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TÉCNICA DE SENTENÇA PENAL

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Juiz Federal Flávio Lucas
• CPP, ART. 381;
• RELATÓRIO (Incisos I e III)
• OBJETIVO - Resumir a acusação e a 
defesa, relatar a seqüência dos atos 
processuais segundo o procedimento 
adequado e as ocorrências verificadas 
durante a tramitação do processo, 
s e r v i n d o d e i n t r o d u ç ã o p a r a a 
fundamentação. 
• Nomes e identificação das partes;
• Exposição sucinta da acusação (contendo a 
capitulação dada às infrações, a narrativa dos fatos e os 
requerimentos feitos pelo acusador);
• Prisão provisória/Liberdade provisória;
• Recebimento da peça acusatória;
• Seqüência dos atos processuais;
• Ocorrências em geral, tais como: a) recebimento parcial 
da denúncia ou queixa; b) extinção da punibilidade 
havida no curso do processo; c) suspensão condicional 
do processo ; d) realização de provas adicionais 
(afastamento de sigilo telefônico, bancário ou fiscal; 
apreensões; perícias; etc); e) declaração de nulidade; f) 
aditamento da denúncia para inclusão de novo crime; 
• PRELIMINARES:
• Capacidade subjetiva do juiz (impedimentos e suspeições)
• Competência absoluta ou relativa
• Legitimidade ad causam ativa ou passiva;
• Legitimidade ad processum;
• Litispendência;
• Coisa julgada;
• Questões prejudiciais (suspensão do processo – arts. 92/94, 
CPP);
• Extinção da punibilidade;
• Nulidade absoluta ou relativa – arts. 564, 569 e 570 do CPP 
• *Examinar na fundamentação somente as nulidades que 
podem ser rejeitadas.
• MÉRITO:
• Breve introdução sobre qual a imputação.
• Análise de cada um dos crimes, quanto a fatos, prova e direito 
aplicável, para justificar absolvição ou condenação.
• Materialidade; 
• Autoria, co-autoria e participação (CP, art. 29);
• Elementos do crime: Tipicidade;
• Correlação da sentença com a acusação e com a prova colhida
• Qualificadoras
• Causas especiais ou gerais de aumento de pena
• Causas especiais ou gerais de diminuição de pena
• Concurso formal ou continuidade delitiva
• Antijuridicidade, Culpabilidade;
• Substituição da pena privativa de liberdade por medida de segurança 
ao parcialmente;
• Concurso de crimes
• Efeitos da condenação, que devam ser declarados.
• DOSIMETRIA E APLICAÇÃO DAS PENAS
• Individualização das penas (CF/88, art. 5º, XLVI): dosimetria para 
cada réu, destacando as penas de cada crime.
• Dosimetria trifásica da pena (CP, art. 68).
• Primeira fase: analisar das circunstâncias judiciais do art. 59 do CP;
• Segunda fase: circunstâncias legais genéricas: agravantes e 
atenuantes; 
• Terceira fase (causas de aumento ou diminuição): a) causas 
especiais de aumento; b) causas especiais de diminuição; c) causas 
gerais de diminuição; d) causas gerais de aumento;
• Regime de cumprimento da pena: ;
• Substituição da pena privativa de liberdade por multa ou 
restritiva(s) de direito;
• Suspensão condicional da pena (sursis). CP, art. 77. Não sendo 
possível a substituição;
• Multa – quantidade de dias-multa já a partir da pena-base; não se 
altera na 2ª fase e sim na 3ª. Valor do dia-multa.
• Conclusão da sentença;
• Extinção da punibilidade (morte, decadência, prescrição, etc.).
• Reconhecimento de litispendência ou coisa julgada.
• Perdão judicial;
• Absolvição. Obrigatoriamente atrelada ao art. 386 do CPP.
• Condenação. Indicar as penas aplicadas (espécies, quantidades e 
valores) e os dispositivos da lei penal que foram violados; bem como 
condenar ao pagamento de custas.
• Regime de cumprimento da pena (já especificado na fundamentação).
• Substituição da pena privativa de liberdade por multa ou restritiva(s) 
de direito (idem).
• Efeitos da condenação: confisco de armas e veículos; perda de cargo, 
função ou mandato; incapacidade para o exercício de poder familiar, 
tutela, curatela.
• Faculdade de apelar em liberdade;
• Comandos finais (rol dos culpados; comunicações; execução penal; 
custas; honorários; etc.
• Das sentenças do juízo comum:
• condenatória; 
• absolutória;
• extintiva ou terminativa de mérito.
• A sentença no júri:
• Pronúncia;
• Impronúncia ;
• Despronúncia ;
• Absolvição sumária
• Própria e imprópria;
• Sentença Absolutória. Efeitos:
• a determinação da baixa nos registros; comunicações à 
Justiça Eleitoral, ao IFP e Polícia Federal, informando o 
motivo da absolvição, de forma a possibilitar, se for o 
caso, o prosseguimento das investigações;
• Indicação correta dos incisos do artigo 386 (incisos II, IV 
e VI permitem o ajuizamento de ação cível para a 
reparação do dano. Incisos I, III e V, não permitem);
• liberdade imediata do acusado e revogação de eventual 
prisão cautelar e, se for o caso, a aplicação de medida de 
segurança
• art. 387, CPP,
• Mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código 
Penal cuja existência reconhecer e as demais circunstâncias apuradas; 
• fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, 
considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;
• Determinará as comunicações necessárias;
• Determinará, ainda, a expedição de Guia de Recolhimento (“Carta de Sentença”) 
e o lançamento do nome do réu no rol dos culpados (após o trânsito em julgado);
• Condenará o vencido ao pagamento das custas;
• Secundariamente acarretará: 
• 1) a certeza da obrigação de reparar o dano resultante da infração;
• 2) perda dos instrumentos ou do produto do crime (art. 91, II, CP);
• 3) a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo (art. 92, I, CP);
• 4) a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes 
dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou 
curatelado (art. 92, II, CP);
• 5) a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de 
crime doloso (art. 92, III, CP);
• 5) a expedição de mandado de prisão quando negar ao condenado o direito de 
recorrer em liberdade.
• É a que põe termo ao processo por reconhecer a 
ocorrência de qualquer uma das condições prescritas 
pelo art. 107 do CP ou que acolha outra causa 
extintiva de punibilidade, incluindo a concessão de 
perdão judicial.
• Preclusão rebus sic stantibus.
• Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-
A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver 
sumariamente o acusado quando verificar: 
• I - a existência manifesta de causa excludente da 
ilicitude do fato;
• II - a existência manifesta de causa excludente da 
culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 
• III - que o fato narrado evidentemente não constitui 
crime; ou
• IV - extinta a punibilidade do agente. 
• PRONÚNCIA;
• IMPRONÚNCIA;
• DESPRONÚNCIA;
• ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA.
• Apresenta a característica de retribuição, de ameaça 
de um mal contra o autor de uma infração penal. 
• Possui finalidade preventiva, no sentido de evitar a 
prática de novas infrações. A prevenção é: a) Geral; 
b) Especial. 
• Art. 59 do CPB: natureza mista: é retributiva e 
preventiva
• Pelo nosso CP, só 3 são as modalidades: 
•  a) Privativa de liberdade,
• b) Restritiva de direitos e
 c )Multa. 
•  
• a pena será fixada em três fases, a saber:
• 1ª - Análise das circunstâncias do art. 59 do CP 
(“pena-base”);
• 2ª - Aumento ou d iminu ição em face do 
reconhecimento de circunstâncias agravantes ou 
atenuantes;
• 3ª -Aumento ou diminuição baseado em causas de 
aumento ou diminuição de pena, encontradas tanto 
na parte geral como na parte especial do CP.
• A fixação da pena-base se dá com estrita observância das 
circunstâncias do art. 59 do CP. Estas circunstâncias 
“judiciais”, são frutos de uma análise subjetiva por parte do 
magistrado da causa.
• “É firme o entendimento desta Corte de que elementos 
próprios do tipo penal não podem ser utilizados como 
circunstâncias judiciais desfavoráveis para ofim de majorar 
a pena-base, sob pena de bis in idem”. (STJ, HC 115951/
SC) 
• “Existindo duas qualificadoras, uma pode servir para 
qualificar o delito e a outra como circunstância judicial 
desfavorável. Precedentes. A valoração da reincidência 
tanto na primeira fase, para aumentar a pena-base, quanto 
como agravante genérica, implica verdadeiro bis in idem”. 
(STJ, HC 140442/MS).
• Não é o elemento constitutivo do tipo.             
• Ass im expressões comuns em sentenças 
condenatórias como "o réu conhecia o caráter ilícito 
de sua conduta", "era exigido do agente uma conduta 
diversa", não podem ser justificativas válidas para 
o aumento da pena, pois constituem circunstâncias 
comuns a todo e qualquer crime. A culpabilidade a 
ser analisada na fixação da pena é um plus de 
reprovação social do delito em análise em relação 
aos demais crimes da mesma espécie.
• “Não há como se acoimar de ilegal a sentença condenatória 
no ponto em que procedeu ao aumento da pena-base em 
razão da culpabilidade, haja vista a elevada reprovabilidade 
da conduta delituosa praticada, bem evidenciada pelo 
modus operandi empregado no cometimento do delito. 
“ (STJ, HC 139504 / RJ)
• Considerar a culpabilidade, as consequências e as 
circunstâncias como desfavoráveis não é possível, em 
virtude da fundamentação inidônea empregada, sob as 
assertivas de que os acusados "tinham plena consciência 
da ilicitude de suas condutas" e que essas circunstâncias 
"lhes prejudicam". (STJ, HC128368/MS)

• “Fixar a pena-base acima do mínimo legal pela culpabilidade, 
declinando a quantidade de atos realizados para a consumação do 
delito, e não a qualidades desses, a denotar uma maior 
intensidade do dolo, não é possível, bem como não constitui 
fundamentação adequada considerar as consequências do delito 
como desfavoráveis apenas declinando elementos inerentes ao 
próprio tipo penal”. (STJ, HC 83523/RO).
• Não constitui fundamentação idônea para valorizar negativamente 
a circunstância judicial da culpabilidade o fato de ser o agente 
perfeitamente capaz de entender a ilicitude de seus e de se 
determinar de acordo com esse entendimento, pois, do contrário, 
seria ele inimputável (STJ, HC 67.631/RJ, julgado em 11/12/2009; 
STF, v.g., RE 427.339, Relator Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, 
Primeira Turma, julgado em 05/04/2005).
• Correta a conclusão pela maior culpabilidade da conduta 
do agente, quando é flagrado transportando elevada 
quantidade de substância entorpecente. (STJ, HC 
126846/MS, DJe 30/08/2010 ).
• “A valoração negativa da culpabilidade não se mostra 
idônea, porque o fato de o paciente ter tido intenso dolo 
no momento da prática do crime não serve para elevar a 
pena-base como circunstância judicial do art. 59 do 
Código Penal, por se referir à própria tipicidade do 
delito”. (STJ, HC 161389/PE)
• “Tendo o juiz sentenciante demonstrado, de forma 
concreta, as razões pelas quais considerou desfavorável a 
circunstância judicial referente à personalidade da agente, 
dada a sua agressividade, não há o que se falar em 
ilegalidade na sentença no ponto em que fixou a sanção-
base acima do mínimo legalmente previsto, ou do acórdão 
que, justificadamente, a manteve”. (STJ, HC 139504 / RJ)
• Não se pode acoimar de ilegal a consideração negativa 
acerca da personalidade do agente, quando, na qualidade 
de advogado, apropriou-se indevidamente de valores 
pecuniários pertencentes a cliente, quando deveria respeitar 
o ordenamento jurídico e atuar com ética no exercício da 
profissão (STJ, HC 120126/SP).
 “Mencionar que a personalidade é voltada para a prática 
delituosa não basta para negativar a referida circunstância 
judicial, pois não foram expostos dados concretos, retirados 
do delito em apreço, utilizados pelo acusado na consecução 
do intuito delitivo”(STJ, HC 128368/ MS)


• Art. 63 do CP: “verifica-se a reincidência quando o agente comete 
novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no país ou 
no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior". Assim, só 
haverá reincidência quando: 1) Houver sentença penal 
condenatória com trânsito em julgado; 2) O novo crime for 
praticado após o trânsito em julgado da primeira sentença 
condenatória.
• C1 ----J1 ---- C2 ---- J2 -> REINCIDÊNCIA
• C1----C2----J1----J2->MAUS ANTECEDENTES.
• A condenação anterior por contravenção penal não gera 
reincidência. 
• Art. 64 do CP: 5 anos.
• “Consoante orientação já sedimentada nesta Corte 
Superior, inquéritos policiais ou ações penais sem 
certificação do trânsito em julgado não podem ser levados 
à consideração de maus antecedentes para a elevação da 
pena-base, em obediência ao princípio da presunção de 
não-culpabilidade. Exegese da Súmula 444 deste STJ”. 
(STJ, HC 120126/SP)
• Há quem entenda que, juntamente com a personalidade 
do réu, seria uma circunstância judicial que somente 
poderia favorecer ao réu, sob pena de violação do princípio 
da legalidade (art. 5º, XXXIX da CF/88).
• Terem os pacientes cometido o delito enquanto cumpriam 
pena no regime aberto, não desmerece a conduta social, 
pois a punição pelo ocorrido é a regressão de regime 
carcerário do apenado, não devendo, novamente, em sede 
de aplicação da reprimenda pelo novo delito, ter como 
desfavorável a dita circunstância judicial, eis que caracteriza 
uma dupla punição, incidindo, assim, em inaceitável bis in 
idem. (STJ, HC 128368/MS) 
• “(...)a jurisprudência das Cortes Superiores afirma que 
há constrangimento ilegal quando Ações e Inquéritos em 
andamento são considerados na majoração da pena-
base, a título de maus antecedentes, má conduta social 
e personalidade voltada para o crime, orientação a ser 
seguida, com a ressalva do ponto de vista do Relator”. 
(STJ, HC 154337/DF).
• “O fato de o paciente não trabalhar, por si só, não 
evidencia a negatividade da circunstância judicial da 
conduta social, tendo em vista que a falta de emprego, 
diante da realidade social brasileira, é infortúnio e não 
algo tencionado”. (STJ, HC 124063/MS)


• Destaca-se, no ponto, a existência de personalidade de 
conduta social desabonadoras em razão da brutalidade 
obtusa e repulsiva do agente, da distorção psicológica, da 
forma como o delito foi praticado e o promíscuo 
relacionamento do réu com presos mantido por regular 
visitas à 35a. DP. (STJ, HC 124560/RJ).


• Não pode ser um motivo explícita ou implicitamente previstos no 
tipo, mas um plus de reprovabilidade.
• Fundamentações tais como: "o motivo do furto foi reprovável pois 
buscou o ganho fácil, o enriquecimento ilícito, etc.", "as 
conseqüências do crime de latrocínio foram graves, pois resultou 
na morte da vítima“, constituem bis in idem.
• HABEAS CORPUS. TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGAS. 
PENA-BASE. FIXAÇÃO ACIMA DO PATAMAR MÍNIMO. 
MOTIVOS DO CRIME. LUCRO FÁCIL. CIRCUNSTÂNCIA 
INERENTE AO TIPO PENAL. (STJ, HC 144293/SP).
• Mostra-se inviável considerar como desfavoráveis ao paciente a 
gravidade do crime e os motivos determinantes para o 
cometimento do delito, eis que apontados tão somente elementos 
inerentes ao próprio tipo penal infringido. 
(STJ, HC 137065/MG)


• Mostra-se inviável considerar como negativos ao 
paciente os motivos do delito, ao argumento de 
que, por estar desempregado, o agente faria do 
crime o seu meio de ganhar a vida, haja vista 
que a busca pelo lucro fácil é circunstância 
inerente ao próprio tipo penal infringido. (STJ, 
HC 141092 /MS)
• Não tendo o juiz sentenciante demonstrado, de forma concreta, 
as razões pelas quais considerou desfavorável ao paciente o 
comportamento da vítima, no caso a saúde pública, de rigor a 
redução da sua pena-base nesse ponto. (STJ, HC 141092/MS).
• In casu, verifica-se que a r. sentença condenatória apresenta em 
sua fundamentação incerteza denotativa ou vagueza,carecendo, 
na fixação da resposta penal, de fundamentação objetiva 
imprescindível quanto à culpabilidade, circunstâncias, 
comportamento da vítima e personalidade, utilizando-se de 
expressões como: "(...) alto grau de culpabilidade(...)"; "(...) dolo 
de grande intensidade(...)." e "(...) personalidade do acusado ser 
voltada para a delinquência(...)" . (STJ, HC 125331/MG).
• Trata-se de conduta ativa por parte da vítima que induza 
o réu à prática do crime.
• Quando a vítima é o próprio Estado, não é possível levar 
o “patrimônio público” ou os “fins do Estado” ou a “saúde 
pública” como fatores de consideração de tal 
circunstância judicial.
• Analisadas as circunstâncias judiciais do art. 59, 
em seguida serão consideradas as circunstâncias 
agravantes e atenuantes (arts. 61, 62, 65 e 66 do 
CP). 
• O Rol das Agravantes é taxativo, não admitindo ampliação;
• As agravantes são de aplicação obrigatória, salvo quando a 
pena-base foi fixada no máximo;
• No art. 62, o CP não emprega a expressão “sempre”; 
• art. 63: “Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo 
crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no 
estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior”;
• “SISTEMA DA REINCIDÊNCIA FICTA”: o agente pode ter 
cometido vários crimes ao longo de sua vida e não ser 
reincidente;
• Requisitos da reincidência penal:     a) Realização de dois 
crimes;  b) Pelo mesmo agente; c) Condenação transitada 
em julgado, pelo primeiro crime ou pelo crime anterior.
• Não é relevante a natureza dos delitos:
• 3 categorias de agentes: a) estritamente primários; b) 
tecnicamente primários (não reincidentes mas possuidores 
de maus antecedentes); c) reincidentes.
• 3 sistemas para verificação da reincidência: a) da 
perpetuidade; b) da temporariedade; c) misto. 
• Art. 64 do CP - Para efeito de reincidência: I - não prevalece a 
condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da 
pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 
(cinco) anos, computado o período de prova da suspensão ou do 
livramento condicional, se não ocorrer revogação.
• “A reincidência está incluída no rol das circunstâncias agravantes. A 
sua prova é feita nos moldes do artigo 63 do Código Penal, ou seja, 
"depois de transitar em julgado a sentença". Tal imposição se faz por 
meio de certidão ou documento hábil, não servindo informação sobre a 
personalidade do condenado ou notícia da existência de processo de 
execução, sem a necessária prova de impossibilidade recursal 
(...)” (STJ, REsp 158045/BA).
• Reabilitação:   Não exclui a reincidência;
• Transação Penal: “A aceitação da transação não implica 
reincidência, bem como a imposição da sanção não consta de registros 
criminais, nem de certidão de antecedentes, salvo para impedir a nova 
concessão do benefício no prazo de 5 anos e, após o cumprimento dos 
seus termos, há a extinção da punibilidade(...)” (STJ, HC 82258/RJ);
• Extinção da punibilidade quanto ao crime anterior:   Não 
conduz à reincidência;
• Prescrição da pretensão executória: não afasta a reincidência 
do réu em face do novo delito;
• Prescrição da pretensão punitiva: Impede o reconhecimento da 
reincidência;
• Perdão Judicial:Não afasta a reincidência (Art. 120 do CP).
• - Principais conseqüências previstas na parte geral do 
Código Penal:  a)Circunstância Agravante; b) Prepondera (art. 67do 
CP); c) Impede, geralmente, a concessão do sursis, na hipótese de 
crime doloso; d) Impede a substituição da pena de prisão, na hipótese 
de crime doloso; e) Impede a substituição da pena privativa de liberdade 
por multa (art. 60, § 2º, e 44, § 2º, do CP); f) Provoca a conversão da 
pena substitutiva em pena privativa de liberdade (art. 45, I, do CP, atual 
§ 5 º do artigo 44); g) Aumenta 1/3 à metade o prazo de efetiva privação 
da liberdade para a obtenção do livramento condicional, tratando-se de 
crime doloso; h) Aumenta para prazo do livramento condicional em 
crime hediondo ou equiparado; i) Impede a concessão do livramento 
condicional quando se trata de reincidência específica em crimes 
hediondos; j) Impõe ao agente o regime fechado para início de 
cumprimento de pena de reclusão, ou seja, se o réu for reincidente não 
poderá iniciar a pena em regime mais favorável (art. 33, § 2º, b e c do 
CP); k)
•      
• - Principais conseqüências previstas na parte 
especial: a) Perdão judicial no crime de apropriação indébita 
previdenciária; b) Aplicação de pena de multa no crime de apropriação 
indébita previdenciária; c) Perdão judicial no crime de sonegação de 
contribuição previdenciária; d) Aplicação de pena de multa no crime de 
sonegação de contribuição previdenciária; e) Diminuição de pena no 
crime de tráfico privilegiado (artigo 33 parágrafo 4º da Lei 11.343/06); f) 
Impossibilidade do perdão previsto na lei de proteção à testemunhas 
(art. 13 da Lei 9.807/99).
• 1. PROMOVE, OU ORGANIZA A COOPERAÇÃO NO 
CRIME OU DIRIGE A ATIVIDADE DOS DEMAIS AGENTES; 
• 2. COAGE OU INDUZ OUTREM À EXECUÇÃO 
MATERIAL DO CRIME;
• 3. INSTIGA OU DETERMINA A COMETER O CRIME 
ALGUÉM SUJEITO À SUA AUTORIDADE OU NÃO-
PUNÍVEL EM VIRTUDE DE CONDIÇÃO OU 
QUALIDADE PESSOAL;
• 4. EXECUTA O CRIME, OU NELE PARTICIPA, 
M E D I A N T E PA G A O U P R O M E S S A D E 
RECOMPENSA.
• “Confissão espontânea”. 
• 2 Teses: 
◦ 2.1 – Simples confissão não atenua a pena, eis que depende de uma 
espontaneidade, de forma a manifestar lealdade processual. O que 
importaria seria o "motivo" da confissão;
◦ 2.2 – qualquer confissão, objetivamente, conduz à diminuição de 
pena.
CASUÍSTICA: “Não se justifica a aplicação da atenuante da confissão 
espontânea quando a acusada nega o dolo na conduta, haja vista que 
este benefício objetiva, precipuamente, beneficiar o réu que, 
espontaneamente, confessa a prática delituosa, o que, no caso, não 
ocorreu” (STJ, REsp 1111026/SP, DJe 13/09/2010).
• “Evidente o constrangimento ilegal, sanável de ofício através 
da via eleita, quando o acusado de tráfico de drogas confessa 
que estava transportando o tóxico apreendido e tais 
declarações são utilizadas para fundamentar a condenação, 
merecendo reconhecida em seu favor a atenuante do art. 65, 
III, d, do CP, pouco importando se a admissão da prática do 
ilícito foi espontânea ou não, integral ou parcial.” (STJ, HC 
126846/MS, DJe 30/08/2010).
• O art. 67 CP trata das circunstâncias preponderantes, que são 
aquelas ligadas a personalidade do agente, a motivação do crime 
e a reincidência, ao qual devem prevalecer. 
• A doutrina costuma sustentar que a menoridade é a “A 
PREPONDERANTE DAS PREPONDERANTES”, devendo assim 
prevalecer sobre as demais, inclusive a reincidência.
• A recomendação doutrinária inclina-se pela impossibilidade de 
compensação de uma circunstância judicial com alguma 
circunstância legal. O STJ não comunga desse entendimento, 
verbis:
 “A Sexta Turma desta Corte tem entendido que a atenuante da 
menoridade deve ser compensada com a circunstância judicial 
relativa aos maus antecedentes. Precedentes”. (STJ, HC 82282/
SP).
 “Apresenta-se inviável a tese de compensação entre a atenuante 
da confissão espontânea e a agravante da reincidência, 
porquanto esta 5ª Turma firmou entendimento que a 
circunstância agravante da reincidência, como preponderante, 
deve prevalecer sobre a atenuante da confissão espontânea, 
nos termos do art. 67 do Código Penal.”(STJ, REsp 1050137/
DF, DJe 02/08/2010).
 “A 6ª Turma desta Corte, no julgamento do HC nº 94.051/DF, 
adotou o entendimento de ser possível a compensação da 
agravante da reincidência com a atenuante da confissão 
espontânea” (STJ, AgRg no REsp 1174649/ES, DJe 
02/08/2010).
• As decisões judiciais devem ser cuidadosamente 
fundamentadas, principalmentena dosimetria da pena, em 
que se concede ao Juiz um maior arbítrio, de modo que se 
permita às partes o exame do exercício de tal poder. A 
redução pela presença de circunstâncias atenuantes deve ser 
fundamentada e não pode ser f i xada em va lo r 
proporcionalmente ínfimo, se comparado com a pena imposta. 
A tentativa, causa geral de diminuição, implica na rigorosa 
fundamentação da escolha proporcional da redução, 
porquanto esta tem limite mínimo e limite máximo. 4- Ordem 
concedida para anular parcialmente à decisão, no que se 
refere a dosimetria da punição. (STJ, HC 89228/SP)
• Atuam sobre a pena intermediária em percentuais (v.g 
“aumenta-se da metade, diminui-se de um a dois terços, etc”);
• Primeiramente são aplicadas as causas de aumento de pena e, 
em seguida, as causas de diminuição de pena. DEVE SEGUIR 
A SEGUINTE ORDEM:
• 1º - Causa Especiais de Diminuição – Parte Especial
• 2º - Causa Especiais de Aumento – Parte Especial
• 3º - Causas Gerais de Diminuição – Parte Geral
• 4º - Causas Gerais de Aumento – Parte Geral
• Obs: O cálculo desta fase é feito sempre sobre o outro (“EM 
CASCATA”).
• O concurso material (art. 69 do CP) não apresenta 
dificuldade, porque implica na soma das penas 
aplicadas separadamente;
• As principais causas de aumento da parte geral são 
o concurso formal (ar t . 70 do CP) e a 
continuidade delitiva (art. 71 do CP);
• A fração do aumento da pena deverá ser calculada 
com base no número de crimes praticados: se 
apenas dois, 1/6, se três, 1/5, se quatro, 1/4 e assim 
sucessivamente.
• SISTEMA DO CÚMULO MATERIAL;
• SISTEMA DA EXASPERAÇÃO DA PENA ;
• Concurso Material – Sistema do Cúmulo Material – art. 69 do 
CP (Antes de somar o Juiz precisa individualizar e motivar 
cada pena, para que se saiba qual foi a sanção de cada 
crime).
• Concurso Formal – Sistema da Exasperação – art. 70 do 
CP
• Crime Continuado – Sistema da Exasperação – art. 71 do 
CP
• Crime continuado específico: CP não estabeleceu aumento 
mínimo, só o máximo (“até o triplo”. A doutrina propõe ora 
que deve o Juiz aplicar o aumento mínimo do caput do art. 
71(1/6), ora sustenta que cabe ao Juiz decidir livremente;
• Percentual do aumento – deve basear-se no número 
de infrações 
• As causas de aumento e diminuição de pena da parte 
especial, previstas no respectivo tipo legal de crime, não 
podem se aplicadas cumulativamente para o mesmo delito. 
Por exemplo, em caso do artigo 157, parágrafo 2º, incisos I e 
II, somente uma das circunstâncias (arma e concurso de 
pessoas) justificará o aumento da pena na 3ª fase.
• A fração do aumento da pena não será determinada pelo 
número de circunstâncias, mas pela gravidade de cada uma 
delas (número de agentes, no caso de concurso de pessoas, 
e potencialidade ofensiva da arma no caso de emprego de 
arma).
• As principais causas de diminuição de pena da parte geral são a 
tentativa (art. 14, II, do CP), o arrependimento posterior (art. 16 
do CP), o erro ide proibição (art. 21 do CP) e a participação de 
menor importância (art. 29, §1º, do CP);
• Dentre as causas de diminuição de pena, a que se dá em 
razão da tentativa será sempre a última a ser aplicada no 
cálculo da pena;
• OBS: É possível reconhecer 2 causas de aumento de 
pena, nos termos do art. 68 parágrafo único do CP. EX: 2 
estelionatos “previdenciários” em continuidade delitiva.
• OBS: As causas de aumento ou diminuição, ao contrário das 
circunstâncias agravantes e atenuantes, podem elevar a pena 
além do máximo ou trazer para aquém do mínimo;
• A quantidade a ser aumentada ou diminuída, é considerada 
em relação ao resultado obtido na 2ª etapa (“pena-base” já 
agravada ou atenuada);
• Em havendo concurso de causas de diminuição ou de 
aumento, segue-se a regra do art.68, par. único do CP.
• Fração deve relacionar-se com a proximidade da 
consumação. Nesse sentido:
 “A redução, pelo reconhecimento da conatus, deve ser 
efetuada tendo como referencial as características da 
tentativa, vale dizer, do iter criminis realmente 
percorrido. Dessa maneira, deve-se levar em 
consideração as circunstâncias concretas e a 
proximidade da consumação do injusto” (STJ, REsp 
665800 ).
• Os requisitos para a substituição da pena de prisão: 
• crime culposo ou crime doloso com pena inferior a 4 anos; 
• o crime não ter sido praticado com violência ou grave 
ameaça; 
• o réu não ser reincidente no mesmo crime (“reincidência 
específica”); 
• as circunstâncias judiciais serem favoráveis.
• OBS: As “circunstâncias judiciais” já foram analisadas na 1ª fase 
da fixação da pena , pelo que descabe analisá-las novamente. 
Contudo, a consequência prejudicial produzida na 1ª fase 
(aumento da pena-base) não acarreta, necessariamente, o 
recrudescimento da situação do réu no sentido da negativa da 
substituição da pena.
• O montante alcançado pela aplicação das regras de 
uma espécie de concurso de crimes, deve ser o 
parâmetro para aferição do preenchimento do 
requisito da quantidade de pena. Destarte, se o réu 
foi condenado a pena de 2 anos para 3 furtos 
cometidos em concurso material de crimes, somados 
6 anos de pena, não caberá substituição.
• Não obedece ao rito previsto para a pena de prisão;
• O critério de Fixação da Multa é Bifásico:
• 1ª Fase – Fixação da Quantidade dos Dias Multa – 10 
a 360 dias (art. 49 caput). Esta fase também é feita com 
base no art. 59 do CP.
◦ 2 teses: a) deve obedecer às demais etapas de dosimetria, 
quando prevista cumulativamente com a pena de prisão; b) só há 
uma única etapa para fixação da quantidade de dias-multa, toda 
ela baseada no artigo 59 do CP, sem incidência de aumento ou 
diminuição pelo reconhecimento de atenuantes ou agravantes e 
causas de aumento ou diminuição.
• 2ª Fase – Fixação do valor do Dia-Multa: de um 
trigésimo (1/30) do salário mínimo vigente ao tempo do 
fato até 5 vezes o valor do salário (art. 49 § 1º), que 
pode ser triplicado (art. 60 § 1º).
• A multa não obedece às regras do concurso formal e do crime 
continuado (Art.72 do CP);
• “É a suspensão condicional da pena medida jurisdicional que 
determina o sobrestamento da pena, preenchidos que sejam certos 
pressupostos legais mediante determinadas condições impostas 
pelo juiz”;
• Com o advento da Lei n° 9714/98, o sursis restou “esvaziado”, 
sendo ainda cabível em poucas hipóteses de crimes praticados com 
violência, os quais não comportam substituição da pena de prisão;
• 3. ESPÉCIES DE SURSIS: a) Simples; b) Especial; c) Etário.
•  Sursis simples - art. 77;
•  Sursis especial - art. 78, § 2° ;
• Sursis Etário - art. 77, § 2° 
• 1. EFEITOS EXTRAPENAIS:
• A) EFEITOS AUTOMÁTICOS:(art. 91 do CP ) – independem de 
motivação na sentença;
• B) Efeitos Não AUTOMÁTICOS (Motivados – Art. 92))
• A Lei Ambiental (9605/98), já previa autoriza o juiz criminal, na 
própria sentença penal, fixar o valor mínimo da reparação dos 
danos.
• A Lei 11.719/08 ampliou essa possibilidade para todos os crimes, de 
forma que deve o juiz criminal atentar para a norma em sua 
sentença;
• O DANO MORAL NÃO SE INCLUI NA INDENIZAÇÃO PREVISTA NO ART. 
387;
• O DANO A SER INDENIZADO É APENAS O DANO MATERIAL 
DECORRENTE DO FATO DESCRITO NA DENÚNCIA, EXCLUÍDOS OS 
LUCROS CESSANTES;
• A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI, O MAGISTRADO DEVERÁ SEMPRE SE 
PRONUNCIAR SOBRE O CABIMENTO OU NÃO DA INDENIZAÇÃO, 
AINDA QUE NÃO SEJA O CASO DE FIXÁ-LA.
• Art. 63, par. único do CPP: "Transitada em julgado a sentença 
condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado 
nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem 
prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente 
sofrido“;
• A Lei 11.719/08:
◦ A)Deixou de mencionar qual o procedimento a ser adotado para apurar o referido valor 
mínimo;◦ B) Não indicou quem tem legitimidade para postular a reparação do dano;
◦ C)Mencionou somente um valor mínimo, quando poderia ter expressamente declinado a 
viabilidade de fixação do valor total da indenização;
• A fixação da indenização civil, de ofício, na decisão 
condenatória, sem que as partes tenham debatido a sua 
extensão, fere a ampla defesa, o contraditório e, 
conseqüentemente, o devido processo legal;
• O réu tem direito inequívoco de se defender tanto no tocante à 
questão penal quanto no contexto da civil.
• O Ministério Público não pode pleitear direito alheio em 
nome próprio, sem autorização legal;
• Não é possível invocar o artigo 68 do CPP, de duvidosa 
constitucionalidade;
• Solução ideal: Intimar a vítima para formular pedido;
• Em sendo formulado pedido, deve o Juiz intimar o réu para 
ciência do pleito e para que possa apresentar a sua defesa;
• Nada obsta que seja produzida prova em audiência, sempre 
tendo em mente que o objetivo principal da demanda é colher 
solucionar a lide penal.
• Daí a conclusão de que indenizações complexas devem ser 
dirigidas ao juízo cível.
• Concurso de Crimes – Não produzem qualquer 
efeito na pena de multa, isto é, elas devem aplicar-
se cumulativamente (art.72 do CP);
• CC 29520 / RJ

CONFLITO DE COMPETENCIA

2000/0040427-6 Relator(a) Ministro JOSÉ ARNALDO DA FONSECA 
(1106) Órgão Julgador S3 - TERCEIRA SEÇÃO Data do Julgamento 
25/10/2000 Data da Publicação/Fonte DJ 27/11/2000 p. 124 Ementa 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAL E ESTADUAL. 
CRIMINAL. PENA DE MULTA (ART. 51 CP). LEI Nº 9.268/96. 
EXECUÇÃO. Transitada em julgado a sentença penal condenatória, 
compete ao juiz da execução penal intimar o condenado para efetuar o 
pagamento da pena pecuniária, devendo comunicar à Fazenda Pública 
para que proceda à execução fiscal (art. 51, CP), no juízo competente. 
Precedente da Primeira Seção. Conflito conhecido, declarando-se a 
competência do juízo comum estadual, o suscitado.
• “A pena unificada para atender ao limite de trinta 
anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do 
Código Penal, não é considerada para a 
concessão de outros benefícios, como o 
livramento condicional ou regime mais favorável 
de execução.” (Súmula 715 - STF)
• "Impugnação ao cálculo da pena sob o argumento de 
sobreposição das penas de multa e pecuniária. 
Improcedênc ia : a pena de mul ta , cominada 
abstratamente no tipo penal, tem natureza distinta da 
pena de multa substitutiva da pena privativa de 
liberdade prevista no artigo 44, § 2º do Código 
Penal." (RHC 90.114, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 
5-6-07, 2ª Turma, DJE de 17-8-07)
• "A opção pela aplicação da pena restritiva de direitos 
há que ser fundamentada, pois expõe o condenado à 
situação mais gravosa, tendo em vista que o não 
cumprimento desta, mesmo que consubstanciada em 
prestação pecuniária, ao contrário do que ocorre com a 
pena de multa, poderá resultar na sua conversão em 
pena privativa de liberdade." (HC 83.092, Rel. Min. Ellen 
Gracie, julgamento em 24-6-03, 2ª Turma, DJ de 
29-8-03).
• "A cumulação de penas (privativa de liberdade e 
multa) imposto por lei especial, não permite a 
substituição da primeira por prestação pecuniária. 
Incidência da Súmula 171 do Superior Tribunal de 
J u s t i ç a e a r t . 1 2 d o C ó d i g o P e n a l . 
Precedentes." (RHC 84.040, Rel. Min. Ellen 
Gracie, julgamento em 13-4- 04, 2ª Turma, DJ de 
30-4-04),
• “A só reincidência não constitui razão suficiente 
para imposição de regime de cumprimento mais 
severo do que a pena aplicada autorize.” (HC 
97.424, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 
2-6-09, 2ª Turma, DJE de 26-6-09).
• "Não pode o julgador, por analogia, estabelecer 
sanção sem previsão legal, ainda que para 
beneficiar o réu, ao argumento de que o legislador 
deveria ter disciplinado a situação de outra forma." 
(HC 94.030, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgamento em 20-5-08, 1ª Turma, DJE de 
13-6-08)
• “Ação penal. Condenação. Pena. Privativa de liberdade. Prisão. 
Causa de diminuição prevista no art. 33 da Lei 11.343/2006. 
Cálculo sobre a pena cominada no art. 12, caput, da Lei 
6.368/76, e já definida em concreto. Admissibilidade. Criação 
jurisdicional de terceira norma. Não ocorrência. Nova valoração 
da conduta do chamado ‘pequeno traficante’. Retroatividade da 
lei mais benéfica. HC concedido. Voto vencido da Min. Ellen 
Gracie, Relatora
• original. Inteligência do art. 5º, XL, da CF. A causa de diminuição 
de pena prevista no art. 33 da Lei n. 11.343/2006, mais benigna, 
pode ser aplicada sobre a pena fixada com base no disposto no 
art. 12, caput, da Lei 6.368/76.” (HC 95.435, Rel. p/ o ac. Min. 
Cezar Peluso, julgamento em 7-10-08, 2ª Turma, DJE de 
7-11-08). No mesmo sentido: HC 96.149, Rel. Min. Eros Grau,.
• “A majoração derivada de concurso formal ou 
ideal de delitos não deve incidir sobre a pena-
base, mas sobre aquela a que já se ache 
acrescido o quantum resultante da aplicação das 
causas especiais de aumento a que se refere o § 
2º do art. 157 do Código Penal.” (HC 70.787, Rel. 
Min. Celso de Mello, julgamento em 14-6-94, 1ª 
Turma, DJE de 23-10-09)
• “(...) Tendo em conta que a apelação devolve ao tribunal a 
análise dos fatos e de seu enquadramento, reputou-se que o 
órgão revisor poderia exasperar a pena pelas mesmas 
circunstâncias judiciais apontadas na sentença, fixando-a 
em patamar acima daquele prolatado pelo juízo. Aduziu-se 
que, mesmo sem modificação dessas circunstâncias 
judiciais, o tribunal teria competência para valorá-las 
novamente e concluir que a pena mais adequada – dentro do 
balizamento do tipo – para a situação concreta não seria aquela 
disposta na sentença. Salientou-se que, se o órgão revisor só 
pudesse alterar a pena-base se constatada uma circunstância 
judicial não contemplada na sentença, ele ficaria manietado 
quanto à devolutividade e à revisão.” (HC 97.473, Rel. p/ o ac. 
Min. Dias Toffoli, julgamento em 10-11-09, 1ª Turma, Informativo 
567)
• “Não é nula a sentença que considera, para a 
elevação da pena-base pelos maus antecedentes 
e para a configuração da agravante de 
reincidência, condenações distintas.” (HC 
94.839, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 
8-9-09, 2ª Turma, DJE de 16-10-09)
• "Evasão fiscal. Imputação do crime previsto no art. 22, § 
único, da Lei nº 7.492/86. Pagamento espontâneo dos 
tributos no curso do inquérito. Extinção da punibilidade 
do delito tipificado no art. 1º da Lei nº 8.137/90. (...) 
Quem envia, ilicitamente, valores ao exterior, sonegando 
pagamento de imposto sobre a operação, incorre, em 
tese, em concurso material ou real de crimes, de modo 
que extinção da punibilidade do delito de sonegação não 
descaracteriza nem apaga o de evasão de divisas." (HC 
87.208, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 
23-9-08, 2ª Turma, DJE de 7-11-08)
• "A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é 
no sentido de que, em se tratando dos crimes de 
falsidade e de estelionato, este não absorve 
aquele, caracterizando-se, sim, concurso 
formal de delitos. Precedentes." (HC 73.386, Rel. 
Min. Sydney Sanches, julgamento em 28-6-96, 1ª 
Turma, DJ de 13-9-96). No mesmo sentido: RHC 
83.990, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 
10-8-04, 1ª Turma, DJ de 22-10-04.
• "Sendo a perda do cargo público, conforme disposto no 
artigo 92 do Código Penal, consequência da condenação, 
mostra-se dispensável a veiculação, na denúncia, de 
pedido visando à implementação." (HC 93.515, Rel. Min. 
Marco Aurélio, julgamento em 9-6-09, 1ª Turma, DJE de 
1º-7-09)
• “Tratando-se de alegada deficiência de defesa 
técnica, impõe ao acionante a demonstração do 
prejuízo para o réu, sob pena de incidência do 
enunciado nº 523 da Súmula do Supremo Tribunal 
Federal.” (HC 86.763, Rel. Min. Carlos Brito, 
julgamentoem 21-2-06, 1ª Turma, DJ de 23-3-07). 
No mesmo sentido: HC 91.475, Rel. Min. Eros 
Grau, julgamento em 29-9-09, 2ª Turma, DJE de 
20-11-09.
• "O tempo em que o réu esteve sujeito a prisão 
cautelar somente deve ser computado para os 
fins e efeitos do cumprimento da sanção penal. A 
prisão provisória é apenas computável na 
execução da pena privativa de liberdade. A norma 
inscrita no art. 113 do Código Penal não admite 
que se desconte da pena in concreto, para 
efeitos prescricionais, o tempo em que o réu 
esteve provisoriamente preso. Precedentes do 
STF." (HC 69.865, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgamento em 2-2-93, 1ª Turma, DJ de 26-11-93)
• "A jurisprudência deste Supremo Tribunal não exige 
o trânsito em julgado da condenação para que 
seja possível a progressão de regime . 
Precedentes. O art. 1º da Resolução n. 19 do 
Conselho Nacional de Justiça estabelece que a guia 
de recolhimento provisório seja expedida após a 
p r o l a ç ã o d a s e n t e n ç a o u d o a c ó r d ã o 
condenatório, ainda sujeito a recurso sem efeito 
suspensivo, devendo ser prontamente remetida ao 
Juízo da Execução Criminal." (RHC 92.872, Rel. 
Min. Cármen Lúcia, julgamento em 27-11-07, 1ª 
Turma, DJE de 15-2-08)
• "A reincidência é óbice à substituição da pena 
restritiva da liberdade pela restritiva de direitos. (...) 
Prepondera, no concurso de agravantes e atenuantes, a 
reincidência." (HC 93.515, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgamento em 9-6-09, 1ª Turma, DJE de 1º-7-09);
• “(...)A falta de fundamentação no tocante à denegação 
do benefício previsto no art. 44 do Código Penal ofende 
o princípio da individualização da pena. Precedente. 
Ordem concedida em parte para que o juiz de primeira 
instância profira nova decisão quanto à questão.” (HC 
94.990, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 
2-12-08, 1ª Turma, DJE de 19-12-08)
• "A autodefesa consubstancia, antes de mais 
nada, direito natural. O fato de o acusado não 
admitir a culpa, ou mesmo atribuí-la a terceiro, 
não prejudica a substituição da pena privativa 
do exercício da liberdade pela restritiva de direitos, 
descabendo falar de 'personalidade distorcida'. 
" (HC 80.616, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento 
em 18-9-01, 1ª Turma, DJ de 12-3-04)
• “Não obsta a concessão do ‘sursis’ condenação 
anterior à pena de multa.”
• (Súmula 499 - STF)
• Processual Penal: Nulidade - Sentença - Inobservância do critério trifásico na aplicação da pena 
- Art. 68 do CP - Sentença condenatória anulada em razão de recurso exclusivo do réu - Nova 
pena não poderá exceder a anterior - Princípio da vedação da reformatio in pejus - Pena em 
abstrato passa a ser aquela concretizada na sentença anulada - Prescrição retroativa - Extinção 
da punibilidade.
• I - O método trifásico caracteriza-se pela identificação de três fases sucessivas, no 
processo de individualização da pena: primeiro, calcula-se a pena-base, que é fixada após 
acurado exame das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do CP. Segue-se o exame 
das atenuantes ou agravantes e, ao final, consideram-se as causas de diminuição ou de 
aumento. II - O magistrado a quo equivocou-se ao fixar a pena-base, pois considerou, 
nesta fase, a causa de aumento prevista no § 3º do art.171 do CP, que só poderia incidir 
na última etapa da fixação da pena. III - Agindo desta forma, o magistrado aplicou a causa 
de aumento sem estabelecer a pena-base, em manifesta violação do princípio da 
individualização da pena, insculpido no art. 5º, XLVI, da CF. IV - O Código de Processo 
Penal, em seu art. 564, III, "m", considera nula a sentença que deixa de observar 
fórmula que lhe é essencial. V - A ausência de individualização da pena contamina o 
decisum de forma a nulificá-lo. VI - É pacífico o entendimento segundo o qual, uma vez 
anulada a sentença condenatória, em razão de recurso exclusivo do réu, a nova 
pena não poderá exceder a anterior em observância do princípio que veda a 
reformatio in pejus (...)”. (TRF - 3ª Região - 2ª T.; ACr nº 5.482-SP; Rel. Des. Federal 
Aricê Amaral; j. 15/5/2001; maioria de votos) RTRF-3ª Região 55/43.
• Sentença criminal - Nulidade - Legítima defesa 
invocada pela Defensoria - Sentença omissa a 
respeito - Anulação, de ofício, devendo outra ser 
proferida.
• A omissão da sentença no exame de fato substancial à 
caracterização do delito implica na inexistência de 
sentença.Ementa oficial: Não se aperfeiçoa como 
prestação jurisdicional - e por isso a implicar sua 
anulação - a sentença totalmente lacunosa a respeito 
de tema relevante argüido pelas partes na dialética 
do processo. (TJSP - 3ª Câm. Criminal; ACr nº 
280.550-3-Santo Anastácio; Rel. Des. Gonçalves 
Nogueira; j. 7/12/1999; v.u.) JTJ 237/322.
• Processual Penal - Sentença condenatória - 
Intimação do réu - Falta - Nulidade - 
Ocorrência.
• I - A intimação pessoal do réu acerca da 
sentença condenatória é formalidade essencial 
(art. 392, II, do CPP), sem a qual há nulidade 
absoluta. II - Ordem concedida em parte. (STJ - 
6ª T.; HC nº 18.571-CE; Rel. Min. Fernando 
Gonçalves; j. 7/2/2002; v.u.) STJTRF 152/325.
• “(...) Por considerar violada a cláusula do devido processo legal, 
a Turma deferiu habeas corpus impetrado em favor de 
condenado pela prática dos crimes de formação de quadrilha, 
seqüestro e roubo qualificado cujas alegações finais foram 
apresentadas por advogada comprovadamente suspensa por 
ato disciplinar da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. 
Enfatizando que o ato fora subscrito por quem não estava 
legalmente habilitado a tanto(...), Ademais, asseverou-se a 
desnecessidade de demonstração da ocorrência de prejuízo, 
porque in re ipsa, decorrente da própria ausência de patrono 
legalmente apto a exercer, de modo pleno, a defesa técnica. (HC 
85717/SP, Rel. Min. Celso de Mello, j. 09.10.2007)

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