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CEDERJ - UNIRIO - HISTÓRIA e DOCUMENTO - 2017.1 AD1

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Nome: Beatriz Mesquita - Matrícula: 17116090122 - Polo: Miguel Pereira
Recibo de compra e venda de escravos
O documento a ser observado nesta avaliação refere-se a um recibo de compra e venda de escravos no Brasil, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, datado de 4 de outubro do ano de 1851, meados do século XIX. O documento em questão torna oficial a venda do escravo, de nação crioulo, Benedito para a Sr.ª Maria Antônia Teixeira pela quantia de 500 mil réis.
O documento data de um período, onde o tráfico de escravos da África para o Brasil já estava proibido por conta da instituição da lei Eusébio de Queirós, no ano de 1850, após grande pressão da Inglaterra sobre o Brasil. Devido a este fato, começaram a ocorrer o comércio de escravos entre as regiões do Brasil e entre os próprios fazendeiros de forma mais intensa.
Este documento é classificado como uma fonte histórica verbal, pois utiliza a linguagem escrita para descrever um fato passado, neste caso o recibo de compra e venda de um escravo.
Como já dito anteriormente, este documento foi produzido na metade do século XIX a fim de garantir a segurança na transição de compra e venda de um escravo, o documento, provavelmente, circulou para órgãos oficiais e de fiscalização da cidade do Rio de Janeiro para atestar a veracidade da posse do escravo e circulou entre a família proprietário do escravo, o consumo e a validade deste documento, possivelmente, se deu até o dia 13 de maio de 1888 quando foi instituída a lei Áurea a qual declarou extinta a escravidão no Brasil, a partir daquela data. O documento deve ter sido armazenado com a família detentora do documento e sido passado de geração para geração, também pode ter sido armazenado em igrejas ou ainda em órgãos públicos. Após uma pesquisa na internet, verifiquei que, atualmente, este documento encontra-se no Arquivo Nacional do Brasil, localizado na cidade do Rio de Janeiro e foi doado pela família Rego Martins Costa.
Analisando o documento através de sua perspectiva como fonte histórica e como documento/monumento e tendo o entendimento de que o mesmo trata-se de um suporte de relações sociais, já que fundamenta e elucida em parte a sociedade que o produziu. Nota-se que o documento analisado neste trabalho retrata o período de meados do século XIX no Brasil e comprova a existência da escravidão de negros africanos e como a mesma tratava-se de uma forma de relação social relacionada ao trabalho compulsório, criando a elite latifundiária e escravocrata no Brasil e que tinha o respaldo do governo imperial, pois era a mão-de-obra negra e escrava que garantia e a produção da monocultura de cana-de açúcar e café para movimentar a economia agroexportadora brasileira daquela época. Essa relação social era tensionada por garantir que brancos tivessem privilégios na sociedade e que pudessem de forma legal, ou seja, com garantia constitucional adquirir negros como se fossem mercadorias e fazer deles seus escravos. Ou seja, os negros eram “coisificados” e eram considerados e tratados de forma desumana, vide o documento em questão de análise tratar-se de um recibo de compra e venda, comprovando assim a comercialização dos escravos negros.
 Link disponível para consulta: https://pt.pinterest.com/arquivonacional/escravidão/

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