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farmacognosia sistema nervoso e alcaloides

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Sistema Nervoso
O Sistema Nervoso no organismo humano controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo como também, ao receber os devidos estímulos, tem a capacidade de capaz de interpretá-lo e desencadear respostas adequadas aos respectivos estímulos. Enquanto muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade (voluntários), muitas outras ocorrem sem que tenhamos a consciência (involuntários) dessa integração com o meio ambiente. O Sistema Nervoso no organismo humano é dividido em Sistema Nervoso Central (SNC), e, Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC compreende o cérebro, o cerebelo, o bulbo, e, a medula espinal (ou espinhal). O Sistema Nervoso Periférico consiste em todos os neurônios aferentes (sensoriais – periférico central), e, eferentes (motores – central periférico). No Sistema Nervoso Periférico, os nervos sensoriais e motores são constituídos por feixes de axônios. A maioria dos nervos é mista (sensitivos e motores). Os nervos são considerados cranianos quando partem do crânio, e, espinhais quando partem da medula. Os gânglios podem ser aferentes ou eferentes, sendo que os aferentes são os cranianos, e, espinhais. Os eferentes são autônomos. 
O Sistema Nervoso Periférico eferente se subdivide em Sistema Nervoso Somático (voluntário) e Sistema Nervoso Autônomo (involuntário). O sistema nervoso autônomo é também chamado de visceral, vegetativo ou involuntário porque se encontra, em grande parte, fora da influência do controle voluntário, e, regula importantes processos do organismo humano como todas as secreções exócrinas e algumas endócrinas; a contração e o relaxamento da musculatura lisa; os batimentos cardíacos, e, certas etapas do metabolismo intermediário, como a utilização da glicose. Pode-se afirmar que a função do Sistema Nervoso Autônomo é a regulação do sistema cardiovascular, digestão, respiração, temperatura corporal, metabolismo, secreção de glândulas exócrinas, e, portanto, manter constante o ambiente interno (homeostase). 
A musculatura depende diretamente do tipo de nervo que ela recebe. A musculatura estriada esquelética é enervada somatimacamente, por isso sua contração é voluntária. Enquanto, a musculatura lisa é enervada pelo SN autônomo e, por isso, sua contração é involuntária.
O Sistema Nervoso autônomo ainda é dividido em parassimpático e simpático. Estes exercem ações opostas em algumas situações, por exemplo, no controle da frequência cardíaca, na musculatura gastrintestinal, mas não exercem ações opostas em outras situações, como em relação às glândulas salivares. Enquanto a atividade simpática aumenta no estresse, a atividade parassimpática predomina durante o repouso, e, a saciedade. Embora os músculos ventriculares não sejam inervados pelo sistema parassimpático, este sistema tem significativo controle no nodo sinoatrial, e, no nodo atrioventricular. Assim, ambos os sistemas, em condições normais, exercem o controle fisiológico contínuo de órgãos específicos.
Parassimpático: pontual. Cada hora uma sinalização em um lugar. Resposta mais lenta.
Simpático: situação de “luta e fuga”. Resposta rápida do sistema nervoso. A informação passada para o organismo é difusa, espalhada.
O impulso nervoso se inicia no dentrito que vai receber o impulso nervoso inicialmente e é repassado para o corpo celular e depois o impulso percorre o axônio que será o caminho dessa transmissão e posteriormente, no axônio, será liberado o neurotransmissor. O dentrito é o que estimula o axônio propagar o impulso elétrico e produzir o neurotransmissor de interesse. Justamente é o processo de despolarização que ocorre no neurônio que faz com que o neurotransmissor possa ser produzido. O processo de despolarização é o que faz o neurotransmissor que está armazenado ser liberado. O neurotransmissor produzido percorre a fenda sináptica e pode interagir tanto com receptores pós sinápticos em outro nervo e desencadeia outra despolarização, que leva a informação, fazendo com que haja comunicação entre os neurônios através destes sinais químicos produzidos.
Os neurotransmissores podem ser inativados por um mecanismo de “inativação por metabolização”, em que é realizada, por enzimas, a modificação da estrutura química desses transmissores e, dessa forma, eles não conseguem mais se ligar aos seus receptores.
Pode ocorrer, também, uma inativação da atividade/estímulo nervoso por moléculas transportadoras, que “pegam” os neurotransmissores e os transportam de volta para o neurônio pré-glanglial.
Vale lembrar que tanto os receptores, as enzimas e as moléculas transportadoras têm natureza proteica, ou seja, são proteínas. A maioria dos fármacos agem em um desses três, podendo ser:
Agonista: quando uma substância de liga a um receptor e essa ligação ativa/deflagra a ação na qual ele está programado. O principal agonista é o próprio neurotransmissor, porém existem fármacos que podem ser agonistas daquele receptor.
Antagonista: quando uma substância “empata” o neurotransmissor, se ligando à ele e impedindo a sua ação. Ela impede que o agonista endógeno se ligue ao receptor. Um antagonista pode inativar a atividade/estimulo nervoso, mas vale ressaltar que não inativa o neurotransmissor em si.
Existe também uma substância que interage com a enzima que metabolizaria o neurotransmissor inativando-o. Dessa forma, essa substância inibe a ação da enzima e isso permite um prolongamento do estímulo nervoso.
Outra possibilidade é interagir com a substância transportadora, impedindo que elas recaptem os neurotransmissores. Porém, nem sempre é algo bom, porque as transportadoras ao retornarem com os neurotransmissores “suprem” o estoque dele no neurônio pré-galnglial. Sem esse retorno ele podem ficar com uma baixa concentração de neurotransmissores. OBS: A pessoa poderia até entrar em m estado de depressão profunda, por exemplo, se o efeito da droga passa.
O neurônio pré-galnglial libera a acetilcolina que se liga ao receptor do tipo colinérgico no neurônio pós-glanglial que despolariza e libera noradrenalina que se liga a receptores do tipo adrenérgico.
Já, para o SNA PARASSIMPÁTICO os neutransmissores liberados pelos neurônios pós-glagliais também são acelticolina e se ligam a receptores colinérgicos nos órgãos.
Os principais neurotransmissores do sistema nervoso autônomo são: Acetilcolina (no sistema nervoso parassimpático), e a noradrenalina (no sistema nervoso simpático). A comunicação entre células nervosas, portanto, entre neurônios e órgãos efetuadores, ocorre através da liberação de sinais químicos (substancias químicas) específicos produzidos pelas terminações nervosas, denominados neurotransmissores. Esta liberação depende de processos provocados pela captação de íons cálcio e regulados pela fosforilação de proteínas plasmáticas. Existem receptores específicos para os neurotransmissores, pois, como são hidrofílicos, portanto, não lipossolúveis, não conseguem atravessar a membrana lipídica das células-alvo.
A acetilcolina é um composto de amônio quaternário, sintetizada no citosol do neurônio a partir da acetil coenzima-A e da colina. A acetil coenzima-A tem origem mitocondrial, mas tem como substrato a glicose que leva ao piruvato, sendo este é transportado para dentro das mitocôndrias onde é convertido em acetil-CoA. A colina provém da fenda sináptica, extracelular. 
No sistema cardiovascular, doses pequenas de acetilcolina provocam vasodilatação nas redes vasculares mais importantes do organismo, entretanto, esta vasodilatação depende de um intermediário denominado óxido nítrico. A acetilcolina, assim, produz diminuição das pressões sistólica e diastólica, além de reduzir a frequência cardíaca, produzindo a bradicardia. 
No sistema respiratório, a acetilcolina, em doses pequenas produz broncoconstrição e aumento da secreção, o que pode desencadear crises asmáticas. 
No sistema urinário, a acetilcolina provoca contração e redução da capacidade da bexiga, enquanto no trato gastrintestinal provoca o aumento da motilidade e do tônus da musculaturalisa, podendo provocar náuseas e vômitos. 
Existe uma grande diversidade de receptores colinérgicos que se ligam de formas diferentes a acetilcolina. No neurônio pós-glaglial do SNA SIMPÁTICO e PARASSIMPÁTICO o receptor é do tipo NICOTÍNICO. Já na célula receptora do SNA PARASSIMPÁTICO apenas o receptor é do tipo MUSCARÍNICO.
	OBS: uma diferença anatômica entre os sistemas simpático e parassimpático é o tamanho dos neurônios. No parassimpático o neurônio pré é maior do que o neurônio pós, enquanto no simpático é o contrario. Isso porque o parassimpático é mais pontual, especifico, tendo então um neurônio pré longo, indo quase já ao órgão de ação.
O motivo para a resposta do simpático ser mais rápida é porque o receptor nicotínico tem canais iônicos associados a ele, que quando ele interage com a acetilcolina esse canais iônicos se abrem e a despolarização ocorre, por isso a resposta é rápida.
Já para o receptor muscarínico não se tem canais iônicos associados a ele e sim uma proteína uma proteína G. Quando o receptor interage com a acetilcolina ela passa a informação para uma enzima que desencadeia a reação, por isso é mais lento.
Através do sistema autonômico simpático, a acetilcolina age nos receptores nicotínicos da medula supra-renal provocando a liberação de catecolaminas, como a adrenalina e a noradrenalina, o que em situações de estresse, aumenta a produção destas catecolaminas, provocando a vasoconstrição, elevação rápida da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca. Os receptores colinérgicos são ou estão em macromoléculas encontradas nas membranas pré e pós-sinápticas, apresentando estruturas de proteínas específicas. Experiências comprovaram que a administração da muscarina que é o princípio ativo extraído do cogumelo venenoso Amanita muscaria produzem ações semelhantes as da acetilcolina em determinados receptores situados em alguns órgãos efetores sendo denominados de receptores muscarínicos (ou seja, nos mesmos receptores onde a acetilcolina age). E, verificou-se também que administrando a atropina ocorre o bloqueio das ações estimuladas pela acetilcolina ou muscarina nos receptores muscarínicos, mas, em outros receptores, a administração da acetilcolina (mesmo logo após o bloqueio pela atropina) ocorre a produção de efeitos semelhantes aos da nicotina, assim, podemos afirmar que no sistema parassimpático ou transmissão colinérgica existem dois tipos de receptores nos órgãos efetuadores que são denominados de receptores muscarinicos, e, receptores nicotínicos. Esses termos, nicotínicos ou muscarínicos, lembram as ações e os efeitos da nicotina, e, da muscarina. Portanto, no efetor, para obtermos uma resposta à estimulação colinérgica, deve existir um receptor farmacológico do tipo muscarínico ou nicotínico. 
Os receptores nicotínicos (estão diretamente acoplados aos canais catiônicos) são classificados em dois grupos: musculares e neuronais. Enquanto os receptores ou tipos musculares são encontrados na junção neuromuscular esquelética; os receptores ou tipos neuronais são encontrados principalmente no cérebro, em gânglios autônomos e terminação nervosa sensorial.
A injeção venosa de acetilcolina produz vasodilatação, e, queda da pressão arterial, além de um breve decréscimo da frequência cardíaca e do volume sistólico, seguido de disparo do nó sinoatrial, pois a atividade vagal regula o coração através da liberação de acetilcolina ao nível do nó sinoatrial. A hipotensão arterial pode ocorrer porque existem receptores colinérgicos nos vasos sanguíneos que, em resposta, causam a vasodilatação. 
Os antagonistas colinérgicos são drogas que agem nos receptores colinérgicos, bloqueando seletivamente a atividade parassimpática (reduzindo ou bloqueando a ação da acetilcolina). Assim, diminuem, inibem ou bloqueiam a resposta colinérgica. Portanto, reduzem ou anulam o efeito de estimulação do sistema nervoso parassimpático (impede que a acetilcolina estimule os receptores colinérgicos), e em determinadas situações (indiretamente) tem o efeito estimulante do sistema nervoso simpático.
Os fármacos agonistas colinérgicos são distribuídos em dois grupos:
 1 - Agonistas colinérgicos de ação direta, que agem nos receptores colinérgicos como agonistas, ativando esses receptores e desencadeando respostas semelhantes às provocadas pela estimulação do parassimpático. 
2 - Agonistas colinérgicos de ação indireta, que embora não tenham ação direta sobre os receptores colinérgicos, são drogas que proporcionam maior tempo da ação da acetilcolina, inibindo a enzima que tem o poder de destruir a acetilcolina, portanto, os inibidores da acetilcolinesterase ou anticolinesterásicos.
Um exemplo interessante é o processo de dilatação e constrição dos brônquios
O fenoterol é um agonista adrenérgico, ou seja, age no sistema nervoso simpático (responsável pela brônquio dilatação). Dessa forma, o fenoterol se liga ao receptor adrenérgico e promove a dilatação. Porém, é perigoso em altas concentrações. Então, usa-se juntamente com o Brometo de Ipatrópio, que é um antagonista do receptor muscarínico (recebe Ach) do sistema parassimpático (responsável pela brônquio constrição). Com isso, o uso mútuo dessas substâncias irá promover a brônquio dlatação e impedir a brônquio constrição, tendo um efeito maior sem necessidade de se usar altas concentrações de fenoterol.
Alcaloides
Relembrando: são substâncias orgânicas cíclicas, contendo um átomo de nitrogênio em um estado de oxidação negativo e cuja distribuição é limitada entre os seres vivos.
Alcaloides verdadeiros Possuem um átomo de nitrogênio em um anel heterocíclico. Eles são divididos em vários grupos, de acordo com o tipo de anel. 
Protoalcaloides Possuem um átomo de nitrogênio não pertencente a um anel heterocíclico. Derivados da fenilalanina. Tendem a serem mais básicos, pois os elétrons estão mais disponíveis. Já nos outros, por conta do ciclo, ressonância, os elétrons estão mais presos.
Pseudoalcaloides São compostos nitrogenados com e sem anéis heterocíclicos, mas que não se originam de aminoácidos.
Alcaloide quaternário tem nitrogênico com carga positiva, pois faz quatro ligações. Não tem estado de oxidaão negativo. Esse tipo tem alta solubilidade, pois tem carga positiva. Porque passa a ter uma característica mais polar, o que faz ela interagir melhor com solventes polares, fazendo ligações de H, por exemplo. 
Alguns alcaloides estão presentes na planta em concentrações relativamente elevadas, mas normalmente eles não são encontrados em concentrações grandes, geralmente, estão presentes em concentrações pequenas. Às vezes pode acontecer de encontrar alcaloide com 15% em uma planta, onde a sua dosagem pode ser verificada por titulação, mas já em relação a separa-los e verifica-los é um pouco mais difícil, necessitando realizar uma cromatografia para isso. Existe tb alcaloides com teores de 3% e até mesmo outros com teores menores que 1% e outros com teor abaixo de 0,1%. Então, mesmo que eles sejam encontrados em concentrações menores, eles desempenham atividade terapêutica, porque normalmente são considerados substs bem potentes (dose capaz de produzir determinado efeito, no caso, produzir efeito máximo dele e os mais potentes são os que em doses menores promovem um efeito terapêutico muito bom e o menos potentes são os que em doses maiores produzem efeito baixo). 
As intoxicações por plantas normalmente tem um percentual bastante elevado. Grande parte das intoxicações por planta vem da cocaína, onde o percentual é superior a 40%. Qualquer planta alcaloidica é considerada muito tóxica, com seu potencial tóxico bem elevado e efeito biológico bastante significativo. 
Agora vamos começar a entender um pouco da ação farmacológica dessas drogas vegetais com o organismo e relacionando seus possíveis efeitos sobre o sistema nervoso e sua interação com o mesmo para desempenhar determinadas respostas. As vezes substs com o mesmo universo molecular, ou seja, que apresentam muitas características semelhantes, podem desencadearrespostas diferentes, pois por estarem em tecidos diferentes promovem tais ações diferentes e respostas farmacológicas distintas. 
ALCALOIDES TROPÂNICOS
Os alcaloides tropânicos foram introduzidos na medicina europeia por imigrantes romanos (ciganos). A família Solanaceae é considerada o lar dos alcaloides tropanicos. As drogas que os continham foram utilizadas por suas propriedades alucinógenas, incorporando-se no folclore como bruxaria. O maior espectro de alcaloides tropânicos é encontrado em representantes da tribo Datureae, nos gêneros DATURA e BRUGMANSIA. Atropa beladona pertence a tribo Solanaceae e é uma espécie muito estudada.
Os alcaloides tropânicos inibem as ações da acetilcolina em efetores autônomos inervados pelos nervos pós-glanglionares colinérgicos (receptores muscarínicos). Bem como na musculatura lisa, que é desprovida de inervação colinérgica.
Os agentes muscarínicos têm, de maneira geral, pouco efeito sobre as ações da acetilcolina em receptores nicotínicos. Na junção neuromuscular, na qual os receptores são nicotínicos, são necessárias altas doses de alcaloides tropânicos para produzir algum grau de bloqueio. É provável que a maioria dos efeitos dos alcaloides tropânicos no SNC em doses usuais seja atribuível às suas ações antimuscarínicas.
As substâncias antimuscarínicas tem muito efeito sobre o estomago e instestino por razão do seu emprego como agentes antiespasmóticos nos distúrbios gastrointestinais e no tratamento da úlcera péptica. Porém, a secreção salivar é sensível a inibição antimuscarínica, a quais podem abolir por completo a secreção induzida pelo parassimpático e a boca fica seca, tornando-se difícil a fala e a deglutição. 
A atropina e outros alcaloides tropânicos e seus substitutos reduzem as secreções, tanto nas porções mais altas quanto nas mais baixas do trato respiratório. Na nasofaringe esse efeito pode produzir um alívio sintomático da rinite aguda associada a coriza. Os alcaloides tropanicos podem induzir a dilatação brônquica, tenho sido usados no tratamento de asma brônquica. Em adimistrações sistêmicas, eles podem reduzir o volume de secreção brônquica que é de difícil remoção da árvore respiratória e sua presença pode obstruir de dorma perigosa as vias aéreas, predispondo infecção. 
Atropa beladona
Atropina mistura racêsmica (50% de cada forma isomérica) de (-)-hiosciamina ou (-)-escopolamina.
A hiosciamina, escopolamina e a tropina são antagonistas dos receptores muscarínicos. Ou seja, são BLOQUEADORES OU AGENTES ANTIMUSCARÍNICOS. 
Os receptores muscarínicos são os receptores colinérgicos (os que liberam a acetilcolina nos neurônios do sistema nervoso autônomo parassimpático) que são estimulados pelo alcalóide muscarina (agonista) e bloqueados pela atropina (antagonista)
Os bloqueadores ou agentes antimuscarínicos são seletivos para o sistema parassimpático, agindo unicamente nos receptores muscarínicos, bloqueando ou inibindo as ações da acetilcolina nestes receptores. Existem vários agentes antimuscarínicos, entretanto, são mais utilizados: Atropina – escopolamina ou hioscina – ipratrópio – propantelina - dicicloverina – diciclomina – glicopirrolato – ciclopentolato - tropicamida.
ATROPINA (Sulfato de atropina) – A atropina é um alcalóide extraído, principalmente da planta Atropa belladona, usado na forma de sulfato, consiste em um bloqueador muscarínico potente com ação tanto central quanto periférica, com duração de quatro horas, exceto quando administrado no epitélio ocular que pode durar alguns dias os seus efeitos. Todos os receptores muscarínicos são bloqueados pela atropina. Embora seja um fármaco relativamente seguro, em doses elevadas bloqueia as funções do sistema nervoso parassimpático.
Os efeitos da atropina consistem em: Antiespasmódico (no trato gastrintestinal), broncodilatador, midriático, anti-secretório do trato respiratório superior e inferior, antiarrítmico.
Na asma, como broncodilatador é utilizado em crises asmáticas via inalação diluído em 3 a 5 ml de solução salina através de nebulizador. Como adjuvante da anestesia reduzindo as secreções e provocando a broncodilatação, pode ser administrada por via oral ou intramuscular. 
ESCOPOLAMINA OU HIOSCINA (Buscopan – butilbrometo de escopolamina). A escopolamina ou hioscina também é um alcalóide da belladona. Apresenta efeitos semelhantes aos da atropina, porém a escopolamina tem ações e efeitos mais pronunciados no SNC, com a duração mais prolongada do que a atropina. Apresenta também o efeito de bloquear a memória recente. Em Obstetrícia, a escopolamina é utilizada associada à morfina, para produzir amnésia e sedação.
Hyoscianer niger
É conhecida como meimendro. A espécie era empregada contra dores do TGI na antiga Babilônia. É vegetal-oficial em muitos países e conhecido há muito tempo como espécie contendo hiosciamina e escopolamina em folhas e semente. É empregada rincipalmente em empasmos de TGI, sedo os efeitos indesejados e precauções semelhantes aos apontados para a beladona. Porém, os efeitos são mais tênue, devido ao menor teor de alcaloides tropânicos nela encontrados.
Datura suarolens
Conhecida como Trombeteira-cheirosa, cartucheira, saia-de-velha, etc. é considerada uma fonte potencial de alcaloides tropânicos. Efeitos semelhantes ao da Datura Stramonium.
Datura stramonium
No Brasil tem nome popular de estramônio, figueira-do-inferno, erva-do-diabo e figueira-brava. Os principais contituíntes são escopolamina e, em grande porcentagem, (-)-hiosciamina. Tem ação semelhante a da beladona. São muito usadas como alucinógenos. Pois são anticolinérgicos e por isso causam perda de consciência no SNC.
Erythroxylon coca
A importância dessas espécies e variedades está relacionada com a presença da cocaína, a qual foi isolada pela primeira vez por Niemann em 1860, que notou um sabor amargo e um efeito particular na língua, tornando-a insensível e quase destituída de sensação. Esse espécie tem alcaloides que podem ser divididos em três classes, sendo a cocaína o seu alcaloide majoritário (90%).
A cocaína interfere na receptação de catecolaminas (noradrenalina, dopamina, epinerfina) tendo, dessa forma, uma concentração muito maior de noradrenalina na fenda sináptica, fazendo com que ela esteja sempre presente na circulação e deixando a pessoa “pilhada” e depressão por seguinte, precisando aumentar sempre a dose para a pessoa conseguir aguentar o dia, causando assim uma dependência química.
 Ou seja, ela inibe as ptns transportadoras que recapturam a noradrenalina nas terminações adrenérgicas. Esse processo é o principal responsável pela estimulação do sistema cardiovascular e o SNC. No início, ocorre uma sensação de bem estar e euforia. Após pequenas quantidades de cocaína, a atividade motora é bem coordenada; com aumento da dose podem ocorrer tremores e crises conculsivas.
A cocaína possui grande semelhança estrutural com outros anestésicos locais, sendo muito utilizada a lidocaína e procaína para tal. Observam-se algumas semelhanças estruturais que dão como semelhança funcional a essas moléculas serem facilmente associadas aos receptores de canal de sódio, promovendo o bloqueio desse canal, dificultando a entrada de sódio e prolongamento do impulso nervoso, agindo como anestésico local ou regional.
O anestésico geral age no sistema nervoso central, tendo assim ação diferente do anestésico local ou regional, que age no sistema nervoso periférico. A cocaína foi muito utilizada para anestésicos oculares e hoje em dia é utilizada farmaceuticamente por alguns países para pessoas em estado de câncer terminal, onde há muita morfina presente na circulação do individuo, deixando-a para baixo. Então se utiliza a cocaína no sistema nervoso central para equilibrar esse quadro e dar um mínimo de disposição. A procaína benzólica, por exemplo, foi divulgada no Brasil para fins terapêuticos em diversos programas de TV, onde é mostrada como a droga da felicidade, o famoso “eu tomei e minha vida mudou, sem algum nenhum colateral.” A discussão de drogas ilícitasé um tanto problemática, já que utiliza-se outras drogas no dia-a-dia que são tão ou mais problemáticas do que a maconha, por exemplo, e é utilizada para algum fim terapêutico. Porém observou-se na história pessoas – inclusive famosas - que morreram por conta de medicamento “legal” e “perfeito” conhecido pela grande massa, como o Elvis Presley, Michael Jackson e outros. 
Relembrando: Base livre N: par de elétrons livres pouca solubilidade quando associada com H+ forma sal e se torna solúvel.
OBS: a cocaína encontrada no crack é uma forma de base livre. O ponto de volatização é, portanto, muito alto e, dessa forma, ela não chega a se degradar e, por isso, tem um potencial de absorção muito grande. O que contribui para esse potencial ser maior é o fato dela ser fumada no crack, que vai diretamente para o pulmão, que tem um área absortiva muito grande e vai rapidamente pro cérebro. 
B: + H+ BH+
 Baixa solubilidade Alta solubilidade
Meio ácido: tendência de deslocar o equilíbrio para direita por razão do excesso de H+ BH+ 
Meio alcalino: tendência de deslocar o equilíbrio para esquerda B: 
Sabendo que o meio da planta pode ter um pH variável , então em uma planta pode-se ter formas associadas ou dissociadas de cocaína.
Dessa forma, para se extrair cocaína é preciso fazer a pasta de cocaína. 
Amaça a planta joga CaCO3 (alcaliniza o meio desloca para esquerda base livre aumenta o rendimento).
Coloca-se solvente apolar, normalmente querosene (barato) para poder extrair a base livre desse sólido. *base livre é insolúvel.
Depois joga-se ácido para protonar o que é alcaloide, separando das outras substâncias apolares que também vieram carregadas pela querosene e, com isso, o sal se precipita.
Normalmente, depois disso, joga-se excesso de ácido, para limpar bastante a querosene. E depois, para formar a pasta, é importante neutralizar com uma base.
	 *
 Conceito de Partição Coenficiente de Partição
Quando se tem dois solventes imiscíveis entre si e um soluto, a proporção desse soluto em cada solvente é sempre igual. Sempre se tem parte do soluto em um solvente e parte do soluto no outro solvente na mesma proporção. Independente da quantidade de cada solvente a proporção se mantém. Essa grandeza informa tendência do soluto distribuir-se entre as fases líquidas.
ALCALOIDES ISOQUINOLÍNICOS
Os alcaloides quinlínicos e isoquinolínicos compõem, sem dúvida, a maior gama/classe de alcaloides. 
Chondodendron tomentosum e Strychos toxifera
Pasta CURARE
Os índios faziam uma mistura dessas duas plantas, obtendo uma pasta que colocavam nas pontas das flechas e usavam para caça. Essa pasta ajudava eles na caça pois como efeito causa uma paralisia muscular, sendo assim, apenas um raspão da flecha no animal já facilitava da predação.
	A pasta age como BLOQUEADOR NEUROMUSCULAR
Na estrutura da tubocurarina o Nitrogênio tem carga positiva, sendo assim um nitrogênio quaternário, portanto solúvel em água e por isso os índios conseguiam usar a água como solvente para extrair o alcaloide e também ao ingerir as carnes não se intoxicavam, pois ao lavá-las a substância saía com a água.
A substância age então na musculatura voluntária do animal e portanto não age no SNA e sim no SOMÁTICO. E por causar paralisia muscular a pasta age como um ANTAGONISTA do receptor NICOTÍNICO, impedindo que a acetilcolina se ligue ao receptor e dessa forma a ação do movimento não pode ser realizada.
Vale lembrar que o receptor nicotínico está presente em todo o corpo, podendo haver perda de função dos órgãos dependendo da dose.
Hydrastis canadenses
É uma planta pouco comum e possui a Berberina e a Beta-Hidrastina, que possuem características moleculares diferentes entre si pelo fato de um se apresentar como alcalóide de base livre e o outro como alcalóide quaternário. Possuem ações semelhantes, mas solubilidades diferentes. Ambos estão relacionados com analgésicos e com ação adstringente.
Cephaelis ipecacuanha
É conhecida como Peca e é usada para provocar vomito.
É mais freqüente e possui como alcalóides isoquinolinicos mais freqüentes a emetina e a cefaelina. A emetina remete a “emese”, que é vômito, ou seja, uma substância que provoca o vômito e a cefaelina também.
Papaver somniferum (PAPOLA)
Dessa planta extrai-se o latex da sua capsula e deixa sacando ao até virar uma goma marrom, que é retirada e deixada secar ao sol, e é chamada de ópio. Dessa goma retira-se a papaverina que tem característica VASODILATADORA. (simpático?) 
POR QUE DÁ SONO?
A morfina também está presente no ópio, ou seja, é um substância natural e não sintetizada.
Os opioides são geralmente os analgésicos mais potentes que existem; e são naturais. Porém, além do grande potencial analgésico, os opioides causam um dependência absurda. Nós já temos uma defesa de analgesia natural, que pode causar um grande problema pela falta ou excesso no ser humano. Caso falte, há a possibilidade da pessoa sentir dor o tempo todo em qualquer movimento ou posição corporal e caso se tenha excesso, há a possibilidade da pessoa não ficar sabendo quando fraturou algum membro, por exemplo.
Há a possibilidade de se ter dependência dessas substâncias, estando relacionada ao circuito de dopamina, que é o esquema de “prazer e recompensa” diante de algo que seja interessante. É um mecanismo natural de estimulação e percepção de algo que dê prazer, fazendo com que a pessoa queira fazer o mesmo novamente. Elas também causam tolerância, que é quando uma determinada substância promova um determinado efeito numa dose, porém o uso contínuo dessa substancia faz com que essa dose não produza o mesmo efeito, necessitando assim aumentar a dose. Como elas trabalham com analgesia, o uso contínuo e prolongado - principalmente no caso da heroína -, se tem bloqueio dos analgésicos endógenos e a pessoa sente dor em qualquer movimento, já que não há nenhum mecanismo de defesa corporal. Nesse caso utiliza outra substancia opiácea, que cause menos dependência, para que a pessoa tire aos poucos a substancia do corpo e se desintoxique. A codeína também é utlizada para xaropes contra a tosse.
ONDE ELES AGEM NO SN PARA SEREM ANALGÉSICOS?
PS: As endorfinas são substâncias ENDÓGENAS parecidas com as morfinas
	
Receptores opioides: (SNC)
Receptores η(mi): Depressão respiratória, euforia e analgesia supraespinhal
Receptores κ(capa): Miose (constrição pupilar), analgesia espinhal e sedação.
OBS: por acetilação obtém-se a heroína.
Alcalóides: morfina, papaverina e codeína
Cinchona ssp (QUINA)
É UM ALCALOIDE QUINOLÍNICO
Descobriu-se que os índios utilizavam cascas de algumas árvores para se curar de algumas febres. Depois de uma época de chuva, as cascas das árvores caiam na lagoa e quando as pessoas bebiam a água da lagoa se curavam das febres. Os jesuítas chegaram ao local, junto ao Padre Antonio Vieira, como um dos principais missionários da transmissão jesuítas no Brasil. Essa missão tinha a intenção clara de converter os indígenas. E aí ao levar os índios para a Europa, alguns deles levaram a casca de chinchona para alguns países e os países protestantes acharam que esses jesuítas queriam matá-los por acharem que a casca era extremamente venenosa. Alguns jesuítas inclusive foram mortos. Porém chegou um boticário da época e começou a preparar as cascas de forma diferente para tratamento da malária. O Charles II então tomou o medicamento desse boticário e se curou da malária. Luís XIV então pediu então a fórmula para o boticário, sem sucesso. Então ele ofereceu muito dinheiro e mordomias ao sujeito e ele aceitou. A fórmula era apenas folhas de rosa, extrato de limão e folhas de quina. Até hoje os derivados dela são utilizados contra a malária, mas os alcalóides quinolinicos hoje em dia são utilizados também para outros meios. A quinina, que é o principal alcalóide presente nessa classe, isolado em 1820 por franceses, é a substancia das quinas responsável pela açãoanti-malarial. Também é utilizado para outras coisas, mas como produto semi-sintético. A cloroquina que também é um derivado da planta, é utilizado como ação antimalarial também. 
ALCALOIDES INDÓLICOS
*Quase todo indol tem em sua estrutura um derivado de monoterpeno.
Os alcaloides indólicos estão muito associados a sensações alucinógenas. Vale lembrar que os alcaloides indólicos derivam do TRIPTOFANO, que por sua vez também derivam a serotonina. O que talvez explique a característica alucinógenas deles. 
O triptofano é descarboxilado pela enzima triptofano-descarboxilase, formando a triptamina. Os alcaloides indólicos monoterpênicos são, quase sempre, produtos de condensação da triptamina com o secoiridóide secologanima.
Várias plantas que contêm alcaloides indólicos são consideradas tóxicas devido a forte atividade desses compostos. A sua atividade é, geralmente, mediada pela interação com um ou mais receptores específicos. Muitos atuam como agonista ou antagonistas dos receptores adrenérgicos e colinérgicos.
Pausinystalia yohimbe (ioimbé)
Parte utilizada é a casca do tronco.
Era usado na população nativa de Camarões no tratamento da impotência.
O alcaloide majoritário presente é a Ioimbina, um alcaloide indólico. A Ioimbina é um nbidor seletivo dos receptores alfa-2-adrenérgicos e, em doses maiores, é um hipotensor e vasodilatador da regiões vasculares periféricas. Sua ação na musculatura lisa determina um aumento do tônus e dos movimentos dos intestinos.
Physostigma venenosum (Fava de Calabar)
A parte utilizada é a SEMENTE da planta. Na África ocidental elas eram usada para decidir o julgamento de criminosos suspeitos. Aqueles que bebiam o extrato aquosos da droga e não morriam eram considerados inocentes.
Posteriormente foi isolada dela a Fisostigmina, que é um inibidor reversível da acetilcolinesterase (degrada a acetilcolina), que passa facilmente pela barreira hemato-encefálica causando efeitos centrais e periféricos, o que pode ser utilizado para inibir os efeitos centrais e periféricos de agentes anticolinérgicos. É utilizada para reverter os efeitos de intoxicação grave por anticolinérgicos.
Consequências de inibir a acetilcolinesterase: tem-se a acetilcolina bombeando por mais tempo e aí interage mais com os receptores. Então poderia se pensar que haveria alta contração muscular, sobreposição do sistema parassimpático e seus efeitos, como contração da pupila, diminuição dos batimentos cardíacos, dentre outros. 
Porém, seu uso causa vários efeitos adversos como ataque cardíaco e parada cardíaca, tendo, atualmente, seu uso restrito ao emprego na oftalmologia. Nesse uso estão relacionados a lacrimação, miose, etc.
Rauwolfia serpentina (Rauvolfia)
A parte utilizada é a raiz. Age como bloqueador adrenérgico
A reserpina é um efetivo anti-hipertensivo usado no tratamento de hipertensão leve e moderada. Age diminuindo o nível de catecolaminas (noradrelina, dopamina, etc) e serotonina no SNC e em outros órgãos. Sendo muito utilizada no controle de pressão arterial, já que atua no bloqueio da ação da noradrenalina no sistema simpático, fazendo com que se tenha sobreposição do sistema parassimpático e diminuição da freqüência cardíaca. Doses repetidas de reserpina são cumulativas porque nível tecidual das catecolaminas é retomado lentamente. A queda da pressão sanguínea se deve à diminuição dos mediadores ao nível central explicaria a ação sedativa e neuroléptica. 
Strychno signatii (Feijão de Santo Inácio)
Strychnos nux-vomica (Noz vômica)
A parte utilizada é a semente. 
Tem como constituintes químicos de seus frutos a estricnina e brucina (alcaloides). 
A planta se caracteriza pela paralisia dos músculos estriados. A estricnina é um estimulante medular e bulbar e a sua intoxicação assemelha-se aos sintomas do tétano, como ansiedade, alta sensibilidade ao ruído e luz, e crises convulsivas periódicas. A morte advém da asfixia pela contração do diafragma. 
Na imagem, a primeiro tem-se a BRUCINA e a segundo a ESTRICNINNA.
Catharanthus roseus (Vinca)
Muito comum e conhecida como “Maria-Sem-Vergonha”.
Os alcaloides isolados da Vinca são a vincristina e Vimblastina. Esses alcaloides causam parada na divisão celular na metáfase pela ligação específica com a tubulina e inibem sua polimerização. 
Porém é preciso de quiilos e quilos da Vinca para conseguir se extrair 1 grama do ativo. Esse ativo também tem propriedades anti-inflamatórias.
A vimblastina em associações com quimioterápicos é importante no tratamento de diferentes linfomas, câncer de ovário e tumores nos testículos. E a vincristina é utilizada principalmente no tratamento de leucemia linfoblástica aguda infantil em diferentes esquemas quimioterápicos. 
Clavicepspurpurea em Secalecereale
Os alcaloides estão presentes no fungo que se junta a planta. São geralmente nomeados como “alcaloides de Ergot”. E os alcaloides encontrados são a ergonovina e ergotamina.
Elas mexem bastante com a vasodilatação e com a e diminuição de doenças relacionadas a isso, como a enxaqueca.
ERGONOVINA METIL-ERGONOVINA LSD
O LSD é um derivado da metil-ergonovina, pela adição de dois etil.
Descobriu-se depois que esses alcalóides são citósitos, ou seja, promoviam contrações que poderiam ser utilizadas para facilitar o parto, sendo a metil-ergonovina (metesergida) muito utilizada na obstrecia, para aumento da contração para a facilidade da deslocação da placenta, também diminui o risco da hemorragia e processo hemorrágicos. 
QUINONAS
São produtos de oxidação dos fenóis. 
Se são 2 anéis benzênicos tem-se uma NAFTOQUINONA. Se são 3 anéis benzênicos tem-se uma ANTRAQUINONA, que é o grupo que vamos estudar.
Grupos Cetônicos no C-9 e C-10.
Podem ter hidroxilas (OH) em C-1 e C-8
Podem ter substituintes em C-3 (metila, hidroximetila ou carbonila) e C-6 (hidroxila fenótica livre ou esterificada)
Antraquinona tem perfil de oxidação com vários estágios. A tendência é de que a partir da extração da planta, a estrutura oxide até chegar à antraquinona em sua concentração máxima. 
As antraquinoas têm uma característica de acidez mais elevada que um fenol, pois pela presença de carbonila (C=O) é possível se estabilizar melhor uma carga. 
A antraquinona é uma molécula grande e apolar, então para mudar o perfil de solubilidade adiciona-se uma base forte, normalmente NaOH, que irá torna-la mais solúvel, gerando água e o sal fenolato que tem uma coloração vermelha. Essa reação é chamada de Bornträger. *Dependendo da posição da antraquinona pode ser azul.
As antraquinonas não se apresentam em base livre. A maioria se apresenta como glicosídeo. Podendo ser O-glicosiladas, glicose ligada ao Oxigênio na antraquinona; ou C-glicosiladas, com a glicose ligada ao Carbono na antrona. Essas duas ligaões podem ser clivadas, no entanto, a molécula de O-glicosídeo pode ser hidrolisada com menos dificuldade, pois é mais fraca, que somente com a adição de um ácido e com aquecimento, é possível liberar a antraquinona desse glicosídeo. Já a C-glicosídeo é mais estável, só sendo clivada com agentes oxidantes fortes, como Fe3+, por exemplo.
Quando associadas à glicose, a molécula se torna mais solúvel, pois a molécula de glicose é bem hidroxilada 
As quinonas são muito fáceis de serem sintetizadas, pois têm pelo menos 3 rotas biossintéticas.
Mecanismos de ação:
O mecanismo de ação da antraquinonas é LOCAL é não sistêmico. Elas agem como LAXANTES irritantes do intestino grosso. Essa ação ocorre pela estimulação da contração da musculatura lisa do intestino, mas não necessariamente é agonista do receptor muscarínico.
Outro mecanismo é a inibição da reabsorção e água, sódio e cloro através da inativação da bomba Sódio/Potássio ATPase (aumenta a secreção de potássio).
Outro mecanismo é também a inibição do canais de Cloreto, comprovada para inúmeras 1,8 –hidroxi-antranóides (antraquinonas e antronas)
	Vale lembrar que não é bom utilizar produtos naturais por mais de 20 dias, basicamente porque não se tem muitos estudosclínicos, não há como prever sua ação nos organismos e isso pode ser danoso a longo prazo.
Sabe-se que quanto mais reduzida mais potente, enquanto mais oxidada menos potente. Ou seja, uma antrona é mais potente do que uma antraquinona. As reduzidas são 10 vezes mais potentes e mais ativas. (Quanto mais hidroxilado, menos oxidado está)
Os glicosídeos, por serem mais solúveis, dificultam a absorção da planta no duodeno, agindo só no intestino grosso/cólon. Um C-glicosídeo (ligado ao C-10 da antrona) no intestino perde a glicose pela ação da enzima β- glycosidase liberada por muitas bactérias presentes no intestino grossos. Dessa forma, tem-se uma antrona livre super ativa no organismo, que tem ação direta nas célula epiteliais. . Ingerindo a quinona na forma livre, observa-se que se terá oxidação total pelo suco gástrico, diminuindo assim o efeito. A medida que vai oxidando, continua tendo ação laxante, mas menos potente do que as formas reduzidas.
A constante ação dessas substâncias pode até levar a formação de tumor, pois desgasta as células epiteliais. 
Os antibióticos matam as bactérias que vão quebrar as C-glicosídeos, e se elas morrem, não liberam a antrona e não há ação laxativa.
Senna alexandria (sene)
A parte utilizada são os folíolos e frutos. A sene possui quantidade de glicosídeos e antraquinonas bastante pronunciada.
Rhamnus purshianus (Cascara sagrada)
É muito utilizada em formulações. A parte utilizada é casca dos caules.
Rhamnus frangula (Frângula)
Rheum palmatum (Ruibarbo)
Parte utilizada são as rizomas.
Aloe vera (Babosa)
Parte usada é o látex dessecado das folhas.
FLAVONÓIDES
O ciclo C pode ser aberto o que caracteriza uma chalcona
O ciclo C pode ser fechado o que caracteriza uma flavona
Quando o flavonóide apresenta-se sem o açúcar é chamado de aglicona pu genina, e quando está associado ao açúcar é chamado de C-Glicosídeo ou O-glicosídeo, assim como as antraquinonas.
Possíveis ações na planta:
• proteção dos vegetais contra a incidência de raios UV e visível;
• proteção contra insetos, fungos, vírus e bactérias;
• atração de animais com finalidade de polinização;
• ação antioxidante;
• alelopatia;
• controle da ação de hormônios vegetais;
• inibição enzimática.
A estrutura dos flavonóides é proveniente de diversas vias bioquímicas de metabolitos secundários. Por exemplo, metade de uma molécula clássica de flavonóide é oriunda da via da Acetil CoA e a outra metade é oriunda da via do ácido chiquímico. Ou seja, as metades das estruturas básicas dos flavonóides têm átomos que vem das duas origens. 
Os flavonóides em particular são derivados aos grupos fenólicos, porque quase sempre se tem substituições hidroxiladas em alguns carbonos. Eles formam dímeros e polímeros em geral, formando taninos condensados. Os flavonoides dão essa característica adstringente de precipitar proteínas, mas diferentes dos taninos hidrolisáveis, a reação para esses taninos condensados é pela junção de duas moléculas de vias diferentes. Quase todos os flavonóides permitem uma ressonância muito grande por conta das estruturas dos fenóis, com anéis aromáticos, então eles agem nas plantas e nos organismos vivos como agentes anti-oxidantes. 
Observa-se então, por exemplo, muitas cápsulas de vitamina c associadas à bio-flavonóides, por conta dessa capacidade anti-oxidante. Por conta dessa estrutura de alta ressonância, o nível de estado eletrônico acaba sendo elevado, fazendo com que se tenha uma coloração mais forte e viva por conta dos fótons que se encontram na molécula, tendo-se uma cor refletida mais forte. 
Por isso que taxam a pessoa que se alimenta de pratos coloridos de saudáveis, por conta dessa ação anti-oxidante favorável ao nosso organismo. 
A isoflavona é muito utilizada para reposição hormonal para mulheres em período de pós-menopausa, por conta da sua atividade estrogênica. É muito encontrado em extração de produtos de soja. Ou seja, o que acontece com o homem que ingere muita isoflavona em soja? É preocupante a soja ter entrado na dieta alimentar de forma tão presente nos últimos anos, já que não se conhece tão bem o produto a ponto de substituir outros alimentos que estão presentes na dieta há milênios, das quais se conhece muito bem. Inclusive existem estudos que estão comprovando a relação de câncer com a dieta por soja. 
As catequinas se tronaram um grupo muito estudado. São derivadas de flavonóis e são hidroxiladas. polifenótica solúveis em água. Estão muito presentes em chás, conferindo uma atividade anti-oxidante muito interessante. Há vários estudos que comprovam a relação das catequinas com o processo de prevenção de diversas doenças por conta da atividade anti-oxidante. Elas ainda se associam com o ácido gálico, ficando uma porção de OH apontando para fora, tendo uma grande possibilidade de se ter potencial anti-oxidante e estabilização da carga radicalar. Por isso também se tem característica um pouco adstringente (comportamento dos taninos vários flavonoides juntos formam taninos condensados). Se uma substância é anti-oxidante, acredita-se que a substancia se oxida facilmente. Ou seja, caso a pessoa queira armazenar o chá na geladeira, por exemplo, quando for tomar, a atividade anti-oxidante estará quase nula. A maior concentração dela em chá estão nas folhas mais novas. 
Comparando o chá preto e o verde, o chá preto tem teores baixíssimos de catequina, enquanto o preto tem mais.
* e também é observado no cacau. Muitos dos flavonóides dão característica amarga ao produto.
As flavonas e os flavonóis: co-pimentação em flores e protetores contra raios UV nas folhas. Oferecem uma cor amarelada ou avermelhada viva para as frutas. Possuem a rutina, apigenina e luteolina como flavonoides mais abundantes. A rutina é utilizada como bioflavonoide, sendo associados à laranja. São fáceis de se extraírem e isolarem. 
Os falvonóis são flavonas substituídas na posição C-3 por uma hidroxila, essas duas classes são em geral classificadas juntas por isso. Suas cores variam do branco ao amarelo
Antacionos: os cores mais pra violeta ou roxas estão relacionados aos antocianos, caracterizado pelo cátion na molécula. É um dos mais importantes grupos de pigmentos de plantas solúveis em água, ao lado de betaínas (também hidrossolúvei) e dos carbonetos (geralmente hidrofóbicos). Eles são bastante atraentes de instos e de pássaros, com o objetivo de polinizar e dispersar as sementes, sendo assim de grande interação entre plantas e animais. 
A extração se dá por polaridade crescente: a primeira extração é com solventes apolares e retira óleos, gorduras, esteróis e pigmentos facilitando a extração posterior dos flavonoides. A segunda extração é com um solvente um pouco mais polar (clorofórmio, éter...) e permite recuperar as agliconas livres pouco polares, com flavonas e flavonóis e isoflavonas. Aumenta a polaridade do solvente (acetona, metanol) se extraem as agliconas poli-hidroxiladas, flavonas mais polares, etc. Por último a extração com água quente arrastar-a os heterosídeos mais polares, como poliglicosídeos e catequinas. Em meio ácido também se pode extrair antociaminas. 
	
CHCl3, CH2Cl2, EtAc, éter etílico Agliconas livres metiladas
Acetona, MeOH Agliconas poli-OH, auronas, chalconas
H2O quente Heterosídeos
Meio H+ Antocianos
	 
Outra atividade interessante dos flavonoides é sua ação anti-inflamatória por conta das hidroxilas e dos grupos cetônicos específicos, capazes de curar inflamações. A ação anti-oxidante dos flavonoides se dá pela neutralização dos radicais livres que aparecem no dia-a-dia.

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