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CAPACIDADE civil

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UNIVERSIDADE PAULISTA
Misllene Silva Santos 
RA.: B7173B-6
Turma: DR0R39
CAPACIDADE CIVIL
SÃO PAULO
2017
UNIVERSIDADE PAULISTA
CAPACIDADE CIVIL
SÃO PAULO
2017
INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho tem por finalidade apresentar os ditames relacionados a capacidade civil: seu conceito, regras, disposições, e totais esclarecimentos sobre a mesma, num trabalho completamente expositivo.
CAPACIDADE CIVIL
			No direito podemos definir o termo capacidade civil como a capacidade que um indivíduo tem de executar e atuar plenamente em sua vida civil. Transmitindo o ideal de forma resumida podemos dizer que a atuação plena na vida civil consiste em poder responder por suas ações neste espectro da vida social: compras, vendas, assinatura de contratos, casamentos, acordos de troca, etc.				Capacidade pode se dizer que o ser humano possui todos os requisitos para contrair suas obrigações e adquirir seus direitos com a vigência do Novo Código Civil. A plena capacidade do indivíduo ocorre aos dezoito anos (art. 5º/NCC), que se contrapõe ao Código Civil de 1916, em que a idade era de vinte e um anos. A capacidade civil, pode ser classificada em:
Capacidade de direito ou de gozo: É comum todo ser humano ter sua capacidade de direito, e só se perde quando sua vida deixa de existir, ou seja, com a sua morte. A capacidade de direito ou de gozo pode ser confundida com a própria personalidade jurídica. É a ela que se refere o caput do art. 1º do CC/02. A toda pessoa humana, inerente à personalidade, e que só se perde com a morte prevista no texto legal (TARTUCE, 2016, p. 127). Vale ressaltar que a pessoa que tem capacidade de direito, não necessariamente terá a capacidade de fato, pois pode lhe faltar consciência são para o exercício dos atos de natureza privada. Desse modo, a capacidade de direito não pode, de maneira alguma, ser negada a qualquer pessoa, podendo sofrer restrições quanto ao seu exercício. Já a capacidade de fato esta associada aos exercícios da pessoa nos seus atos da vida civil, só algumas pessoas a têm, e está relacionada com os exercícios dos atos vida civil.
Capacidade de fato ou de exercício: Segundo as leis vigentes em nosso país, até os dezesseis anos de idade o indivíduo é absolutamente incapaz, se tratando de uma pessoa física ela pode adquirir a capacidade de fato no decorrer da sua vida, mas também pode perdê-la. A regra geral é que a pessoa humana adquire a capacidade de fato. Podemos definir que é dotado de plena capacidade civil todo o indivíduo com 18 anos ou mais, que não seja pessoa com deficiência intelectual, e não adote regularmente práticas que o impeçam de tomar escolhas de forma totalmente baseada em suas capacidades de decisão (como é o caso de viciados – seja em tóxicos ou em hábitos, de forma muito extremada), ou seja, deve ser representado, valendo a vontade do representante no tocante aos atos da vida civil pertinentes ao representado; ou também por concessão dos pais (emancipação); pelo casamento; pelo exercício de emprego público efetivo, pela colação em curso de ensino superior, pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 	
			Quem tem as duas espécies de capacidade tem a capacidade civil plena. Quem só tem a de direito, tem capacidade limitada. Lembrando que não podemos confundir capacidade com legitimação ou legitimidade. A legitimação é uma condição especial para celebrar um determinado ato ou negócio jurídico. A título de exemplo, determina o art. 1.47 da atual codificação que, para determinados atos (vender imóvel, fazer adoção, prestar fiança...), se casado for o celebrante, e necessária a autorização do cônjuge, a outorga conjugal. Não havendo respeito a essa legitimação, o negócio é anulável, desde que proposta ação pelo cônjuge, no prazo decadencial de 02 (dois), contados do fim da sociedade conjugal (art. 1.649 do C.C). Outro exemplo bem comum de legitimação, é a anulabilidade da venda de ascendente a descendente, se não houver autorização dos demais descendentes e do cônjuge do alienante. Ao que concerne a legitimidade, interessa ao direito processual civil, onde não havendo legitimidade para ser autor ou réu de uma demanda, deverá a ação ser julgada extinta sem a resolução do mérito.
INCAPACIDADE CIVIL 
 		O art. 3º do Novo Código Civil reza quem são absolutamente incapazes, aqueles que tem proibição total para o exercício de direitos, onde ocorrendo essa violação, à regra é que ocorra nulidade absoluta do negócio jurídico. 													Os absolutamente incapazes possuem direitos, porém não podem exercê-los pessoalmente, devendo ser representados. São absolutamente incapazes:
Os menores de 16 (dezesseis) anos: 
 	Nesta condição, é levado em conta o critério etário, devendo esses menores serem representados por seus pais, ou na falta deles, por tutores nomeados. Entende-se que devido à idade, a pessoa não atingiu o discernimento para distinguir o que pode ou não pode fazer na ordem privada. 
Pessoas que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiveram o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil: 
 	Previsto no inciso II, do CC, trata das pessoas que padeçam de doença ou deficiência mental, congênita ou adquirida de caráter duradouro e permanente, e que não estão em condições de administrar seus bens ou praticar atos jurídicos de qualquer espécie. Lembrando que para que seja declarada incapacidade absoluta, em casos tais, é necessário um processo de interdição.
Pessoas que, mesmo por causa transitória, não puderam exprimir sua vontade: 
 	Com previsão legal, em seu inciso III, vimos uma expressão ampla, que aumenta as hipóteses de incapacidade absoluta, incluindo também o surdo-mudo que não pode manifestar sua vontade. Entretanto, se o surdo-mudo puder exprimir sua vontade, será considerado relativamente incapaz ou até plenamente capaz, dependendo do grau de possibilidade de sua expressão. Nas hipóteses desse artigo, incluem as pessoas que perderam a memória, bem como aqueles que estão em coma. O que diz respeito aos viciados tóxicos, são considerados relativamente incapazes, mas, dependendo da situação em que se encontrarem, poderão ser tidos como absolutamente incapazes. 
OS RELATIVAMENTE INCAPAZES 
 		A incapacidade relativa diz respeito àqueles que podem praticar os atos da vida civil, desde que haja assistência. A violação desta norma gera anulabilidade ou nulidade relativa do negócio celebrado. Havendo esse tipo de incapacidade, o negócio somente será anulado caso proposta ação pelo interessado no prazo de quatro anos (art. 178 do C.C)
Maiores de 16 anos e menores de 18 anos: 
 		Levando em consideração a idade etária, esses menores são denominado menores púberes, e poderão praticar atos assistidos. No entanto, há atos que os menores relativamente incapazes podem praticar certos atos se assistidos. No entanto, há atos que os menores relativamente incapazes podem praticar, mesmo sem assistência, como se casar, necessitando apenas autorização dos pais ou representantes.
Os ébrios habituais (aqueles que têm a embriaguez como hábito, no sentido de ser um alcoólatra), os toxicômanos (viciados em tóxicos), e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido:
 	 	Eventualmente, dependendo do teor do laudo médico, as pessoas elencadas podem ser enquadradas como absolutamente incapazes, em particular nos incisos II e III do art. 3. ° do CC. Exemplificando, um ébrio habitual que esteja em coma por grande lapso temporal será absolutamente incapaz. Em síntese, nem sempre tais pessoas serão relativamente incapazes.
Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo:
 		O art. 4.°, III, do CC/2002 abrange os portadores de síndrome de Down, e outros portadores
de anomalias psíquicas que apresentem sinais de desenvolvimento mental incompleto. Compreendemos que não havia a necessidade dessa previsão, eis que o inciso anterior já trata das pessoas com deficiência mental. A qualificação que consta nesse dispositivo depende de regular processo de interdição, podendo o excepcional ser também enquadrado como absolutamente incapaz.
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE 
Cessa a incapacidade em primeiro lugar, quando cessar a sua causa (enfermidade mental, menoridade, etc.) e, em segundo lugar, pela emancipação. 
Emancipação:
 	A emancipação pode ser conceituada como sendo o ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da maioridade, e da consequente capacidade civil plena, para data anterior àquela em que o menor atinge a idade de 18 anos, para fins civis. Com a emancipação, o menor deixa de ser incapaz e passa a ser capaz para os limites do Direito Privado. Deve ser esclarecido, contudo, que ele não deixa de ser menor. Sendo assim, a título de exemplo, um menor emancipado não pode tirar carteira de motorista, entrar em locais proibidos para crianças e adolescentes ou ingerir bebidas alcoólicas. Tais restrições existem diante de consequências que surgem no campo penal, e a emancipação somente envolve fins civis ou privados.			De acordo com o Código Civil, a emancipação poderá ocorrer nas seguintes situações (art. 5.°, parágrafo único) :
Emancipação voluntária parental – por concessão de ambos os pais ou de um deles na falta do outro. Em casos tais, não é necessária a homologação perante o juiz, eis que é concedida por instrumento público e registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais. Para que ocorra a emancipação parental, o menor deve ter, no mínimo, 16 anos completos. 
Emancipação judicial – por sentença do juiz, em casos, por exemplo, em que um dos pais não concordar com a emancipação, contrariando um a vontade do outro. A decisão judicial, por razões óbvias, afasta a necessidade de escritura pública. Tanto a emancipação voluntária quanto a judicial devem ser registradas no Registro Civil das pessoas naturais, sob pena de não produzirem efeitos. A emancipação legal, por outro lado, produz efeitos independentemente desse registro.
Emancipação legal matrimonial – pelo casamento do menor. Consigne-se que a idade núbil tanto do homem quanto da mulher é de 16 anos, sendo possível o casamento do menor se houver autorização dos pais ou dos seus representantes. O divórcio, a viuvez e a anulação do casamento não implicam no retorno à incapacidade. No entanto, entende parte da doutrina que o casamento nulo faz com que se retorne à situação de incapaz, sendo revogável em casos tais a emancipação, o mesmo sendo dito quanto à inexistência do casamento. 
Emancipação legal, por exercício de emprego público efetivo – segundo a doutrina, a regra deve ser interpretada a incluir todos os casos envolvendo cargos ou empregos públicos, desde que haja nomeação de forma definitiva. Estão afastadas, assim, as hipóteses de serviços temporários ou de cargos comissionados. 
Emancipação legal, por colação de grau em curso de ensino superior reconhecido – para tanto, deve ser o curso superior reconhecido, não sendo aplicável à regra para o curso de magistério, antigo curso normal. A presente situação torna-se cada vez mais difícil de ocorrer na prática.
Emancipação legal, por estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, obtendo o menor as suas economias próprias, visando a sua subsistência – necessário que o menor tenha ao menos 16 anos, revelando amadurecimento e experiência desenvolvida. No entanto, na prática, há dificuldade para se provar tal economia própria.
Representação: 
 A representação é instituto ligado ao absolutamente incapaz. 
Os pais – no caso dos menores de 16 anos. Nesse caso dá-se automaticamente, o representante não necessita de qualquer ato de investidura ou designação.
Tutor – no caso dos menores de 16 anos, se os pais não forem vivos ou tornarem-se incapazes, ou perderem o poder familiar (poder parental). É nomeado pelo juiz ou pelos próprios pais. Pode ser parente ou qualquer pessoa que goze da confiança do juiz ou dos pais. Não se dá de forma automática, ocorrendo por designação judiciária, de um ato judicial, e só em função dele é que se legitima a representação. 
Curador – no caso em que o incapaz possui uma enfermidade ou deficiência mental e for maior de 18 anos.
Assistência: 
Os assistentes dos relativamente incapazes serão:
Os pais ou tutor – assistem os maiores de 16 e menores de 18 anos.
O curador – assiste os pródigos e os que possuem o discernimento reduzido, se maiores de 18 anos.
Capacidade plena
Art. 5° do CC, cessa aos 18 anos completos, passando a ficar habilitada à praticar todos os atos da vida civil. No parágrafo único há outras possibilidades, para os menores alcançarem a capacidade plena, a saber:
Emancipação.
Casamento.
Exercício de emprego público efetivo.
Pela colação de grau em curso superior.
Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria.
CONCLUSÃO 
 			De acordo com o todo o trabalho apresentado, entendemos que capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. Direitos esses que lhe são garantidos pela capacidade de gozo, inerente a todo ser humano. A capacidade é comum a toda pessoa humana, e só se perde com a morte, no que tange a capacidade de fato, só algumas pessoas a têm, e essa está relacionada com os exercícios da vida civil, e o modo que a mesma pode adquirir essa capacidade de fato ou perde-la, esta enlaçado ao que citamos no presente trabalho. Dentro da capacidade, temos os absolutamente incapazes, todos os menores de dezesseis anos, necessitando de representação. Os relativamente incapazes, e afins, bem como todas as disposições citadas. 
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
TARTUCE, Flavio. Direito Civil: Lei de Introdução e Parte Geral. 10 ª Edição. São Paulo: Método-2014.
Disponível em: <http://direitosbrasil.com/capacidade-civil/ > Acesso em: 10.nov.2017

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