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Trabalho G. Tec 1 Inovação aberta

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Resumo
Se você já sentiu que as ideias e soluções apresentadas por sua empresa podem não estar sendo compatíveis com as reais necessidades do consumidor, saiba que não está sozinho. Grandes empresas no mundo todo têm questionado a própria maneira de lidar com pesquisa e desenvolvimento (P&D), de modo a tentar diminuir a incompatibilidade entre os seus investimentos e aquilo que é oferecido para seus clientes.
É por isso que o conceito de inovação aberta tem ganhando força nos últimos anos. Quer saber mais sobre o assunto e como isso pode fazer a diferença no seu negócio? Então continue lendo:
O que é Open Innovation?
A Inovação Aberta pode ser descrita como: o processo de inovação no qual indústrias e organizações promovem ideias, pensamentos, processos e pesquisas abertos, a fim de melhorar o desenvolvimento de seus produtos, prover melhores serviços para seus clientes, aumentar a eficiência e reforçar o valor agregado. Ela é a combinação de ideias internas e externas, como também, caminhos internos e externos para o mercado, de modo a avançar no desenvolvimento de novas tecnologias em produtos e processos.
Como funciona?
Conforme Chesbrough(2006) utilizando o modelo aberto, a empresa aproveita melhor os resultados de Pesquisa e Desenvolvimento, aplicando no seu portfólio de produtos, transferindo tecnologia para terceiros ou através de empresa spin off, atingindo novos mercados e resultados significativos. Para Chiaroni(2010), um fator que merece atenção é as mudanças significativas que ocorrem na evolução da organização, quando a empresa muda de um modelo fechado para aberto.
Vantagens
Possibilidade de novas aplicações
Significa que esse modelo reaproveita produtos descartados, que são capazes de dar lucro. Isso porque outras empresas entram no processo e aproveitam a tecnologia desenvolvida para dar continuidade às pesquisas, em busca de outros objetivos.
Propriedade intelectual
No modelo fechado as empresas investem para evitar que as concorrentes roubem suas ideias, no aberto é o contrário. Empresas buscam lucrar com o uso de sua propriedade intelectual ou, ainda, fazer uso legal da propriedade de outras empresas.
Contribuição de outros profissionais 
Esse modelo permite uma considerável redução de custos na contratação de profissionais, assim, por meio da parceira com outras instituições, grandes nomes do mercado podem colaborar com a sua empresa e aumentar consideravelmente o seu know-how sem que estejam necessariamente no seu quadro de funcionários.
Geração de valor para sua empresa
Quando você envolve uma quantidade maior de pessoas para contribuir com determinada ideia, as chances de obter um resultado melhor também aumentam. Assim, com a combinação de esforços externos propiciada por esse modelo de inovação, é possível aumentar e muito o valor dos produtos criados.
Possibilidade de sair do método convencional
A inovação aberta é mais rica, mais dinâmica e muito mais flexível do que a fechada. A principal vantagem é que a cultura da empresa não fecha os profissionais em suas próprias rotinas e métodos e abre a possibilidade para novas ideias. A combinação de ideias que vem de fora, por meio das parceiras externas, resulta em inovação para o dia a dia das empresas.
Desvantagens
Possível vazamento de informações
Alguns vazamentos são realizados como forma de ativismo ou protesto. Existem certas pessoas dentro das empresas que, até pela função que desempenham, precisam ter acesso às informações. E essas pessoas podem, por algum motivo querer se vingar da companhia no futuro.
Abertura da empresa ao mercado
A abertura gera medo por sair do cotidiano da empresa, por altos casos de vazamentos de informações que podem acarretar em perda de clientes e vendas em longo prazo.
Cultura organizacional das empresas não está preparada para o processo
Empresas já formadas tem um modelo de organização a seguir, e sair disso para se aventurar em uma troca de informações com outras empresas gera um desconforto para quem já tem um caminho pré definido.
Inovação aberta X Inovação Fechada ou tradicional
A inovação aberta se refere assim a um fluxo aberto, no qual os recursos se movem facilmente na fronteira porosa entre empresa e mercado.
De maneira oposta, closed innovation (ou inovação fechada em português) refere-se ao processo de limitar o conhecimento ao uso interno da empresa e não fazer uso ou somente pouco uso do conhecimento exterior.
Rahman e Ramos(2010) aponta objetivamente as principais características e diferenças dos dois modelos de inovação, que foram sintetizadas na Tabela, abaixo:
	Valores da Inovação tradicional
	Valores da Inovação aberta
	Pesquisa e Desenvolvimento: Inovações ancoradas nos departamentos de P&D
	Conexão e desenvolvimento:
Executivos da Procter & Gamble estudaram as fontes de inovação externas e estimaram que para cada pesquisador interno havia cerca de 200 cientistas ou engenheiros no mundo (total de 1,5 milhão de pessoas) os quais eram tão bons quanto os talentos internos e que tinham conhecimentos potencialmente utilizáveis Rahman e Ramos(2010).
	Competição Com a globalização, a organização compete com o mundo.
	Cooperação
Parceiros podem ser identificados em qualquer lugar do mundo
	Periferias fechadas
	Colaboração em rede
	Organizações atuando com poucos ou nenhuns parceiros.
	Estabelecimento de parcerias para inserção de novos produtos no mercado, determinação de padrões, joint ventures etc.
Empresas e projetos que fazem Open Innovation no Brasil
FIAT
A montadora italiana está lançando no Brasil o projeto colaborativo chamado Fiat Mio. O projeto vem sendo desenvolvido pela FIAT em parceria com a Agência Click desde Setembro 2009. O projeto de começo já economizou milhões de reais da empresa em pesquisas com consumidor na concepção de um novo carro, pois a partir de um site, as pessoas puderam – espontaneamente – dar depoimentos do que queriam em um carro.
Vamos aos resultados da ação:
1,5 milhão de visitantes;
15,3 mil cadastrados de mais de 100 países;
10 mil ideias enviadas;
3 mil desenhos dos designers da empresa até chegar ao projeto finalizado que fosse não apenas um carro conceito, mas também um carro criado em parceria com o público, que com certeza, são potenciais consumidores do produto.
TELEFÔNICA/VIVO
Por meio do programa global Telefónica Open Future, a empresa investe em projetos digitais inovadores com potencial de mercado, com o objetivo de promover o crescimento de talentos com ferramentas de aceleração e de assimilar inovação em seu próprio negócio. O programa engloba todas as iniciativas de inovação aberta do Grupo Telefónica, como a aceleradora de startups Wayra, o fundo de investimento Amerigo, que é gerido no país pela Invest Tech, e espaços de crowdworking. A Wayra conta com 12 academias em 10 países e está no Brasil desde 2012, período durante o qual a academia já acelerou 54 empresas digitais. A iniciativa oferece um pacote de aceleração que prevê investimento de US$ 50 mil em cada startup por uma participação minoritária de até 10% na empresa e até 12 meses de aceleração.
TECNISA
A construtora brasileira lançou em Outubro de 2010 o portal colaborativo chamado Tecnisa Ideias, onde pergunta para as pessoas como é o melhor lugar do mundo para se viver em comunidade. Com o portal a Tecnisa busca mais que ideias, mas soluções para melhorar a vida das pessoas. A intenção é criar empreendimentos mais inclusivos, sustentáveis e com a colaboração de todos.
Para lançar o portal a Tecnisa fez uma parceria com o Zooppa, que é uma das maiores redes sociais de propaganda colaborativa (crowdsourcing advertising) do mundo, e tem como objetivo engajar consumidores com as marcas por meio de seu conceito inovador.
A competição teve início em 2/08/2010 e terminou no dia 27/9/2010. Em quase dois meses a competição recebeu 132 peças gráficas, 22 vídeos e 2109 comentários que competiram por 5 mil dólares em prêmios.
Através do portal Tecnisa Ideias você pode enviar sua ideia, fazerperguntas para que outras pessoas e a própria empresa responda e votar nas melhores ideias, além de compartilhar as ideias nas redes sociais.
Até agora a ação conta com 1063 Ideias, 169 Perguntas, 2091 Participantes;
Movimento Minas
O Movimento Minas é um projeto do Governo do Estado de Minas Gerais que permite a construção de soluções para os desafios da sociedade de forma colaborativa.
Através de uma plataforma, pessoas de qualquer parte do país podem sugerir projetos e conversar sobre ideias publicadas por outros cidadãos.
Além da disposição do espaço online para discussões, faz parte do projeto também uma fase que envolve análise das ideias de acordo com suas viabilidades e adequação. Algumas ideias se tornam ações.
Centro Maker
Primeira empresa especializada em Hardware Livre para Makers, com sede no Parque Tecnológico de Itaipu, Brasil. Produzem eletrotônicos abertos criados em comunidade, e também faz intermediação a produção de criações de Makers.
Unilever
A Unilever lançou uma plataforma de inovação on-line aberta, destinada a ser uma porta de entrada para colaborações entre especialistas em R&D da própria Unilever e qualquer designer, engenheiro ou outros profissionais para avanços em inovação. Um dos primeiros resultados e a embalagem comprimida de desodorantes, onde a tecnologia e compartilhada com qualquer outra empresa do setor.
Movimento 100 Open Startups
O movimento 100 Open Startups é uma rede que conecta comunidades e competições de startups com desafios e programas de inovação aberta, propostos por grandes empresas e grupos de investidores através da criação de um contexto comum e processos de prospecção, combinação e co-criação em rede. O movimento reúne cerca de 40 grandes empresas em torno de 10 grandes desafios.
As empresas/entidades que participam do movimento propondo desafios e avaliando projetos de startups são: 3M, Abbot, AES, Algar Telecom, Anima, AOC, Atlas Schindler, Banco Original, Bayer CropScience, Cemig, Ci&T, Dow, EDP, Embraer, Estácio, Evonik, FMC, Furukawa, Grupo Fleury, IBM, Intel, Johnson & Johnson, Kimberly-Clark, Kroton, Mahle, Mediphacos, Natura, Novozymes, Ourofino Saúde Animal, Sabesp, Sanofi, Shell, Syngenta, Taesa, Telefônica|Vivo, Universidade Metodista, Whirlpool, Senai e Staoil.
Conclusão
Esse pensamento de open innovation, em que pessoas, cientistas, makers, empresas e clientes colaboram entre si para cocriar algo único, substitui aquele pensamento tradicional que enxergava a inovação como uma atividade unidirecional e de “propriedade”. Por tudo isso a inovação aberta é uma forte tendência para o futuro.
No entanto, não adianta a mera intenção de cocriar. É preciso casar o interesse das pessoas (que podem ter visões distintas) com um propósito em comum, como também usar os recursos e as ferramentas certas para a coisa evoluir.

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