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AULA 03

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AULA 03 – Teorias de Conhecimento / Formação de Leitores e Escritores
Há várias formas de ensinar uma criança a ler e a escrever.
Para começar seu estudo, pense em suas vivências de alfabetização na infância e reflita sobre as questões a seguir.
O que fazer com a escrita espelhada?
Como trabalhar com jornais para contribuir para o processo de letramento das crianças já na educação infantil?
Uma importante conquista da criança é a aprendizagem da leitura e da escrita.
Ambos são processos complexos e que conduzirão a criança a um caminho de crescente autonomia e construção do conhecimento sobre a realidade que a cerca.
Podemos empregar várias formas, não aleatórias, para ensinar uma criança a ler e a escrever. Essas formas têm relação com as concepções de conhecimento que são apresentadas pelos professores, pelos autores do material didático e por fim, pelas secretarias de educação ou órgãos responsáveis pela alfabetização.
Você conhecerá a partir de agora três concepções de conhecimento:
Empirista
Construtivista
Construtivista
Prepare-se para conhecer os teóricos que fundamentam essas concepções, assim como seus princípios epistemológicos e as práticas que são produzidas na sala de aula na formação de leitores e escritores.
Concepção Empirista
Antes de qualquer coisa, veja aqui o relato sobre a representação da uma criança no seu primeiro dia de aula do primeiro ano do Ensino Fundamental. Ele nos trará algumas pistas sobre a concepção empirista na escola.
“Era o meu primeiro dia de aula na escola nova. A professora nos recebeu com uma saudação de boas-vindas e logo direcionou o lugar que cada um de nós deveria ocupar na sala de aula. Sentamos em carteiras bem diferentes daquelas que usamos nos agrupamentos da educação infantil.
Já precisei copiar o cabeçalho e fazer as duas folhas de exercícios que foram colocadas sobre a minha mesa. Eram pontinhos que deveriam ser cobertos com capricho e sem sair da linha. Não entendi muito bem. Lembro que errei ao ter que ligar a joaninha na folha e a abelha na flor.
Voltei para casa com um dever: copiar meu nome completo 3 vezes seguidas no caderno de casa”.
Esse relato remeteu a você alguma memória sobre as suas vivências de alfabetização na infância?
Compare-as com a concepção empirista, que você conhecerá a seguir.
A Concepção Empirista... 
... fundamenta uma prática de alfabetização que associa a aprendizagem da leitura e da escrita à experiência e ao treinamento de habilidades psicomotoras.
A concepção filosófica empirista foi representada fortemente por John Locke (1632-1704) que defendia a experiência e os sentidos como elementos a serem valorizados para o alcance do conhecimento.
Sendo assim, a alfabetização é concebida como um processo que deve estar apoiado em critérios de prontidão ou maturação neurológica, pois a criança deve ter estruturas nervosas e perceptivas prontas para interagir com o meio e extrair dele as experiências alfabetizadoras.
Em nome desta prontidão, muitos educadores procuram antecipar a maturação das habilidades viso-motoras nas crianças utilizando, no dia a dia da educação infantil, exercícios psicomotores que objetivam preparar a criança para desenvolver a coordenação motora fina, a discriminação da esquerda e da direita, a organização espacial dos traçados no papel entre outras habilidades necessárias à escrita. Notem que essas habilidades são exercitadas no papel, em folhas previamente planejadas, mimeografadas e oferecidas pelo professor.
O princípio psicológico que fundamenta as práticas de treinamento empirista no processo de alfabetização está baseado na escola behaviorista e na concepção de aprendizagem como uma modelização de comportamento a partir de estratégias de reforço positivo.
A criança aprenderá a ler e a escrever a língua portuguesa como um modelo, utilizando-se:
do treinamento;
da cópia;
da repetição;
da memorização. 
A criança, portanto, é vista como ser passivo e incompleto, que deve ser ensinado pelo meio, pois as suas experiências culturais (não escolares) com a leitura e a escrita não são valorizadas pela escola.
Com base na concepção empirista, veja como são considerados:
ESCRITA: É compreendida como uma atividade motora que deriva da associação dos estímulos sonoro-auditivos e precisa estar de acordo com as regras da gramática normativa, fazendo com que a criança escreva a partir de um modelo, ou seja, de uma cópia apresentada pelo professor. Dessa forma, a escola ao ensinar a escrita não abre espaço para as práticas discursivas que fazem parte da cultura das crianças que estão no processo de alfabetização. (OSWALD, 1996).
LEITURA: É concebida como uma decodificação ou decifração dos sinais gráficos em fonemas, sendo assim, mais importante que o significado do texto lido é a composição dos fonemas que formam as palavras, pois através da repetição sonora a criança aprenderá a ler.
MATERIAL DIDÁTICO: O material didático privilegiado pela escola são a cartilha e as palavras previamente definidas pelo professor para a apresentação das dificuldades ortográficas em uma ordem crescente para as crianças.
AMBIENTE ALFABETIZADOR: É aquele em que as palavras, as lições, os textos já estão prontos, as crianças são concebidas como sujeitos passivos que deverão aprender de acordo com as apresentações feitas pelo professor. 
Cópias, ditados, caligrafia e vários instrumentos priorizam a forma em detrimento do conteúdo da escrita.
Muitos educadores se sentem mais seguros ao se fundamentarem na concepção empirista, pois foram alfabetizados com ela. Além disso, conseguiram alfabetizar centenas de crianças ao longo de suas vidas profissionais. 
Levantamos, então, o seguinte questionamento para esses educadores:
Será que as competências exigidas aos leitores e escritores da atualidade são exercitadas neste paradigma empirista?
Concepção Construtivista
Antes de estudar a concepção construtivista, veja um relato de outra criança sobre o seu primeiro dia de aula. Ele mostrará algumas características da concepção construtivista no cotidiano da alfabetização.
“No meu primeiro dia de aula, a professora nos convidou para fazer uma rodinha e nos deu uma tira de papel colorido. Pediu que cada um escrevesse seu nome, da forma como soubesse e desenhasse algo que gostasse ao lado.
Brincamos de escrever. A professora pediu que mostrássemos a nossa produção para os colegas e escreveu o nosso nome na parte de trás da tira.
 Brincamos de ler e descobrimos que vários colegas têm a letra C no início do seu nome. A letra C é a mesma de casa e cadeira.
Trocamos as fichas e a professora pediu para cada um ler o nome que estava escrito na ficha do colega e colocá-la na chamadinha.
Terminamos o dia descobrindo que todos têm um nome, os nomes são diferentes dos apelidos, os nomes estão na carteira de identidade e servem para nos diferenciar das outras pessoas.”
Conheça agora a concepção construtivista.
Chegou ao Brasil nos anos 80 para fazer uma crítica às práticas mecanicistas de ensino da leitura e da escrita tão utilizadas na concepção empirista. 
Chegou juntamente com uma nova proposta de prática educativa conhecida como construtivismo. Nesta concepção, a criança era concebida como um sujeito ativo na construção e sistematização dos seus conhecimentos.
A concepção Construtivista de ensino da leitura e da escrita está fundamentada na teoria de desenvolvimento psicológico de Jean Piaget.
 Nesta teoria, a criança é concebida como um sujeito em permanente construção do seu conhecimento, a partir da sofisticação dos esquemas cognitivos utilizados para interagir com a realidade.
Para Piaget, o sujeito passa por sucessivos estágios de desenvolvimento cognitivo, a começar pelo estágio sensório-motor que é caracterizado por uma inteligência prática, perceptiva e motora que é sucedida por uma forma de inteligência representativa na qual a aquisição da linguagem é a maior conquista e, a aprendizagem da leitura e da escrita, as maiores transformações que a criança pode sofrer na sua interação com oambiente. 
Este estágio é chamado de pré-operatório e, nele, a criança inaugura uma lógica simbólica e lúdica nas suas interações com os objetos de conhecimento.
Veja a seguir, a transformação que a Psicogênese da Língua Escrita ocasionou.
Veja quais são as fases do desenvolvimento da escrita.
FASE PRÉ-SILÁBICA: Nesta fase, a criança escreve da forma como sabe e tenta diferenciar letras, números e desenhos numa tentativa de definir o que pode ser lido. 
Não existe qualquer correspondência entre o som e as tentativas de representação gráfica das palavras, pois as crianças utilizam elementos gráficos icônicos que podem ter relação com o signo que está sendo representado. 
As crianças também utilizam as letras que compõem o seu nome, pois elas fazem parte do seu universo cultural.
FASE SILÁBICA: A criança já percebe que a escrita é formada por um conjunto de símbolos que são convencionais e que ela pode representar a realidade. Mas, para isso, é necessário que algumas condições sejam satisfeitas como a quantidade e a qualidade mínima de caracteres escritos. 
Palavras monossilábicas e sílabas soltas se tornam um material de mais difícil leitura. A criança começa a escrever com uma lógica silábica, atribuindo uma letra para cada sílaba, compreendendo que o princípio que forma as palavras é o fonográfico, ou seja, um princípio que relaciona grafema e fonema.
FASE SILÁBICO-ALFABÉTICA: Nesta fase, a criança sofistica um pouco mais a sua compreensão da formação da escrita ao trabalhar com a lógica silábica e com a alfabética. Nesta transição, ela percebe que cada letra pode representar um fonema ou uma sílaba.
FASE ALFABÉTICA: Quando a criança compreende que a escrita é a representação da fala e que cada fonema representa uma letra, ela está alfabetizada. 
Quando utilizar as letras de acordo com o seu valor sonoro convencional, a criança estará na fase alfabética e ortográfica.
Na medida em que o professor passou a perceber a aprendizagem da escrita como um processo cognitivo, a noção de erro foi ressignificada, pois este foi compreendido como constitutivo do desenvolvimento das hipóteses cada vez mais sofisticadas de escrita.
Ao contrário das cópias realizadas na concepção empirista, a criança na concepção construtivista escreve refletindo sobre as suas hipóteses de construção da palavra.
Smolka (1989) destaca que a alfabetização não deve ficar restrita à correspondência entre grafia e fonema, nem tampouco à categorização de crianças de acordo com a fase de desenvolvimento da escrita. Isso aconteceu perante uma apropriação superficial da pesquisa de Ferreiro e Teberosky e sua aplicação direta na sala de aula.
Para Smolka (1989), os processos de leitura e escrita são muito mais complexos que os conflitos cognitivos destacados na psicogênese e devem ser vivenciados na escola dentro da dimensão simbólica do processo de conceitualização e elaboração das experiências. Em outras palavras, a leitura e a escrita, precisam ser trabalhadas dentro dos contextos discursivos em que são produzidas.
Concepção Sociointeracionista
Vamos conhecer a seguir a concepção sociointeracionista.
Esta concepção foi construída com base na psicologia sócio-histórica de Lev Vygotsky (1896-1934) e das pesquisas neuropsicológicas realizas por Alexander Luria (1902-1977) sobre a aprendizagem da leitura.
De acordo com esses autores, a criança é concebida como um sujeito histórico e em permanente desenvolvimento de sua subjetividade e da cultura em que vive.
Neste sentido, Oswald (1996) afirma que “ao mesmo tempo em que a criança é transformada pelos valores culturais do seu ambiente, ela transforma o seu ambiente” (p. 63). Sendo que essa transformação é mediada pela linguagem e pelas produções culturais que fazem parte da sociedade na qual vivemos.
O conhecimento é construído socialmente e as práticas de leitura, escrita e oralidade são importantes elementos simbólicos para o desenvolvimento das funções mentais superiores. 
Estas funções se sofisticam, à medida que as práticas culturais se transformam e exigem dos leitores e escritores competências cada vez mais complexas para interagir com a informação, a comunicação, as imagens e os vários instrumentos culturais presentes na sociedade.
Lev Vygotsky (1998) dividiu o desenvolvimento psicológico em funções mentais elementares e superiores.
Para a concepção sócio-histórica a linguagem informa e constitui os sujeitos como membros de um grupo cultural. Na escola, a leitura e a escrita são trabalhadas como experiências histórico-culturais que emergem nos discursos, nas palavras, nos ditos e não-ditos dos textos utilizados.
Sendo assim, não há uma única forma de escrever, pois a escrita revela dialetos e as variáveis linguísticas, tão comuns num país com amplitude continental como o nosso.
Tampouco, há uma única forma de compreender os textos, pois eles são ricos em significados e dependem da subjetividade do leitor. Os sentidos de cada palavra são inaugurados no ato da leitura e interpretação do texto.
De um mesmo texto, múltiplos significados podem emergir. Projetos, poesias, músicas, enfim, experiências culturais que são condizentes com a cultura vigente e com as demandas da sociedade. A leitura, a escrita e a oralidade são trabalhadas na função social que apresentam na sociedade e em variados gêneros discursivos: como veículos de informação, comunicação e lazer. 
Os significados das palavras e enunciações são compartilhados pelos interlocutores numa dialogia em que o outro dá sentido e interpreta as produções de linguagem.
Leitor, escritor, leitura e escrita, criador e criatura se confundem num processo em que a singularidade faz parte do cotidiano educativo. Veja as palavras de Smolka:
“a criança aprende a ouvir, a entender o outro pela leitura; aprende a falar, a dizer o que quer pela escrita” (SMOLKA, 1988 p. 63).
Como esse aprendizado acontece?
Esse aprendizado acontece através do estabelecimento de várias Zonas de Desenvolvimento Proximais. Isso ocorre porque as práticas linguísticas são desenvolvidas socialmente na escola, em casa, com diferentes instrumentos culturais que tornam o indivíduo mais competente do que se estivesse aprendendo mecanicamente as regras da língua mãe.
Para saber mais sobre o cotidiano dessa concepção, leia aqui o relato de uma criança no seu primeiro dia de aula em uma escola com orientação sociointeracionista.
“Mudar de escola, mudar de professora. Quantas novidades para o primeiro dia de aula!
A professora nos sentou no chão e com uma folha de papel bem grande pediu para nós falarmos para quê serve a leitura e a escrita. Enquanto falávamos, ela escrevia nossa fala no papel. 
Depois ela perguntou o que gostaríamos de aprender a ler e a escrever e nos apresentou uma caixa cheia de gibis, revistas, figurinhas, livros e até um dicionário.  Ficamos brincando com aqueles materiais até que ela sugeriu que, em duplas, escolhêssemos uma palavra para pesquisar no dicionário. Eu e minha amiga escolhemos a palavra jornal. A professora leu para nós o significado e perguntou quem já tinha lido jornal com a família.
Terminamos o dia planejando a atividade da semana que seria trabalhar com jornais na escola.”
O trabalho com jornais contempla as premissas da concepção sociointeracionista, pois a leitura, a escrita e a pesquisa são realizadas de forma contextualizada e lúdica.
		
		O modelo mecanicista de leitura era comumente encontrado em escolas brasileiras na década de 70. Qual das alternativas abaixo apresenta uma ideia que NÃO faz parte desse modelo de leitura?
		
	
	
	
	 
	A leitura é dialógica: o sentido se constrói a partir da interação entre leitor e autor do texto.
	
	
	Ler é simplesmente decodificar, converter letras em sons, sendo a compreensão consequência natural dessa ação.
	
	
	Ler é sonorizar um texto e partir desta sonorização encontrar o significado no som das palavras.
	
	
	O alfabetizando é exposto a sons e letras isoladas, a sentenças descontextualizadas:deixa-se de lado o componente semântico, o significado no contexto.
	
	
	O leitor do modelo mecanicista é capaz de decodificar qualquer texto, mas tem dificuldade para compreender o que tenta ler.
	
	
	
		2.
		Abaixo, tem-se afirmativas acerca das concepções empirista e construtivista do conhecimento. Qual delas descreve corretamente o pressuposto da teoria analisada?
		
	
	
	
	
	No empirismo, a criança participa de forma ativa no processo de aprendizagem: suas experiências culturais (não-escolares) com a leitura e a escrita são valorizadas pela escola.
	
	
	No construtivismo, a escrita é concebida como simples transcrição do sonoro para um código visual.
	
	 
	No construtivismo, a criança é um sujeito em permanente construção do seu conhecimento e não se considera que há erro e sim um processo de aprendizagem em andamento.
	
	
	No construtivismo a escrita é aprendida pela criança como um código a ser treinado e codificado de forma correta e alfabética desde os primeiros dias da alfabetização.
	
	
	No empirismo, rompe-se com a visão inatista de conceber a alfabetização como ensinamento do código alfabético: identifica-se a natureza alfabética da escrita.
	
	
	
		3.
		Leia o texto abaixo de Millôr Fernandes extraído do espetáculo musical "Pif-Paf" (1952): Ler na cama
É uma difícil operação Me viro e reviro E não encontro posição Mas se, afinal, Consigo um cômodo abandono, Pego no sono.
Ao pegar no sono, fica evidente que o leitor não estava dialogando com a obra literária, o que é fundamental para o processo de leitura e interpretação. Na concepção de alfabetização como uma prática discursiva, quais seriam as funções da leitura na escola? Marque a resposta correta.
		
	
	
	
	
	Treinar a concentração e a capacidade de extrair dados objetivos do texto, pois elas são muito importantes na condução das disciplinas lógicas e matemáticas.
	
	
	Ler os autores de nossa língua, pois apenas esses podem nos dar os elementos necessários para aprendermos as noções gramaticais corretas.
	
	
	Apresentar os autores clássicos, pois somente eles serão cobrados nos vestibulares e precisam ser apresentados na escola.
	
	
	Trabalhar a gramática normativa através do estudo das regras gramaticais.
	
	 
	Apresentar os diferentes gêneros textuais e ensinar a criança a extrair a informação dos textos.
	
	
	
		4.
		A concepção empirista influencia práticas de leitura e escrita voltadas para o treinamento de habilidades percepto-motoras. Dos exercícios abaixo, qual condiz com a metodologia empirista?
		
	
	
	
	 
	Copiar o nome próprio completo duas vezes atentando para letras maiúsculas e minúsculas.
	
	
	Ler o poema: A bailarina e tentar encontrar a palavra que dá nome ao título circulando-a no texto.
	
	
	Escrever, da forma como sabe, os nomes dos colegas da classe e fazer um desenho sobre cada um deles, identificando-os.
	
	
	Escrever a lista de compras dos ingredientes necessários para fazer um bolo para os aniversariantes do mês.
	
	
	Debater com os colegas o que deverá ser servido juntamente com o bolo na festa de aniversário do mês.
	
	
	
		5.
		Observe a descrição:
Uma escola procura orientadora Educacional para atuar nas séries iniciais do Ensino Fundamental com o objetivo de implantar novo programa de alfabetização fundamentado na concepção sócio-interacionista. Cinco candidatas apareceram para fazer a seleção e passaram por uma prova de aula em que deveriam planejar uma atividade sócio-interacionista de leitura e escrita.
Marque a única das alternativas abaixo que contempla a atividade sócio-interacionista para alfabetização.
		
	
	
	
	
	Cópia da receita de bolo de uma revista e decoração dos bolos desenhados pelo professor na folha de exercícios mimeografados.
	
	
	Ditado e correção das palavras lidas no texto: O astronauta. Cópia das palavras que foram escritas com erros ortográficos.
	
	
	Memorização do Hino Nacional e cópia das palavras que apresentem M antes da letra P.
	
	 
	Pesquisa sobre os produtos usados no café da manhã dos alunos e escrita espontânea dos mesmos categorizando-os em bebida láctea e bebida cítrica.
	
	
	Leitura e cópia da poesia: A Bailarina. Pintura do desenho previamente mimeografado pelo professor.
	
	
	
		6.
		Quando Paulo Freire proferiu em sua palestra de abertura do Congresso Brasileiro de Leitura em 1981 que:  "a leitura do mundo precede a leitura da palavra... O ato de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de mim". Ele se refere a qual modelo de leitura e por quê?
		
	
	
	
	
	Se refere ao modelo dialógico uma vez que ele sempre vai ler o mundo após ler as palavras, como fez em seu método ao trabalhar a silabação.
	
	
	Se refere ao modelo dialógico, pois ler é estabelecer um diálogo consigo próprio e não com o mundo e a minha atividade no mundo.
	
	 
	Se refere ao modelo mecanicista ao fazer uma crítica sobre a atuação docente que primeiro ensina a decodificar para depois ensinar a ler o mundo.
	
	
	Se refere ao modelo mecanicista por este ser mais correto já que assume uma posição ética de usar a leitura como instrumento para pensar e transformar a realidade.
	
	
	Se refere ao modelo mecanicista por este estar atendendo aos interesses das classes dominadoras de formar leitores críticos e criativos, autores de suas palavras e de sua história.
	
	
	
		7.
		De acordo com Barbosa (1994, 54), no livro Alfabetização e Leitura: "A cartilha limita-se então ao ensino de uma técnica de leitura, entendendo-se essa técnica como a decifração de um elemento gráfico em um elemento sonoro". Neste trecho, qual a concepção de leitura que se apresenta no texto da cartilha?
		
	
	
	
	
	Leitura depende do sentido encontrado no texto.
	
	 
	Leitura é decodificação de fonemas.
	
	
	Leitura é resultado de um processo discursivo.
	
	
	Leitura é diálogo entre subjetividades.
	
	
	Leitura é um ato significativo e singular.
	
	
	
		8.
		A partir das pesquisas de Emília Ferreiro, muda-se a concepção do material a ser utilizado durante a aprendizagem. Qual das alternativas a seguir está correta no que diz respeito à visão de Emília Ferreiro desse material?
		
	
	
	
	
	Cartilhas ainda são materiais importantes na sistematização do ensino da leitura e da escrita, pois as dificuldades alfabéticas são apresentadas em ordem crescente de complexidade.
	
	 
	O material utilizado deve contemplar o fato de que a alfabetização é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita e que a capacidade da criança está relacionada ao maior ou menor contato com textos lidos e escritos.
	
	
	A linguagem das cartilhas ("Bá-bé-bi". "Ivo viu a uva" etc.) pode ser padronizada, artificial, distante do mundo conhecido pela criança.
	
	
	A cartilha introduz palavras simples e sonoras como babá, bebê, mas que, do ponto de vista da assimilação das crianças, são interessante para a aprendizagem.
	
	 
	Os livros didáticos utilizados podem apresentar o conhecimento em sequências rígidas, prevendo uma aprendizagem de conceitos baseada na memorização.

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