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AULA 5 Analgésicos de ação central opioides

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Analgésicos de ação central: Opióides e antagonistas.
Profª: M.Sc. Tarcília Amaral
Farmacologia 1
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
DEFINIÇÕES 
Ópio: mistura alcalóide extraída do látex da planta papoula – Papaver Somniferum. 
Opióide: qualquer composto natural, semi-sintético ou sintético que interagem nos receptores opioides no SNC.
Opiáceo: qualquer opióide natural derivado do ópio (ex. morfina – codeína e papaverina) analgésicos. 
Narcóticos = estupor 
 antigamente : tudo que leva ao sono
hoje : associado ao têrmo opióide, e substancias que levam ao abuso – promovem efeito analgésico e hipnótico. 
HISTÓRICO
300 A C -Árabes introduziram . 
1806 foi isolada a morfina (Morfeus – euforia, alucinações) – propriedades analgésicas
1832/1848 isolaram codeina e papaverina em escala comercial
1972 naloxano reverte analgesia (antagonista).
1973 sítios de ligação no cérebro – receptores opioides
1976 endorfinas foram isoladas 
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
Classificação dos opióides
Naturais
 Morfina
 codeína
 tebaína
Semi-sintético
 heroína
 oximorfina
 Hidromorfina
Sintética
 meperidina
 Metadona
 propoxifeno
RECEPTORES OPIÓIDES
Distribuição no SN não é uniforme. São localizados em áreas relacionadas à dor.
Localização:
1. córtex cerebral
2. amígdala
3. septo
4. tálamo
5. hipotálamo
6. mesencéfalo
7. medula
RECEPTORES OPIÓIDES – Mu, Kapa, delta e sigma
SUBTIPOS:
mu (μ)  São responsáveis pela maioria dos efeitos dos opióides.
 Analgesia
 Depressão do SNC
 Depressão respiratória
 Sedação
 Euforia
 Obstipação
 Tontura 
 Dependência física
RECEPTORES OPIÓIDES
kappa (k)  Também são responsáveis por : Analgesia, sedação e diminuição da motilidade GI. 
Delta (d)  São importantes no sistema endógeno de analgesia, mas não está claro se há ligação com os opióides.
 
Sigma (s)  Alucinação (visual e auditiva). O receptor sigma não preenche todos os critérios para ser considerado um receptor opióide, por isso atualmente alguns autores não consideram que eles pertencem a essa classe.
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES
I Análogos da Morfina:
Agonistas : Morfina, Heroina, Codeina.
Agonistas Parciais: Nalorfina e Levalorfan
Antagonistas : Naloxona 
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES
II Derivados Sintéticos
Fenilpiperidinas ( Meperidina e Fentanil)
Metadona ( Metadona e Dextropropoxifeno)
Benzomorfan ( Pentazocina )
Tebaina ( Etorfina)
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES
III Antagonistas
Nalorfina: 
Naloxona
naltrexona
OPIÓIDES 
 MECANISMO DE AÇÃO
receptores opióides pertencem a família dos acoplados a proteína G.
inibem adenilciclase e reduzem cAMP (?)
provocam abertura dos canais de K e inibem os de Ca na membrana : diminuem assim atividade neuronal ou aumentam quando inibir sistemas inibitórios.
diminuem liberação de neurotransmissores (Ach, NA, 5-HT, GLU e substância P (neuromodulador – função inflamatória) – ansiedade, vômitos).
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
MORFINA: 
Alcalóide do ópio que existe na natureza, usada para aliviar dor aguda ou crônica intensa.
Protótipo dos agonistas opióides.
É administrada pelas vias oral ou parenteral. 
Usada em casos de dor aguda e relacionada com o câncer e nos últimos anos na dor crônica e de outras etiologias. 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS
(morfina)
analgesia: dores agudas e crônicas, exceto as neuropaticas (ex: neuralgia do trigêmeo – uso carbamazepina), é mediada por receptores µ .
Euforia : poderosa sensação de bem-estar e contentamento, dependendo da situação do paciente, é mediada por receptores µ .
Disforia: mediada por receptores K
Estes efeitos não ocorrem com codeina e pentazocina e com nalorfina ocorre disforia
MORFINA
FARMACOCINÉTICA
A absorção após administração oral é utilizada no tratamento da dor crônica, mas há efeito significativo de primeira passagem.
 Morfina liga-se fracamente às proteínas plasmáticas 
É metabolizada no fígado e conjugada ao glicuronídeo.
 O metabólito, morfina-6-glicuronídeo é mais potente.
MORFINA
FARMACOCINÉTICA
Excreção renal.
 Pacientes idosos ou com insuficiência hepática ou renal devem ter cautela na sua administração. 
CODEÍNA
 É um alcalóide do ópio natural, usada para efeitos analgésicos e antitussígenos (centro da tosse no cérebro) – tosse seca.
Produz efeitos mais leves que a morfina, com menor tendência a abuso e dependência.
 Sofre desmetilação pela 2D6 em morfina. 
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
FENILEPTILAMINAS (METADONA) 
Longa duração sendo usada em pacientes com câncer terminal.
Pode ser usada na fase de desintoxicação, em crises de abstinência a heroína, para tratamento da dependência.
FENILPIPERIDINAS
 FENTANIL
Ação curta, sendo de 75 a 100 vezes mais potente que a morfina.
 
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
MEPERIDINA
 Capacidade analgésica semelhante a da morfina
É biotransformada a NORMEPERIDINA, metabólito tóxico que pode causar convulsão. 
OXICODONA E HIDROCODONA
 Componentes semi-sintéticos – potência 2 vezes maior que da morfina - indicado no tratamento da dor de intensidade moderada a intensa
TRAMADOL
 É uma analgésico oral, sintético, de ação central para alívio da dor moderada a intensa.
 Usado em casos de dor nas costas, fibromialgia, osteoartrite e dor neuropática.
Tem baixo potencial de produzir tolerância e abuso, podendo ser usado a longo prazo.
TRAMADOL
Seu mecanismo de ação é ainda obscuro, mas parece atuar a nível de receptores dos opióides e inibir a recaptação de noradrenalina e serotoniana no encéfalo.
Pode ser encontrado puro ou associado ao paracetamol.
Efeitos adversos Sonolência
 Náusea
 Constipação
 Prurido 
ANTAGONISTAS OPIÓIDES
NALTREXONA, NALOXONA
Revertem ou bloqueiam a analgesia, a depressão respiratória e outros efeitos fisiológicos dos agonistas opióides.
Uso clínico: Aliviar a depressão do SNC e respiratória dos opióides. 
 Tratamento da dependência (intoxicação / overdose) de opióides e do álcool. 
Efeitos dos Agonistas opioides - SNC
 Analgesia;
Depressão respiratória - diminuem a atividade do centro neuronal que controla o ritmo e a intensidade da respiração. Doses, a respiração pode cessar por completo (o que acontece na overdose).
 Euforia e ou/ disforia;
 Supressão da tosse -  formas fracas ou baixas dose, chegam a eliminar a tosse, pela depressão do centro neuronal da mesma no cérebro.
 Miose;
Sedação;
 Nauseas e vômitos.
Efeitos adversos
 Náuseas, vômitos;
 Boca seca;
 Sonolência;
 Instabilidade emocional;
Sudorese;
Prurido;
Constipação;
Depressão respiratória;
Farmacodependência (tolerância - diminui a eficácia pela administração repetida).
Bradicardia;
Sindrome de abstinência (agitação, irritabilidade, fúria, nariz escorrendo – primeira escolha metadona (desintoxicação).

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