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APS PARTILHA DE BENS PARA OS HERDEIROS NO DIREITO DAS SUCESSÕES

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
TRABALHO DE APS
PARTILHA DE BENS PARA OS HERDEIROS NO DIREITO DAS SUCESSÕES
São José do Rio Preto -SP
2017
PROBLEMA APRESENTADO 
Suares Rocha Porto é casado e tem três filhos com sua esposa, Sarina Rocha Porto, todos maiores de idade. Recentemente, ele descobriu que tem um tumor cancerígeno em estado muito grave, deve sofrer uma cirurgia bastante séria e com grande risco de morte. 
Ele resolveu contar para a família que tem um outro filho, que mora em outra cidade, cuja mãe já é falecida e que no momento está com 14 anos.
Também decidiu que seu patrimônio, uma casa, um carro e um apartamento pequeno, será dividido da seguinte forma: 
Casa e carro em partes iguais para Sarina e os filhos maiores; 
O apartamento pequeno ficará inteiramente para o filho menor, porque ele não conviveu com o pai e, por isso, deve ser compensado de alguma maneira. 
Suares pretende fazer um testamento deixando sua intenção formalizada, para não haver problema após a sua morte. 
Os filhos maiores de Suares e Sarina não estão muito convencidos de que a intenção do pai seja a melhor solução. Eles procuram o escritório de advocacia do qual o grupo é sócio e pedem um parecer.
PARECER JURÍDICO
EMENTA
Palavras-chave: Herança. Sucessão. Partilha de bens. Herdeiros. Concubinato. 
FUNDAMENTAÇÃO
O Direito de herança e sucessão segundo a Constituição Federal
É sabido por todos que a Constituição Federal é a lei maior no Estado Brasileiro, e como tal constituiu como garantias constitucionais o direito de propriedade e de herança: 
Artigo 5º, inciso XXII, “é garantido o direito de propriedade”, 
Artigo 5º, inciso XXX, “é garantido o direito de herança”.
Visto a Constituição federal ser a “carta magna, a lei maior”, ou seja deve ser observada e aplicada acima de qualquer outra lei, sempre que se falar de direito deve-se levar em conta tais normas. 
E embora a mesma lei cite esses dois direitos, a herança e a sucessão, porém há diferenças entre eles, pois, a sucessão ocorre quando uma pessoa substitui outra em seus direitos e obrigações, ou seja, uma pessoa morreu e deixou bens ou obrigações as quais serão sucedidas pela pessoa que tem o direito. 
No caso da herança, ela é um conjunto de direitos e obrigações transmitidos para os herdeiros ou nomeados em testamento em virtude da morte do dono que tem um patrimônio a ser distribuído.
Portanto, não se deve confundir esses dois acontecimentos, pois, são distintos e conferem direitos e deveres diversos um do outro, resultando assim em formas diferentes de atos a serem praticados e formas diferentes de partilha. 
Muito embora, estes dois direitos estão ligados, pois se não houvesse a propriedade de bens, não haveria herança a deixar aos sucessores, e por outro lado se houvesse propriedade mas não houvesse a possibilidade de herança, não haveria motivo para as pessoas continuarem trabalhando quando atingissem determinada condição social. 
O Direito de herança e sucessão segundo o Código Civil
No Código Civil o direito das sucessões está descrito nos artigos 1784 a 2027 do onde inicia dizendo que 
“Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”.
“Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.”
“Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I – os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir‑se a sucessão;”
“Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador.”
“Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.”
“Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.”
Nota-se que a palavra “herança” citada acima refere-se ao patrimônio do “de cujus”, que não é constituído apenas de bens materiais, mas representa diversos tipos de direitos dotados de valor econômico. A herança, na realidade, é a soma dos bens e dívidas, incluindo também, créditos e débitos, direitos e obrigações que são passíveis de transmissão, resultando assim em todo ativo e passivo. E visto que, conforme deixa claro as leis brasileiras, a existência da pessoa natural termina com a morte real. De forma que é na morte que abre-se a sucessão, transmitindo-se automaticamente a herança aos herdeiros legítimos e testamentários do “de cujus”. Por isso que não há de se falar em herança de pessoa viva, embora possa ocorrer a abertura da sucessão do ausente, presumindo que este tenha morrido.
Quanto ao testamento, o Código Civil também deixa claro sua posição nos artigos abaixo:
“Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte.
§ 1º A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.
§ 2º São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado.”
“Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo.’
“Art. 1.859. Extingue‑se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do seu registro.”
Quando é feito um testamento, podem ser evitados vários conflitos pós-morte, pois, o testamentário pode indicar quem ficará com cada parte do patrimônio, podendo especificar até mesmo o porquê dessa diferenciação, se desejar faze-la. Neste caso específico, o testamentário poderá deixar uma parcela maior para um dos filhos ou para o cônjuge, podendo ainda passar parte dos seus bens para seus netos, vizinhos, amigos, ou para quem quer que lhe pareça direito.
Porém, nestes casos, a lei traz limitações quanto as porcentagens testamentadas, como por exemplo, o testamentário não pode deixar tudo para outras pessoas, ou até mesmo para um dos filhos em detrimento dos outros, podendo assim, conforme especifica a lei, deixar somente 50% do que lhe cabe para quem quiser.
CONCLUSÃO
No caso citado acima. Suares Rocha Porto, o pai, embora tenha outros três filhos e um cônjuge, deseja deixar um apartamento somente para um filho de outro relacionamento.
Como exemplo, podemos aferir alguns valores aos bens citados no caso, somente a título de entendimento do assunto.
•	Casa: R$400.000,00
•	Carro: R$120.000,00
•	Apartamento: R$120.000,00
Neste caso hipotético, podemos dizer que a divisão, levando-se em conta apenas os valores, seria da seguinte forma:
•	Patrimônio total: R$640.000,00
R$320.000,00 deve ser deixado para o cônjuge a título de meação.
R$80.000,00 deve ser deixado para o cônjuge a título de sucessão.
R$120.000,00 poderá ser deixado por Soares ao filho do concubinato, pois, perfaz a sua parte de 50% que pode dispor como bem desejar no testamento. Poderia neste caso hipotético deixar o apartamento para o filho do concubinato.
R$40.000,00 ficaria para cada um dos outros três filhos de seu casamento atual.
Tendo como base os artigos do Código Civil mencionados, as doutrinas e as jurisprudências dos julgados dos tribunais, podemos concluir que no caso citado acima Soares pode deixar o apartamento para o filho do concubinato se este valor deixado não ultrapassar o limite estabelecido em lei, conforme exemplificado acima.
Porém, se este valor ultrapassar o limite legal, os demais herdeiros poderá contestar tal testamento fazendo com que este venha a ser anulado e ocorra a partilha correta dos bens patrimoniais de Soares.

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