Buscar

Memorial Descritivo Trabalho Eletricidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
ESCOLA POLITÉCNICA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 
ENG003 – ELETRICIDADE 
 
 
 
 
 
 
MEMORIAL DESCRITIVO DE CÁLCULO DO PROJETO DE 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO 
 
 
 
 
Docente: Renato José Pino de Araújo 
Discentes: André Luis de Oliveira Almeida Santos 
Anna Luisa Prieto Scucato 
Curso: Engenharia Sanitária e Ambiental 
 
 
 
 
 
Salvador 
Março 2017 
Sumário 
1. Introdução ............................................................................................................................. 3 
2. Disposições Gerais ................................................................................................................ 3 
a. Dados Gerais da Residência .............................................................................................. 3 
b. Dados Gerais da Instalação ............................................................................................... 3 
3. Memorial Descritivo ............................................................................................................. 3 
a. Previsão de Cargas: Iluminação e Tomadas ...................................................................... 3 
i. Iluminação ..................................................................................................................... 3 
ii. Tomadas de Uso Geral (TUG’s) ................................................................................... 4 
iii. Tomadas de Uso Específico (TUE’s) ........................................................................ 4 
iv. Levantamento de Carga ............................................................................................. 5 
v. Tipo de Fornecimento de Energia ................................................................................. 5 
b. Divisão dos Circuitos de Instalação .................................................................................. 5 
c. Dimensionamento de Condutores Elétricos ...................................................................... 5 
d. Dimensionamento de Eletrodutos ..................................................................................... 6 
e. Dimensionamento de Proteção .......................................................................................... 7 
f. Quadro de Distribuição ..................................................................................................... 7 
g. Padrão de Entrada.............................................................................................................. 7 
4. Memorial de Cálculo ............................................................................................................. 8 
a. Potência Ativa Total da Instalação (Iluminação, TUG’s e TUE’s) ................................. 10 
b. Tipo de Fornecimento de Energia ................................................................................... 11 
c. Divisão dos Circuitos ...................................................................................................... 11 
d. Cálculos das Correntes nos Circuitos .............................................................................. 12 
i. Cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição ........................................................ 13 
ii. Cálculo do Dimensionamento dos Condutores Elétricos ............................................ 15 
iii. Dimensionamento do Disjuntor do Quadro do Medidor ......................................... 18 
iv. Seção dos Condutores de Proteção .......................................................................... 19 
v. Dimensionamento dos Eletrodutos .............................................................................. 20 
5. Conclusão ............................................................................................................................ 21 
 
 
 
 
1. Introdução 
O Projeto de Instalações Elétricas de baixa tensão é a aplicação prática das aulas 
teóricas da disciplina Eletricidade. O Projeto se baseia na determinação de uma planta 
residencial e na criação de um projeto de Instalação Elétrica para essa residência. 
O projeto de instalações elétricas busca apresentar soluções possíveis de serem 
implementadas para resolução de problemas e é de extrema importância para uma 
residência ou estabelecimento, pois é a garantia da existência de luz e energia elétrica 
para utilização e sobrevivência humana no mundo moderno. 
 
Um projeto elétrico deve ser econômico e tecnicamente viável, flexível, de fácil 
acessibilidade para manutenção preventiva e corretiva, sustentável e confiável, de forma 
que se obedeçam as normas técnicas para um perfeito funcionamento e segurança. 
Devido a todas essas características que se torna indispensável a contratação de 
profissionais qualificados, devidamente registrados e que garanta a segurança e a 
funcionalidade das instalações residenciais. 
2. Disposições Gerais 
a. Dados Gerais da Residência 
A planta da residência utilizada para o projeto de instalações elétricas é composta por 
uma residência de 117,6 m2, uma área dedicada para a piscina de 67,2 m2 (5,60m X 
12m) e uma área dedicada para a churrasqueira de 58,2 m2 (4,85m X 12m). Como o 
terreno é de 30m x 12m, a área externa equivale a 117 m2. 
b. Dados Gerais da Instalação 
A planta da residência utilizada para o projeto de instalações elétricas se situa no 
município de Salvador, BA. Sendo assim, o fornecimento de energia elétrica é do tipo 
bifásico, feito a três fios (Duas fases e um neutro), com tensão entre fase e neutro de 
127 V e entre fase e fase de 220 V. 
3. Memorial Descritivo 
O memorial descritivo será utilizado para apresentar a descrição e objetivos dos 
dimensionamentos da instalação elétrica, bem como as características e desenhos 
detalhados e as normas relativas a cada etapa do projeto. O memorial de cálculo será 
utilizado para demonstração dos cálculos das cargas dos pontos de utilização 
apresentado no item 4 deste relatório. 
a. Previsão de Cargas: Iluminação e Tomadas 
i. Iluminação 
O cálculo da potência para os aparelhos fixos de iluminação, como lâmpadas, foi 
realizada com base nos seguintes critérios estabelecidos pela norma NBR 5413: 
a) Em cada cômodo ou dependência de unidade residencial, deverá ser previsto 
pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de 100 VA, 
comandado por interruptor de parede. 
b) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m2 deverá ser 
prevista uma carga de pelo menos 100 VA, e com área superior a 6 m2 deverá 
ser prevista uma carga mínima de 100 VA, para os primeiros 6 m2, acrescida de 
60 VA para cada aumento de 4 m2 
 
ii. Tomadas de Uso Geral (TUG’s) 
Segundo a norma NBR 5410, para se calcular a carga total disponível para o uso nas 
tomadas gerais é necessário se atender certos critérios relativos ao número de tomadas 
por cômodo e a potência atribuída. 
Considerando o número de tomadas por cômodos: 
a) Em banheiros, pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório; 
b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais 
análogos, no mínimo um ponto de tomada para cada 3,5 m, ou fração de 
perímetro, sendo que, acima de cada bancada com largura igual ou superior a 
0,30 m, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; 
c) Em subsolos, garagens, sótão, halls de escadarias e em varandas, salas de 
manutenção ou localização de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas 
de bombas, barriletes e locais análogos, deve ser previsto no mínimo uma 
tomada. 
d) Nos demais cômodos ou dependências, se a área for inferior a 6 m², pelo menos 
um ponto de tomada;se a área for maior, pelo menos um ponto de tomada para 
cada 5 m, ou fração de perímetro, espaçados tão uniformemente quanto possível. 
Os critérios para as potências são: 
a) Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e 
locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 
VA por ponto de tomada, para os excedentes, considerando cada um desses 
ambientes separadamente. 
b) Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de 
tomada. 
 
iii. Tomadas de Uso Específico (TUE’s) 
Ainda de acordo com a norma NBR 5410/97, às tomadas de uso específico deve ser 
atribuída uma potência igual à potência igual à potência nominal requerida pelo 
equipamento. Quando não se conhece a potência nominal do equipamento a ser 
alimentado, deve-se atribuir à tomada de corrente uma potência igual à potência 
nominal do equipamento mais potente com possibilidade de ser ligado. As tomadas de 
uso específico devem ser instaladas, no máximo, a 1,5 m do local previsto para 
implantação do equipamento. 
iv. Levantamento de Carga 
Com o uso da área e do perímetro de cada cômodo foi possível realizar o levantamento 
de cargas de iluminação e de pontos de tomadas de uso geral. 
v. Tipo de Fornecimento de Energia 
A determinação do tipo de fornecimento de energia é realizada a partir dos seguintes 
procedimentos: 
1º A potência aparente total de iluminação é transformada em potência ativa, 
utilizando para isso, o fator de potência para iluminação, igual a 1,0; 
2º A mesma coisa é feita com a potência aparente total dos pontos de tomada de 
uso geral, utilizando para isso, o fator de potência para esse tipo de tomada, igual a 0,8; 
3º É determinada a potência ativa total instalada na residência, que corresponde 
à soma da potência ativa total de iluminação com a potência ativa total das tomadas de 
uso geral e com a potência ativa total dos pontos de tomada de uso específico. 
 
Existem três possíveis tipos de fornecimento de energia elétrica para uma residência: 
• Fornecimento monofásico – Potência ativa total até 12000W. Feito a dois fios: 
uma fase e um neutro e tensão de 127 V. 
• Fornecimento bifásico – Potência ativa entre 12000W até 25000W. Feito a três 
fios: duas fases e um neutro e com tensões de 127 V e 220 V (fase-fase). 
• Fornecimento trifásico – Potência ativa entre 25000W até 75000W. Feito a 
quatro fios: três fases e um neutro e com tensões de 127 V e 220 V (fase-fase). 
 
b. Divisão dos Circuitos de Instalação 
A instalação elétrica deve ser dividida em circuitos para ter fácil manutenção e reduzir 
possíveis interferências. Segundo a NBR 5410, tem-se que: 
a) prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de pontos de TUG’S; 
b) prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento com 
corrente nominal superior a 10A. (Ex.: Equipamentos ligados em 127 V com potência 
acima de 1270VA devem ter um circuito exclusivo para si); 
c) pontos de tomadas de cozinhas, copas, áreas de serviços, lavanderias e locais 
semelhantes devem ser alimentados por circuitos destinados unicamente a estes locais. 
c. Dimensionamento de Condutores Elétricos 
O dimensionamento dos condutores elétricos nas instalações elétricas é feita através da 
escolha de sua seção para que suporte e atenda os seguintes requisitos: 
a) Limite de temperatura, determinado pela capacidade de condução de corrente 
em regime permanente; 
b) Limite de temperatura, determinado pela capacidade de condução de corrente 
em sobrecarga; 
c) Capacidade de condução da corrente de curto-circuito por tempo limitado; 
d) Capacidade de suportar os esforços, quando em redes aéreas; 
e) Limite de queda de tensão; 
f) Carregamento econômico. 
 
Para o correto dimensionamento é necessário verificar os três métodos apresentados em 
sala de acordo com a NBR 5410. Será levada em consideração apenas a maior seção 
encontrada dentre os três métodos. Abaixo segue as explicações: 
a) Seção Mínima: As seções dos condutores fase em circuitos de corrente alternada 
e os condutores vivos em circuitos de corrente contínua não devem ser inferiores 
aos apresentados na tabela 43 da NBR 5410. A seção mínima do condutor 
neutro está presente na tabela 44 da mesma norma, esta análise independe da 
corrente. 
b) Capacidade de condução de corrente: o fator preponderante ao se analisar este 
método é a temperatura, uma vez que se analisa a corrente de projeto. A 
importância é dada à temperatura, pois caso ocorra uma ultrapassagem do limite 
determinado pelo fabricante, a vida útil da isolação do condutor diminui. O tipo 
de isolação determinará a temperatura máxima a que os condutores poderão se 
submeter, assim como, às condições do local de instalação também irão 
influenciar na escolha. Ao se analisar a corrente de projeto do condutor deve-se 
utilizar fatores de correção de temperatura e agrupamento para se encontrar a 
melhor seção. 
c) Queda de tensão: Utilizando o cálculo da queda de tensão unitária indicado para 
circuitos monofásicos e trifásicos que atendem uma única carga utilizando dados 
como: comprimento do circuito, corrente de projeto, fator de potência, maneira 
de se instalar o circuito entre outros. 
 
d. Dimensionamento de Eletrodutos 
Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos 
multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, 
quando tal condutor destinar-se a aterramento. 
As dimensões internas dos eletrodutos e respectivos acessórios de ligação devem 
permitir instalar e retirar facilmente os condutores ou cabos após a instalação dos 
eletrodutos e acessórios. Para isso, é necessário que a taxa máxima de ocupação em 
relação à área da seção transversal dos eletrodutos não seja superior a 53% no caso de 
um condutor ou cabo; 31% no caso de dois condutores ou cabos; 40% no caso de três ou 
mais condutores ou cabos. Além disso, as curvas feitas diretamente nos eletrodutos não 
devem reduzir efetivamente seu diâmetro interno. 
 
e. Dimensionamento de Proteção 
A NBR 5410/2004 recomenda o uso de condutores de proteção, que são denominados 
PE, de forma a serem condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares. 
 
Com isso, em uma residência, é imprescindível o dimensionamento de tais dispositivos 
que podem ser fusíveis ou disjuntores termomagnéticos. Tais dispositivos de proteção 
atuam de forma a interromper qualquer corrente de sobrecarga, que possa provocar 
prejuízos à instalação elétrica. Os fusíveis são caracterizados por possuírem limitação de 
corrente, ou seja, para correntes elevadas de curto‐ circuito, esses fusíveis atuam num 
tempo extremamente rápido que não permite que a corrente de impulso atinja seu valor 
máximo (redução da capacidade de ruptura do disjuntor). 
 
O dimensionamento da corrente nominal adequada para os disjuntores é feito 
consultando-se a tabela que permite determinar a seção mínima adequada dos 
condutores. Em alguns casos, é possível o uso de um condutor com a função dupla de 
neutro e proteção. Tal condutor também tem seção mínima estabelecida por norma. 
 
Para que um fusível atenda a todos os requisitos de proteção contra as correntes de falta, 
é necessária que ele ofereça segurança a todos os elementos localizados a jusante do seu 
ponto de instalação. 
 
f. Quadro de Distribuição 
A energia que chega às residências provém da rede de distribuição da concessionária e, 
no caminho até os interruptores e tomadas, essa energia passa pelo quadro de medição 
que está associado a um equipamento que mede o consumo mensal (medidor). A 
energia, então, passa através de um ramal de entrada,denominado quadro de 
distribuição, de onde partirão os circuitos que irão alimentar os pontos de luz, 
interruptores, tomadas de uso geral e de uso específico. 
 
g. Padrão de Entrada 
“O Padrão de Entrada deve ser instalado no limite da via pública com o imóvel, 
podendo ser na parede, muro, pontalete ou poste” (Coelba, 2017). 
Sabendo o tipo de fornecimento da concessionária, pode-se determinar também o 
padrão de entrada, que vem a ser, o poste com isolador, a roldana, a bengala, a caixa de 
medição e a haste de terra, que devem ser instalados de acordo com as especificações 
técnicas da distribuidora de energia para o tipo de fornecimento. Com o padrão de 
entrada pronto e definido, de acordo com as normas técnicas, é dever da distribuidora de 
energia fazer uma inspeção. Se a instalação estiver correta, a distribuidora de energia 
instala e liga o medidor e o ramal de serviço. 
Com o Padrão de Entrada correto, é possível economizar tempo, dinheiro, evitar danos 
nos eletrodomésticos. 
 
Tabela 01: Perímetro e área dos cômodos da residência. 
Tabela 02: Previsão da Potência de Iluminação por cômodos da residência. 
4. Memorial de Cálculo 
Como o dimensionamento da quantidade e da previsão de cargas de iluminação e de 
tomadas necessita de medidas dos cômodos, foi criada a Tabela 01, contendo tais 
medidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com as condições do item 3.1.1 foi realizada a previsão das cargas de 
iluminação. A Tabela 02 contém os valores encontrados de potência de iluminação por 
cômodos e também como foi calculado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 03: Quantidade mínima de tomadas por cômodo de acordo com a norma NBR 5410. 
Tabela 04: Quantidade de tomadas e sua previsão de cargas por cômodo. 
A tabela 03 se refere à quantidade mínima de tomadas de acordo com as condições 
descritas nos itens 3.1.2 e 3.1.3, enquanto que a tabela 04 apresenta a quantidade que foi 
estabelecida para o projeto, contendo cômodos com tomadas a mais do que o mínimo 
previsto em norma. A mesma tabela também apresenta a previsão de carga para as 
tomadas de uso geral e de uso específico. 
 
 
 
 
 
 
Tabela 05: Resumo das previsões de cargas por cômodo. 
a. Potência Ativa Total da Instalação (Iluminação, TUG’s e TUE’s) 
 
Para obter a potência ativa total da instalação, é necessário calcular as potências ativas e 
soma-las. Para facilitar a visualização desses valores foi elaborada a tabela 05 que 
apresenta de forma resumidas as previsões de carga apresentadas no item anterior. 
 
 
Como a potência de iluminação e das tomadas de uso geral estão na unidade VA é 
necessário fazer a correção com o fator de potência apresentado no item 3.1.5. Sendo 
assim as potências ativas ficam 
 
𝑃𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 = 𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 ∗ 𝐹𝑃 = 1820 ∗ 1 = 1820 𝑊 
 
𝑃𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑇𝑈𝐺 = 𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑇𝑈𝐺 ∗ 𝐹𝑃 = 6100 ∗ 0,8 = 4880 𝑊 
 
𝑃𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑇𝑈𝐸 = 17700 𝑊 
 
Somando as três potencias ativas encontradas, obtemos: 
 
𝑃𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎çã𝑜 = 17700 𝑊 + 4880 𝑊 + 1820 𝑊 = 24400 𝑊 
 
 
Figura 01: Representação de uma ligação bifásica. Fonte: Slide da aula 14. 
b. Tipo de Fornecimento de Energia 
A partir do valor encontrado da potência ativa total da instalação e levando em 
consideração as informações já apresentadas no item 3.1.5 é possível perceber que a 
residência tem como fornecimento de energia circuito bifásico. Este tipo de 
fornecimento se caracteriza por compreender um potência ativa entre 12000W até 25000W. 
É composto por três fios: duas fases e um neutro e com tensões de 127 V e 220 V (fase-fase), 
como apresentado na Figura 01. 
 
 
c. Divisão dos Circuitos 
Aplicando os conceitos da seção 3.2 foi feita a divisão da instalação da residência. 
Desse modo, foram separados os circuitos de iluminação dos circuitos de tomadas 
(considerados circuitos de força). Além disso, o circuito de tomadas possui como limite 
uma corrente de 10 A, como a tensão na residência é de 127 V, logo a potência máxima 
nos circuitos de tomadas é de 1270 VA. A tabela 06 apresenta de forma sucinta os 
circuitos e a previsão de cargas. 
 
As linhas que estão na cor laranja apresentam a potência na medida “W” e não na 
potência “VA” e são todas de tomadas de uso específico. 
 
d. Cálculos das Correntes nos Circuitos 
Para o calculo da corrente nos circuitos será utilizado à equação a seguir: 
 
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 (𝐼𝑝) =
 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜
(𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 ∗ 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 ∗ 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜)
 
 
Para o trabalho o rendimento será sempre igual à unidade. Dessa forma, utilizando a 
tabela 06 como referência foi criada a tabela 07 apresentando as correntes dos circuitos. 
Tabela 06: Apresentação dos circuitos e de suas previsões de carga. 
 
i. Cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição 
Para o cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição deve-se, primeiramente, obter o 
valor da potência Instalada, que será a soma dos valores das potências ativas de 
iluminação e dos pontos de tomada, como mostrado na seção 4.1 deste trabalho. 
𝑃𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎çã𝑜 = 4880 𝑊 + 1820 𝑊 = 6700 𝑊 
 
Os 6.700 W de potência instalada seriam consumidos apenas se todos os circuitos 
funcionassem ao mesmo tempo com a carga máxima para a qual foram projetados. 
Como na prática isso não ocorre, é necessário multiplicar a potência instalada pelo fator 
de demanda correspondente para encontrar a demanda máxima, ou seja, a máxima 
potência que realmente será utilizada simultaneamente. 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 07: Apresentação dos correntes por circuito. 
Como os 6700 W de potência instalada estão na faixa entre 6001 a 7000 W, tem-se que 
o fator de demanda é 0,40. 
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 6700 𝑊 ∗ 0,40 = 2680 𝑊 
 
Em seguida, deve-se somar as potências instaladas dos circuitos independentes, 
circuitos para o chuveiros, ar-condicionado e micro-ondas e multiplicar o resultado pelo 
fator de demanda correspondente. O fator de demanda dos circuitos independentes é 
obtido em função do número de circuitos previstos no projeto. 
 
 A residência estudada possui 6 circuitos independentes: 
2 de chuveiro elétrico, três quartos com ar-condicionado e um 
microondas. 
𝑃𝑜𝑡𝑡𝑜𝑡 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 = 6000 𝑊 ∗ 2 + 1500 ∗ 3 + 1200 =
17700 𝑊 
 
Sendo o projeto composto por 14 circuitos tem-se que o fato de 
demanda é 0,45. 
 
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 17700 𝑊 ∗ 0,45 = 7965 𝑊 
Em seguida, soma-se os valores de demanda máxima de iluminação, TUG’s e circuitos 
independentes. 
 
𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 7965 𝑊 + 2680𝑊 = 10645 𝑊 
 
O valor da demanda máxima equivalente, 10645W, corresponde à potência ativa 
instalada no circuito de distribuição. Para encontrar a corrente é preciso transformá-la 
em potência aparente (VA). Então, é necessário dividir os 10.645W pelo fator de 
potência de 0,95 (que é o fator de potência estabelecido para o circuito de distribuição) 
 
Logo, 
𝑃𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 =
𝑃𝑜𝑡
𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟
=
10645
0,95
= 11205 𝑉𝐴 
 
Com o valor da potência aparente do circuito de distribuição, é possível calcular a corrente Ic. 
Para calcular a corrente Ic do circuito de distribuição, é preciso utilizar sempre a maior tensão 
que ele fornece. Neste caso, como o circuito é composto de duas fases e um neutro, utilize a 
tensão entre fase e fase (220Va). 
 
𝐼𝐶 =
𝑃𝑜𝑡
𝑈
=
11205 
220= 50,9 𝐴 
 
ii. Cálculo do Dimensionamento dos Condutores Elétricos 
O dimensionamento dos condutores foi feito com base nas informações apresentadas no 
item 3.3. Foram apresentados três métodos para o cálculo, porém o ultimo método, que 
é através da queda de tensão, é mais indicado para fornecimentos de energia 
monofásicos e trifásicos. O fornecimento de energia da residência referente ao projeto é 
bifásico, portanto será levado em consideração apenas o método da seção mínima e da 
capacidade de condução utilizando os fatores de temperatura e agrupamento. 
Através da norma NBR 5410 é possível obter na tabela 47 a seção mínima dos 
condutores, abaixo segue uma representação desta tabela. 
 
 
 
 
 
Em instalações elétricas residenciais normalmente é utilizado condutores de cobre e 
como os circuitos de força são destinados a tomadas foi possível obter as seções 
mínimas nos circuitos. As seções mínimas estão apresentadas na tabela 08, 
Para a utilização do método de capacidade de condução deve-se escolher primeiramente 
o método de instalação. O método escolhido foi “condutor embutido em alvenaria” que 
se configura como o método B1 na norma NBR 5410. Para a escolha do fio será 
utilizado as tabelas de dimensionamento da Pireli, apresentado a seguir. Como o 
circuito é bifásico, são utilizados dois condutores carregados. Foi escolhido o Cabo 
Pirastic Flex, que suporta uma temperatura máxima de uso contínuo de 70 °C. Porém os 
dados da tabela da Pireli tem como base a temperatura ambiente de 30°C. Para o projeto 
se considerou um acréscimo de temperatura ambiente de 10°C, ou seja, 40°C no total. 
Sendo assim, foi consultada a tabela 40 da NBR 5410 e foi possível encontrar um fator 
de temperatura (FT) de 1,22, para este caso. 
O fator de agrupamento (Fa) também foi obtido na mesma norma (consultando a tabela 
42), porém seu valor varia de circuito para circuito. Isso acontece, pois este valor é 
estabelecido em função do agrupamento de circuitos no pior trecho do projeto. 
O calculo da corrente de projeto se modifica, alterando-se para a equação a seguir: 
 
Tabela 08: Seções mínimas por circuito com base na NBR 5410. 
𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 (𝐼𝑝
′ ) = 
𝐼𝑝
𝐹𝑇 ∗ 𝐹𝑎
 
 
 
A tabela 09 contém a corrente corrigida, a seção do condutor levando em consideração a 
corrente sem a correção, a seção levando em consideração as correções dos fatores de 
agrupamento e temperatura e também o agrupamento por circuito. 
Tabela 09: Seções encontradas pelo método da capacidade de condução. 
 
Após analisar os dois métodos, foi elaborado a tabela 10 que possui as seções utilizadas 
nos condutores do projeto. A seção foi definida escolhendo a maior seção encontrada 
pelos dois métodos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O condutor neutro foi dimensionado utilizando o critério da tabela 48 presente na NBR 
5410. É possível obter que, para valores de seção de condutor fase, menores que 25 
mm2, o condutor neutro terá a mesma seção que o condutor fase. Sendo assim, como 
todos os condutores fase possuem valores menores que 25 mm2, os condutores neutros 
terão a mesma seção que os condutores fase. 
 
iii. Dimensionamento do Disjuntor do Quadro do Medidor 
Para dimensionar o disjuntor foi necessário analisar a corrente que passa pelos circuitos, 
incluindo o de distribuição, e as correntes máximas dos condutores. A tabela 10 
apresenta as correntes nominais dos disjuntores. Para a escolha da corrente nominal foi 
verificado o catalogo de disjuntores da Schneider Eletronics, considerando um valor de 
corrente nominal no intervalo da corrente de projeto e a corrente máxima do condutor. 
Uma representação dos disjuntores analisados segue abaixo. 
 
Tabela 10: Seções utilizadas no projeto. 
 
 
iv. Seção dos Condutores de Proteção 
A seleção dos condutores de proteção foi realizada seguindo o critério da NBR 5410 
conforme a tabela 58 apresentada a seguir. 
 
Tabela 10: Correntes nominais utilizadas nos disjuntores. 
 
Os condutores de proteção possuirão a mesma seção que o condutor de fase, já que 
todas as seções encontradas são menores que 16 mm2. 
 
v. Dimensionamento dos Eletrodutos 
Com as seções dos fios e dos cabos de todos os circuitos já dimensionadas, a próxima 
etapa é o dimensionamento dos eletrodutos. O tamanho nominal é o diâmetro externo 
do eletroduto expresso em mm, padronizado por norma. Esse diâmetro deve permitir a 
passagem fácil dos condutores. Por isso, recomenda-se que os condutores não ocupem 
mais que 40% da área útil dos eletrodutos. 
 
Para cada trecho da instalação é necessário contar o número de condutores que passarão 
pelo trecho e dimensionar o eletroduto a partir do condutor com a maior seção (bitola) 
que passa pelo trecho. Tendo em vista as considerações acima, sabendo que o maior 
numero de condutores no eletroduto é 6, e que a maior seção nominal entre os circuitos 
é 6mm², a tabela a seguir fornece diretamente o tamanho do eletroduto. 
 
 
Tabela 11 – Definição do diâmetro do eletroduto 
 
Tem-se então que o tamanho nominal do eletroduto será 25 mm. 
 
5. Conclusão 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações Elétricas 
de Baixa Tensão. ABNT, 2004. 
 
2 . NORMA REGULAMENTADORA. NR 10: SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E 
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE. NR, 2004. 
 
3 . SCHNEIDER, Procobre. Workshop Instalações Elétricas de Baixa Tensão: Proteção contra 
sobrecorrentes e dimensionamento dos condutores. Instituto Brasileiro de Cobre. Disponível 
em:< www.schneider.com.br > 
 
4. SCHNEIDER, Elétric. Manual e Catálogo do Eletricista: Guia Prático Pra instalações 
residenciais e prediais. Disponível em:< http://www.schneider-electric.com/ww/en/> 
 
5. Apostila Projeto Elétrico do Prof. Marco Pádua. Disponível em < profmarcopadua.net> 
 
6. Apostila Instalações Elétricas do Prof. Odailson Cavalcante de Oliveira. Disponível em: 
<https://docente.ifrn.edu.br/odailsoncavalcante/disciplinas/eletricidade-
instrumental/instalacoes-eletricas-parte-4-exemplo-de-projeto> 
 
 
 
 
ANEXO

Outros materiais