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1 – Indicação bibliográfica Fernandes, W. J (2003) A importância dos grupos hoje Van Acker, M.T.V (2008) A reflexão e a prática docente Pichon-Rivière (1991) pg, 157 Wallon, H. A (1979) Evolução Psicológica da criança 2 – Resumo Pichon-Rivière trouxe grande contribuição a área, construindo um legado valioso para a compreensão sobre a estrutura e o funcionamento dos grupos, bem como para a intervenção no campo grupal, por meio da teoria do grupo operativo. A técnica do grupo operativo consiste em um trabalho com grupos, cujo objetivo é promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos. A aprendizagem centrada nos processos grupais coloca em evidência a possibilidade de uma nova elaboração de conhecimentos, de integração, e de questionamento a cerca de si e dos outros. O principal objetivo do grupo operativo é a mudança que vai acontecer de forma gradativa, aonde os integrantes de um grupo vão assumindo determinados papeis e posições frente a tarefa do grupo. 3 – Citações Fernandes (2003) O autor diferencia os grupos com finalidades operativas dos grupos com finalidade terapêutica. Assim, os grupos operativos ou grupos com finalidades operativas não correspondem, na maioria das vezes, ao grupo operativo de Pichon-Rivière, guardando semelhanças no que diz respeito ao fato de serem direcionados , de modo geral e em diferentes contextos , para a aprendizagem , mas não utilizando preceitos teóricos. Van Acker (2008) Coloca a técnica do grupo operativo tem o objetivo de favorecer o protagonismo do grupo na produção de seu referencial conceitual para ser operativo na realidade e aprender. Dessa maneira o conhecimento e a aprendizagem gerados no grupo constituem o processo e o produto/material sobre o qual o coordenador do grupo/pesquisador irá se debruçar. Pichon-Rivière (1991) O grupo operativo assemelha-se ao funcionamento do grupo familiar e pode ser definido como um “conjunto de pessoas “ reunidas por constantes de tempo e espaço, articulados por sua mútua representação interna, que se propõe, implícita e explicitamente , uma tarefa que constitui finalidade. Wallon (1979) Ao estudar a influência dos grupos na evolução do sujeito, afirma que estes , além de serem importantes para aprendizagem social da criança , também o são para o desenvolvimento de sua personalidade e para a consciência de si própria. Na sua inserção no grupo, a criança depara-se com duas exigências básicas : Identificar-se com o grupo na sua totalidade, com os interesses e aspirações de seus integrantes , e diferenciar-se dos outros, assumindo um papel determinado. Dessa forma, a vivência em grupo contribui de forma decisiva para que a diferenciação eu –outro seja estabelecida e para a construção da personalidade. 4 – Comentário A técnica de grupo operativo é um eficaz instrumento da psicologia social no sentido da aprendizagem e mudança. A técnica de grupos operativos , e os pressupostos que a subsidiam , possa auxiliar o psicólogo e o psicopedagogo no sentido de poder pensar o papel da aprendizagem numa nova ótica, a importância da atuação em grupos em direção e, consequentemente , as possibilidades de mudança de seus integrantes diante das respectivas dificuldades e conflitos. O grupo operativo de aprendizagem pode ter enquadramentos muito diferentes em termos de local, duração, tarefa, etc. É importante que o coordenador , ao iniciar o grupo , deixe claras todas as regras que forem as constantes para o processo. O dispositivo do grupo operativo de aprendizagem é um grupo verbal cuja tarefa assume a forma de um tema para discussão. 5 – Ideação Todo ser humano é um ser de relação , ele se desenvolve , se descobre a partir da relação com outro e o grupo deve ser visto em um contexto geral de relações estabelecidas pelos seus membros , relações de poder , dominação, submissão, cooperação, harmonia. O grupo deve ampliar a capacidade de cada indivíduo, para estabelecer melhor a comunicação , vínculo e encaminhar para a tarefa , momento em que vai ocorrer toda operação do grupo. O grupo deve aprender a ajudar , ter relações compartilhadas, aprender o processo de feedback, de dar e receber. Esse é um caminho para desenvolver confiança e respeito recíprocos nos grupos.
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