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Aula 5 - LEG TRIBUT - LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – Aula 5
Você deve estar se perguntando: eu já estudei Legislação Tributária nas unidades anteriores? Sim, mas de forma ampla para o seu entendimento em relação ao Sistema Tributário Nacional, uma visão geral e complexa, misturando termos legais e os princípios.
Nesta aula você entenderá, passo a passo, as normas que envolvem o Ordenamento Financeiro do Estado, ou seja, se o Poder Público pode instituir tributos, aumentar, extinguir, excluir, suspender, conceder imunidades, facilitar a livre concorrência etc. – tudo isso tem como base a lei.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• identificar as normas do Sistema Tributário;
• verificar as principais diferenças entre leis, decretos, portarias, tratados, convenções e acordos internacionais;
• reconhecer que a expressão “Legislação Tributária" compreende as leis, os tratados, as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas.
Legislação
 É o conjunto de normas que regula determinado ramo do direito. 
O CTN regula a Legislação Tributária nos Artigos 96 e 100.
O Artigo 96 do CNT não específica qual o tipo de lei, então a interpretação pode estender as leis complementares, ordinárias e delegadas, mas a maioria dos tributos no Brasil são cobrados mediante lei ordinária.
Entretanto, existem exceções determinadas pela Constituição Federal (Artigos 154, I e 148), com base no Artigo 97, que pode-se entender como um dos artigos mais importantes do CTN, visto que traz a obrigatoriedade em relação ao jurídico-tributário a serem tratadas apenas pela norma lei. Esse artigo deve ser interpretado juntamente com o Artigo 150, I da Constituição Federal.
LEI No 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966
Denominado Código Tributário Nacional Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à
União, aos Estados e aos Municípios.
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR	
Art. 1o. Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional no 18, de 1o de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no art. 5o, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal, as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar.
DISPOSITIVO
Art. 96 do CTN
LIVRO SEGUNDO
NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO
TÍTULO I
Legislação Tributária
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
SEÇÃO I
Disposição Preliminar
Art. 96. A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Art. 97 do CTN
Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
V - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Importante
É importante saber que:
• a criação de um tributo, com base no princípio da legalidade, somente poderá ser feita pela lei, bem como sua extinção. Lei ordinária federal, municipal ou estadual. 
• o aumento ou a redução de um tributo somente serão possíveis através de lei.
Por exemplo, se a União for aumentar o IR (Imposto de Renda), necessita de uma lei ordinária federal, aprovada pelo Congresso Nacional. 
• o fato gerador da obrigação tributária principal também será feito por lei, já é a situação jurídica que, se praticada, acarretará uma obrigação fiscal, seja principal (pagamento) ou acessória (obrigação de fazer e não fazer).
Por exemplo, se uma pessoa tiver um carro terá que pagar o IPVA, porque existe uma lei ordinária do Estado do Rio de Janeiro estabelecendo que esta situação é um fato gerador para o pagamento do tributo devido, identificando o sujeito e a matéria tributável. 
• a base de cálculo e alíquota somente poderão ser fixadas por lei.
Para aprofundar seus estudos consulte: NOGUEIRA, Roberto Wagner Lima. Vigência, aplicação, interpretação e integração da legislação tributária. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 667, 3 maio 2005. Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/6651.
Sobre a VIGÊNCIA da Legislação Tributária – Artigos 101-104 do CTN
A LICCB (Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro), Decreto-lei 4.657 de 4/09/1942, lei de Ordem Pública aplicável a todos os ramos do direito, é a regra geral aplicada ao direito tributário por força do Artigo 101 do CTN, ressalvados em especial, os Artigos 103 e 104 do CTN.
Artigos importantes da LICCB.
Artigo 1º
Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
Artigo 2º
Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, § 1º. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior, § 2º. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga (salvo se houver incompatibilidade) nem a modifica a lei anterior, § 3º. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.’’
Um exemplo que pudesse melhor elucidar o § 3º da LICCB seria: Lei municipal (A) fixando alíquota de ISS em 2% é revogada por outra lei (B) que majora a alíquota para 5%. Caso a lei (B) seja revogada por uma outra lei (C), e a (C) nada disponha sobre o tema, a lei (A) que fixava a alíquota em 2% não voltará a ter vigência, criando-se assim uma ausência de alíquota para se exigir o ISS dos contribuintes por que não ocorreu o efeito repristinatório, que só existe quando expressamente previsto em um diploma legal.
Artigo 3º
Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Artigo 4º
Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.’’
Artigo 5º
Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Artigo 6º
A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
O Artigo 2º da LICCB trata dos critérios normativos para soluções de antinomias aparentes.
Critério Hierárquico
Baseado na superioridade de uma fonte de produção jurídica sobre outras. Uma lei de superior hierarquia revoga a lei de inferior hierarquia. 
Em caso de conflito entre normas de diferentes níveis, a de nível mais alto, qualquer que seja a ordem cronológica, terá prevalência em relação à de nível mais baixo.
Critério Cronológico
Se duas normas forem conflitantes, e do mesmo nível ou escalão, prevalecerá a que foi editada por último.
Critério da Especialidade 
Uma norma é especial se contém todos os elementos típicos da norma geral e mais alguns denominados especializantes. 
A norma especial acresce um elemento próprio à descrição legal do tipo previsto na norma geral. 
O tipo geral está contido no especial, ou seja, a norma especial contém todos os elementos da geral, mais um, que é a diferençaespecífica. 
É necessária sempre a presença da incompatibilidade para haver a revogação.
Sobre a existência da regra jurídica
Além da vigência, pode-se também falar do conceito de existência da regra jurídica. 
Uma regra jurídica existe quando editada por fonte de direito reconhecida pelo sistema jurídico. A regra que entrou no plano da existência "é". Existindo, pode ser:
VÁLIDA => se obedecidas as condições formais (órgão competente) e materiais (ratione materiae) de sua produção e consequente integração no sistema; ou
INVÁLIDA => caso contrário, contudo, a regra inválida existe e produz eficácia.
Vigência ou eficácia jurídica: é qualidade da regra jurídica (que existe é válida ou inválida) e que está apta a produzir efeitos jurídicos, isto é, incidir/juridicizar o fato ocorrido no mundo real que anteriormente foi previsto em abstrato.
Eficácia social ou efetividade: é a repercussão dos efeitos normativos ocorridos no mundo real, na ordem dos fatos sociais, por força da incidência que produz efeito na realidade.
Saiba Mais
O juiz singular não declara apenas a inconstitucionalidade da regra, corta a sua existência, desconstituindo-a no caso concreto. Para realidade do processo (que é uma realidade distinta do direito material) ele a invalida. 
O dizer nulo do juiz com relação à regra jurídica em questão, é dizer que a regra jurídica ingressou no sistema. i.e, existe, porém, invalidamente, por isso o magistrado expurga-a. 
Nulificar não é declarar, é mais: é desconstituir. O que se declara é inexistência ou existência de algo e o enunciado de invalidade proferido pelo magistrado é mais do que isso, é mais do que declarar, é desconstitutivo (constitutivo negativo).
Do ponto de vista de uma legitimidade do Direito, porque todo Direito há de ser uma tentativa de "um direito justo" na dicção de Stamler mencionada por Miguel Reale, pode-se falar de:
• validade formal (das regras jurídicas no plano dogmático);
• eficácia social (da repercussão das regras nos fatos sociais); e 
• ponderação ético-jurídica (observância dos valores/princípios jurídicos via dimensão de peso). 
Eis aí a tridimensionalidade de Miguel Reale. A regra jurídica para ser legítima, conceito que é mais amplo que o conceito de validade formal-dogmática, há que observar estes três aspectos essenciais da realidade jurídica.
Sobre a aplicação da Legislação Tributária – Artigos 105 e 106 do CTN
Para Sacha Calmon Navarro Coelho, na verdade não existe o "fato gerador pendente".
Pendente será o negócio jurídico ou a situação fática e não o fato gerador. O fato gerador ocorre ou não ocorre. Clique no ícone e veja um exemplo.
Exemplo: alguém promete vender uma loja dentro de 10 meses, se o comprador lhe entregar um touro reprodutor afamado, que ainda está por nascer. Trata-se de um negócio jurídico sob condição suspensiva. 
Esse é um fato gerador "pendente" do imposto sobre a transmissão de bem imóvel. Se o negócio tornar-se perfeito e acabado pela realização da condição suspensiva, incidirá a norma do imposto, cuja aplicação será daquela vigente no momento anterior ao implemento da condição suspensiva do negócio eleito como gerador do imposto.
Exemplo: para Hugo de Brito Machado, o imposto de renda é exemplo típico de um tributo que pode revelar um fato gerador pendente. Para ele, a não ser nas hipóteses de incidência na fonte, e em outras nas quais o fato gerador é instantâneo, só no final do ano-base se considera consumado, completo o fato gerador. 
Assim, se antes disso surge uma lei nova, ela se aplica imediatamente, e isto segundo ele não é aplicação retroativa, mas sim, aplicação imediata a fatos geradores pendentes. Muito embora ele faça esta análise que parece a princípio favorável ao fisco, ao final ele se manifesta contra a aplicação imediata a fatos já iniciados (no período-base) no que tange ao imposto de renda, e sustenta que a lei agrava os encargos dos contribuintes e somente deve ser aplicada no ano seguinte ao de sua publicação.
Sobre a circulação da Legislação Tributária – Artigos 105 e 06 do CTN
IMPORTANTE
A lei nova que tenha reduzido a alíquota de certo tributo, só se aplica para o futuro, sendo vedada aplicá-la ao passado, exceto se houver expressa previsão legal no corpo da mesma. 
Já nos casos de sanções tributárias o CTN em seu Artigo 106, II, "c", manda aplicar retroativamente a lei nova, quando mais favorável ao acusado do que a lei vigente à época da ocorrência do fato, prevalece assim, a lei mais branda ou lex mitior na dicção de Luciano Amaro. É a chamada retroatividade benigna em matéria de infrações.
No RE 407190/RS, do Ministro Marco Aurélio, julgado em 27.10.2004, o STF entendeu que a retroação benigna em matéria de infrações não pode sofrer limitação temporal por lei ordinária como tentou o INSS através da Lei nº 9.528/97 que deu nova redação ao Artigo 35 da Lei nº 8.212/91.
Ementa 
No RE 407190/RS, do Ministro Marco Aurélio, julgado em 27.10.2004, o STF entendeu que a retroação benigna em matéria de infrações não pode sofrer limitação temporal por lei ordinária como tentou o INSS através da Lei nº 9.528/97 que deu nova redação ao Artigo 35 da Lei nº 8.212/91. Veja a ementa: 
Tributário. Retroatividade de Lei mais Benéfica. Limitação Temporal. Lei Complementar. O Tribunal negou provimento a recurso extraordinário interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS contra acórdão do TRF da 4ª Região que, com base no inciso II do art. 106 do CTN, mantivera sentença na parte em que aplicara o art. 35 da Lei 8.212/91, com a redação dada pela Lei 9.528/97, a fatos pretéritos, em razão de a mesma prever pena de multa, sobre contribuições sociais em atraso, menos severa que a cominada anteriormente, e afastara a incidência da limitação temporal prevista no caput do referido art. 35, tendo em conta a declaração, incidenter tantum, de sua inconstitucionalidade, pela Corte Especial daquele Tribunal, por ofensa ao inciso III do art. 146 da CF (Lei 8.212/91, com a redação dada pela Lei 9.528/97: "Art. 35. Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 1997, sobre as contribuições sociais em atraso, arrecadadas pelo INSS, incidirá multa de mora, que não poderá ser relevada, nos seguintes termos:"). Salientou-se, inicialmente, o caráter exemplificativo do inciso III do art. 146 da CF, que prevê competir à lei complementar estabelecer normas gerais sobre matéria de legislação tributária. Entendeu-se estar a multa tributária inserta no campo das normas gerais, a qual, por isso, deve ser imposta de forma linear em todo território nacional, "não se fazendo com especificidade limitadora geograficamente". Concluiu-se que a Lei 8.212/91, ao impor restrição temporal ao benefício de redução da multa, acabou por limitar regra da lei complementar (CTN, art. 106, II), violando o disposto na alínea b do inciso III do art. 146 da CF. Dessa forma, declarou-se a inconstitucionalidade da expressão "para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 1997", constante do caput do art. 35 da Lei 8.212/91, com a redação dada pela Lei 9.528/97.

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