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FILOSOFIA da EDUCAÇÃO

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FAERP
FACULDADE ENTRE RIOS DO PIAUI
 
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Izabel Cristina Maciel Rodrigues Silveira
Cachoeirinha
2017
1. O que é filosofia da educação?
A palavra filosofia é grega, sendo composta de duas: Philo e Sophia. Philo e derivadas de a primeira, que significa; amizade, amor fraterno, respeito pelos iguais e a segunda que é Sophia quer dizer sabedoria. Portanto filosofia significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Pode-se definir de acordo com (CHAUÍ, p.190), que: "Filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, a estima, a procura e respeita". Deparamos algumas vezes com pessoas falando de suas concepções de vida descrevendo as como, "essa é minha filosofia de vida". Diante deste enunciado, pode-se pensar que o autor desta frase está fazendo referência a um conjunto de ideias mais ou menos coerente que regulam seu modo de viver e enxergar o mundo, também dá referência ao seu comportamento moral, a sua ética, o que considera certo ou errado, belo ou feio, ou seja, é uma concepção formada em sua ótica de leitura do âmbito geral da vida e a como a defini. De acordo com SAVIANI, (2000, p. 45): 
 A relação da filosofia com a educação existe desde o mundo grego. Os filósofos gregos, em busca da virtude humana, foram os que deram início às discussões sobre a filosofia da educação e seu sentido no mundo. Viam na educação um meio necessário para o alcance de uma cultura ideal e de uma alma purificada, capaz de elevar o homem ao conhecimento inteligível, apostando na busca de um ideal artístico de cultura. A busca pela educação ideal é representada por Platão na metáfora da "alegoria da caverna", no momento em que um dos homens presos no fundo de uma caverna consegue se libertar do conhecimento da doxa, enxergando a luz da verdadeira realidade. "O caminho da Filosofia, para Platão, era o de conhecer a realidade por conceitos, até perceber que a própria realidade é, ela mesma, o mundo das ideias, dos conceitos puros, ou mais exatamente, das formas puras"(Ghiraldelli, 2001, p.32-33). Na visão platônica, a filosofia deveria transcender a contingência histórica, contribuindo para o processo de esclarecimento da verdadeira sabedoria, na superação das falsas crenças, lançando a ideia de uma educação para a virtude, uma educação perfeita, com a qual o homem se torna culto e erudito.
 E, nessa expectativa, a educação acabou tornando-se objeto de estudos e reflexão da filosofia desde os tempos gregos. Pode-se dizer que a filosofia da educação surgiu do forte vínculo entre a filosofia e a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com as formas do conhecimento perfeito, orientou o homem segundo a razão, inferindo um pensamento pedagógico que busca a perfeição. Assim, percebe-se a disciplina sendo marcada pela história do pensamento filosófico, com fundamentos e objetivos voltados aos entendimentos da tradição. 
 Entretanto, a filosofia da educação dos últimos tempos, procurou transcender seus limites conceituais, aventurando-se nas discussões filosóficas contemporâneas que propiciam a articulação entre diferentes perspectivas teóricas. A disciplina, antes restrita a filosofia do continente, passou experimentar as vantagens e as desvantagens das transformações filosóficas americanas, envolvendo-se na discussão analíticos versus continentais. A filosofia analítico-pragmática foi difundida sobretudo nos Estados Unidos, na Holanda e na Grã-Bretanha, sendo apresentada, inicialmente, com uma fundamentação lógica e relacionada com a ciência, e a filosofia continental difundida na Europa, ligada a pensadores hermeneutas, fenomenólogos, existencialistas e frankfurtianos, com uma fundamentação voltada aos estudos históricos.
 Presente na dicotomia e na relação que parece animá-la, a filosofia da educação da segunda metade do séc. XX, tematiza o contraste entre cultura científica e cultura humanística. A diversificação, bastante clara nos últimos anos, permeia de um lado a filosofia de cunho descritivo e, de outro, a filosofia de tipo histórico e ontológico. Pode-se dizer que as correntes se desenvolvem de forma paralela, com momentos de encontro e desencontro de princípios e estilos. E, na ambiguidade, os mal-entendidos são inevitáveis. As múltiplas designações da tarefa do filósofo, explanadas pelas tradições, têm dificultado a compreensão do papel da filosofia na educação, provocando incompatibilidades no ensino acadêmico da disciplina. Muitos professores ainda não entenderam claramente o que trata cada tradição, utilizando-se das teorias de forma paradoxal. Ora seguem um método de filosofar investigativo, ora simplesmente repassam verdades filosóficas. E ainda há os professores que assumem utopicamente uma ou outra linha filosófica, iluminando pensamentos alheios às necessidades atuais. Sem dúvida, o reconhecimento não elucidado das discussões filosóficas tem demonstrado no campo teórico e prático, uma convivência conflituosa na atividade da disciplina.
 A filosofia da educação, no seu acontecer histórico, esclareceu muitas dúvidas, contribuindo para transformações qualitativas na sociedade. Torna-se importante retomar e discutir o sentido do filosofar nos cursos de formação de professores, para que os futuros profissionais da educação possam atribuir novos significados às práticas docentes. Na medida em que há uma racionalidade que não podem mais simplesmente explicitar o modelo de ensino idealizado ou lógico de filosofia, introduz-se a possibilidade de reconduzir as propostas pedagógicas a partir do reconhecimento intersubjetivo e hermenêutico de conjugação entre a filosofia e a prática educativa.
 Sob essa lógica, os programas de ensino contemplariam não somente a teoria filosófica, mas a sua reflexão com a problemática educacional, possibilitando a comunicação e a articulação dos conhecimentos. Para tanto, o currículo ao contrário de ser um conjunto de conhecimentos a serem ensinados, necessita promover rupturas epistêmicas, desenvolvendo discussões seletivas, no qual um grupo responsavelmente organizado reconhece e aprecia os saberes necessários e significativos.
 Entende-se que a validade da Filosofia da Educação depende da maneira como são efetivados os estudos filosóficos. A simples transmissão de pensamentos clássicos ou a discussão superficial de temas desacoplados da prática pedagógica não efetiva a reflexão e compreensão dos aspectos educativos. É necessária uma formação cultural qualitativa de comunicação reflexiva que proporcione o entendimento hermenêutico do papel da filosofia na educação. Sendo assim, a apropriação de um entendimento crítico, mediado intersubjetivamente, voltada às inovações da filosofia contemporânea, operalizando novas competências nas dimensões da formação humana, assim como a produção de novas vias de esclarecimento no ato de educar.
2. A filosofia é grega: os primeiros filósofos
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V antes de Cristo) a invenção da palavra filosofia. Mas este afirmou que a filosofia estava ligada à sabedoria através dos deuses, masque os homens podem amá-la ou deseja-la, tornando-se assim, filósofos.
Para Pitágoras a verdade não pertence a ninguém, pois ela está diante de nós para quem quiser enxergar e para quem a busca. A Filosofia surge quando alguns gregos, ao se defrontar com a realidade, admirados e, ao mesmo tempo, espantados e insatisfeitos com as explicações que as tradições culturais lhes deram, buscavam novas respostas, através da reflexão das coisas da Natureza, dos homens, do mundo em si, buscando uma razão para o viver (princípios e causas). Assim, se descobre que a verdade do mundo e dos humanos não poderia ser algo secreto ou misterioso, ao contrário, poderia ser conhecida e divulgada a todos, através da reflexão e da razão, podendo ser transmitida a todos da mesma forma. 
Não se pode considerar que a filosofiaé tipicamente grega, pois outros povos também a desenvolveram conforme o processo de evolução, porém, os desenvolvimentos dos estudos da filosofia aqui no ocidente são tipicamente gregas, como as formas de pensar e de se exprimir próprios, ocidentais, concepções diferentes de outros povos e culturas do oriente. Ao se observar as palavras medicina, pedagogia, gênese, genealogia, democracia, lógica, diálogo, entre outras muitas, vê-se que seus princípios foram trabalhados pelos gregos e transmitidos às instituições das sociedades europeias ocidentais.
Outros filósofos também conhecidos como Sócrates (469-399 a.C) que buscou conhecer a essência do homem que inclui a consciência intelectual e a consciência moral, sede da razão, o eu consciente , Platão (427-347 a.C) que desenvolveu a dialética, método para atingir o conhecimento verdadeiro, ultrapassando a esfera das impressões sensoriais, a opinião, e entrar na esfera racional, através da crítica que podemos fazer de da opinião existente, discussão e negação desta, com o objetivo de não mais equivocar-se  e Aristóteles (384-322 a.C) que desenvolveu a lógica para servir de ferramenta ao raciocínio, o ato de pensar como essência do homem e a observação da realidade para constatar que há inúmeros seres individuais e mutáveis. 
3. A natureza e o objeto da filosofia
        	A Filosofia se destaca como aspiração ao pensamento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e das causas do mundo, suas transformações e os comportamentos dos homens segundo seus valores morais.  Também os estudos da filosofia nos passam a ideia de que certas leis da Natureza podem ser conhecidas por todos os homens, sendo que o pensamento passa por regras, leis e normas universais e necessárias (leis lógicas de funcionamento).  A natureza da filosofia, sua essência enquanto reflexão pelo homem e seu objeto de estudo, a prática humana, ou seja, a ação moral, a política, a técnica e a arte que depende da livre vontade e manifestação pelo homem, das escolhas emocionais, passionais ou mesmo racionais pelo caminho a seguir, segundo certos valores e padrões de compreensão racional e lógica deixam claro que ao homem tudo poderá ser necessário, desde que viável e de direito.
4. A Filosofia e sua aplicação na educação
Cada povo possui um processo de educação na qual transmite sua cultura, às vezes até através do senso comum. A teoria se torna necessária, pois permite que pela educação as ações serão mais coerentes e eficazes. Esta teoria estaria ligada à prática, portanto, à realidade, num contexto social, econômico e político.
O importante nesta concepção seria de que a educação deveria ser um saber a construir, como conceitua Demerval Saviani[1], o importante é acompanhar de forma reflexiva e crítica a ação pedagógica, promovendo a passagem “de uma educação assistemática (guiada pelo senso comum) para uma educação sistematizada (alçada ao nível da consciência filosófica) ”.
A educação não pode ser trabalhada de acordo com a abstração, ou seja, de uma educação promovida pela “criança em si”, e sim trabalhada de forma a estabelecer uma interdisciplinaridade entre as diversas ciências e técnicas repassadas pela escola.
Uma análise filosófica permite a reflexão pelo professor de que não poderia transmitir certos “ismos” através da educação, colocando uma determinada ciência acima de outras (sociologismo, economicismo, psicologismo etc.)  E que sua formação esteja voltada não somente para a categoria técnica-científica, mas também para a politização e a fundamentação filosófica de sua atividade.
5. Origens da Filosofia da Educação na Grécia Antiga.
Na Grécia Antiga, a filosofia desenvolvia nos jovens o verdadeiro exercício espiritual. Os jovens que constituíam a pólis eram capacitados para a atenção e o autocontrole, ensinados pela razão e para ela, a buscar na pólis e na vida particular a virtude, a excelência.    Os sofistas eram os professores viajantes que vendiam seus ensinamentos práticos de filosofia. Estes sofistas passavam conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados. A lógica destes ensinamentos estava no desenvolvimento do poder da argumentação (a sociedade naquela época vivia de conflitos de opiniões e lutas políticas, principalmente dentro das assembleias democráticas), da retórica, dos raciocínios utilizados para poder convencer as pessoas, derrubando os adversários.
Portanto, nota-se que o ensino inicialmente era voltado para as questões políticas. É importante lembrar nesse sentido que não existia uma doutrina sofística única, mas que com o decorrer do tempo foram derrubadas, sobretudo, às críticas de Platão (considerando-os como impostores de saber).
Referências Bibliográficas
Luckesi, Cipriano Carlos, Filosofia da Educação, São Paulo: Cortez 1990.
Piletti Claudio. Filosofia da Educação 3 ed. São Paulo. Ática, 1991.
Revista em aberto. Brasília, ano 09 nº45
Jan/março/1990.
Cadotti, Moacir Concepção Dialetica da Educação: Um estudo introdutório 12 ed. Ver. SP. Cortez. 2001
Coleção dos grandes educadores edic.
Saviani Demerval, Educação: do senso comum a consciência filosófica – 13 ed. Campinas, SP. Autores associados, 2000. (coleção educação contemporânea)

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