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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DA 
DE ____ – ESTADO DO ______. 
 
 
 
 
 
XXXXXX, brasileiro, portador do R.G x.xx.3xx-SSP-xx, inscrito no CPF/MF sob o nº 
xx.xx.xx-xx, residente e domiciliado no __, bairro __, __, XXXX, brasileira, portadora do 
R.G x.xx.3xx-SSP-xx, inscrita no CPF/MF sob o nº xx.xx.xx-xx, residente e domiciliada no 
__, bairro __, __, XXXX, brasileiro, portador do R.G x.xx.3xx-SSP-xx, inscrito no CPF/MF 
sob o nº xx.xx.xx-xx, residente e domiciliado no __, bairro __, __, XXXX, brasileira, 
portadora do R.G x.xx.3xx-SSP-xx, inscrita no CPF/MF sob o nº xx.xx.xx-xx, residente e 
domiciliada no __, bairro __, __, XXXX, brasileira, portadora do R.G x.xx.3xx-SSP-xx, 
inscrita no CPF/MF sob o nº xx.xx.xx-xx, residente e domiciliada no __, bairro __, __, XXX, 
brasileiro, portador do R.G x.xx.3xx-SSP-xx, inscrito no CPF/MF sob o nº xx.xx.xx-xx, 
residente e domiciliado no __, bairro __, __ comparecem, mediante sua procuradora infra-
assinada 1 , respeitosa e tempestivamente à presença de Vossa Excelência para propor a 
presente 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS 
 
perante XXX LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 
xx.xx.xx/xx-xx, com sede na xx, nº xx, centro, xx e XXXX, pessoa jurídica de direito privado, 
inscrita no CNPJ sob o nº xx.xx.xx/xx-xx, com sede na xx, nº xx, centro, xx 
 
 
1 Instrumento de Mandato, doc nº 01 in fine. 
 
 
 
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Conteúdo 
1) Síntese da Demanda ........................................................................................................................ 2 
2) Dos Fatos .......................................................................................................................................... 2 
3) Do Direito ......................................................................................................................................... 3 
3.1) Da Legitimidade Ativa .............................................................................................................. 3 
3.2) Da Responsabilidade Civil das Rés ........................................................................................... 4 
3.2.1 Do Ato Ilícito ..................................................................................................................... 4 
3.2.2 Da Responsabilidade da Ré Comercial Carapá de Secos e Molhados LTDA .................... 5 
3.2.3 Da Responsabilidade Civil da Seguradora ........................................................................ 6 
3.2.4 Dos Danos ........................................................................................................................ 7 
4) Do Pedido e Dos Requerimentos ....................................................................................................... 11 
 
1) Síntese da Demanda 
1. Propõem os autores a presente ação na qualidade de irmão e filhos de pessoa falecida 
em acidente de trânsito, causado por veículo pertencente à primeira ré, conduzido por um seu 
funcionário, e segurado pela outra requerida. Pretendem a condenação dos demandados a 
indenizá-los por danos morais e materiais (estes últimos devidos ao menor de 25 anos, a título 
de alimentos). Por força do art. 275,II, d, do CPC, aplicam-se à causa as regras do 
procedimento sumário2. 
2) Dos Fatos 
2. Irmã do primeiro requerente e mãe dos demais, XXXX, ao término de sua jornada de 
trabalho conduzia, em 20/03/2010, sua bicicleta na Rodovia Transamazônica, como 
habitualmente o fazia para deslocar-se entre a residência e o emprego, quando, em frente à 
rotatória que intersecciona a Avenida Fernando Guilhon, tentou ultrapassá-la, sem sucesso, 
um caminhão pertencente à primeira ré, guiado por um seu funcionário, e segurado pela outra 
 
2 Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: 
(...) 
II - nas causas, qualquer que seja o valor: 
(...) 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
 
 
 
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demandada. Durante a malsucedida manobra, a pouca distância que separava os veículos fez 
com que o depósito de água localizado na lateral do motorizado se enganchasse no guidão da 
bicicleta, jogando-a, assim como a sua condutora, para baixo da roda traseira do caminhão, 
que esmagou-lhe a cabeça e diversas partes do corpo, causando-lhe o óbito no local do 
sinistro3. 
3) Do Direito 
 
3.1) Da Legitimidade Ativa 
 
3. Conquanto haja inventário aberto, em curso na 2ª Vara Cível desta Comarca 4 , a 
legitimidade para postular os danos sofridos em decorrência da morte da vítima é de cada um 
dos que os experimentaram 5 . A matéria não diz respeito ao direito hereditário, mas ao 
sofrimento e às perdas dos filhos e do irmão6 da finada, provocadas pelo ato ilícito. Não se 
 
3 Cf.o exame cadavérico acostado ao supramencionado inquérito. 
 
4 Processo nº XXXXX 
 
5Acerca da ilegitimidade ativa do espólio, decidiu-se: 
 APELAÇÃO CÍVEL. Ação de indenização por danos materiais e morais. Acidente de trânsito. Óbito da vítima. 
Reparação postulada pelo espólio. Ilegitimidade ativa ad causam reconhecida. Extinção do processo sem 
julgamento do mérito mantida. Recurso desprovido. "Cediço que nem sempre há coincidência entre os sujeitos 
da lide e os sujeitos do processo, restando inequívoco que o dano moral pleiteado pela família do de cujus 
constitui direito pessoal dos herdeiros, ao qual fazem jus, não por herança, mas por direito próprio, 
deslegitimando-se o espólio, ente despersonalizado, nomine proprio, a pleiteá-lo, posto carecer de 
autorização legal para substituição extraordinária dos sucessores do falecido" (STJ, RESP n. 697141/MG, Rel. 
Min. Luiz fux, j. Em 18-5-2006). (TJSC; AC 2010.082846-1; Jaraguá do Sul; Terceira Câmara de Direito Civil; Rel. 
Des. Fernando Carioni; Julg. 17/03/2011; DJSC 30/03/2011; Pág. 208) 
 
6 Sobre a legitimidade dos irmãos, confira-se o seguinte precedente do STJ: 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACIDENTE AÉREO. INDENIZAÇÃO DEVIDA AOS IRMÃOS 
DA VÍTIMA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. ILEGITIMIDADE 
AD CAUSAM DOS IRMÃOS DA VÍTIMA. NÃO OCORRÊNCIA. DANO MORAL REFLEXO. PRECEDENTES. EXCESSO 
NO DANO MORAL POR FALTA DE CULPA DO RECORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. VALOR QUE NÃO SE MOSTRA 
EXCESSIVO. JURISPRUDÊNCIA. 
1. Não há falar em negativa de prestação jurisdicional se o tribunal de origem motiva adequadamente sua 
decisão, solucionando a controvérsia com a aplicação do direito que entende cabível à hipótese, apenas não no 
sentido pretendido pela parte. 
2. Os irmãos possuem legitimidade ativa para pleitear indenização pela morte do outro irmão, de forma 
independente dos pais e demais familiares, pois quando se verifica que o terceiro sofre efetivamente com a 
lesão causada à vítima, nasce para ele um dano moral reflexo, 'par ricochet', que é específico e autônomo. Isto 
significa que todos aqueles que sofrem com a morte da vítima terão direito, separadamente, à indenização 
pelo dano moral a eles reflexamente causado. E, ainda, o valor deverá ser diferente e específico para cada um, 
dependendo de sua ligação com a vítima. Precedentes.Página 4 de 12 
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discute sobre direito antes pertencente ao de cujus e transmitido aos sucessores, mas sobre 
direito atinente a danos experimentados pelos que com ele conviviam e com ele guardavam 
relação de parentesco, direitos esses surgidos quando de seu falecimento, e em decorrência 
dele7. 
3.2) Da Responsabilidade Civil das Rés 
3.2.1 Do Ato Ilícito 
4. Decorre a morte da vítima de ato ilícito do condutor do caminhão, consistente em não 
haver guardado da bicicleta a devida distância de 1,5 metro, imposta pelo Código de Trânsito 
Brasileiro em seu art. 2018. A observância dessa diretriz, na espécie, teria evitado que o 
tanque de água situado na lateral do veículo motorizado enganchasse no guidão da bicicleta, 
jogando por terra 9 a ciclista que, consigne-se, detinha preferência a preferência para 
 
3. O Superior Tribunal de Justiça, afastando a incidência da Súmula nº 7/STJ, tem reexaminado o montante 
fixado pelas instâncias ordinárias apenas quando irrisório ou abusivo, circunstâncias inexistentes no presente 
caso, em que arbitrada indenização no valor de R$80.000,00. Referida quantia sequer se aproxima dos 
parâmetros adotados por esta Corte em casos análogos. 
4. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-Ag 1.413.481; Proc. 2011/0091900-7; RJ; Terceira Turma; Rel. 
Min. Ricardo Villas Boas Cueva; Julg. 13/03/2012; DJE 19/03/2012) 
 
7 Não é outro o entendimento do TJPA. A 1ª Câmara Cível, ao julgar, em 29/11/10, a apelação nos autos do 
processo 2009.3.013058-5, consignou: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO MOVIDA PELO ESPÓLIO DE WANDERSON AMORIM MEDEIROS. 
ESPÓLIO. HERANÇA OU MONTE-MOR, FIGURA DO DIREITO DAS SUCESSÕES. É O CONJUNTO DE BENS 
CONSTITUTIVOS DO PATRIMÔNIO MATERIAL E MORAL DO DE CUJUS E QUE, PELO FATO DA MORTE, 
TRANSMITIR-SE-Á AOS SEUS HERDEIROS. NASCE O ESPÓLIO NO MOMENTO EM QUE SE ABRE A SUCESSÃO E 
PERDURA TÃO-SOMENTE ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA DE PARTILHA, QUANDO OS BENS QUE 
COMPÕEM AQUELA UNIVERSALIDADE SÃO REPARTIDOS ENTRE OS INTERESSADOS. EXTINGUE-SE A 
COMUNHÃO HEREDITÁRIA E O ESPÓLIO DESAPARECE. A LEGITIMIDADE AD CAUSA DO ESPÓLIO ALCANÇA, 
POIS, TÃO-SOMENTE AS AÇÕES RELATIVAS A DIREITOS TRANSMISSÍVEIS, NÃO ABRANGENDO AQUELES 
DESPROVIDOS DE CARÁTER HEREDITÁRIO, TAIS COMO O DIREITO AO RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MATERIAIS (PENSIONAMENTO) E POR DANOS MORAIS, SOFRIDOS INDIVIDUALMENTE PELOS 
HERDEIROS EM RAZÃO DO DESENLACE. TITULAR DESSES DIREITOS NÃO É O ESPÓLIO, MAS CADA UM DOS 
LESADOS, A QUEM CABE DEFENDÊ-LOS EM NOME PRÓPRIO. NO CASO ELIZABETH FERREIRA (ESPOSA DO DE 
CUJUS) E BARBARA FERREIRA AMORIM BERBET (FILHA DO DE CUJUS) DEVERIAM TER INGRESSADO EM JUÍZO 
EM NOME PRÓPRIO E NÃO COMO SUCESSORAS DO MORTO, ATRAVÉS DO ESPOLIO. PROCESSO EXTINTO EX 
OFICIO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO POR ILEGITIMIDADE ATIVA. DECISÃO UNÂNIME. 
 
8 Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou 
ultrapassar bicicleta: 
Infração - média; Penalidade - multa. 
 
9 ”APELAÇÃO CÍVEL ACIDENTE DE TRÂNSITO. CAMINHÃO QUE COLIDE COM BICICLETA. Ciclista que transitava 
na beira da pista de rolamento violação do artigo 201 do código de trânsito brasileiro culpa comprovada 
indenização devida. Danos morais caracterizados. Fixação. Juros de mora que devem incidir a partir do evento 
e correção da data da fixação. Danos materiais. Documentos colacionados nos autos que comprovam a 
existência de danos materiais. Juros de mora e correção monetária do efetivo desembolso. Provimento com 
 
 
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transitar10. Violado, ainda, pelo causador do sinistro, o art. 29,II, §2º, do mesmo diploma, que 
comete ao condutor do veículo maior e motorizado a responsabilidade pela segurança do 
menor e movido a propulsão humana11. A autoridade policial, registre-se, indiciou o condutor 
do caminhão pela prática do delito previsto no art. 302, caput12, da lei nº 9.503/97, ante a 
presença dos indícios de autoria e materialidade. 
3.2.2 Da Responsabilidade da Ré XXX LTDA 
 
5. Configurada a prática de ato ilícito pelo condutor do caminhão, três fundamentos 
tornam a requerida XXX LTDA civilmente responsável pelo evento, a saber: (a) o fato de ser 
 
fixação dos honorários advocatícios. (TJPR; ApCiv 0733069-4; Londrina; Oitava Câmara Cível; Rel. Des. João 
Domingos Kuster Puppi; DJPR 10/03/2011; Pág. 432). 
 
10 Código de Trânsito Brasileiro, “Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas 
deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização 
destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com 
preferência sobre os veículos automotores.” 
 
11 Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: 
(…) 
II -o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem 
como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da 
circulação, do veículo e as condições climáticas; 
(…) 
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os 
veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não 
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. 
“AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ABALROAMENTO LATERAL DE ÔNIBUS DE TRANSPORTE 
COLETIVO COM BICICLETA QUE SEGUIA À MARGEM DIREITA DA VIA. ALEGAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA DA 
VÍTIMA. IMPROCEDÊNCIA. Características do acidente que dão conta de que o ciclista somente perdeu o 
equilíbrio, vindo a cair em frente ao coletivo, em virtude de investida por parte do motorista da apelante. 
Inobservância de distância lateral segura das bicicletas que trafegavam pela borda direita da rua. 
Desrespeito às regras contidas no artigo 29, II e § 2º e artigo 201 do código de trânsito brasileiro. Mantido o 
dever da empresa de transporte coletivo em ressarcir os danos causados por ato de seu preposto. 
Pensionamento mensal. Redução para 50% do valor do salário mínimo. Declaração constante dos autos que 
não constituiu prova idônea da suposta renda auferida pela vítima. Mantido o dever de ressarcir as despesas 
médicas efetuadas e avalizadas pelo genitor do acidentado. Acolhido o pedido de dedução do valor já recebido 
por força do seguro DPVAT. Danos morais. Indenização indubitavelmente devida. Redução do quantum fixado 
em sentença. Preservação da finalidade do instituto. Mantida a condenação em honorários e custas na forma 
determinada em sentença. Recurso parcialmente provido. (TAPR; AC 0230371-7; Ac. 4682; Maringá; Décima 
Câmara Cível; Rel. Des. Lauri Caetano da Silva; Julg. 06/05/2004)” 
 
12 Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: 
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação 
para dirigir veículo automotor. 
 
 
 
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ela proprietária13 do veículo14; (b) a circunstância de conduzi-lo um seu funcionário15; (c)a 
atividade de transporte importar habitualmente em risco para os direitos de outrem16. Sua 
responsabilidade é objetiva e solidária. 
3.2.3 Da Responsabilidade Civil da Seguradora 
 
6. A existência de contrato de seguro, comprovada pela apólice em anexo, autoriza os 
autores a demandar desde logo também contra a seguradora17, responsável até o montante a 
que se obrigou contratualmente a cobrir. 
 
13 Cf. O a descrição do veículo causador do sinistro no Boletim de Ocorrência em anexo e a cópia do documento 
atestando sua propriedade no inquérito policial acostado aos autos 
 
14 APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO.ACIDENTE DE TRÂNSITO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO 
PROPRIETÁRIO E DO CONDUTOR DO VEÍCULO QUANTO À REPARAÇÃO DOS DANOS DECORRENTES DO 
ACIDENTE. Jurisprudência dominante. Recurso da demandada não conhecido no tópico em que sustentada 
ausência de provas dos fatos vertidos na inicial. Inovação recursal. Conheceram em parte da apelação da 
demandada, negando-lhe provimento na parte conhecida e negaram provimento ao recurso adesivo do autor. 
Unânime. (TJRS; AC 466704-37.2011.8.21.7000; Cachoeirinha; Décima Primeira Câmara Cível; Relª Desª Katia 
Elenise Oliveira da Silva; Julg. 04/04/2012; DJERS 16/04/2012) 
 
15 Código Civil, Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
(…) 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que 
lhes competir, ou em razão dele; 
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, 
responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. 
Na lição de Arnaldo Rizzardo: “Também aqui há a responsabilidade objetiva, não se perquirindo quanto à culpa 
do empregador ou comitente, em relação ao dano imposto a terceiros.” Responsabilidade Civil, Ed. Forense, 4ª 
ed., 2009, p. 115, nº 6 
 
16 Código Civil, art. 927, parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, 
nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, 
por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
“Responsabilidade objetiva dos empresários: Antes da vigência do Código Reale, era subjetiva a 
responsabilidade dos empresários pelos danos causados por seus empregados motoristas, na condução dos 
veículos da empresa. Não existia norma afastando a incidência do princípio nenhuma responsabilidade sem 
culpa. Ao entrar em vigor a nova codificação,os empresários passaram a ter responsabilidade objetiva por 
todos os danos relacionados à sua atividade, por se submeterem sempre à parte final do parágrafo único do 
art. 927 do CC(responsabilidade objetiva material)” (FÁBIO ULHOA COELHO, Curso de Direito Civil, Saraiva, 
2004, vol. 2, p. 350)James Eduardo Oliveira,Código Civil Anotado e Comentado, ed. Forense, p. 808. 
 
17 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. MORTE DECORRENTE DE ACIDENTE DE VEÍCULO. LEGITIMIDADE ATIVA. 
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO/VÍTIMA, NA APÓLICE. PRAZO PRESCRICIONAL. TRÊS ANOS. CCB/2002, 
ART. 206, § 3º, IX. TERMO INICIAL Data da entrada em vigor do CC/2002 (11.1.2003) - Requerimento 
administrativo - Suspensão do prazo. - por razões de economia processual, em ação de indenização por 
acidente automobilístico, o beneficiário pode litigar contra o proprietário do veículo causador do dano, como 
também contra a seguradora deste, de cuja apólice a vítima se beneficia em razão de estipulação em favor 
de terceiro. - quando da entrada em vigor do CC/2002 (em 11.1.2003), ainda não havia transcorrido metade do 
 
 
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3.2.4 Dos Danos 
 
3.2.4.1) Dos Danos Materiais 
 
 3.2.4.1.1) Da Pensão ao Filho Menor de 25 anos 
 
7. Dos 5 filhos que sucedem a finada, XXXX, nascido em 09/09/1993, e contando 
atualmente com 19 anos de idade, faz jus a pensão mensal18, correspondente a 2/3 dos 
rendimentos de sua genitora, considerando-se o 13º salário e 1/3 das férias, desde o evento 
danoso até completar 25 anos de idade19, devendo o valor ser fixado em salários mínimos20, 
 
prazo prescricional previsto no art. 177, do CC/1916, que havia se iniciado com o óbito da vítima. Assim, de 
acordo com a regra de direito intertemporal, prevista no art. 2.028, do CCB/2002, deve ser aplicado à lide o 
prazo prescricional previsto no art. 206, §3º, IX, do CC/2002, a partir da entrada em vigor deste diploma legal. 
Dessa forma, o prazo prescricional trienal começou a fluir a partir de 11.1.03, data em que entrou em vigor o 
CCB/2002.. - fica tal prazo suspenso pelo período compreendido entre a data da comunicação do sinistro à 
seguradora e a data da negativa de pagamento da indenização por esta, nos termos da Súmula nº 229 do STJ. 
(TJMG; APCV 4801655-50.2007.8.13.0024; Belo Horizonte; Décima Sétima Câmara Cível; Rel. Des. Lucas 
Pereira; Julg. 09/06/2011; DJEMG 19/07/2011) 
18 Código Civil, Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: 
(…) 
II – na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável 
da vida da vítima. 
 
19 ”Pensão ao filho pela morte do pai: Tratando-se de pensão pela morte do pai a obrigação vai até a idade 
em que a menor completar 25 anos, na forma da mais recente jurisprudência da Corte (STJ, REsp. 650.853/RJ, 
3ª T., rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, DJU 13.06.2005, p. 300” James Eduardo Oliveira, Código Civil 
Anotado e Comentado, ed. Forense, p. 841. 
Não é outro o entendimento do TJPA, como exemplifica a decisão abaixo, proferida pela 4ª Câmara Cível no 
julgamento da apelação 20093014103-7, ocorrido em 23.08.2010: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. PRELIMINAR DE CULPA 
EXCLUSIVA DA VÍTIMA. REJEITADA. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRANSITO – CULPA IN 
ELIGENDO.DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO A TÍTULO DE DANOS MORAIS MANUTENÇÃO. 
PENSIONAMENTO - REDUÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, À UNANIMIDADE 
In casu, está evidenciado o nexo de causalidade entre a ação do condutor e o evento danoso, 
conseqüentemente, resta comprovado a responsabilidade da Apelante, posto que foi o ato do condutor que 
ocasionou o acidente em questão, sendo este funcionário da empresa recorrente, caracterizando, pois, culpa in 
eligendo desta, devendo a mesma, portanto, reparar os danos causados pelo ato de seu funcionário. 
O valor indenizatório deve ser fixado levando-se em consideração o caráter satisfativo para a vítima, bem como 
deve servir como meio punitivo/preventivo para o réu. 
A fixação do pensionamento deve ser feita de acordo com o que recebia a vítima, descontada a parcela de 
1/3 relativa aos gastos pessoais presumidos, a partir da data do sinistro até o limite de 25 anos de idade de 
seu filho mais novo 
 
20 Súmula n° 490 do STF: A pensão correspondente à indenização oriunda de responsabilidade civil deve ser 
calculada com base no salário mínimo vigente ao tempo da sentença e ajustar-se-á às variações ulteriores. 
 
 
 
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para permitir a sua adequada correção21. Tal indenização deverá ser paga de uma só vez, nos 
termos do enunciado 381 do CJF 22 , salvo na hipótese de comprovada impossibilidade 
financeira dos devedores, caso em que a proprietária do veículo causador do sinistro haverá 
de, nos termos do art. 475-Q do CPC, ser condenadaa constituir capital para garantir o 
cumprimento dessa obrigação23. 
 
3.2.4.2) Dos Danos Morais 
 
3.2.4.2.1) Dos Danos Morais Sofridos Pelos Filhos da Vítima 
8. Dispensam provas os danos morais sofridos pelos filhos da falecida24, privados para 
todo o sempre do contato com sua genitora devido ao ato ilícito. Embora seja o sofrimento 
decorrente da perda do ente querido incomensurável financeiramente, o montante de 400 
salários mínimos a cada um dos descendentes guarda consonância com os parâmetros 
jurisprudenciais do STJ25, observados pelo TJPA26. 
 
21 A respeito, leciona Paulo Nader: “A pensão deve ser calculada sobre o quantum que o falecido ganhava, 
descontando-se um terço do total, presumidamente destinado à sua subsistência. De acordo com a 
jurisprudência, no cálculo da pensão deve ser considerada a parcela do décimo terceiro salário, quando a 
vítima a ele fizesse jus por seu trabalho. A inclusão de tal parcela deve ser automática, independente de pedido 
dos autores da ação. A hipótese não configura julgamento extra petita, consoante entendimento de nossos 
tribunais.A pensão deve ser calculada sobre o quantum que o falecido ganhava, descontando-se um terço do 
total, presumidamente destinado à sua subsistência. De acordo com a jurisprudência, no cálculo da pensão 
deve ser considerada a parcela do décimo terceiro salário, quando a vítima a ele fizesse jus por seu trabalho. A 
inclusão de tal parcela deve ser automática, independente de pedido dos autores da ação. A hipótese não 
configura julgamento extra petita, consoante entendimento de nossos tribunais. ”Curso de Direito Civil, vol. 7 - 
Responsabilidade Civil, Ed. Forense, nº 111.8, p. 247 
 
22 381 — Art. 950, parágrafo único: O lesado pode exigir que a indenização sob a forma de pensionamento seja 
arbitrada e paga de uma só vez, salvo impossibilidade econômica do devedor, caso em que o juiz poderá fixar 
outra forma de pagamento, atendendo à condição financeira do ofensor e aos benefícios resultantes do 
pagamento antecipado. 
 
23 Art. 475-Q. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, o juiz, quanto a esta parte, 
poderá ordenar ao devedor constituição de capital, cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da 
pensão 
24 ”O cônjuge ou convivente e os filhos fazem jus à indenização por danos morais. Há uma presunção juris 
tantum da dor moral” Paulo Nader, op. Cit, p. 248. No mesmo sentido:”Presunção de dano moral em caso de 
morte de parente: Os danos morais causados ao núcleo familiar da vítima, dispensam provas. São presumíveis 
os prejuízos sofridos com a morte do parente 
(STJ, REsp. 437.316/MG, 3ª T., rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJU 21.05.2007, p. 567).” James Eduardo 
Oliveira, op. Cit. 
 
25 Assim analisa a jurisprudência do STJ Paulo Nader: “O Superior Tribunal de Justiça tem admitido como valor 
 
 
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3.2.4.2.2) Dos Danos Morais Sofridos Pelo Irmão da Vítima 
9. É tranquila a jurisprudência sobre a legitimidade do irmão para postular indenização 
por danos morais 27 em hipóteses como a presente 28 . Calha destacar, somente, que a 
 
razoável a fixação dos danos morais em uma escala que varia de duzentos a quinhentos salários mínimos. Em 
determinado processo e à vista das peculiaridades do caso concreto, o STJ considerou: "A indenização a título 
de danos morais, fixada em duzentos salários mínimos, não se mostra irrisória e nem exagerada, indicando não 
comportar reapreciação, nesta instância superior."[REsp. nº 684130/GO, 4ª Turma, rel. Min. Hélio Quaglia 
Barbosa, em 19.06.2007, DJ de 06.08.2007, p. 498] Ao apreciar, em data de 26.06.2007, um processo em que 
houve a morte de um menor, passageiro de ônibus atingido por um trem, o STJ fixou, para cada um dos pais, a 
indenização em trezentos salários mínimos.[REsp. nº 799939/MG, 1ª Turma, rel. Min. Luiz Fux, DJ de 
30.08.2007, p. 217] Em outra decisão, em que se reconheceu a indenização no valor de quatrocentos salários 
mínimos adequada ao caso, argumentou-se: "O valor determinado pelo Tribunal local, no equivalente a 
quatrocentos salários mínimos, segundo os fundamentos do Acórdão e as peculiaridades do caso em apreço, 
não é considerado exorbitante, abusivo, despropositado, mínimo ou em descompasso com a realidade dos 
autos para que se pudesse, consoante os precedentes desta Corte, ser revisto nesta esfera recursal. [AgRg. no 
Ag. nº 363636/SP, STJ, 3ª Turma, rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, em 20.04.2001, DJ de 11.06.2001, p. 
214]” Curso de Direito Civil, vol. 7, op. Cit, p. 249 
 
26 APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO SUMÁRIA DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE 
MORTE POR ACIDENTE DE TRÂNSITO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. 
PRELIMINAR DE AGRAVO RETIDO. AUSÊNCIA DA REITERAÇÃO PREVISTA NO ART. 523. AGRAVO NÃO 
CONHECIDO. MÉRITO. CULPABILIDADE DA RÉ. RECONHECIDA. DEVER DE INDENIZAR OS DANOS MATERIAIS, A 
TÍTULO DE PENSÃO MENSAL, NO VALOR ATUAL DE R$ 272,50, E DANOS MORAIS NO VALOR 
CORRESPONDENTE A 400 SALÁRIOS MÍNIMOS, INCIDINDO CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA, DESDE 
A DATA DO EVENTO, NOS TERMOS DAS SÚMULAS 43 E 53 DO STJ, DEDUZIDO O VALOR DA INDENIZAÇÃO DO 
SEGURO OBRIGATÓRIO, NOS TERMOS DA SÚMULA 246 DO STJ. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE. 
(Apelação Cível nº 2009.3.008.057-4, rel. Des. Gleide Pereira de Moura, j. 05/12/2011) 
 
27 AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACIDENTE AÉREO. INDENIZAÇÃO DEVIDA AOS 
IRMÃOS DA VÍTIMA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. 
ILEGITIMIDADE AD CAUSAM DOS IRMÃOS DA VÍTIMA. NÃO OCORRÊNCIA. DANO MORAL REFLEXO. 
PRECEDENTES. EXCESSO NO DANO MORAL POR FALTA DE CULPA DO RECORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. VALOR 
QUE NÃO SE MOSTRA EXCESSIVO. JURISPRUDÊNCIA. 
1. Não há falar em negativa de prestação jurisdicional se o tribunal de origem motiva adequadamente sua 
decisão, solucionando a controvérsia com a aplicação do direito que entende cabível à hipótese, apenas não no 
sentido pretendido pela parte. 
2.Os irmãos possuem legitimidade ativa para pleitear indenização pela morte do outro irmão, de forma 
independente dos pais e demais familiares, pois quando se verifica que o terceiro sofre efetivamente com a 
lesão causada à vítima, nasce para ele um dano moral reflexo, 'par ricochet', que é específico e autônomo. Isto 
significa que todos aqueles que sofrem com a morte da vítima terão direito, separadamente, à indenização 
pelo dano moral a eles reflexamente causado. E, ainda, o valor deverá ser diferente e específico para cada um, 
dependendo de sua ligação com a vítima. Precedentes. 
3. O Superior Tribunal de Justiça, afastando a incidência da Súmula nº 7/STJ, tem reexaminado o montante 
fixado pelas instâncias ordinárias apenas quando irrisório ou abusivo, circunstâncias inexistentes no presente 
caso, em que arbitrada indenização no valor de R$80.000,00. Referida quantia sequer se aproxima dos 
parâmetros adotados por esta Corte em casos análogos. 
4. Agravo regimental não provido. 
(STJ; AgRg-Ag 1.413.481; Proc. 2011/0091900-7; RJ; Terceira Turma; Rel. Min. Ricardo Villas Boas Cueva; Julg. 
13/03/2012; DJE 19/03/2012) 
 
 
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convivência29 entre a falecida e o requerente era tão intensa que partiu dele a iniciativa 
espontânea de dirigir-se ao local do acidente antes que sequer houvesse confirmação do nome 
da vítima.Consoante atesta seu depoimento, prestado à autoridade policial no inquérito 
instaurado para apurar o fato, bastou que uma sua colega de trabalho o informasse de que 
alguém trajando uniforme da empregadora da finada envolvera-se em acidente de trânsito 
para que o mesmo se dirigisse incontinenti ao endereço, onde veio a encontrar a irmã 
inteiramente desfigurada, com o cérebro exposto e os olhos fora do globo. O laudo cadavérico 
permite inferir a terrível cena com que se deparou o requerente. Consigna o documento que o 
corpo sofrera as seguintes lesões: 
“Esmagamento dos ossos do crânio com exposição destes e do encéfalo, 
olho direito fora da cavidade orbitória, fratura do pé direito, tornozelo 
direito, fêmur esquerdo, clavícula esquerda, ferida aberta na região frontal 
de 30cm na região torácica posterior equimose arroxeada e escoriação em 
arrasto, escoriaçao em arrasto nos joelhos direito e esquerdo.” 
 
 
 
28 PROCESSO CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - NEGATIVA DE PROVIMENTO - AGRAVO REGIMENTAL - 
RESPONSABILIDADE CIVIL - INDENIZAÇÃO - DANO MORAL - MORTE DE IRMÃ - VALOR DA INDENIZAÇÃO - 
RAZOABILIDADE - DESPROVIMENTO. 
1 - Os irmãos têm direito à reparação do dano moral sofrido com a morte de outro irmão, haja vista que o 
falecimento da vítima provoca dores, sofrimentos e traumas aos familiares próximos, sendo irrelevante 
qualquer relação de dependência econômica entre eles. 
Precedentes. 
2 - Como cediço, o valor da indenização sujeita-se ao controle do Superior Tribunal de Justiça, sendo certo que, 
na sua fixação, recomendável que o arbitramento seja feito com moderação, proporcionalmente ao grau de 
culpa, ao nível socioeconômico dos autores e, ainda, ao porte econômico dos réus, orientando-se o juiz pelos 
critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e do 
bom senso, atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. In casu, o valor fixado pelo Tribunal a 
quo, a título de reparação de danos morais, mostra-se razoável, limitando-se à compensação do sofrimento 
advindo do evento danoso. 
3 - Agravo regimental desprovido. 
(AgRg nos EDcl no Ag 678435/RJ, Rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 15/08/2006, 
DJ 11/09/2006, p. 289) 
 
29 O STJ teve ocasião de consignar que a convivência entre os irmão é fator que majora o quanto indenizatório: 
“RESPONSABILIDADE CIVIL. Indenização. Dano extrapatrimonial. Morte de irmã. 
Os irmãos têm direito à reparação do dano moral sofrido com a morte da irmã, sendo presumidamente maior a 
dor da irmã viúva que morava em companhia da vítima, diferente do irmão, casado, residente em outro 
endereço. 
Recurso conhecido em parte e parcialmente provido. 
(REsp 254318/RJ, Rel. Ministro RUY ROSADO DE AGUIAR, QUARTA TURMA, julgado em 22/03/2001, DJ 
07/05/2001, p. 147)” 
 
 
 
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10. Além da perda do ente querido, o sofrimento do autor foi ainda majorado, vê-se, pela 
surpresa de descobri-lo inteiramente estraçalhado. Requer-se, assim, a condenação dos réus a 
indenizá-lo em 400 salários mínimos a título de danos morais. 
4) Do Pedido e Dos Requerimentos 
 
11. Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência: 
a. A citação das requeridas para comparecer à audiência de conciliação e, 
querendo, apresentar resposta. 
b. A procedência, ao final, da presente para os fins de: 
i. Condenar solidariamente as requeridas (observado, quanto à 
seguradora, o montante coberto pela apólice) a: 
1. Pagar ao requerente XXXX, a título de danos materiais, o valor 
correspondente a 2/3 dos rendimentos da vítima, convertidos 
em salários mínimos, desde a sua morte até que o autor chegue 
à idade de 25 anos, incidindo correção monetária e juros desde a 
data do evento danoso. 
a. Pagar o supramencionado valor de uma só vez, nos 
termos do enunciado 381 do CJF 
b. Sucessivamente, na hipótese de comprovada 
impossibilidade econômica dos requeridos para adimplir 
a obrigação in totum de imediato, ordenar à ré XXXX a 
constituição de capital para assegurar o adimplemento 
da pensão, nos termos do art. 475-Q do CPC 
2. Pagar a cada um dos autores, filhos e irmão da falecida, o valor 
de 400 salários mínimos, a título de danos morais. 
ii. Condenar as rés ao pagamento de custas processuais e honorários 
advocatícios. 
c. A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita aos requerentes, 
pessoas pobres na acepção jurídica do termo. 
d. O deferimento das seguintes provas, desde logo especificadas, considerando a 
circunstância de o feito seguir o rito sumário: 
i. Documental em poder de terceiros 
 
 
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1. A expedição de ofício ao DETRAN, para que forneça ao juízo 
dossiê de infrações cometidas pelo condutor do veículo 
causador do sinistro nos últimos 5 anos contados da data do 
evento. 
2. A determinação à ré seguradora de que junte aos autos cópia do 
contrato celebrado com a outra demandada neste feito, 
estipulando a cobertura de danos causados pelo caminhão que 
vitimou a finada. 
3. A expedição de ofício à empregadora da vítima, para que 
apresente em juízo os holerites de seus últimos 12 pagamentos, 
a fim de comprovar seus rendimentos. 
 
ii. Testemunhal 
1. XXX 
2. XXX 
3. XXX 
 
iii. Depoimento pessoal de XXX, autor da presente. 
 
 
Dá-se à causa o valor de R$ _____ (xxx xxx mil reais) 
 
Termos em que, 
Pede e espera deferimento. 
____, 20 de ____ de 2012. 
 
 
 
XXXXX 
OAB/XX XX.XXX

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