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Aula 6: Fato Gerador e Sujeito Passivo O Artigo 114 do CTN, diz que "fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência", ou seja, é a situação de fato que gera a obrigação tributária de pagamento imposta ao sujeito passivo a crédito do sujeito ativo. Para a ocorrência do fato gerador da obrigação principal é preciso que esteja este fato, definido em “lei”, ou seja, é matéria compreendida na reserva legal, não podendo a legislação infralegal discriminar a situação hipotética geradora da obrigação principal. O fato gerador da obrigação principal está submetido ao princípio da estrita legalidade descrita na Constituição Federal no inciso I, do Artigo 150, quando diz ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. O fato gerador da obrigação acessória está descrito no Artigo 115 do CTN, como sendo qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. Quando o Artigo 115 diz “na forma da legislação aplicável”, está dizendo que não necessariamente deva ser definido por “lei”, pode ser definido pela legislação infralegal. Hugo de Brito Machado, ilustrando o nascimento de um fato gerador de uma obrigação acessória, exemplifica dizendo que “A situação de quem é estabelecido comercialmente faz nascer as obrigações acessórias de não receber mercadorias sem o documento fiscal correspondente e de tolerar a fiscalização em seus livros e documentos”. Assim, o fato gerador da obrigação acessória não necessariamente está ligado à obrigação principal, estão ligados independentemente, ou seja, uma situação factual pode ser fato gerador de uma obrigação acessória sem haver essencialmente uma obrigação principal a cumprir.
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