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VI Caderno do Professor de Artes Gratuito.

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Caderno do Professor de 
Artes 
E-book Gratuito 
O Papel da Arte na Educação. 
O ensino de Arte deve possibilitar a todos os alunos a construção 
de conhecimentos que interajam com sua emoção, através do 
pensar, do apreciar e do fazer arte. 
A arte está intimamente ligada à formação integral do indivíduo. É 
mais que uma simples atividade. Ao conhecer e fazer arte, o aluno 
percorre trajetos de aprendizagem que propiciam conhecimentos 
específicos sobre sua relação com a própria arte, consigo mesmo e 
com o mundo. Ensinar Arte significa, portanto, possibilitar 
experiências e vivências significativas em apreciação, reflexão e 
elaboração artística.Arte é um “aprender fazendo”. 
QUE É ARTE? 
A palavra arte é uma derivação da palavra latina “ars” ou “artis”, 
correspondente ao verbete grego “tékne”. O filósofo Aristóteles se referia a 
palavra arte como “póiesis”, cujo significado era semelhante a tékne. A arte no 
sentido amplo significa o meio de fazer ou produzir alguma coisa, sabendo que 
os termos tékne e póiesis se traduzem em criação, fabricação ou produção de 
algo. 
 
Fazer uma definição específica para a arte não é simples, assim como 
determinar a sua função no dia a dia das pessoas, pela possibilidade de exercer 
funções pragmática, formal ou, ainda, possuir uma dialogicidade entre as duas 
funções. Muitas pessoas consideram a arte uma coisa supérflua, não 
compreendendo a subjetividade estética do objeto artístico, que é dar prazer. É 
claro que existem prioridades para a existência das pessoas, porém ao se 
emocionar com uma composição de Ravel ou de Van Gogh, por exemplo, terá 
tido a oportunidade de conhecer a capacidade humana de sentir, pensar, 
interpretar e recriar o seu mundo com sensibilidade e criatividade. A cultura de 
um povo é preservada através da sua arte, seja ela popular ou erudita, pois 
possibilita estudar e compreender aquelas civilizações que não mais existem e 
cria um sentido para as que ainda hoje fazem a sua história. Há no mundo 
atualmente diversos povos que são conhecidos pelo resgate de seus objetos 
artísticos, como: cerâmicas, esculturas, pinturas, entre outros. A arte nos 
permite viver melhor, ter diferentes olhares sobre um mesmo objeto ou 
situação, ela nos faz sonhar. A proposta de um verdadeiro artista, e não de um 
simples artífice, é tocar os sentidos de quem apreciará sua obra, é possibilitar a 
fruição da sua arte. O ser humano que lida com a arte, seja ela: cênica, visual 
ou sonora, certamente encontra-se passos adiante dos que não têm contato 
com o objeto estético. É preciso ser artista e se recriar a cada dia. 
 
Para entender melhor a arte é preciso compreendê-la dentro do contexto de 
sua produção cultural. Então delinearemos três vertentes da produção artística. 
Uma dessas formas de arte é classificada como “arte acadêmica” ou “arte de 
erudita”, que se refere àquelas produções artísticas pertencentes a coleções 
particulares e que normalmente são conservadas em museus e galerias de arte. 
Esta forma de arte é a apreciada por um público conhecedor das linguagens 
artísticas e que possui uma sensibilidade treinada para a fruição dos elementos 
estéticos contidos nas obras expostas. O artista acadêmico preocupa-se com o 
desenvolvimento da sua linguagem artística, com a transmissão da própria 
expressão pessoal, em captar o significado humano de existir e, ainda, em 
exigir uma postura do público diante do seu modo de ver o mundo. A “arte 
popular” ou “folclore” são aquelas produções artísticas menos, ou quase nada, 
intelectualizada, urbana e industrial. Suas características são o anonimato em 
relação à autoria, pois se pode até saber que cultura a criou, porém não há 
como identificar o nome do autor. Ela é uma arte anônima, produzida por 
colaborações de diferentes pessoas ao longo do tempo. A arte popular expressa 
o sentimento e as idéias da coletividade, dentro de padrões fixos no seu fazer 
artístico e é destinada para a fruição do próprio povo que a criou. Esta forma 
de arte não acompanha o modismo imposto pelos meios de comunicação. Estes 
meios de comunicação das massas são responsáveis, em grande parte, pelo 
fomento da terceira vertente da arte, que é a “arte de massa”, constituída por 
produtos industrializados e que se destina à sociedade de consumo. Sua 
intenção é servir ao gosto médio da maioria população de um país ou até 
mesmo do mundo. A Arte de massa é produzida por profissionais de uma classe 
social diferente do público a que ela se destina, que em geral é semi-analfabeto 
e/ou passivo diante da sua realidade sociocultural. O modismo e o divertimento 
como forma de passar o tempo é o que sustenta a arte de massa. No caso 
desta vertente da arte, o povo é apenas o alvo da produção e não participa da 
sua concepção. 
 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 
ARANHA, Mª Lucia de arruda, MARTINS, Mª Helena Pires. Temas de filosofia. 
São Paulo: Moderna, 1998. 
 
 
Conhecimento e Expressão em Teatro 
 
A EXPERIÊNCIA CRIATIVA (Por Viola Spolin) 
 “Todas as pessoas são capazes de atuar no palco. Todas as pessoas 
são capazes de improvisar. As pessoas que desejarem são capazes de jogar e 
aprender a ter valor no palco. Aprendemos através da experiência, e ninguém 
ensina nada a ninguém. Isto é válido tanto para a criança que se movimenta 
inicialmente chutando o ar, engatinhando e depois andando, como para o 
cientista em suas equações. 
 Se o ambiente permitir, pode-se aprender qualquer coisa, e se o 
indivíduo permitir, o ambiente lhe ensinará tudo o que ele tem para ensinar. 
“Talento”ou “falta de talento” tem muito pouco a ver com isso. 
 Devemos reconsiderar o que significa “talento”. É muito possível que o 
que é chamado comportamento talentoso seja simplesmente a capacidade 
individual para experenciar. Deste ponto de vista, é no aumento da capacidade 
individual para experenciar que a infinita potencialidade de uma personalidade 
pode ser evocada. 
 Experenciar é penetrar no ambiente, é envolver-se total e organicamente 
com ele. Isto significa envolvimento e todos os níveis: intelectual, físico e 
intuitivo. Dos três, o intuitivo, que é o mais vital para a situação de 
aprendizagem, é negligenciado. 
 A intuição é sempre tida como sendo uma dotação ou uma força mística 
possuída pelos privilegiados somente. No entanto, todos nós tivemos 
momentos em que a resposta “simplesmente surgiu do nada” ou “fizemos a 
coisa certa sem pensar”. Às vezes em momentos como este, precipitados por 
uma crise, perigo ou choque, a pessoa “normal” transcende os limites daquilo 
que é familiar, corajosamente entra na área do desconhecido e libera por 
alguns minutos o gênio que tem dentro de si. Quando a resposta a uma 
experiência se realiza no nível intuitivo, quando a pessoa trabalha além de um 
plano intelectual constrito, ela está realmente aberta para aprender. 
 O intuitivo só pode responder no imediato - no aqui e agora. Ele gera 
suas dádivas no momento de espontaneidade, no momento quando estamos 
livres para atuar e inter-relacionar, envolvendo-nos com o mundo à nossa volta 
que está em constante transformação. 
 Através da espontaneidade somos re-formamos em nós mesmos. A 
espontaneidade cria uma explosão que por um momento nos libera de 
quadros de referência estáticos, da memória sufocada por velhos fatos e 
informações, de teorias não digeridas e técnicas que são na realidade 
descobertas dos outros. A espontaneidade é um momento de liberdade 
pessoal quando estamos frente a frente com a realidade e a vemos, a 
exploramos e agimos em conformidade com ela. Nessa realidade, as nossas 
mínimas partes funcionam como um todo orgânico. É o momento de 
descoberta,de experiência, de expressão criativa. 
 Tanto a “pessoa média” quanto a “talentosa” podem ser ensinadas a 
atuar no palco quando o processo de ensino é orientado no sentido de tornar 
as técnicas teatrais tão intuitivas que sejam apropriadas pelo aluno. É 
necessário um caminho para adquirir o conhecimento intuitivo. Ele requer um 
ambiente no qual a experiência se realize, uma pessoa livre para experenciar e 
uma atividade que faça a espontaneidade. 
 
Conhecimento e Expressão em Teatro - 
“Jogos Teatrais” 
As ações cotidianas têm potencialmente contidas em si o ato de 
dramatizar. Seja através de gestos ou imagens, como também pela utilização 
da palavra falada e dos sons, a ação dramática se manifesta nos processos de 
expressão e comunicação em todas as sociedades humanas. Motivadas pela 
necessidade de compreender e atuar sobre a realidade, essas ações implicam 
em um conjunto de jogos que muitas vezes não são imediatamente percebidos, 
por serem incorporados em nossa vida diária. Esses jogos ocupam lugar 
importante na vida social das pessoas. Na interação com o outro, por meio de 
um simples gesto, cumprimento ou em situações mais complexas, podemos 
percebe-los como manifestações individuais ou coletivas, adquirindo as mais 
variadas funções e significados em diferentes culturas e sociedades. Ao 
participarmos de celebrações, festas e acontecimentos diversos, durante o 
transcorrer das mesmas percebemos, como espectadores/atores, que esses 
jogos que se somam às ações dramáticas tornam-se espetáculo. Celebrar, 
comemorar e festejar são sinônimos de ações sociais, individuais ou coletivas, 
que têm significado para uma determinada pessoa, grupo, cidade, estado ou 
país. Elas ocorrem em diferentes níveis e momentos da vida das pessoas, 
desde as comemorações íntimas vividas no espaço familiar até as festividades 
que têm abrangência nacional. Marcam a vivência coletiva, explicitando valores 
e símbolos, permitindo que a percepção e estudo dessas ações sejam 
esclarecedores para o entendimento de uma determinada formação cultural. 
Porém, o teatro não emerge apenas das ações do cotidiano, das celebrações 
ou festas, mas, e sobretudo, através da expressão do imaginário por meio da 
representação ou ações dramáticas. Dramatizar não é apenas uma realização 
de necessidades sociais dos indivíduos ou grupos, mas também uma atividade 
expressiva de seu imaginário. Por isso, o teatro na educação, segundo os 
PCN, cumpre não só uma função integradora, mas dá ao jovem a oportunidade 
de se apropriar crítica e construtivamente dos conteúdos sociais e culturais de 
sua comunidade mediante troca com seus semelhantes. Ao criar situações e 
interpretar um personagem por meio do teatro, o jovem está ao mesmo tempo 
se distanciando de uma realidade (sua) cotidiana e experimentando uma outra 
(do personagem), vivenciando questões fundamentais do personagem e 
tirando para si os ensinamentos necessários para a compreensão do outro, do 
entorno e do contexto existencial e cultural em que está atuando. Segundo 
Ingrid Koudela, “Se aceitarmos que a atitude estética é decorrência de uma 
necessidade básica do ser humano que é a versão simbólica da experiência, o 
caráter de distanciamento da vida corrente não significa evasão ou substituição 
do real por uma esfera fantasiosa, mas evocação de uma realidade na 
ausência de qualquer objetivo habitual”. 
 
KOUDELA, Ingrid Dormien. “Jogos Teatrais”. São Paulo, Perspectiva, 1984. 
 
 
O QUE É TEATRO. 
 
A palavra teatro nos nossos dias adquiriu várias significações. 
Os dicionários registram: a) Edifício onde se representam obras dramáticas 
e onde se dão espetáculos; b) Coleção de obras dramáticas de um autor ou de 
vários autores de um país. Ex: o teatro de Victor Hugo, o teatro italiano, etc; c) 
a literatura ou a arte dramática. Ex: um ator que conhece muito teatro; d) a 
profissão do ator. Ex: aquela atriz já deixou o teatro. A palavra teatro tem tam-
bém uma outra série de significados. 
A palavra teatro vem do grego “THEATRON” que correspondia, no edifício 
em que se representavam as obras dramáticas, ao lugar de onde se vê. Era o 
lugar que hoje corresponde à platéia. Etimologicamente a própria palavra já 
nos dá o verdadeiro sentido e função do teatro — lugar de onde se vê. 
Portanto, ir ao teatro, é ir ver alguma coisa. 
Isso nos faz concluir que para haver teatro é necessário não só a presença 
do ator, como a do público que irá assumir papel insubstituível no feito teatral. 
“Representar é fazer presente mediante presenças”. Para que haja o fenômeno 
teatral é necessário, portanto, que um ator represente diante de um público. “A 
obra dramática é uma ação viva que evolui do seu inicio até o final sob os olhos 
de um público para cujo agrado está destinada” — “espectador — para ele é 
feito o teatro”. 
 
PRESENÇA 
Como vimos então, para que o fenômeno teatral se torne efetivo, é 
necessário este encontro entre o público e o intérprete. É indispensável esta 
presença, não basta a sua imagem projetada ou a sua voz gravada. Para que 
haja teatro este encontro se torna indispensável. O ator terá que estar diante 
do público que ali foi para vê-lo. Este ator não poderá estar em outro lugar que 
não seja o palco. 
Aristóteles, na sua “poética” determina esta ação feita presente e distingue 
a epopéia da tragédia e da comédia. 
São três as artes da imitação, a primeira imita narrando as outras duas 
apresentando todos os personagens atuando, como em ação. “Mas os 
imitadores imitam homens que praticam alguma ação, e estes, 
necessariamente, são indivíduos de elevada ou de baixa índole... pois ambos 
(tragédia e comédia) imitam pessoas que agem e obram diretamente”. 
Donde vem o sustentarem alguns que tais composições se denominam 
“dramas”, pelo fato de imitarem agentes... Como esta imitação é executado por 
atores, em primeiro lugar o espetáculo cênico há de ser necessariamente uma 
das partes da tragédia, e depois a música e a elocução, pois estes são os 
meios pelos quais os atores efetuam a imitação... E como a tragédia é a 
imitação de ações e se executa mediante personagens que agem e que 
diversamente se apresentam conforme o próprio caráter e pensamento (porque 
é segundo estas diferenças de caráter e de pensamento que nós qualificamos 
as ações)... Porque a tragédia não é imitação de homens, mas de ações e de 
vida, de felicidade ou infelicidade. Pois boa ou má fortuna depende da ação, e 
a própria finalidade da vida é uma ação e não uma qualidade. 
 Como vimos apresentam a imitação com a ajuda de personagens que 
vemos agirem e executarem elas próprias às ações e peripécias. “A imitação 
de um homem atuando não pode ser mais que uma representação, quer dizer, 
uma ação feita presente”. Na representação temos “presença presente” e nos 
arrasta para o seu mundo criado efemeramente por algumas horas. Nós somos 
contemporâneos de Édipo ou de Hamlet e respiramos simultaneamente a 
mesma atmosfera do teatro e de Tebas. O Teatro nos conduz através do tempo 
e do espaço, 
 
“PODEMOS RETIRAR AS LUZES COLORIDAS E OS EFEITOS MECÂNICOS; 
PODEMOS RETIRAR OS CENÁRIOS E AS ROUPAS. SÓ NÃO PODEMOS 
RETIRAR O ATOR, O PÚBLICO E O TEXTO. O FENÔMENO TEATRAL NÃO 
SE PROCESSA SEM A CONJUGAÇÃO DESSA TRÍADE”. 
 
 
 
 
Os jogos teatrais no desenvolvimento humano 
E se víssemos o teatro como uma empresa? E os atores como funcionários 
dessa empresa? E a plateia como os clientes? Mas não é assim? E se é tudo 
tão igual , porque é tão gostoso, divertido, rápido e eficaz o treinamento no 
teatro do que nas organizações? 
É claro que nada é tão simples assim! A verdade é que na realidade do teatro, 
os intermediáriosentre os funcionários e os clientes são poucos, às vezes 
nenhum. Portanto, o ator está muito mais próximo de poder avaliar a qualidade 
de seu desempenho ao término de seu expediente do que o está um operador 
de máquina numa linha de montagem da indústria automobilística. 
A arte sempre trabalhou a partir do senso de qualidade. E esse senso de 
qualidade não é transmissível através de uma relação de tarefas a serem 
realizadas desta ou daquela forma, como vem ocorrendo na maioria das 
empresas que está implantando a ISO. Trata-se aqui de levar as pessoas a um 
nível de consciência tal, que elas percebam pôr si mesmas a importância de 
seu trabalho para o todo da organização. Trata-se de devolver a elas o valor 
intrínseco do seu trabalho, de sua capacidade produtiva. 
Hoje, a grande maioria das pessoas trabalha tendo como objetivo o salário 
(não muito motivador) no final do mês. Suas atividades pouco ou nada têm a 
ver com o que elas sonharam vir a ser um dia. E, no entanto, não existe 
nenhum trabalho que não seja enobrecedor ou que não acrescente algo de 
positivo à personalidade das pessoas. 
Os jogos teatrais surgiram no Brasil em 1982 com Ingrid Domien Kodela, então 
professora da cadeira de Teatro-Educação na USP, que desenvolveu sua tese: 
“Jogos Teatrais: um processo de criação”, a partir do trabalho de viola Spolin, 
americana conhecida pôr suas técnicas de improvisação no teatro. A 
professora Ingrid foi a primeira pessoa a perceber que era possível e 
interessante transformar o aprendizado do teatro em uma técnica educativa. 
Especificamente como técnica de treinamento, tomei contato com um trabalho 
dessa natureza em 1994 na ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e 
Desenvolvimento), com Eunice Mendes e, recentemente, na USP (Primeira 
Clínica de Jogos Cooperativos – Junho/95), coordenada pelo professor Fábio 
Brotto. Nessa Primeira Clínica, o professor de Educação Física e Dança de 
Salão, que também é ator Eduardo Carmello, coordenou um laboratório sobre o 
tema: “Jogos teatrais e o potencial humano”. É ele que explica mais sobre o 
assunto. 
A concepção predominante sobre os jogos teatrais, segundo Eduardo, é a de 
ver o ser humano como um organismo em desenvolvimento, cujas 
potencialidades se realizam desde que lhe seja permitido desenvolver-se em 
ambiente aberto a experiências. 
Os jogos teatrais preocupam-se em aflorar as atividades espontâneas, as 
atitudes instintivas e impulsivas do ser humano, e tem como objetivo libertar a 
criatividade, fornecendo um ambiente propiciador à iniciativa. 
Os valores que se espera vão sendo adquiridos através dos jogos teatrais são: 
a experiência em pensar criativa e independentemente, o desenvolvimento da 
imaginação e da iniciativa e o aumento da sensibilidade para os 
relacionamentos pessoais. 
Os jogos teatrais têm sua fundamentação na arte e na educação, e, na 
educação, através de Jean Piaget. Eles são fundamentados em jogos de 
regras e de salão, em que objetivo é solucionar problemas e, de forma artística, 
tornar real o imaginário. 
É importante observar que os jogos teatrais têm muita semelhança filosófica 
com os jogos cooperativos, já que também trabalham a equipe, o grupo, 
procurando eliminar a competição. Na verdade as regras são para que os times 
solucionem problemas juntos. 
Os principais pontos identificados nos jogos teatrais são: a espontaneidade, o 
foco e o jogo de mostrar e contar. 
Falando sobre espontaneidade, a partir do momento que os alunos-jogadores, 
como são chamados, estipulam um jogo de regras, este é visto como um jogo 
de liberdade. Aliás, é um paradoxo curioso observado no teatro; numa 
instituição crítica, a regra é tida como repressora; numa instituição lúdica ela 
funciona como potencializador, porque é através dela que o aluno-jogador pode 
aflorar a liberdade. É como se fosse o aval para “brincar”. A espontaneidade é 
também, o fato de integração, juntamente com o foco e o comprometimento, 
que permite a eliminação da falsidade. Numa caricatura, o jogador pode 
“contar” o que está se passando, mas só com o envolvimento e o 
comprometimento ele será capaz de “mostrar”, isto é, fazer com que a platéia 
acredite e até sinta o que o personagem sente ou sugere que esteja 
acontecendo. 
O foco é um dos aspectos mais interessantes dos jogos teatrais, porque é ele 
que elimina o devaneio durante a atividade; ele objetiva onde se quer chegar. 
Pôr exemplo: qual a melhor forma de fazer com que o público perceba, através 
de mímica, que a cena é um jogo em que duas pessoas (ou mais) estão num 
cabo de guerra? O foco, que gera a concentração, é também o fator de 
direcionamento da atividade. O foco diminui o medo, uma vez que as regras 
estejam estipulados, e vai minimizando, até eliminar , o individualismo, porque 
somente juntos os jogadores poderão solucionar o(s) problema(s) 
apresentados dentro desse modelo de abordagem educacional. 
“ Se souber mostrar”, diz Eduardo Carmello, “você vai transpirar como se fosse 
olhar, como se fosse gesticular. Aí existe integração, a congruência. Esse 
trabalho elimina a falsidade, porque eu estou percebendo se você está 
comprometido ou não.” ”Contar x Mostrar” lembra a implantação de um projeto 
bem definido, com tudo pôr escrito, que todo mundo segue à risca, mas no qual 
ninguém está acreditando. 
Eduardo usa, pôr exemplo, exercícios em que o jogador tem que mostrar o que 
ele está fazendo ou onde está. Se outro jogador compreender a cena, junta-se 
ao primeiro e faz o mesmo, e assim pôr diante, até que, juntos, todos 
componham uma cena completa. 
“ O interessante é observar a flexibilidade, além da criatividade das pessoas 
neste exercício,” explica Eduardo. Porque se o jogador seguinte compreendeu 
mal a mensagem passada pelo primeiro jogador, uma ou duas coisa podem 
acontecer: o primeiro jogador pode perceber que sua capacidade de expressão 
não verbal (corporal) está deficiente e deve ser melhorada, ou os jogadores 
podem perceber que algo na cena mudou e, rapidamente, irão compor uma 
nova cena antes que o erro seja percebido pôr mais alguém. “O jogo aqui é: do 
que o meu companheiro está precisando neste momento? 
Existem várias formas de comunicação, como sabemos, principalmente através 
dos gestos. Está provado que são três os componentes de influenciação 
humana: o que dizemos, como dizemos e a fisiologia mostrada ao dizê-lo. 
Apenas 7% do conteúdo de nossa comunicação influencia de fato nosso 
ouvinte; 38% fica pôr conta da forma como falamos (volume, tom, velocidade e 
timbre de voz); e 55%, portanto, a maior parte de nossa capacidade 
persuasiva, está naquilo que mostramos enquanto falamos, isto é, na fisiologia, 
mais conhecida como expressão ou comunicação não-verbal. 
Paulo Branco, ator, bailarino, e professor de teatro, trabalha com uma técnica 
proveniente dos jogos teatrais: a ampliação das percepções e recuperação do 
reflexo (vide T&D no 12 dex/93). Ele cita como exemplo o seguinte: “se 
dissermos: ‘Vá pôr ali’, em termos de gestos, há algumas possibilidades de 
interpretação: fazê-lo lentamente, em tom suave e baixo, indica orientação. 
Aumentando a dinâmica, a velocidade e o tom de voz, passamos outra 
emoção, outra energia, obtendo, consequentemente, um resultado bastante 
diferente. Isto associado a um exercício de composição de um personagem 
leva o aluno a se perceber melhor enquanto ser comunicador, não apenas 
quando fala, mas permanentemente enviando mensagens.” 
“ Primeiramente, vamos buscar o que chamamos de ‘nosso zero’, isto é, aquele 
ponto em que não há absolutamente nenhuma mensagem emocional sendo 
transmitida, nem corporal nem fisiologicamente” explica Paulo. “Seria o estar 
centradoem nosso eixo, neutro. A maioria das pessoas não percebe que o que 
para elas é neutralidade, para as pessoas à sua volta, seus gestos significam 
outras coisas, isto é, elas podem estar interpretando como cansaço, 
agressividade, nervosismo etc. pôr um rito de canto de boca, um sobrecenho 
franzido ou uma ruga na testa. São signos, fatores universais, de compreensão 
em cada cultura e, invariavelmente, passam uma mensagem inconsciente que 
será refletida numa resposta verbal ou não-verbal pôr parte do interlocutor.” 
“ No teatro,” continua Paulo, “Consideramos importante que as pessoas 
estejam conscientes disso, mais perceptivas, até porque, estes signos ou sinais 
serão absorvidos pela platéia e interpretados como parte integrante do 
personagem. Em suma, essas expressões faciais/corporais das quais a maioria 
das pessoas não está consciente, está dizendo mais sobre elas do que elas 
imaginariam ou gostariam, e, não raro, sendo mal-interpretadas. É interessante 
observar que as pessoas vão se observando através desse tipo de exercício.” 
O que normalmente assusta ou incomoda as pessoas quando se fala em Jogos 
é o uso constante da expressão “aprender brincando”. A palavra “brincadeira” 
parece tirar a seriedade do trabalho, tornando-o, na melhor das hipóteses, uma 
atividade anti-estressante, mas, dificilmente uma técnica ou método educativo. 
Na verdade, e considerando-se a situação de pressão e tensão permanentes 
dos profissionais nas empresas atualmente, ainda que um método só servisse 
a esse propósito, já seria de grande valia como ferramenta para RH. Mas não é 
o caso. Os jogos são a expressão primeira da educação. A criança brinca para 
se preparar para a idade adulta, desenvolver potencialidades, aprender papeis 
e socializar-se, entre outras coisas. 
Na idade adulta, os jogos se prestam tão bem a esse papel quanto o fizeram 
na infância. O perigo, na verdade, está no jogador não-comprometido ou, pior, 
no facilitador despreparado. Mas ai já seria o caso de rever ou criticar a 
formação de nossos profissionais, os técnicos, e não a técnica. De qualquer 
forma há uma diferença muito grande entre brincar e divertir-se. Nos jogos há 
um problema a ser focado em seu objetivo, desde que comprometido, e cabe 
ao facilitador grande parte da responsabilidade em devolvê-lo como um 
organismo vivo em todas as suas potencialidades e gerar envolvimento integral 
na atividade. 
Em suma, nas palavras de Jean Piaget: A arte é um meio para a liberdade, um 
processo de liberação da mente humana, que é o objetivo real e último de toda 
a educação”. 
 
5 passos para interpretar imagens e textos 
 
1) identifique e selecione os elementos relevantes 
 
2) organize ideias sobre os recursos textuais e visuais 
 
3) estabeleça relações entre eles 
 
4) interprete a mensagem geral da imagem 
 
5) entenda se as hipóteses apresentadas nas alternativas se 
aplicam ou não 
 
Quadros 
 
-Períodos artísticos têm relação com fatores históricos e 
sociais de suas épocas. Para interpretar uma pintura, 
compreenda quando ela foi produzida 
 
-É importante entender os movimentos e seus equivalentes em 
outras artes, relacionando, por exemplo, obras de artistas 
plásticos 
 
do modernismo brasileiro e das vanguardas europeias, como 
Pablo Picasso, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Cândido 
Portinari 
 
Charges 
 
-As provas do Enem nunca deixam de cobrar interpretação de 
texto em charges, que misturam humor e crítica, geralmente 
acompanhadas de linguagem coloquial e duplo sentido 
 
-Tais imagens costumam estar relacionadas a acontecimentos 
do cotidiano, então quem está bem informado sobre fatos 
recentes sai na frente 
 
Tirinhas 
 
-O exame pede que o aluno mostre ter entendido a piada e 
encontre uma alternativa que a explica, o que pode gerar 
confusão na interpretação entre humor e crítica 
 
-É fundamental prestar tanta atenção aos diálogos quanto ao 
desenho: não raramente, os elementos gráficos dão o tom 
adequado para entender 
 
o que está escrito 
 
Como analisar imagens no Enem 
 
-Faça perguntas: qual o assunto da charge? O que ela 
representa? O texto faz referência a ela ou pede uma 
interpretação mais profunda? Há possibilidades diversas de 
entendê-la? 
 
- Analise cada detalhe: no caso de tirinhas e desenhos em 
geral, os recursos gráficos são muito poucos, então cada 
palavra, cada traço é importante – e pode definir pistas para a 
resposta correta 
 
- Entenda seu contexto: compreender o período histórico em 
que um quadro foi produzido ajuda a contextualizá-lo. O 
significado da obra geralmente está ligado à época em que ela 
foi produzida 
 
-Concentre-se no enunciado: há diversas interpretações 
possíveis para cada imagem, e o que está sendo 
especificamente cobrado deve ser detalhado na pergunta. A 
questão define a análise a ser feita. 
 
 
A História da Arte 
 
Arte – É faze sentir. Buscamos a arte pelos sentimentos que ela 
nos causa:emoção, espanto, intuição, estética, associações , 
etc. 
- É a capacidade que tem o homem de por em prática uma 
ideia, valendo-se de sua faculdade de dominar a matéria. 
- É construção, é um fazer, é um conjunto de atos pelos 
quais mudam as formas, se transformam a matéria, 
oferecida pela natureza e pela cultura. 
- É produção, logo, supõe trabalho, movimento, que 
arranca o ser do não-ser, a forma, do amorfo, o cosmo, do 
caos. 
- 
História da Arte: Segundo historiador Taine, a História da Arte 
preocupa-se com as ligações entre as obras e o contexto 
cultural onde foram produzidas. 
A obra de arte estuda a evolução dos objetos artísticos: é a 
classificação estilística. 
Estética: 
- Ciência que trata do belo em geral e do sentimento que 
ele faz nascer em nós. 
- Significa teoria da sensibilidade, mas especialmente, à 
sensibilidade relativa ao belo. 
- É a filosofia da Belas-Artes. 
 
Classificação Geral das Artes 
Formas de Expressão: 
Artes Plásticas: As que se manifestam por meio de elementos 
visuais e táteis, com linhas, formas, cores, volumes, texturas, 
etc.., reproduzindo formas da natureza, ou realizando formas 
abstratas, imaginárias, ou modificadas segundo a sensibilidade 
do criador da obra – (pintura, escultura, desenho, arquitetura, 
gravura, colagem,modelagem,etc.) 
Expressão Corporal: teatro, dança, cinema, etc 
 
Expressão Musical: manifesta por meio de sons;vocal, 
instrumental, erudita, popular, etc. 
Expressão Literária: estórias, contos, poesias, etc. 
Podem ser considerados artes visuais: a fotografia, as artes 
gráficas, a realidade virtual 
 
 
Arte em toda parte 
A arte não está apenas nos quadros, pendurados nas 
paredes dos museus. Olhe com atenção: ela pode estar nas 
ruas,na lojas, nos produtos, nos objetos, nas revistas, nas 
praças, nos lugares públicos, nas festas e na nossa casa. 
Os artistas e os críticos estão sempre discutindo o que é 
e o que não é arte.Não é fácil definir esse limite. Podemos dizer 
que arte é tudo que é feito por um artista, Mas o que é ser um 
artista? 
O a artista é uma pessoa que descobriu que as coisas não 
são apenas o que se vê. A partir de suas idéias, os artistas 
criam novas imagens, textos,lugares, sons,sensações... Com 
isso, inventam um novo mundo. Mas para ser artista é 
preciso dominar uma técnica e saber usar um material, seja 
ele qual for: tintas, barro, palavras, imagens em movimento, 
bordados, sons, etc. 
 
Mãos à obra Movimentos 
Artísticos 
Renascimento 
 Michelangelo - Pintor, escultor, poeta e 
arquiteto italiano (6/3/1475-18/2/1564).Um dos maiores nomes do 
Renascimento 
 
Renascimento - Retrata os períodos 
das grandes realizações nos campos 
artísticos e científicos. Como principais 
artistas dessa época temos Leonardo Da 
Vinci e 
 Michelangelo, etc. O Renascimento 
compreende o período entre os séculos 
XV e XVI, abrangendo grandes 
realizações nos campos artísticos e 
 
 
científicos, como a criação da bússola, as 
grandes navegações etc. Nesta fase, os 
pintores representavam o homem em 
poses que expressavam emoções e 
estado de espírito , tendo as formas 
clássicas da Antiguidade greco-romana 
como inspiração de ideal. 
 
Veja o quadro o que você acha que ele 
representa? 
 
Leonardo Da Vinci Pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, 
cientista, inventor e escritor italiano (15/4/1452-2/5/1519). 
Seus desenhos expressam a máxima da arte renascentista, 
numa mescla de precisão científica e, imaginação e talento. 
Treinando o seu olhar 
Observe a obra o que você mais gostou. Que tipo de 
sentimento ela expressa? Descreva em seu caderno suas 
sensações. 
Barroco 
O barroco nasceu da crise do renascimento, ocorrida devida às 
lutas religiosas. 
O homem, que é tomado pela razão (renascimento), agora vive 
um conflito entre o terreno e o celestial, entre a religiosidade 
que marcou a Idade Média e o paganismo do Renascimento. 
Trata-se de um movimento artístico de expressões 
contraditórias, que busca a salvação de forma angustiada. 
Na pintura, os artistas usam recursos que dão idéia de 
profundidade, ampliação de espaço, com jogo de luz e sombra, 
refletindo a angústia em que vivem. 
 
Treinando o olhar 
Quais são suas sensações ao observar 
a escultura apresentada? Escreva-as 
no caderno. 
 
Barroco mineiro. 
Variação do barroco brasileiro 
desenvolvida em Minas Gerais e 
caracterizada pela utilização de materiais da região, como 
pedra-sabão e madeira. Seus monumentos e obras marcantes 
se encontram nas cidades de Congonhas, Mariana, Ouro Preto, 
Sabará e São João del Rei. 
 
Pense Nisso 
Mesmo com os problemas de doença, que mutilou o corpo de 
Aleijadinho, ele trabalhou e expressou sua arte até os últimos 
dias de sua vida. 
 
Igreja de São Francisco de Assis em Mariana 
cidade com rico acervo arquitetônico do 
barroco mineiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom trabalho 
Lourdinha Batista 
Educadora e Psicóloga. 
Lurdinha@isimples.com.br 
Site: apsicologiaonline.com.br 
https://www.facebook.com/cadernoartes2017/

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