Buscar

DIREITO TRIBUTARIO ESTACIO(1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

.
.
*
*
SUMÁRIO DO CURSO
 IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO 
DRAWBACK
SUBCAPITALIZAÇÃO
PREÇO DE TRANSFERÊNCIA
*
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
PROF. ADEL BARROS
AULA 01
*
*
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
*
*
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
*
*
O QUE É MERCADORIA ESTRANGEIRA?
“IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. Ao considerar estrangeira, para efeito de incidência do tributo, a mercadoria nacional reimportada, o art. 93 do Decreto-Lei 37/66 criou ficção incompatível com a Constituição de 1946 (Emenda 18, art. 7º, I), no dispositivo correspondente ao art. 21, I, da Carta em vigor. Recurso Extraordinário provido. Para concessão da segurança e para a declaração de inconstitucionalidade do citado art. 93 do Decreto-Lei 37/66”. (RE 104.306/SP, Plenário).
*
*
MOMENTO DO FATO GERADOR
Em geral, o marco temporal para a incidência do imposto é a entrega da declaração de importação, ou seja, será aplicada a lei vigente ao tempo da apresentação da declaração de importação, ato posterior ao ingresso do bem no País, para a incidência do imposto. Nessa linha se posiciona a jurisprudência consolidada (RE 225.602, REsp 174.444).
*
*
BASE DE CÁLCULO
Conforme o art. 2°, II, do Decreto-lei n° 37/66, com redação dada pelo Decreto-lei n° 2.472/88, a base de cálculo do imposto é o valor aduaneiro - preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias, devendo-se incluir o frete e o seguro - (art. 7º do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT).
*
*
ALÍQUOTA
Conforme previsão do art. 153, § 1º, da Constituição, o Poder Executivo pode alterar a alíquota do imposto de importação sem a necessidade de lei.
Importante lembrar da Tarifa Externa Comum (TEC) do MERCOSUL que limita a autonomia das alíquotas. 
*
*
ESPÉCIES DE IMPORTAÇÃO
•	Própria;
•	Por conta e ordem;
• Por encomenda.
*
*
Os bens que integrem remessa postal internacional no valor de até US$ 50.00 (cinqüenta dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas (art. 1º, §2º, PORTARIA MF Nº 156, DE 24 DE JUNHO DE 1999).
*
*
Como você faria para importar 04 (quatro) livros no valor individual de US$ 40,00 da forma menos custosa possível? 
HORA DE EXERCITAR
*
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
PROF. ADEL BARROS
AULA 02
*
*
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
*
*
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
Consoante o art. 153, II, da Constituição Federal, a União pode instituir imposto sobre a “exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados”.
*
*
SAÍDA DO BEM DO PAÍS
Tal como ocorre com o imposto de importação, o tributo não incide em decorrência da mera saída do bem do País. É necessário que o bem tenha sido encaminhado ao exterior com o propósito de integrar a economia do outro País. 
*
*
FATO GERADOR
O art. 1º, § 1º, do Decreto-Lei 1.598/77 estabelece que o imposto será devido “no momento da expedição da Guia de Exportação ou documento equivalente”.
a jurisprudência consolidou entendimento no sentido de que o tributo é devido a partir do momento em que formalizado o registro de exportação no Siscomex (RE 235.858).
*
*
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo do tributo é o valor aduaneiro, ou seja, o preço usual de mercado do bem exportado. No caso do imposto de exportação, não são incluídas as despesas com frete e seguro.
*
*
ALÍQUOTA
O art. 3° do Decreto-Lei 1578/77 dispõe que a alíquota será de trinta por cento, “facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior (Redação dada pela Lei nº 9.716/98)”. O parágrafo único deste artigo ainda estipula que “em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior a cinco vezes o percentual fixado neste artigo. (Redaçãodada pela Lei nº 9.716/98)”
*
*
SUBSIDIARIEDADE
No que couber, aplicar-se-á, subsidiariamente, ao imposto de exportação a legislação relativa ao imposto de importação.
*
*
Que atualmente só há tributação para a exportação de cigarros contendo fumo – tabaco (150%), quando destinados à América do Sul e América Central, inclusive Caribe; couros e peles (9%) e armas e munições suas partes e acessórios (150%), quando destinados a países da América do Sul (exceto Argentina, Chile e Equador) e Caribe.
*
*
O brasileiro E.M.C. fez para você a seguinte consulta: Vou mandar uma arma para o Paraguai para uma exposição. Ela foi usada na Guerra. Como funcionará a imposto de exportação? 
HORA DE EXERCITAR
*
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
PROF. ADEL BARROS
AULA 03
*
*
DRAWBACK
*
*
O QUE SIGNIFICA?
A palavra DRAWBACK significa “Sacar de Volta”.
Aliomar Baleeiro conceituou como a “faculdade de o importador obter a devolução dos direitos alfandegários pagos pela matéria-prima quando a reexporta, já transformada em artigos industrializados” (Uma Introdução à Ciência das Finanças. Rio de Janeiro: Forense, 1990. p. 294/295).
*
*
CONCEITO TÉCNICO
Regime aduaneiro, instituído pelo Decreto Lei nº 37, de 21/11/66, que permite o ingresso no País de matérias primas, bens, partes e peças, além de outras mercadorias previamente definidas pela legislação em vigor, que venham a ser utilizadas na industrialização de produto nacional para venda no mercado externo 
*
*
PARA QUE SERVE?
Este Regime Aduaneiro Especial é capaz de promover vigoroso estímulo as exportações imprimindo competitividade aos produtos brasileiros
*
*
QUAIS SÃO AS ESPÉCIES?
Este Regime Aduaneiro Especial permite em relação aos tributos incidentes
Suspensão 
Isenção
Restituição
*
*
DRAWBACK SUSPENSÃO
Permite que se realize a importação dos produtos a serem beneficiados ou utilizados na fabricação para venda externa com suspensão a suspensão dos tributos
*
*
DRAWBACK SUSPENSÃO – subespécies
Drawback Genérico – caracterizado pela discriminação genérica da mercadoria a importar e o seu respectivo valor;
Drawback Sem Cobertura Cambial - quando não há cobertura cambial, parcial ou total, na importação;
*
*
DRAWBACK SUSPENSÃO – subespécies
Drawback Solidário - quando existe participação solidária de duas ou mais empresas industriais na importação; e;
Drawback para Fornecimento no Mercado Interno - que trata de importação de matéria-prima, produto intermediário e componente destinados à industrialização de máquinas e equipamentos no País, para serem fornecidos no mercado interno, em decorrência de licitação internacional - venda equiparada à exportação (Lei nº 8.402, de 08/01/92)
*
*
DRAWBACK ISENÇÃO
Consiste na autorização para que seja importada, com isenção de tributos, a mesma quantidade e qualidade de elementos utilizados na produção de mercadorias já vendida anteriormente no mercado externo, sobre a qual tenha sido recolhidos os tributos devidos quando de sua importação.
*
*
DRAWBACK ISENÇÃO
Consiste na autorização para que seja importada, com isenção de tributos, a mesma quantidade e qualidade de elementos utilizados na produção de mercadorias já vendida anteriormente no mercado externo, sobre a qual tenha sido recolhidos os tributos devidos quando de sua importação.
*
*
DRAWBACK RESTITUIÇÃO
O beneficiário do regime faz jus à restituição dos tributos pagos por ocasião da importação de mercadorias que tenham sido utilizadas ou beneficiadas na fabricação, complementação ou acondiciomento de um produto exportado.
*
*
DRAWBACK RESTITUIÇÃO
Após a comprovação da venda externa do produto resultante do processo industrial que tenha envolvido mercadorias importadas anteriormente e que houve a tributação normal.
A restituição é realizada mediante crédito fiscal para utilização numa futura importação
.
*
*
A importância
do benefício (drawback) é tanta que na média dos últimos 4 (quatro) anos, correspondeu a 29% de todo benefício fiscal concedido pelo governo federal.
 
*
*
Você quer montar vender motos de 50 cilindradas para o exterior. Como você montaria a operação de Drawback? 
HORA DE EXERCITAR
*
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
PROF. ADEL BARROS
AULA 04
*
*
SUBCAPITALIZAÇÃO
*
*
COMO OCORRE?
Ocorre a subcapitalização quando uma sociedade tem um passivo excessivo frente ao seu capital, vale dizer, quando há desproporção entre o capital (recursos da sociedade) e o seu endividamento decorrente de empréstimos oriundos especialmente de sociedades do mesmo grupo econômico (pessoas vinculadas), geralmente, com a finalidade de diminuir a carga tributária.
*
*
REGULAMENTAÇÃO
MP 472/2009, convertida posteriormente na Lei nº 12.249/2010.
IN/RFB 1.154 de maio de 2011
*
*
IN/RFB 1.154 de maio de 2011
Os juros pagos/creditados por fonte situada no Brasil à pessoa física ou jurídica, vinculada no exterior, não constituída em país ou dependência com tributação favorecida, ou sob regime fiscal privilegiado, somente serão dedutíveis, para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo CSLL, quando se verifique constituírem despesa necessária à atividade, no período de apuração, atendendo aos seguintes requisitos:
*
*
a) no caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada no exterior que tenha participação societária na pessoa jurídica residente no Brasil, o valor do endividamento com a pessoa vinculada no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja superior a 2 (duas) vezes o valor da participação da vinculada no patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil;
*
*
b) no caso de endividamento com pessoa jurídica vinculada no exterior que não tenha participação societária na pessoa jurídica residente no Brasil, o valor do endividamento com a pessoa vinculada no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja superior a 2 (duas) vezes o valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil;
*
*
c) em qualquer dos casos acima apontados, o valor do somatório dos endividamentos com pessoas vinculadas no exterior, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não seja superior a 2 (duas) vezes o valor do somatório das participações de todas as vinculadas no patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil
*
*
Não se aplica esta regra no caso de endividamento exclusivamente com pessoas vinculadas no exterior que não tenham participação societária na pessoa jurídica no Brasil. Nesta hipótese, o somatório dos valores de endividamento com todas as vinculadas sem participação no capital da entidade no Brasil, verificado por ocasião da apropriação dos juros, não poderá ser superior a 2 vezes o valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica residente no Brasil.
*
*
CONCEITO DE PESSOA VINCULADA
consideram-se vinculadas à pessoa jurídica domiciliada no Brasil:
I – a matriz desta, a sua filial ou sucursal, quando domiciliadas no exterior;
II – a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior, cuja participação societária no seu capital social a caracterize como sua controladora ou coligada;
*
*
III – a pessoa jurídica domiciliada no exterior que seja caracterizada como sua controlada ou coligada,
IV – a pessoa jurídica domiciliada no exterior, quando esta e a empresa domiciliada no Brasil estiverem sob controle societário ou administrativo comum ou quando pelo menos 10% (dez por cento) do capital social de cada uma pertencer a uma mesma pessoa física ou jurídica. 
*
*
Tributariamente, a vantagem deste tipo de operação decorre do fato de que os juros pagos por empréstimo são dedutíveis na determinação do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas. 
*
*
Como você faria para evitar a acusação de subcapitalização na sua empresa?
HORA DE EXERCITAR
*
TRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
PROF. ADEL BARROS
AULA 05
*
*
PREÇO DE TRANSFERÊNCIA (TRANSFER PRICING)
*
*
O QUE É PREÇO DE TRANSFERÊNCIA? 
O termo “preço de transferência” tem sido utilizado para identificar os controles a que estão sujeitas as operações comerciais ou financeiras realizadas entre partes relacionadas, sediadas em diferentes jurisdições tributárias, ou quando uma das partes está sediada em paraíso fiscal.  
Em razão das circunstâncias peculiares existentes nas operações realizadas entre essas pessoas, o preço praticado nessas operações pode ser artificialmente estipulado e, consequentemente, divergir do preço de mercado negociado por empresas independentes.
*
*
QUAL O MOTIVO DO CONTROLE? 
O controle fiscal dos preços de transferência se impõe em função da necessidade de se evitar a perda de receitas fiscais. Essa redução se verifica em face da alocação artificial de receitas e despesas nas operações com venda de bens, direitos ou serviços, entre pessoas situadas em diferentes jurisdições tributárias, quando existe vinculação entre elas, ou ainda que não sejam vinculadas, mas desde que uma delas esteja situada em país ou dependência com tributação favorecida ou goze de regime fiscal privilegiado.  
*
*
QUAIS AS NORMAS QUE REGULAM O PREÇO DE TRASNFERÊNCIA? 
LEI 9.430/96
Instrução Normativa RFB nº 1.623/2016
*
*
QUEM É ATINGIDO PELO CONTROLE? 
Estão obrigados pela legislação brasileira à observância das regras de preços de transferência:
a) as pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no Brasil que praticarem operações com pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior, consideradas vinculadas, mesmo que por intermédio de interposta pessoa.
*
*
b) as pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no Brasil que realizem operações com qualquer pessoa física ou jurídica, ainda que não vinculada, residente ou domiciliada em país ou dependência de tributação favorecida.
c) As pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no Brasil que realizem operações com qualquer pessoa física ou jurídica, ainda que não vinculada, residente ou domiciliada no exterior, e que goze, nos termos da legislação em vigor, de regime fiscal privilegiado.    
*
*
O QUE É UM PAÍS COM TRIBUTAÇÃO FAVORECIDA?
a) O que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota inferior a 20% (vinte por cento). Devendo ser considerada a legislação tributária do referido país, aplicável às pessoas físicas ou às pessoas jurídicas, conforme a natureza do ente com o qual houver sido praticada a operação, considerando‐se separadamente a tributação do trabalho e do capital, bem como as dependências do país de residência ou domicílio, ou
*
*
b) cuja legislação não permita o acesso a informações relativas à composição societária de pessoas jurídicas, à sua titularidade ou à identificação do beneficiário efetivo de rendimentos atribuídos a não residentes. 
*
*
O QUE É UM PAÍS COM REGIME FISCAL PRIVILEGIADO?
É aquele que, alternativamente:
I – não tribute a renda ou a tribute à alíquota máxima inferior a 20% (vinte por cento);
*
*
II – conceda vantagem de natureza fiscal a pessoa física ou jurídica não residente:  
a) sem exigência de realização de atividade econômica substantiva no país ou dependência;  
b) condicionada ao não exercício de atividade econômica substantiva no país ou dependência;
*
*
III – não tribute, ou o faça em alíquota máxima inferior a 20% (vinte por cento), os rendimentos auferidos fora de seu território;
IV – não permita o acesso a informações relativas à composição societária, titularidade de bens ou direitos ou às operações econômicas realizadas.
*
*
Que a Receita Federal do Brasil tem uma lista de países considerados como “Paraísos Fiscais” e sua última atualização foi efetuada pela INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1773, DE 21 DE DEZEMBRO
DE 2017 e países como a Irlanda e o Panamá fazem parte. 
*
*
Você considera possível fugir do conceito de preço de transferência fazendo uma operação triangular entre um paraíso fiscal e um terceiro país para uma empresa que está no Brasil?
HORA DE EXERCITAR
*
*
UM ÓTIMO FINAL DE TARDE....
*
*
*
*
*
*
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais