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MECANISMOS DE CORROSÃO Profa. Rita Superbi Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso de Engenharia Química ENQ 430 - Corrosão Pag 2 Variáveis que devem ser consideradas no estudo dos processos corrosivos : • material metálico: o composição química, o presença de impurezas, o processo de obtenção, o tratamentos térmicos e mecânicos, o estado da superfície, o forma, o união de materiais (solda, rebites, etc.), o contato com outros metais; Introdução Pag 3 • meio corrosivo: o composição química, o concentração, o impurezas, o pH, o temperatura, o teor de oxigênio, o pressão, o sólidos suspensos. Variáveis que devem ser consideradas no estudo dos processos corrosivos : Introdução Pag 4 • condições operacionais: o solicitações mecânicas, o movimento relativo entre material metálico e meio, o condições de imersão no meio (total ou parcial), o meios de proteção contra a corrosão, o operação contínua ou intermitente. Variáveis que devem ser consideradas no estudo dos processos corrosivos : Introdução Pag 5 Entretanto, de forma apressada, são feitas afirmativas ou indicações de materiais sem fundamentos teóricos ou práticos, entre as quais podem ser citadas: • os aços "inoxidáveis", como tais, não sofrem corrosão; • ácido sulfúrico concentrado é mais corrosivo que o ácido diluído; • água com pH ≈ 10 é corrosiva. Introdução Pag 6 Introdução São afirmativas erradas, porque não consideram a compatibilidade entre meio e material, pois sabe-se que: os aços "inoxidáveis" podem sofrer corrosão, como ocorre com o aço AISI 304 em presença de cloreto e meio ácido; ácido sulfúrico concentrado pode ser armazenado em tanques de aço carbono, o que não pode ser feito com o ácido diluído: o ácido sulfúrico concentrado ataca inicialmente o aço carbono, formando sulfato ferroso, FeSO4, que fica aderido no costado do tanque, e, como é insolúvel no ácido concentrado, protege contra posterior ataque; Pag 7 Já o ácido sulfúrico diluído está mais ionizado pela água, sendo mais corrosivo e formando: H2SO4 + 2H2O → 2H3O+ + SO4 2- (H3O + = H+ . H2O) também, sulfato ferroso, mas, nesse caso, não-protetor, pois é solúvel em ácido diluído; Água com pH ≈ 10, não é corrosiva para aço carbono, em temperaturas normais, tanto que soluções concentradas de hidróxido de sódio, NaOH, soda cáustica, são armazenadas em tanques de aço carbono. Introdução Pag 8 Em água de alimentação de caldeiras, também é usual o pH ≈10 para minimizar a possibilidade de corrosão. Entretanto, metais como alumínio, zinco, estanho e chumbo sofrem corrosão, em soluções com pH elevados, formando sais solúveis. Para evidenciar a importância do conhecimento teórico, associado a observações de casos práticos, pode-se apresentar a ação corrosiva de cloro e de oxigênio sobre aço inoxidável AISI 304, na ausência e na presença de água. Introdução Pag 9 Introdução Na ausência de água cloro seco não ataca o aço inoxidável AISI 304, oxigênio reage com o aço inoxidável formando película protetora de óxido de cromo, Cr2O3. Pag 10 Introdução Na presença de água cloro ataca rapidamente o aço inoxidável, pois forma-se ácido clorídrico, HCl, devido à reação Cl2 + H2O → HCl + HOCl. na presença de oxigênio, o aço inoxidável forma a película protetora de óxido de cromo, ficando passivado. Pag 11 Introdução Procedimento das fábricas de cloro - soda cáustica para evitar a ação corrosiva do cloro e da soda cáustica, durante armazenamento: Na eletrólise de salmoura (solução concentrada de cloreto de sódio, cerca de 30% de NaCl), há formação de cloro, soda cáustica (NaOH) e hidrogênio. A soda cáustica, solução a 50%, é armazenada em tanques de aço carbono e o cloro é tratado com ácido sulfúrico concentrado para eliminar água. Após esse tratamento, o cloro líquido e sem água é comercializado em cilindros de aço carbono, material que não poderia ser usado em presença de cloro e água pois seria rapidamente corroído. Pag 12 Os exemplos apresentados confirmam a necessidade de conhecimento, teórico e prático, antes da indicação de materiais resistentes à corrosão. Uma vez identificada a ocorrência de algum processo corrosivo, a etapa seguinte consiste no seu estudo para se determinar a extensão do ataque, o seu tipo, a morfologia e o levantamento das suas prováveis causas. Esse estudo é fundamental para esclarecimento do mecanismo que é pré-requisito para controle efetivo do processo corrosivo. Introdução Pag 13 De acordo com o meio corrosivo e o material, podem ser apresentados diferentes mecanismos para os processos corrosivos: Mecanismo eletroquímico: • corrosão em água ou soluções aquosas; • corrosão atmosférica; • corrosão no solo; • corrosão em sais fundidos. Introdução Pag 14 De acordo com o meio corrosivo e o material, podem ser apresentados diferentes mecanismos para os processos corrosivos: Mecanismo químico: • corrosão de material metálico, em temperaturas elevadas, por gases ou vapores e em ausência de umidade, chamada de corrosão seca; • corrosão em solventes orgânicos isentos de água; • corrosão de materiais não-metálicos. Introdução Pag 15 A corrosão química é aquela que não necessita do transporte de elétrons através de um eletrólito para ocorrer; É também chamada de ataque químico, pois é ocasionada por reações químicas diretas do material com o meio corrosivo; Resulta na formação de um produto de corrosão sobre a superfície metálica. Mecanismo Químico Pag 16 Há reações químicas diretas entre o material metálico, ou não metálico, e o meio corrosivo, não havendo geração de corrente elétrica. Casos mais comuns: • Corrosão de material metálico, em temperaturas elevadas, por gases ou vapores e em ausência de umidade (corrosão seca) • Corrosão em solventes orgânicos isentos de água • Corrosão de materiais não-metálicos • Reação com o oxigênio (oxidação seca) • Formação de compostos químicos Mecanismo Químico Pag 17 A oxidação ao ar seco não se constitui corrosão eletroquímica porque não há eletrólito (solução aquosa para permitir o movimento dos íons). – Reação genérica da oxidação seca: METAL + OXIGÊNIO → ÓXIDO DO METAL – Em alguns casos, o óxido do metal forma uma camada passivadora que constitui uma barreira contra nova oxidação. – Essa camada passivadora é fina e aderente. Mecanismo Químico Pag 18 A corrosão química assume geralmente a forma de corrosão uniforme com um desgaste igual de toda a superfície exposta e é ativada pelo aumento da temperatura, sendo, em geral, pouco importante para temperaturas abaixo de 400 °C. Quase todos os metais e ligas usuais estão sujeitos a oxidação em temperaturas elevadas. Em temperaturas ambiente e moderada, a película de óxido é fina e protetora. Mecanismo Químico Pag 19 Mecanismo Químico Com o aquecimento essa película vai aumentando de espessura até formar escamas e crostas que se destacam do metal devido a diferença de dilatação térmica, expondo novamente o metal. A formação de uma película quase impermeável sobre a superfície metálica pode inibir ou impedir a continuação do processo corrosivo, a qual é denominada de passivação. Pag 20 A sulfetação provocada por atmosferas sulforosa consiste na formação de sulfetos na superfície metálica. É, em geral, bem mais agressiva que a oxidação, porque o filme de sulfetos é menos aderente e pode, eventualmente, fundir-se em temperaturaselevadas. A carbonetação é causada por atmosferas contendo CO ou CO2 e pode resultar em fragilização dos aços, devido à formação e precipitação de carbonetos metálicos. Mecanismo Químico Exemplos de mecanismo químico Pag 21 Corrosão ou oxidação em altas temperaturas também ocorrem nos processos comuns de conformação à quente como forjamento e laminação. Oxidação com a temperatura durante o processo de laminação. Mecanismo Químico Pag 22 Mecanismo Químico Exemplos de mecanismo químico Um exemplo mostra uma placa de ferro, reagindo com sulfeto de hidrogênio (H2S), na forma gasosa e na ausência de umidade. Inicialmente, ocorre a adsorção de gás H2S na superfície do ferro e, posteriormente, o ataque, formando uma película de sulfeto de ferroso (FeS). Pag 23 Mecanismo Químico Exemplos de mecanismo químico FeS Metal H2S H2S H2S H2S H2 H2 H2 Fe + H2S → FeS + H2 Pag 24 Onde o H2S poderá estar presente? Em processos de processos de produção e refino de petróleo, sistemas de esgoto, indústria de papel, águas subterrâneas e numa variedade de processos industriais. Locais onde haja estagnação de água com quantidades variadas de matéria orgânica/nutrientes e em ambientes contaminados com bactérias, estão sujeitos a processos de geração de H2S. Mecanismo Químico Pag 25 Corrosão química parafusos cadmiados Mecanismo Químico Pag 26 A corrosão química também pode ser interpretada como a deterioração de polímeros (plásticos, borrachas, etc.), sujeitos à ação de solventes orgânicos e/ou oxidantes enérgicos. No caso da corrosão de plásticos e de borrachas por solventes orgânicos específicos, pode haver a descaracterização destes materiais, principalmente em relação às suas propriedades físicas, pela perda da rigidez ou da flexibilidade, acarretando o desgaste, que dependerá, por sua vez, da ação e das propriedades do agente agressivo. Cada tipo de material poderá ter um mecanismo específico, que depende das suas propriedades físico-químicas e do agente químico. Mecanismo Químico Pag 27 O ataque de vapores de ácido fluorídrico a uma tubulação de resina reforçada com fibra de vidro. Geralmente, estes tubos são formados de quatro camadas sucessivas de resinas com fibras ou flocos de vidro, de tal modo, a formarem uma barreira química e a uma estrutura mecânica compatível com a utilização. Mecanismo Químico Exemplo: Pag 28 • A primeira camada “A” que terá o primeiro contato com o meio corrosivo deverá ser constituída de 90 % de resina e 10 % de material vítreo com uma espessura da ordem de 0,25 mm. • A segunda camada “B” denominada de barreira química, constituída de 70 % de fios de vidro picados e 30 % de resina tem a função de impedir a penetração do agente corrosivo na estrutura do material. • A terceira camada “C”, construída por tecidos de vidro e/ou fios de vidro embebidos na resina constituem a chamada camada estrutural enquanto a última camada externa “D” compõe o tubo propriamente dito, servindo, também de proteção contra as intempéries. Mecanismo Químico Pag 29 Corrosão química em poliéster reforçado com fibra de vidro Mecanismo Químico À medida que as fibras de vidro vão sendo destruídas ou fragmentadas, o tubo perde a rigidez mecânica ficando não utilizável para o transporte de fluidos. Pag 30 SiO2 + 4 HF → SiF4 + 2 H2O Mecanismo Químico Corrosão química em poliéster reforçado com fibra de vidro Pag 31 A destruição do concreto, observada nas pontes e viadutos, tem como uma das causas a corrosão química, explicada pela ação dos agentes poluentes sobre os constituintes do concreto, cimento, areia e agregados de diferentes tamanhos. A outra causa é a eletroquímica que ocorre nas armaduras de aço-carbono. Mecanismo Químico Corrosão química em concreto armado Pag 32 Mecanismo Químico • O cimento portland utilizado na maioria das construções é produzido num forno rotativo, em temperaturas variando entre 1000 a 1200°C, através das reações entre calcário, areia, aluminatos e óxido de ferro. • Os principais constituintes destas reações são: silicato tricálcico (3CaO.SiO2), silicato dicálcico (2CaO.SiO2), aluminato tricálcico (3CaO.Al2O3 ), ferro aluminato tetracálcico (4CaO.Al2O3.Fe2O3 ). Corrosão química em concreto armado Pag 33 Mecanismo Químico O mecanismo da ação química está associado à ação de várias substâncias químicas sobre os constituintes do cimento, tais como: gases ácidos (H2S, CO2, SO2, SO3), ácidos inorgânicos (HCl, HF, H2SO4, H3PO4), ácidos orgânicos (fórmico, acético, oxálico) e compostos alcalinos (NaOH, Na2CO3), etc CaO.SiO2 + H2SO4 → CaSO4 + SiO2.H2O Corrosão química em concreto armado Pag 34 Mecanismo Químico CaO.SiO2 + H2SO4 → CaSO4 + SiO2.H2O Corrosão química em concreto armado Pag 35 Mecanismo Químico Corrosão química em concreto armado Pag 36 Exemplos de mecanismo químico: Ataque de metais, como níquel, por monóxido de carbono, CO, com formação de carbonila de níquel, Ni(CO)4, líquido volátil: Ataque de metais, como ferro, alumínio e cobre, por cloro em temperaturas elevadas, com formação dos respectivos cloretos: Mecanismo Químico Pag 37 Ataque de metais por solventes orgânicos, na ausência de água - caso de magnésio reagindo com halogenetos de alquila, RX, para obtenção dos reagentes de Grignard e exemplificando com brometo de etila, Ataque de borracha, por ozônio, havendo oxidação da borracha com perda de elasticidade, chegando a ficar quebradiça; Deterioração de concreto por sulfato - ataque da massa de concreto e não da armadura de aço carbono. Mecanismo Químico Pag 38 O campo abrangido pela corrosão química é bem mais restrito que o da corrosão eletroquímica, e se compõe principalmente da oxidação (termo empregado para designar a reação entre o metal e o ar ou oxigênio na ausência de água ou fase aquosa). O produto da corrosão forma-se na superfície do metal exposta ao meio, podendo constituir uma película que, dependendo do metal, do meio e das condições em que se processa a reação, pode apresentar diferentes propriedades. Em certos casos, esta película pode ter propriedades protetoras e chegar a bloquear por completo as reações subseqüentes no meio considerado. Mecanismo Químico Pag 39 Pode-se considerar que ocorrem no mecanismo eletroquímico reações químicas que envolvem transferência de carga ou elétrons através de uma interface ou eletrólito. Os elétrons são cedidos em determinada região e recebidos em outra, aparecendo uma pilha de corrosão. São os casos de corrosão observados em materiais metálicos, quando em presença de eletrólitos, podendo o eletrólito estar solubilizado em água ou fundido. Mecanismo Eletroquímico Pag 40 Esse processo espontâneo pode ser decomposto em três etapas principais: • processo anódico - passagem dos íons para a solução; • deslocamento dos elétrons e íons - observa-se a transferência dos elétrons das regiões anódicas para as catódicas pelo circuito metálico e uma difusão de ânions e cátions na solução; • processo catódico - recepção de elétrons, na área catódica, pelos íons ou moléculas existentes na solução. Mecanismo Eletroquímico Pag 41 • A corrosão eletroquímica ou em meio aquoso é resultado da formação de uma célula de corrosão, com eletrólito e diferença de potencial entre pontos da superfície. • Se qualquer um destes elementos for retirado, ou se impedirmos a entrada de oxigênio o processo é paralisado. • O eletrólito é uma soluçãocarregada ionicamente que permite ocorrerem às reações e possibilita o fluxo iônico. • A diferença de potencial entre dois pontos da superfície pode ocorrer por diversos fatores. Mecanismo Eletroquímico Pag 42 • Os metais puros e ligas monofásicas são mais resistentes a corrosão por apresentarem apenas uma fase. • No caso de metais polifásicos haverá sempre a diferença de fases entre grão, por exemplo o aço carbono é constituído basicamente por ferrita e cementita (carboneto de ferro) onde os primeiros serão os anodos e o segundo o catodo. • Além da diferença de potencial elétrico entre grãos, sempre haverá diferença de potencial entre o interior do grão e sua periferia (contorno do grão) devido à diferença de concentração na composição química e no arranjo desordenado dos contornos. Mecanismo Eletroquímico Pag 43 Mecanismo Eletroquímico • CORROSÃO GALVÂNICA • CORROSÃO LOCALIZADA • CORROSÃO GRAFÍTICA • CORROSÃO MICROBIOLÓGICA • CORROSÃO SOB TENSÃO Pag 44 CORROSÃO ELETROLÍTICA Mecanismo Eletroquímico A corrosão eletrolítica se caracteriza por ser um processo eletroquímico, que se dá com aplicações de corrente elétrica externa. Isto significa que é um processo não espontâneo de corrosão. Ela é provocada por correntes de fuga, também chamada de parasitas ou estranhas. Este fenômeno ocorre com freqüência em tubulações de petróleo e de água potável, em cabos telefônicos enterrados, em tanques de postos de gasolina, etc. Pag 45 As correntes de fuga são devidas às deficiências de isolamentos ou de aterramentos, fora de especificações técnicas. Normalmente, acontecem furos isolados nas instalações, onde a corrente escapa para o solo. Mecanismo Eletroquímico CORROSÃO ELETROLÍTICA Pag 46 Em resumo pode-se dizer que qualquer heterogeneidade na peça metálica ou na sua vizinhança causa o aparecimento de uma diferença de potencial que poderá formar uma pilha de corrosão caso os quatros componentes (catodo, anodo, eletrólito, circuito metálico) estiverem presentes. Mecanismo Eletroquímico Pag 47 Mecanismo Eletroquímico Os materiais corroem, pois apresentam heterogeneidades macroscópicas e microscópicas que podem gerar pilhas. O oxigênio pode ser considerado, em alguns casos, um fator de controle nos processos corrosivos. O oxigênio pode comportar-se como acelerador do processo eletroquímico de corrosão. Verifica-se que, em soluções não-aeradas, a reação catódica se processa com velocidade muito pequena, sendo conseqüentemente o processo anódico também lento. Pag 48 O oxigênio não funciona somente como estimulador de corrosão, podendo agir até certo ponto como protetor como, por exemplo, Cr2O3, Al2O3 e TiO2 , que retardará o contato do material com o meio corrosivo, e pode formar uma película de oxigênio adsorvida sobre o material metálico, tornando o metal passivo. Assim, se o oxigênio puder ser rápida e uniformemente fornecido a uma superfície metálica, é possível reparar fraturas que ocorram na película, diminuindo-se assim a velocidade de corrosão: daí ser usado para manter passivados os aços inoxidáveis, devido à formação do Cr2O3. Mecanismo Eletroquímico Pag 49 Mecanismo Eletroquímico Heterogeneidades Responsáveis por Corrosão Eletroquímica A corrosão eletroquímica é verificada sempre que existirem heterogeneidades no material metálico e no meio corrosivo. 1) Material Metálico: - Orientação dos grãos: os grãos orientados em diferentes direções devem apresentar diferentes potenciais; Pag 50 - Contornos de grão: Nos limites dos grãos cristalinos, os átomos apresentam certo desarranjo decorrente do encontro entre os grãos, o que apresenta ceras imperfeições no interior dos cristais. Algumas experiências mostram que os contornos de grão funcionam como área anódica em relação ao grão. Daí o ataque preferencial do contorno dos grãos em muitas ligas e metais; 1) Material Metálico: Mecanismo Eletroquímico Pag 51 1) Material Metálico: Mecanismo Eletroquímico - Diferença de tamanho dos grãos: Um grão fino possui maior energia interna do que um grão grosseiro, logo, espera-se diferentes potenciais para essas espécies; Pag 52 - Tratamentos térmicos/ metalúrgicos diferentes: Se uma região do material sofre tratamento térmico diferente de outras regiões, ocorre uma diferença de potencial entre essas regiões. Esta é uma situação comum quando das soldagem de peças metálicas, já que o aquecimento local resulta da modificação da natureza das fases presentes ou de suas composições, dando condições para a criação de diferença de potencial. 1) Material Metálico: Mecanismo Eletroquímico Pag 53 2) Superfície Metálica: - Polimento da superfície metálica: Superfícies altamente polidas podem apresentar potenciais diferentes das superfícies rugosas. Essa diferença pode ser devido ao fato de a película formada em superfícies rugosas ser menos contínua do que a formada em superfícies lisas. Mecanismo Eletroquímico Pag 54 Mecanismo Eletroquímico 2) Superfície Metálica: - Presença de escoriações e abrasões: O material metálico forma películas com características protetoras. Riscando-se essa superfície há destruição da película, funcionando a área riscada como área anódica, portanto sujeita a destruição. - Bordas de superfícies metálicas: São regiões mais susceptíveis ao ataque eletroquímico, tornando-se áreas anódicas. Pag 55 Mecanismo Eletroquímico 2) Superfície Metálica: - Diferença de Forma: A forma de um material metálico pode ocasionar problemas de corrosão, por exemplo: fios de diâmetros pequenos se corroem mais rapidamente do que fios de diâmetros maiores. - Deformações Diferenciais: Qualquer parte de um material metálico sujeito a deformações pode apresentar potencial diferente daquele de uma parte não-deformada. Pag 56 3) Meio Corrosivo: Mecanismo Eletroquímico - Concentração diferencial: Quando o material metálico está imerso em soluções com diferentes concentrações; - Aeração diferencial: Quando um material metálico está imerso em regiões com aerações diferentes. É uma corrosão localizada típica de tubulações. Pag 57 Mecanismo Eletroquímico Corrosão em torno de cordão de solda em aço inoxidável. Pag 58 Mecanismo Eletroquímico Corrosão em aço-carbono na ZTA (zona termicamente afetada). Pag 59 Mecanismo Eletroquímico Perfuração com escoamento de água em área de solda. Pag 60 Mecanismo Eletroquímico Solda em aço-carbono. Trinca na área da solda da foto anterior. Pag 61 Mecanismo Eletroquímico Corrosão em área próxima à solda. Pag 62 Mecanismo Eletroquímico Corrosão por aeração diferencial, em componente de flange, ocasionada por junta que possibilitou a formação de fresta. Pag 63 Mecanismo Eletroquímico Corrosão por aeração diferencial na fresta da parte inferior da tubulação. Pag 64 Mecanismo Eletroquímico Corrosão por aeração diferencial em solda descontínua Pag 65 Mecanismo Eletroquímico Tubo com corrosão por aeração diferencial no trecho mandrilado. Pag 66 Mecanismo Eletroquímico Detalhe ampliado da foto anterior. Pag 67 Mecanismo Eletroquímico Tubulação parcialmente enterrada: falha do revestimento e sujeita à corrosão mais acentuada, pouco abaixo da superfície do solo, por aeração diferencial. Pag 68 Tubulação parcialmente enterrada e sujeita à corrosão pouco abaixo da superfície do solo. Mecanismo Eletroquímico Pag 69 Mecanismo Eletroquímico Tubulaçãoapoiada em pilar de concreto, notando-se escorrimento de ferrugem proveniente de corrosão por aeração diferencial da tubulação. Pag 70 Tubulações em trecho de penetração no solo com proteção adicional com fita plástica. Mecanismo Eletroquímico Pag 71 Mecanismo Eletroquímico Detalhe ampliado da foto anterior. Pag 72 Mecanismo Eletroquímico Costado de equipamento com corrosão, embaixo do fire-proofing (camada de argamassa), devido à penetração de umidade entre o costado e o fire-proofing. Pag 73 Mecanismo Eletroquímico Detalhe da foto anterior. Pag 74 Tubo com isolamento térmico e ferrugem Mecanismo Eletroquímico Pag 75 Mecanismo Eletroquímico Vazamento em linha de vapor com isolamento térmico. Pag 76 Mecanismo Eletroquímico Detalhe de vazamento de vapor condensado Pag 77 Mecanismo Eletroquímico Tanque com costado oxidado, verificado após retirada do isolamento térmico. Pag 78 Mecanismo Eletroquímico Furo em tubulação embaixo do isolamento térmico. Pag 79 Mecanismo Eletroquímico Trecho de tubulação de gás: (A) Com isolamento térmico em bom estado; (B) Com desprendimento do isolamento térmico. Pag 80 Mecanismo Eletroquímico Detalhe do trecho B da foto anterior mostrando desprendimento do isolamento térmico e corrosão da tubulação. Pag 81 Mecanismo Eletroquímico Faixa do costado interno de tanque de ácido sulfúrico concentrado apresentando corrosão logo abaixo da linha de nível, causado: a) por aeração diferencial; b) pela diluição do ácido sulfúrico concentrado, na linha de nível, devida à absorção de umidade no interior do tanque (o ácido sulfúrico concentrado não ataca o aço-carbono, ao contrário do diluído). Pag 82 Mecanismo Eletroquímico Serpentina de resfriador de ácido sulfúrico com corrosão na área de nível. Pag 83 Mecanismo Eletroquímico Serpentina de resfriador de ácido sulfúrico com corrosão na área de nível. Pag 84 Mecanismo Eletroquímico Detalhe ampliado da foto anterior.
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