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Biodireito 
08/02/17
1) Conceito e nascimento do biodireito
- Estudo jurídico 
- Fontes imediatas – bioética e biogenética 
- Tem a vida por objeto principal 
Biodireito é o direito de proteção à vida. 
É um estudo jurídico que possui como fontes imediatas a bioética e a biogenética e tem a vida por objeto principal. 
Nascimento
- A partir do avanço das ciências biomédicas 
- Anos 70
- Controle dos riscos à vida - as pesquisas devem ser fiscalizadas, para que não provoquem danos as pessoas e ao meio ambiente
- Limites a liberdade de pesquisa
1.1) Fontes imediatas do biodireito
Bioética (moral/ética)
- Origem com o progresso da biotecnologia 
Conceito: é o estudo sistemático das dimensões morais das ciências da vida e do cuidado da saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto multidisciplinar. 
Biogenética 
Conceito: é o desenvolvimento e a aplicação de métodos científicos que permitem a manipulação direta do material genético a fim de alterar os traços hereditários de uma célula, de um organismo ou de uma população, com o intuito de corrigir defeitos genéticos. 
1.2) Macro e microbioética 
Macro – questões ecológicas; fiscalização ambiental; proteção da vida em grande escala, especialmente quanto ao meio ambiente. 
Micro – relação entre médico e paciente; fiscalização hospitalar; proteção da vida de um mundo menor do que o meio ambiente. 
1.3) Princípios fundantes da bioética 
a) Autonomia da vontade – respeito à vontade do paciente
- Valores morais/religiosos
- Consentimento livre 
- Informação 
Os profissionais da saúde devem respeitar a vontade do paciente, inclusive seus valores morais, religiosos, culturais (valores subjetivos). Todo procedimento deve ter um consentimento livre do paciente. 
O paciente também deve ter toda informação sobre seu estado de saúde. 
b) Beneficência 
- Proporcionar o bem-estar do paciente 
Deve evitar o sofrimento do paciente, fazer de tudo para promover o bem, para promover a cura da enfermidade. 
c) Não maleficência 
- Não fazer o mal – deontológico 
Princípio “primum non nocere” (primeiro o não nocivo)
É o principal princípio. Não basta buscar o bem, é preciso ter a certeza de não fazer o mal. Primeiro é não fazer o mal, para depois aplicar a beneficência. 
É preferível não fazer o bem se tiver que fazer o mal primeiro. 
d) Justiça – imparcialidade 
- Igualdade de tratamento
- independente de idade/nacionalidade/religião/etc.
O profissional da saúde não pode privilegiar o paciente. Independentemente da idade, raça, religião, deve ser atendido da mesma forma. Não se pode discriminar o idoso em fase terminal.
15/02/17
1.4) Critério da alteridade
- Respeito pelo outro (Latim Acter).
- Colocar-se no Lugar do outro. Esse critério de alteridade tem que ser aplicado
2) Biodireito e tecnologia
- Progresso cientifico
Debates: sobre experimentos que estariam ocasionando riscos a saúdes de animais e de pessoas.
- Legalização da eutanásia
- Castração química
- Seres transgênicos 
- Clonagem
2.1) Bioética, Biodireito e Humanismo Jurídico
- Manter posição Humanista
- Vinculo com a justiça
- Bioética e Biodireito devem caminhar juntos
- Máscara do progresso cientifico, em prol da Humanidade
- Manter Integridade Físico-mental, dignidade humanah
2.2) Dignidade e Paradigma da ordem jurídica do Estado democrático de Direito
Paradigma Dignidade da Pessoa humana.
- Fundamento do estado democrático de direito (art. 1, III, CF)
- Dignidade humana, deve prevalecer sobre qualquer avanço cientifico.
- Respeito aos valores éticos acompanham novas técnicas de reprodução assistida, seleção de sexo, engenharia genética
22/02/17
3) Questões ético-jurídicas da microbioética 
 
3.1) Proteção à vida humana 
3.1.1) Inviolabilidade constitucional do direito à vida 
Artigo 5º, caput, CF – cláusula pétrea
Desde a concepção
Artigo 60, §4º, IV, CF
A vida é o principal bem do ordenamento jurídico. É irrenunciável, por isso não se permite a pena de morte, eutanásia. 
3.1.2) Tutela civil e penal da vida humana 
Civil
Ubiquidade (estar em qualquer/todos os lugares) – todos os ramos do direito 
- Irrenunciável 
Código Civil, artigo 2º, 542, 1609, 1774, 1798
Leis 5478/68, 8971/94
Responsabilidade civil – por lesão à vida alheia 
Penal 
Homicídio – artigo 121, CP
Infanticídio – artigo 123, CP
Aborto – artigo 124 a 128, CP
Induzimento ao suicídio – artigo 122, CP
Exceto (excludentes de ilicitude) 
Legítima defesa
Estado de necessidade 
Exercício regular do direito 
*Aborto “legal” – extinção da punibilidade 
O aborto legal não é excludente de ilicitude porque não deixa de ser ilícito, porém, é um crime não punível em duas situações (estupro ou risco de morte da mãe), se realizado por médicos. 
3.1.3) Princípio do primado da vida 
- Prioridade sobre qualquer outro direito – a vida sempre prevalecerá nos conflitos de normas
- Mutilação do corpo para salvar a vida – não há ilícito
3.2) Direito de nascer 
- A partir da fecundação
- Transformação morfológica – sem intervenção externa
- Declaração dos direitos da criança – 1959 – proteger antes e depois do nascimento 
O STF entende que não é crime aborto realizado até o terceiro mês. 
08/03/17
3.3) Aborto 
3.3.1) Noções preliminares
Respeito à vida 
Para o biodireito a vida começa com a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, ou seja, desde a concepção. 
3.3.2) Conceito 
Latim “abortus” – perecer, interromper, abortar
- Interrupção da gravidez 
de forma espontânea, ou não
tenha havido ou não a expulsão do feto 
3.3.3) Modalidades do aborto – todas as modalidades caem na prova 
I – quanto ao objeto 
ovular – até 8ª semana 
embrionário – após 8ª semana até 15ª
fetal – após 15ª semana 
II – em relação à causa 
espontâneo – interrupção natural – não intencional 
ex: doenças na gestação; defeitos estruturais do feto 
acidental – por agente externo – sem intenção 
ex: susto, queda, violenta emoção 
provocado – por intenção da gestante ou terceiro 
Agentes de ordem: física (excesso de exercício físico); química (remédios abortivos); mecânica (procedimento de retirada do feto por instrumentos cirúrgicos). 
III – quanto ao elemento subjetivo (vontade) 
sofrido – gestante é vítima (a gestante não teve vontade)
consentido – gestante consente
provocado – gestante é agente principal 
IV – pela finalidade pretendida
terapêutico 
- salvar a vida da gestante – aborto necessário (legal)
- para evitar doença grave (ilegal) 
sentimental – decorrente de estupro (legal) 
eugênico – manter pureza da raça, família, grupo (ilegal)
ex: microcefalia, mongolismo, sexo indesejado 
econômico – dificuldade financeira (ilegal)
estético – não deformar o corpo da gestante (ilegal)
“honoris causa” – pela honra (ilegal) – reputação social
V – sob o prisma da lei
legal – norma extingue a punibilidade – sentimental e necessário
* anencefalia 
criminoso – vedado por lei/jurisprudência – todos os demais 
15/03/17
3.3.4) Aborto criminoso 
- Delito contra a vida 
Requisitos para configuração do crime 
a) Gravidez – desde a fecundação até o início do parto 
b) Dolo – intervenção livre e consciente – dolo direto 
- assume o risco do resultado – dolo eventual 
- não existe delito de aborto culposo – haverá lesão corporal/responsabilidade civil 
c) Emprego de técnicas abortivas – eficazes 
- suposta gestação – tentativa impossível (artigo 17 CP)
d) Morte do concepto 
- feto vivo
- feto já morto 
-> tentativa de aborto 
3.3.5) Aborto legal 
Artigo 128 CP
“Não se pune o aborto praticado por médico:
I – se não há outro meio de salvar a vida da gestante 
II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”
- continua o caráter delituoso 
- apenas não se aplica a pena ao médico 
22/03/17
3.3.6) A questão da anencefalia 
- Ausência parcial do encéfalo e da calotacraniana
ADPF/STF 54 (12/04/12)
- Não pratica crime de aborto a mulher que optar pela “antecipação do parto” em caso de gravidez de feto anencéfalo 
- Aborto jurisprudencial – até no terceiro mês, podendo ser um feto saudável, não é considerado crime
3.3.7) Reprodução humana e a questão populacional 
- Crescimento populacional
- Controle de natalidade
Motivos principais 
a) falta de alimento no futuro
b) pobreza no mundo
c) falta de recursos para educar filhos
d) dificuldades para a mulher conciliar família e trabalho
Melhor opção – planejamento familiar 
3.3.8) Direito reprodutivo-sexual, a descendência e o planejamento familiar como parâmetros da política populacional 
ONU (1994) – as pessoas devem decidir de forma livre e responsável o número de filhos
Conferência internacional de Pequim (1995) 
- Papel central da sexualidade 
- Gênero masculino 
responsabilidade sexual 
controle na transmissão de doenças 
proporcionar bem-estar às companheiras 
- Abortos legais com segurança e higiene 
- Brasil 
direito à concepção
direito à descendência 
direito à fertilização assistida 
3.3.9) Liberdade sexual e métodos anticoncepcionais 
Planejamento familiar (Lei 9263/96)
Conceito
Pegar
Métodos 
- Natural: por abstinência 
- “Condon”: por preservativos 
- Hormonal: pílulas ou injeções 
- Esterilização voluntária: vasectomia ou laqueadura
- Espermicidas: imobiliza e destrói o espermatozoide 
- Adesivo semanal
- Anel vaginal
- DIU: dispositivo intrauterino
- “Implanon”: implante no braço – 3 anos

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