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Direitos da Personalidade

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UNIVERSIDADE
FACULDADE
DEPARTAMENTO
Disciplina: Direito Civil I
Tema: Direitos da Personalidade
Conteúdos:
1. Conceito. Natureza. Titularidade
A Segunda Guerra Mundial mostrou, através do Holocausto, que a simples personalidade jurídica não era suficiente para proteger a pessoa. Surgem então os direitos da personalidade. Estes direitos estão imbricados com os direitos e garantias fundamentais e a dignidade da pessoa humana.
Direitos da imagem e da privacidade estão na Constituição Federal e no Código Civil, entre os arts. 11 a 21. Os direitos da personalidade consistem o reflexo infraconstitucional dos direitos e garantias fundamentais. É um rol aberto – numerus apertus – é uma lista exemplificativa.
Enunciado do CJF nº274
Art. 11. Os direitos da personalidade, regulados de maneira não exaustiva pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana). Em caso de colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da ponderação.
	
Bem de família integra o rol dos direitos da personalidade e estampa a Lei nº 8009/90, também presente nos arts. 1711 e ss. do Código Civil e é um direito social como moradia no art. 6º da Constituição Federal. O bem de família não faz parte da lista presente entre os arts. 11 a 21 do Código Civil, por isto este rol é exemplificativo
Súmula STJ 364: "O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e viúvas"
1.1.Conceito
O processo de codificação: essência patrimonial para essência humanista. A proteção não pode apenas incidir sobre o patrimônio. Precisa incorporar no rol de tutelas, a essência humana. “Os direitos da personalidade são aqueles que têm por objeto atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa e em suas projeções sociais” ( GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2007, p. 136)
Os direitos da personalidade se caracterizam por serem extrapatrimoniais, não terem seu conteúdo reduzido pecuniariamente. Exemplos: vida, integridade física, intimidade, a honra, etc.
1.2. Natureza
Os direitos da personalidade recaem sobre as projeções físicas, psíquicas e morais do ser humano. A grande questão que sobeja no tocante aos direitos da personalidade é o sujeito ser titular e ao mesmo tempo o ponto de referência deste direito.
Trata-se de poderes que a pessoa humana exerce sobre si.
Os direitos da personalidade existem mesmo sem o reconhecimento expresso do Estado, do direito positivo. Eles se constituem em direitos inatos ao ser humano, que terminam por transcender às peculiaridades da realidade social. Na prática, eles existem mesmo sem que o Estado os declare.
O direito existe para que a pessoa, em meio à vida social, seja aquinhoada segundo a justiça com os bens necessários à consecução dos seus fins naturais. (LIMONGI FRANÇA apud GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2007, p. 136-137)
Em relação ao conteúdo, diferenciam-se das liberdades públicas, visto que estas se referem à aspectos econômicos e sociais, portanto, transindividuais. Os direitos da personalidade possuem caráter individual.
1.3.Titularidade
Pessoa humana. Também o nascituro é titular de direitos da personalidade. As pessoas jurídicas também são titulares de direitos da personalidade, pois não há dúvida quando a necessidade de tutela em relação ao nome e a imagem, por exemplo.
Dano moral, honra e imagem - pessoas jurídicas. Compatibilidade e incompatibilidade com os art. 5º, V e X da Constituição Federal.
2. Características.
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
	
A doutrina, na crítica ao Código Civil, amplia as características dos direitos da personalidade.
2.1.Indisponibilidade
Abrange a intransmissibilidade e a irrenunciabilidade. Intransmissibilidade é a impossibilidade de modificação subjetiva da titularidade, de modo gratuito ou oneroso. Irrenunciabilidade é a impossibilidade de reconhecimento jurídico da manifestação volitiva de abandono do direito. É uma indisponibilidade relativa, prevista em lei, “Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei...”
Enunciado nº 4 do CJF
Art.11: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral. 
Pelo enunciado é possível que a indisponibilidade seja relativa, comportando uma limitação, desde que não seja permanente e geral, sendo transitórios e específicas.
2.2.Caráter absoluto
Oponibilidade erga omnes que impõe à coletividade o dever de respeitá-los
2.3. Generalidade
Todas as pessoas, indistintamente, possuem direitos da personalidade.
2.4.Extrapatrimonialidade.
Não há conteúdo econômico imediato, há conteúdo mediato. Ausência de um conteúdo patrimonial. Não são bens tutelados pelo ordenamento jurídico que estão no comércio. É isso que se quer dizer. Não induz a pensar que o uso do direito não venha a render frutos. Os direitos autorais são exemplos disto.
2.5.Inatos. 
São inerentes à pessoa. São direitos que preexistem à lei, segundo a corrente jusnaturalista. 
2.6.Imprescritibilidade.
Não existe um prazo para o seu uso. Não perecem com o tempo ou com o desuso. Não se deve condicionar a sua aquisição ao decurso do tempo.
2.6.Impenhorabilidade
Decorrência da lógica da indisponibilidade. Não pode ser dado em garantia em um negócio jurídico.
2.7.Vitaliciedade
São inatos e permanentes. Extinguem-se com o desaparecimento da pessoa.
Lesão indireta ou lesão reflexa ou ricochete: Direitos que se projetam além da morte do indivíduo como, por exemplo, o cadáver e a lesão à honra após a morte. (art. 12, caput e parágrafo único do Código Civil)
LESÃO REFLEXA ou LESÃO OBLÍQUA- NA TENTATIVA DE LESIONAR A PERSONALIDADE DO MORTO, LESIONA-SE A PERSONALIDADE DE UMA PESSOA VIVA.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Sempre que demonstrada a ocorrência de ofensa injusta à dignidade da pessoa humana, dispensa-se a comprovação de dor e sofrimento para configuração de dano moral. Segundo doutrina e jurisprudência do STJ, onde se vislumbra a violação de um direito fundamental, assim eleito pela CF, também se alcançará, por consequência, uma inevitável violação da dignidade do ser humano. A compensação nesse caso independe da demonstração da dor, traduzindo-se, pois, em consequência in re ipsa, intrínseca à própria conduta que injustamente atinja a dignidade do ser humano. Aliás, cumpre ressaltar que essas sensações (dor e sofrimento), que costumeiramente estão atreladas à experiência das vítimas de danos morais, não se traduzem no próprio dano, mas têm nele sua causa direta. REsp 1.292.141-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 4/12/2012.
	
Os legitimados são o cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta ou colateral até o quarto grau (até primo, por exemplo).
	Se o direito da personalidade atingido for IMAGEM, o rol de legitimados será apenas o cônjuge, ascendentes e descendentes (parentes em linha reta)
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)�
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentesou os descendentes. 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.       (Vide ADIN 4815)
3. Tutela ( proteção)
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.       (Vide ADIN 4815)
	Pode ser:
a) preventiva ou inibitória – prevenir o dano. (exemplo: caso Sarney)
b) repressiva ou ressarcitória – corrigir o dano
Súmula STJ 37. São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (CC)
STJ - Súmula 387 É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral
SÚMULA STJ N. 221.São civilmente responsáveis pelo ressarcimento do dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação. ( o STJ já aplicou a súmula para blog)
3. Classificação dos direitos da personalidade
Integridade Física – Corpo: tutela do corpo vivo; tutela do corpo morto; autonomia do paciente
Integridade moral ou psíquica – mente: imagem; privacidade; honra; nome
Integridade intelectual – espírito: direitos autorais; propriedade intelectual.
3.1.Integridade física
a)Tutela do corpo vivo.
Direito à vida
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos de 1966:
Artigo 6.º 1. O direito à vida é inerente à pessoa humana. Este direito deve ser protegido pela lei: ninguém pode ser arbitrariamente privado da vida.
Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
Código Penal:
Arts. 124 a 127
Constituição Federal:
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
	
Código Civil
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
A lei de transplantes - Lei nº 9434/97. Nos transplantes em vida, o beneficiário deve ser sempre parente do doador (se não for parente será necessário autorização). Assim é possível escolher o receptor. É possível testar, porém não pode escolher o beneficiário. O órgão irá para a fila do SUS.
Redução de estômago (cirurgia bariátrica) – ok
Tatuagem – ok
Retirada de órgão doente - ok
b) Tutela ao corpo morto (cadáver)
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo. 
	
O que vale é o CONSENSO AFIRMATIVO. O silêncio presume-se como não doador, assim, os parentes poderão doar os órgãos do falecido. ESTUDAR MAIS.
Art. 4o A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte. (Redação dada pela Lei nº 10.211, de 23.3.2001) Lei 9434/97.
	
a.3. Autonomia do paciente
Termo de consentimento informado. No caso de rico de vida, numa situação de emergência, a intervenção do médico é obrigatória, com ou sem consentimento do paciente. “Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. ”
No caso da informação do paciente que não quer transfusão ou ser reanimado, a corrente majoritária é a de que o médico terá que agir para salvar a vida do paciente.
A DECLARAÇÃO QUE NÃO QUER RECEBER TRANSFUSÃO SANGUINEA OU SER REANIMADO É CHAMADO DE TESTAMENTO VITAL.
b) Integridade moral ou psíquica
b.1 Imagem.
Constituição Federal
Art. 5º. (...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;  
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Código Civil
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. (Vide ADIN 4815)
Pessoas públicas em locais públicos, o direito à imagem é abrandada pelo direito à informação. Para fins de segurança, é possível a filmagem, mesmo sendo um anônimo, sem caracterizar a violação do direito à imagem. O mesmo acontece com o carnaval, estádio, shows... EM CASO DE CLOSES É NECESSÁRIA A AUTORIZAÇÃO. KKKKKKKK
Se atingir, a honra, boa fama ou respeitabilidade VOCÊ PODE PEDIR PARA INTERROMPER A VEICULAÇÃO DA IMAGEM CUMULADA COM PERDAS E DANOS. SE HOUVE VEICULAÇÃO COMERCIAL HAVERÁ DANO MORAL IN RE IPSA OU DANO MORAL, PURO OU PRESUMIDO, NO QUAL A SIMPLES VEICULAÇÃO É O PRÓPRIO DANO.
A Súmula STJ nº 403 ficou com a seguinte redação: Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais. 
Dano in reipsa
Não importa se a propaganda é positiva ou negativa. Julgamento clássico do DF no caso clássico Seguradora de Saúde X médico 
	I-retrato: características fisionômicas
II-atributo: qualitativo social. Exemplo: João é um cara probo, responsável
III – voz: Constituição Federal: Art. 5º.... XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a)a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
b.2. Privacidade
Constituição Federal:
Art. 5º. (...)
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;   
Código Civil
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815)
“Isso porque nem toda veiculação não consentida da imagem é indevida ou digna de reparação,sendo frequentes os casos em que a imagem da pessoa é publicada de forma respeitosa e sem nenhum viés comercial ou econômico. ASSIM, QUANDO A IMAGEM NÃO FOR, EM SI, O CERNE DA PUBLICAÇÃO, E TAMBÉM NÃO REVELE SITUAÇÃO VEXATÓRIA OU DEGRADANTE, A SOLUÇÃO DADA PELO STJ SERÁ O RECONHECIMENTO DA INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. [...]." REsp 1.335.153-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/5/2013.
A vida privada é inviolável.
Existe a possibilidade de mitigação da inviolabilidade do sigilo da correspondência, das comunicações telegráficas, de dados durante o período de vigência do Estado de Sítio.
Direito ao esquecimento – novo direito da personalidade.
Enunciado 531 da VI Jornada de Direito Civil: a tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento.
Ementa
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL-CONSTITUCIONAL. LIBERDADE DE IMPRENSA VS. DIREITOS DA PERSONALIDADE. LITÍGIO DE SOLUÇÃO TRANSVERSAL. COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DOCUMENTÁRIO EXIBIDO EM REDE NACIONAL. LINHA DIRETA-JUSTIÇA. HOMICÍDIO DE REPERCUSSÃO NACIONAL OCORRIDO NO ANO DE 1958. CASO "AIDA CURI". VEICULAÇÃO, MEIO SÉCULO DEPOIS DO FATO, DO NOME E IMAGEM DA VÍTIMA. NÃO CONSENTIMENTO DOS FAMILIARES. DIREITO AO ESQUECIMENTO. ACOLHIMENTO. NÃO APLICAÇÃO NO CASO CONCRETO. RECONHECIMENTO DA HISTORICIDADE DO FATO PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE DE DESVINCULAÇÃO DO NOME DA VÍTIMA. ADEMAIS, INEXISTÊNCIA, NO CASO CONCRETO, DE DANO MORAL INDENIZÁVEL. VIOLAÇÃO AO DIREITO DE IMAGEM. SÚMULA N. 403/STJ. NÃO INCIDÊNCIA. 1. Avulta a responsabilidade do Superior Tribunal de Justiça em demandas cuja solução é transversal, interdisciplinar, e que abrange, necessariamente, uma controvérsia constitucional oblíqua, antecedente, ou inerente apenas à fundamentação do acolhimento ou rejeição de ponto situado no âmbito do contencioso infraconstitucional, questões essas que, em princípio, não são apreciadas pelo Supremo Tribunal Federal. 2. Nos presentes autos, o cerne da controvérsia passa pela ausência de contemporaneidade da notícia de fatos passados, a qual, segundo o entendimento dos autores, reabriu antigas feridas já superadas quanto à morte de sua irmã, Aida Curi, no distante ano de 1958. Buscam a proclamação do seu direito ao esquecimento, de não ter revivida, contra a vontade deles, a dor antes experimentada por ocasião da morte de Aida Curi, assim também pela publicidade conferida ao caso décadas passadas. 3. Assim como os condenados que cumpriram pena e os absolvidos que se envolveram em processo-crime (REsp. n. 1.334/097/RJ), as vítimas de crimes e seus familiares têm direito ao esquecimento - se assim desejarem -, direito esse consistente em não se submeterem a desnecessárias lembranças de fatos passados que lhes causaram, por si, inesquecíveis feridas. Caso contrário, chegar-se-ia à antipática e desumana solução de reconhecer esse direito ao ofensor (que está relacionado com sua ressocialização) e retirá-lo dos ofendidos, permitindo que os canais de informação se enriqueçam mediante a indefinida exploração das desgraças privadas pelas quais passaram. 4. Não obstante isso, assim como o direito ao esquecimento do ofensor - condenado e já penalizado - deve ser ponderado pela questão da historicidade do fato narrado, assim também o direito dos ofendidos deve observar esse mesmo parâmetro. Em um crime de repercussão nacional, a vítima - por torpeza do destino - frequentemente se torna elemento indissociável do delito, circunstância que, na generalidade das vezes, inviabiliza a narrativa do crime caso se pretenda omitir a figura do ofendido. 5. Com efeito, o direito ao esquecimento que ora se reconhece para todos, ofensor e ofendidos, não alcança o caso dos autos, em que se reviveu, décadas depois do crime, acontecimento que entrou para o domínio público, de modo que se tornaria impraticável a atividade da imprensa para o desiderato de retratar o caso Aida Curi, sem Aida Curi. 6. É evidente ser possível, caso a caso, a ponderação acerca de como o crime tornou-se histórico, podendo o julgador reconhecer que, desde sempre, o que houve foi uma exacerbada exploração midiática, e permitir novamente essa exploração significaria conformar-se com um segundo abuso só porque o primeiro já ocorrera. Porém, no caso em exame, não ficou reconhecida essa artificiosidade ou o abuso antecedente na cobertura do crime, inserindo-se, portanto, nas exceções decorrentes da ampla publicidade a que podem se sujeitar alguns delitos. 7. Não fosse por isso, o reconhecimento, em tese, de um direito de esquecimento não conduz necessariamente ao dever de indenizar. Em matéria de responsabilidade civil, a violação de direitos encontra-se na seara da ilicitude, cuja existência não dispensa também a ocorrência de dano, com nexo causal, para chegar-se, finalmente, ao dever de indenizar. No caso de familiares de vítimas de crimes passados, que só querem esquecer a dor pela qual passaram em determinado momento da vida, há uma infeliz constatação: na medida em que o tempo passa e vai se adquirindo um "direito ao esquecimento", na contramão, a dor vai diminuindo, de modo que, relembrar o fato trágico da vida, a depender do tempo transcorrido, embora possa gerar desconforto, não causa o mesmo abalo de antes. 8. A reportagem contra a qual se insurgiram os autores foi ao ar 50 (cinquenta) anos depois da morte de Aida Curi, circunstância da qual se conclui não ter havido abalo moral apto a gerar responsabilidade civil. Nesse particular, fazendo-se a indispensável ponderação de valores, o acolhimento do direito ao esquecimento, no caso, com a consequente indenização, consubstancia desproporcional corte à liberdade de imprensa, se comparado ao desconforto gerado pela lembrança. 9. Por outro lado, mostra-se inaplicável, no caso concreto, a Súmula n. 403/STJ. As instâncias ordinárias reconheceram que a imagem da falecida não foi utilizada de forma degradante ou desrespeitosa. Ademais, segundo a moldura fática traçada nas instâncias ordinárias - assim também ao que alegam os próprios recorrentes -, não se vislumbra o uso comercial indevido da imagem da falecida, com os contornos que tem dado a jurisprudência para franquear a via da indenização. 10. Recurso especial não provido. 
Responsabilização de jornal
EMENTA 
RECURSO ESPECIAL. AÇAO DE COMPENSAÇAO POR DANOS MORAIS. VEICULAÇAO DE MATÉRIA JORNALÍSTICA. CONTEÚDO OFENSIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. LIBERDADE DE IMPRENSA EXERCIDA DE MODO REGULAR, SEM ABUSOS OU EXCESSOS. 
1. Discussão acerca da potencialidade ofensiva de matéria publicada em jornal de grande circulação, que aponta possível envolvimento ilícito de magistrado com ex-deputado ligado ao desabamento do edifício Palace II, no Rio de Janeiro. 
2. É extemporâneo o recurso especial interposto antes do julgamento dos embargos de declaração , salvo se houver reiteração posterior, porquanto o prazo para recorrer só começa a fluir após a publicação do acórdão integrativo. 
3. Inexiste ofensa ao art. 535 do CPC, quando o Tribunal de origem pronuncia-se de forma clara e precisa sobre a questão posta nos autos. 
4. A liberdade de informação deve estar atenta ao dever de veracidade, pois a falsidade dos dados divulgados manipula em vez de formar a opinião pública, bem como ao interesse público, pois nem toda informação verdadeira é relevante para o convívio em sociedade. 
5. A honra e imagem dos cidadãos não são violados quando se divulgam informações verdadeiras e fidedignas a seu respeito e que, além disso, são do interesse público. 
6. O veículo de comunicação exime-se de culpa quando busca fontes fidedignas, quando exerce atividade investigativa, ouve as diversas partes interessadas e afasta quaisquer dúvidas sérias quanto à veracidade do que divulgará. 
7. Ainda que posteriormente o magistrado tenha sido absolvido das acusações, o fato é que, conforme apontado na sentença de primeiro grau, quando a reportagem foi veiculada, as investigações mencionadas estavam em andamento. 
8. Adiligência que se deve exigir da imprensa, de verificar a informação antes de divulgá-la, não pode chegar ao ponto de que notícias não possam ser veiculadas até que haja certeza plena e absoluta da sua veracidade. O processo de divulgação de informações satisfaz verdadeiro interesse público, devendo ser célere e eficaz, razão pela qual não se coaduna com rigorismos próprios de um procedimento judicial, no qual se exige cognição plena e exauriente acerca dos fatos analisados. 
9. Não houve, por conseguinte, ilicitude na conduta da recorrente, tendo o acórdão recorrido violado os arts. 186 e 927 do CC/02 quando a condenou ao pagamento de compensação por danos morais ao magistrado. 
10. Recurso especial de YARA DIAS DA CRUZ MACEDO E OUTRAS não conhecido. 
11. Recurso especial da INFOGLOBO COMUNICAÇAO E PARTICIPAÇÕES S/A provido. 
12. Recurso especial de ALEXANDER DOS SANTOS MACEDO julgado prejudicado. 
A veracidade de uma notícia confere a ela inquestionável licitude, razão pela qual inexiste qualquer obstáculo à sua divulgação, dado o direito à informação e à liberdade de imprensa.
3. "[...] Isso vale até mesmo para notícias cujo conteúdo seja totalmente verídico, pois, embora a notícia inverídica seja um obstáculo à liberdade de informação, a veracidade da notícia não confere a ela inquestionável licitude, nem transforma a liberdade de imprensa em direito absoluto e ilimitado. Nesse contexto, as vítimas de crimes e seus familiares têm direito ao esquecimento, se assim desejarem, consistente em não se submeterem a desnecessárias lembranças de fatos passados que lhes causaram, por si, inesquecíveis feridas. Caso contrário, chegar-se-ia à antipática e desumana solução de reconhecer esse direito ao ofensor - o que está relacionado com sua ressocialização - e retirá-lo dos ofendidos, permitindo que os canais de informação se enriqueçam mediante a indefinida exploração das desgraças privadas pelas quais passaram. Todavia, no caso de familiares de vítimas de crimes passados, que só querem esquecer a dor pela qual passaram em determinado momento da vida, há uma infeliz constatação: na medida em que o tempo passa e se vai adquirindo um "direito ao esquecimento", na contramão, a dor vai diminuindo, de modo que, relembrar o fato trágico da vida, a depender do tempo transcorrido, embora possa gerar desconforto, não causa o mesmo abalo de antes. Nesse contexto, deve-se analisar, em cada caso concreto, como foi utilizada a imagem da vítima, para que se verifique se houve, efetivamente, alguma violação aos direitos dos familiares. Isso porque nem toda veiculação não consentida da imagem é indevida ou digna de reparação, sendo frequentes os casos em que a imagem da pessoa é publicada de forma respeitosa e sem nenhum viés comercial ou econômico. ASSIM, QUANDO A IMAGEM NÃO FOR, EM SI, O CERNE DA PUBLICAÇÃO, E TAMBÉM NÃO REVELE SITUAÇÃO VEXATÓRIA OU DEGRADANTE, A SOLUÇÃO DADA PELO STJ SERÁ O RECONHECIMENTO DA INEXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. [...]." REsp 1.335.153-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/5/2013.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
b.3. Honra.
	Trabalhar melhor este item. A proteção dos direitos da personalidade positivada no Código Civil é aplicável, na medida do possível, à associação civil autora, que sofre dano moral em caso de grave violação a sua imagem e honra objetiva.
Honra objetiva – reputação perante os outros
Honra subjetiva – é como você se vê.
b.4. Nome. Individualização da pessoa natural. Para Ruggiero é uma etiqueta social.
Nome civil é designação completa da pessoa que se encontra no registro civil. 
O nome, tal como a imagem, é também protegido.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
REsp 1433187 / SC - STJ. 1. Excepcionalmente, desde que preservados os interesses de terceiro e demonstrado justo motivo, é  possível a supressão do patronímico materno por ocasião do casamento.
É o sinal de identificação exterior à pessoa. Não há conteúdo patrimonial, portanto não pode ser alienado. É um direito da personalidade.
Os documentos públicos devem ser grafados no idioma português. Os nomes deverão ser em português.
Art. 55. Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se forem conhecidos e não o impedir a condição de ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato. (Renumerado do art. 56, pela Lei nº 6.216, de 1975).
Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente.
O servidor do cartório deverá iniciar o PROCEDIMENTO DE DÚVIDA quando os pais não se conformarem com a recusa do registro, ou os próprios pais na chamada DÚVIDA INVERSA.
Art. 9o Serão registrados em registro público:
I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
II - a emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz;
III - a interdição por incapacidade absoluta ou relativa; Não existe mais.
IV - a sentença declaratória de ausência e de morte presumida.
Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:
I - das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal;
II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação;
III - dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção.           (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
Partes do nome. (art. 16, CC).
Prenome: primeiro nome, “nome de batismo”. Poder ser simples ou composto. Ex.: Paulo; João Paulo.
Sobrenome, patronímico, apelido de família: nome de família.
Cognome, designação dada alguém devida a alguma particularidade.�. 
Ex.: D. Sancho I, o povoador; D. Pedro I, o justiceiro. 
Agnome, que serve para diferenciar parentes próximos. Filho, Júnior, Neto, Primeiro, Segundo. Ex.: Roberto Lira Filho.
Pseudônimo - nome fictício usado pelo indivíduo no lugar do seu nome real. Também é conhecido por apelido ou alcunha. Pode ser acrescentado ao nome, pelo art. 57 da Lei de Registros Públicos que pode ser acrescentado ao nome. Exemplo: Luís Inácio “Lula” da Silva. Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Alteração do nome
Casamento (art. 1565, §1º, CC)
União estável (art. 57, LRP)
Dissolução do casamento (separação e divórcio)
Dissolução da União Estável
Aquisição de nacionalidade brasileira.
Em razão de fundada coação ou ameaça decorrente de colaboração com proteção e crime – art. 58, LRP.
Adoção – pode alterar o prenome e inserir o sobrenome
Nome vexatório que expõe o titular ao ridículo
Substituição por apelido público notório (art. 58, LRP)
Modificação no primeiro ano após a maioridade através de decisão judicial. ( art. 56, da LRP)
A jurisprudência criou algumas outras hipóteses:
Homonímia depreciativa
Transexualidade – transgenitalização, para o STJ é possível alterar o nome e o gênero.
Viuvez
4. Direitos da personalidade e pessoa jurídica
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade. CC
Caráter elástico.
Súmula STJ 227. A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. Exemplo: inscrição indevida no CADIN.
A pessoa jurídica de direito público e a pessoa jurídica de direitoprivado têm direito à indenização por danos morais relacionados à violação dahonra ou da imagem. Município não tem direito à indenização por danos moraispor violação de sua imagem ou honra. ERRADA
A pessoa jurídica de direito públiconão tem direito à indenização pordanos morais relacionados à violação da honra ou da imagem. Não é possívelpessoa jurídica de direito público pleitear, contra particular, indenização pordano moral relacionado à violação da honra ou da imagem. STJ. 4ª Turma. REsp1.258.389-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/12/2013.
Informativo 543 STJ
DIREITO CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO.
A pessoa jurídica de direito público não tem direito à indenização por danos morais relacionados à violação da honra ou da imagem. A reparação integral do dano moral, a qual transitava de forma hesitante na doutrina e jurisprudência, somente foi acolhida expressamente no ordenamento jurídico brasileiro com a CF/1988, que alçou ao catálogo dos direitos fundamentais aquele relativo à indenização pelo dano moral decorrente de ofensa à honra, imagem, violação da vida privada e intimidade das pessoas (art. 5º, V e X da CF). Por essa abordagem, no atual cenário constitucional, a indagação sobre a aptidão de alguém de sofrer dano moral passa necessariamente pela investigação da possibilidade teórica de titularização de direitos fundamentais. Ocorre que a inspiração imediata da positivação de direitos fundamentais resulta precipuamente da necessidade de proteção da esfera individual da pessoa humana contra ataques tradicionalmente praticados pelo Estado. Em razão disso, de modo geral, a doutrina e jurisprudência nacionais só têm reconhecido às pessoas jurídicas de direito público direitos fundamentais de caráter processual ou relacionados à proteção constitucional da autonomia, prerrogativas ou competência de entidades e órgãos públicos, ou seja, direitos oponíveis ao próprio Estado, e não ao particular. Porém, em se tratando de direitos fundamentais de natureza material pretensamente oponíveis contra particulares, a jurisprudência do STF nunca referendou a tese de titularização por pessoa jurídica de direito público. Com efeito, o reconhecimento de direitos fundamentais – ou faculdades análogas a eles – a pessoas jurídicas de direito público não pode jamais conduzir à subversão da própria essência desses direitos, que é o feixe de faculdades e garantias exercitáveis principalmente contra o Estado, sob pena de confusão ou de paradoxo consistente em ter, na mesma pessoa, idêntica posição jurídica de titular ativo e passivo, de credor e, a um só tempo, devedor de direitos fundamentais. Finalmente, cumpre dizer que não socorrem os entes de direito público os próprios fundamentos utilizados pela jurisprudência do STJ e pela doutrina para sufragar o dano moral da pessoa jurídica. Nesse contexto, registre-se que a Súmula 227 do STJ (“A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”) constitui solução pragmática à recomposição de danos de ordem material de difícil liquidação. Trata-se de resguardar a credibilidade mercadológica ou a reputação negocial da empresa, que poderiam ser paulatinamente fragmentadas por violações de sua imagem, o que, ao fim, conduziria a uma perda pecuniária na atividade empresarial. Porém, esse cenário não se verifica no caso de suposta violação da imagem ou da honra de pessoa jurídica de direito público. REsp 1.258.389-PB, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/12/2013.
5.Estado da pessoa natural.
Indica sua situação jurídica nos planos político, familiar e individual.
5.1. estado político: nacional ou estrangeiro
5.2. estado familiar: considera as relações com o cônjuge e a sua posição na família.
5.3.estado individual: considera a idade, o sexo e a saúde
É indisponível no sentido de que não se pode renunciar a ele, não se pode transferi-lo a outra pessoa, mas não é imutável. 
Intrinsecamente, o estado é indivisível, indisponível e imprescritível. 
BIBLIOGRAFIA
FRANÇA, R. Limongi. Instituições de Direito Civil. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO PAMPLONA, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil, vol. 1. 9º ed. São Paulo: Saraiva 2007.
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� O cognome (em � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim" \o "Latim" �latim�: Cognomen) era originalmente o terceiro � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Nome" \o "Nome" �nome� pelo qual um � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadania_romana" \o "Cidadania romana" �cidadão romano� era conhecido.� HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Cognome" \l "cite_note-1" �[1]�
Muitas das importantes personalidade romanas passaram à � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria" \o "História" �História� sendo conhecidas apenas pelo seu cognome, como � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero" \o "Cícero" �Cícero� (cujo nome completo era "Marco Túlio Cícero", em � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Latim" \o "Latim" �latim� Marcus Tullius Cicero) e � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BAlio_C%C3%A9sar" \o "Júlio César" �César� (para "Caio Júlio César", em latim Gaius Julius Cæsar).
Actualmente, o termo pode significar também � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADteto" \o "Epíteto" �epíteto�, � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Apodo&action=edit&redlink=1" \o "Apodo (página não existe)" �apodo� ou, até uma � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Alcunha" \o "Alcunha" �alcunha�. Com efeito, refere-se como cognome à alcunha nobre dada especialmente a � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/Rei" \o "Rei" �reis�, em celebração do seu reinado ou, à falta de outra significância, da personalidade ou tratos físicos. Como exemplo temos:
� HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/D._Sancho_I" \o "D. Sancho I" �D. Sancho I�, o Povoador - pelo esforço em povoar o país
� HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/D._Afonso_II" \o "D. Afonso II" �D. Afonso II�, o Gordo - por ser obeso e nutrido
� HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/D._Pedro_I" \o "D. Pedro I" �D. Pedro I�, o Justiceiro - pela energia posta em vingar o assassínio de � HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/In%C3%AAs_de_Castro" \o "Inês de Castro" �Inês de Castro�
� HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/D._Jo%C3%A3o_II" \o "D. João II" �D. João II�, o Príncipe Perfeito - pela forma como exerceu o Poder
� HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/D._Lu%C3%ADs" \o "D. Luís" �D. Luís�, O Popular - pela adoração do seu povo
� HYPERLINK "https://pt.wikipedia.org/wiki/D._Fernando" \o "D. Fernando" �D. Fernando�, o Formoso- pela sua beleza fisica.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cognome

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