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Síntese de Glicogênio Como é a molécula de glicogênio? O glicogênio é um polímero de glicose, ou seja, possui várias moléculas de glicose ligadas umas às outras em uma estrutura altamente ramificada, com ligações na sua cadeia chamadas de alfa 1,4: o carbono 1 de uma glicose se liga ao carbono 4 de outra glicose. Nas ramificações, as ligações são alfa 1,6: o carbono 1 de uma glicose se liga ao carbono 6 de outra glicose. Quando alguém ingere uma refeição rica em carboidratos, seu suprimento de glicose excede suas necessidades imediatas. Como consequência, a glicose é armazenada na forma de um polímero: o glicogênio, que é similar ao amido encontrado nas plantas. O glicogênio difere do amido apenas no grau de ramificação da cadeia. Algumas vezes, o glicogênio é chamado de “amido animal” por causa dessa similaridade. Ramificações do glicogênio A estrutura altamente ramificada do glicogênio possibilita a liberação de diversos resíduos de glicose ao mesmo tempo para satisfazer as necessidades energéticas. isso não seria possível se o glicogênio fosse um polímero linear. Essas inúmeras ramificações do glicogênio são criadas quando uma enzima ramificadora retira um conjunto de sete glicoses e as desloca para uma região mais interna do glicogênio. A partir disso, a glicogênio sintase volta a unir glicoses pelas ligações alfa 1,4; depois disso, novamente a enzima ramificadora vai reunir grupos de sete glicoses de todos os ramos e deslocar para a parte mais interna do glicogênio até concluir todo o processo. Síntese do glicogênio (GLICOGÊNESE) A glicogênese é o processo onde as moléculas de glicose são acrescentadas a um glicogênio pré-formado, através das ligações alfa 1,4. Para a glicogênese acontecer, é necessário ativar a glicose através de energia, tornando a glicose mais rica em energia livre. A molécula de glicose vai ganhar energia quebrando uma molécula de ATP. Como resultado, vai ser formada a molécula de glicose-6-fosfato: o fosfato vai para o carbono 6 da glicose. Como a ligação é alfa 1,4; depois de ser transformada em glicose-6-fosfato, o fosfato precisa ir para o carbono 1 da glicose, montando a molécula de glicose-1-fosfato. Como a energia ainda não é suficiente para ligar a glicose ao glicogênio pré-formado, vai ser investida energia na forma de UTP+ PPi (dois fosfatos unidos), a célula vai gastar o UTP e vai formar a molécula de UDPglicose. Com isso, passa a existir no total 4 fosfatos (3 fosfatos UTP + 1 fosfato glicose-1-fosfato), com a quebra do UTP, os fosfatos PPi vão sair do UTP e vão migrar para a UDP-glicose. Essa reação é facilmente reversível, para torna-la irreversível, uma enzima separa o PPi, gerando dois fosfatos separados (P e Pi). Agora há energia suficiente para acrescentar glicose ao glicogênio através da liberação do UDP. Isso é feito através da enzima glicogênio sintase que une as moléculas de glicose que estão energizadas á um glicogênio já formado. Por isso, o início da síntese do glicogênio requer um iniciador: a glicogenina. Ela liga algumas glicoses ás glicoses que serão usadas na síntese do glicogênio pela enzima glicogênio sintase.
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