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Direito Constitucional

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Direito Constitucional – Aulas 18 e 19 
Poder Executivo (Art. 76 ao 91/CF) 
Presidente da República – É o Chefe do Executivo Federal, que se vale do auxílio dos Ministros do Estado, conforme o Art. 76/CF. 
No Brasil, como adotamos o sistema presidencialista de governo o chefe do executivo cumula duas funções; Exerce a função de Chefe de Estado, pois, é o Presidente mantêm relação internacional; Chefe de Governo – É o presidente que administra o País internamente, chefe da Administração Pública. 
Funções típicas e atípicas 
A função típica do poder executivo é a de administrar.
 De forma atípica, o chefe do executivo realiza funções legislativas ao vetar ou sancionar uma lei, ao iniciar um projeto de lei, nas hipóteses de sua competência e, ainda, ao editar medidas provisórias e leis delegadas. 
Requisitos para concorrer ao cargo de Presidente
Ser Brasileiro NATO; com mais de 35 anos. 
Requisitos para ser Ministro de Estado
 Ser Brasileiro nato ou naturalizado, maior de 21 anos e estar no exercício dos direitos políticos. 
OBS: Dentre os diversos ministros que auxiliam o Presidente da República, apenas um deles a constituição exige que seja brasileiro NATO, que é o Ministro do Estado da Defesa (Art. 12, Parag. 3º, VII). 
 No âmbito Estadual (Governador, com auxílio dos secretários estaduais, com idade mínima de 30 anos). No âmbito Municipal (Prefeito, com auxílio dos secretários municipais, com idade mínima de 21 anos). 
 ATENÇÃO! A Lei nº 9.504/97, em seu Art. 11, Parágrafo 2º, informa que a idade mínima será verificada na data da posse.
 “§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse”
Mandato 
 Quatro anos, admitida uma reeleição para um único período subsequente.
Eleição 
A eleição do Presidente e do Vice ocorre no primeiro domingo de outubro, em 1º turno, e, havendo a necessidade de um 2º turno, ou seja, quando nenhum dos candidatos que participaram do primeiro turno obtiverem a maioria absoluta dos votos, tal votação se dará no último domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente.
OBS: Se antes do 2º turno houver morte, desistência ou impedimento legal de candidato, será convocado, dentre os remanescentes, o de maior votação.
 Em relação aos municípios, ocorrerá o segundo turno, somente em municípios que possuírem mais de 200.000 eleitores (e não habitantes).
Posse 
Ocorrerá no dia primeiro de janeiro do ano seguinte à sua eleição. 
 O presidente e o Vice-Presidente, tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
 O parágrafo único do Art. 78 dispõe que passados 10 dias da data fixada para a posse e o governante, salvo por motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado VAGO.
Sucessão Presidencial (Art.80) 
Na ausência do Presidente, assume o Vice-Presidente e em caso da ausência de ambos, o Presidente da Câmara, assume em seguida, Presidente do Senado, em caso de inexistência deste, o Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
O Presidente e o Vice não poderão ausentar-se do País por período superior a 15 dias, salvo se tiverem autorização do Congresso Nacional, sob pena de perderem o cargo. (Art.83 da CF) 
Somente o Vice-Presidente pode ocupar em definitivo o cargo da Presidência. 
A ocupação é PROVISÓRIA, em caso do Presidente da Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal. (DICA: CASESU) 
Novas eleições deverão ocorrer. Somente nos casos de vacância, ou seja, nos casos em que o Presidente e o Vice- Presidente se afastam do cargo de forma definitiva.
Nos dois primeiros anos do mandato presidencial – Eleições Diretas, deverão ser feitas dentro do prazo de 90 dias, depois de aberta a última vaga (Art.81, caput). 
Nos dois últimos anos – Eleições Indiretas*; o Congresso Nacional elege o novo Presidente e Vice – Presidentem no prazo de 30 dias depois de aberta a última vaga (Art.81, Parágrafo 1º) 
*único caso de eleição indireta previsto na CF.
“Mandato tampão”, nas duas hipóteses os eleitos cumprirão tão somente o período que falta para terminar o mandato de seus antecessores.
Atribuições do Presidente da República (Art.84)
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
 I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
 II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
 III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
 IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, na forma da lei;
 VI - dispor, mediante decreto, sobre:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; (disposto no art. 49, I) 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
X - decretar e executar a intervenção federal; 
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; 
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;
 XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
 XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
 XXVI - editar medidas provisóriascom força de lei, nos termos do art. 62;
 XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
 Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
Processo contra o Presidente da República – Art. 86/CF.
O Presidente da República é detentor de f oro especial por prerrogativa de função. Dependendo do tipo de infração cometida ele ser á julgado nos seguintes termos: 
 Crime comum: Supremo Tribunal Federal
 Crime de Responsabilidade: Senado Federal.
 Crimes de Responsabilidade: Atos que atentem contra a CF, em especial, contra a existência da União, contra o livre exercício dos poderes, contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais, contra a segurança interna do País, contra a improbidade na administração, contra a lei orçamentária e contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais (Art.85 da CF).
1ª Fase
 Juízo de admissibilidade do processo: Em ambos os casos, só haverá processo se a Câmara dos Deputados autorizar por 2/3 dos votos. Após o juízo de admissibilidade, o Senado é quem promove o julgamento do Presidente da República. 
Ressalta-se que ao senado não é dado juízo d e discricionariedade, sendo o julgamento autorizado pela Câmara, o Senado tem que instaurar o processo.
2ª Fase 
Recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF nos crimes comuns ou, instaurado o processo pelo Senado nos crimes de responsabilidade, o Presidente ficará suspenso de suas funções. 
OBS: O Art.14 da Lei 1.079/50 admite q ue qualquer cidadão pode denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, por cr ime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. 
De acordo com o Art.52, parágrafo único/CF, embora o julgamento ocorra no Senado (Poder Legislativo) é o Presidente do STF quem preside o processo de julgamento ao Presidente da República, quando a responsabilização decorre do crime de responsabilidade. 
 São assegurados ao Presidente os princípios constitucionais da ampla defesa, contraditório e devido processo legal durante t odo o trâmite do processo de impeachement.
Sanções 
Se o Presidente for condenado pela prática de crime de responsabilidade, que poderá ocorrer se assim dispuserem 2/3 dos membros do Senado (Voto aberto), as sanções são:
 
 * Perda de cargo.
 * Inabilitação, por oito anos, para o exercício de todas as funções de natureza pública. (concurso público, nomeação de confiança, mandados eletivos). 
 * Além de outras sanções.
OBS: O STF não pode alterar a decisão do Senado Federal nos casos de condenação por crime de responsabilidade. 
Imunidades do Presidente da República
*Em relação à formação do processo, pois a CF exige o Juízo de admissibilidade da Câmara de Deputados para iniciar o processo e o julgamento dos atos praticados pelo PR. 
 * Enquanto não sobrevier sentença condenatória nas infrações comuns,dada pelo STF (Art. 86, parágrafo 3º, CF) o Presidente da República não estará sujeito à prisão (flagrante, preventiva ou provisória). 
 * O Presidente da República, na vigência do se u mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. A responsabilização por tais atos pode ocorrer após o término do mandato e perante a Justiça Comum.
Essa relativa “irresponsabilidade” do chefe do executivo só se aplica às infrações penais. 
 O prazo de prescrição do crime fica suspenso, por não se tratar de IMPUNIDADE.
Desse modo, o PR pode, durante o mandato, responder por infrações civis, administrativas, fiscais etc.
Suspensão das funções 
 No caso de crime comum, se a denúncia ou queixa f or recebida pelo Supremo, o PR ficará suspenso de suas funções pelo prazo de 180 dias. 
Se o crime for de responsabilidade, essa suspensão das funções do PR por 180 dias ocorre após a instauração do processo pelo Senado. 
 OBS: Se decorridos 180 dias sem que o julgamento se conclua, cessará o afastamento do Presidente. 
O PR não possui imunidade material, garantia assegurada apenas aos integrantes do Legislativo (parlamentar es). Portanto, não é inviolável civil e penalmente por suas palavras e opiniões e votos, ainda que no exercício de sua função. 
Responsabilidade dos demais chefes do executivo 
* Governadores; podem ser responsabilizados por crimes comuns ou de responsabilidade. 
 Crimes comuns – STJ (Art.105, I, ”a”).
 Crimes de responsabilidade – TJ do Estado do qual são governantes.
A composição desse Tribunal, especificamente para o julgamento do Governador, é dada pelo parágrafo 3º do artigo 78 da Lei nº 10.052/50 que determina que será presidido pelo Presidente do próprio Tribunal e composto por cinco Deputados Estaduais e cinco Desembargadores.
Prefeitos; estão também sujeitos à responsabilização por crimes comuns e de responsabilidade. 
 Crimes comuns – TJ do Estado de que o Município faz parte.
 Crimes de responsabilidade 
1. Se o crime for próprio, isto é, tipificado no Art.4º do Decreto 201/67, a Câmara de vereadores é quem fará o julgamento. 
2. Se for um crime impróprio, ou seja, aqueles não de natureza política, m as penal tão somente, é o TJ do Estado respectivo o órgão competente para o julgamento (Art.1º do Decreto 201/67)

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