu que sua liderança no ramo era por trabalhar com empresas como a Sample6, que tinha como ponto forte a inovação tecnológica. O Grupo OSI (OSI) era um fornecedor global de alimentos privado, também se rendeu ao sucesso que era a Sample6. Apesar da OSI ter seus testes bem abrangentes, tinha o que melhorar. Princialmente no seu método rudimentar de analise de resultados, que ainda usavam programas não apropriados para esse fim, como o Excel. Mas tinha em mente que a solução que a Sample6 desenvolveu era muito bom, e que seria mais fácil comprar uma solução já pronta do que desenvolver uma, apesar da Sample6 não se a única no mercado a trabalhar em soluções desse tipo. Antes da reunião começar, Curran se perguntava como faria para convencer os executivos das maiores industriar do mercado que uma parceria com a Sample6 os tornaria competitivos. Apesar da Sample6 ter avançado tecnologicamente e ter soluções GESTÃO DA SEGURANÇA NO SDLC Sample6: Fazendo uma parceria para tornar alimentos mais seguros sofisticadas, o que levaria essas industrias realizarem parceria com uma simples startups. Com a globalização crescendo, recalls e conscientização dos clientes por alimentos mais saldáveis, Curran tinha bastante argumento que a Samle6 podia fazer diferença na industria de alimentos e na saúde dos consumidores.
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