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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL. CASO CONCRETO. SEMANA 1. ESTÁCIO. FIC. 2018

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JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL 
CASO 1
Caso 1- Súmula vinculante 
(OAB – XIX Exame unificado) O instituto da súmula vinculante aos poucos vai tendo suas características cristalizadas a partir da interpretação dos seus contornos constitucionais pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Considerando a importância assumida pelo instituto, determinada associação de classe procura seu advogado e solicita esclarecimentos a respeito dos legitimados a requerer a edição da súmula vinculante, dos seus efeitos e do órgão que pode editá-la. 
Com base no fragmento acima, assinale a opção que se apresenta em consonância com os delineamentos desse instituto. 
A) Pode ser editada pelos tribunais superiores quando houver reiteradas decisões, proferidas na sua esfera de competência, que recomendem a uniformização de entendimento junto aos órgãos jurisdicionais inferiores. Errado:
“A Sumula Vinculante é editada pelo STF.  São requisitos para edição de SV: 1) matéria constitucional sedimentada 2) controvérsias judiciais e administrativas 3) aprovação 2/3 dos ministros. “
B) Estão legitimados a propor a sua edição, exclusivamente, os legitimados para o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, estabelecidos no Art. 103 da Constituição Federal. Errado:
“Realmente incluem entre os legitimados aqueles constantes no rol do artigo 103 (que podem impetrar ADI e ADC), mas não é EXCLUSIVAMENTE. Pode provocar o STF para editar/revisar/cancelar sumula vinculante: 1) STF de ofício 2) legitimados Art. 103 I a IX;  3) Art 3º da lei 11417 (Defensor Público Geral da Uniao e todos os tribunais).
C) Pode dizer respeito a qualquer situação jurídica constituída sob a égide das normas brasileiras, de natureza constitucional ou infraconstitucional, e ser especificamente direcionada à resolução de um caso concreto, nele exaurindo a sua eficácia. Errado:
“A eficácia da súmula vinculante não se exaure no caso em concreto. Ela vincula, após sua edição, tanto o poder judiciário quanto a administração pública direta e indireta.”
XD) A vinculação sumular incide sobre a administração pública direta e indireta e os demais órgãos do Poder Judiciário, não podendo, porém, atingir o Poder Legislativo. Correto:
CF - Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
“Vale destacar que os Poderes Executivo e Legislativo também ficam vinculados, salvo quando estão na função de legislar. Trata-se de autêntica e válida reação legislativa à decisão do STF com o intuito de obter reversão jurisprudencial. Exemplo: em outubro de 2016, na ADI 4983, O STF declarou uma lei cearense que regulamentava a prática da vaquejada INCONSTITUCIONAL, por 6 a 5 restou definido que havia violência ínsita aos animais na prática. O legislador reagiu editando a EC 96 em junho de 2017, que acrescentou o §7º ao art. 225, CF, inserindo a vaquejada como manifestação cultural. 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 96, de 2017)”
Caso 2- 
Caso concreto: João das Neves, revoltado com a situação política do Brasil, adentrou em uma audiência pública que estava sendo realizada pela Câmara dos Deputados e atirou 5 vezes na direção da mesa diretora da casa. Sendo certo que João não tinha treinamento com armas de fogo, os 5 tiros atingiram apenas as paredes do plenário. 
Com base nesse cenário, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Considerando que João foi denunciado por tentativa de homicídio, a quem compete o processo e julgamento? 
	 Diante do caso exposto, tem-se nítido a tentativa de homicídio doloso contra a vida dos agentes políticos, e por assim ser, reveste-se de competência constitucional (devendo prevalecer sob normas infralegais) originária para processamento e julgamento do feito o tribunal do júri da respectiva comarca do Distrito Federal, uma vez que o crime fora praticado nessa cidade (onde se instalou a câmara dos deputados). 
 Importa lembrar que em tais casos a prerrogativa de foro não pode ser arguida em favor da vítima, primeiro porque não há legislação que abarque tal possibilidade, segundo porque o código de processo penal dispõe é nitidamente em favor rei (em favor do réu), e por isso deve-se reger todo o procedimento na forma que melhor forneça à ampla defesa do mesmo. 
Veja-se:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; (CF/88)
LEMBRETE QUANTO AOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA
• homicídio (art. 121 do CP);
• induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art. 122 do CP);
• infanticídio (art. 123 do CP);
• aborto em suas três espécies (arts. 124, 125 e 126 do CP).
b) Caso João seja condenado, poderia ele recorrer? Para qual órgão do poder judiciário?
	Caso ocorra a condenação do acusado, o mesmo poderá interpor o recurso de apelação para o tribunal de segunda instância de Brasília-DF (TJ-DF), e não para o Tribunal Regional Federal, tendo em vista que não há competência da justiça federal no presente caso, vez que não há no feito, como exposto no item anterior, a prevalência da prerrogativa de foro em razão da função na questão sob exame. Nesses termos:
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 § 1o Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.(Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 § 2o Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se Ihe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 § 3º Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. (Incluído pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 § 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.
 Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.
 Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o julgado, quer em relação a parte dele.
 Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.
 Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à instância superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de trinta dias. (CPP)

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