Buscar

PROCESSO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Processo
Procedimento x Processo x Autos
Processo é geralmente confundido com procedimento e com autos. Apesar da confusão, são institutos jurídicos diferentes, embora inter-relacionados.
Procedimento
Procedimento é o modus operandi do processo.
Procedimento é o rito ou o andamento do processo, o modo como se encadeiam os atos processuais.
Procedimento é o meio pelo qual se instaura, se desenvolve e termina o processo. É a manifestação extrínseca do processo, a sua realidade fenomenológica perceptível.
Procedimento é a sucessão de atos coordenados a partir da iniciativa da parte, e direcionada a um provimento. É o modo como os atos processuais se manifestam e se desenvolvem. É, portanto, a sistematização do processo, o modo como ocorre internamente o processo. Para cada ação há um processo, e para cada processo há um ou mais procedimentos. O procedimento é considerado o aspecto formal do processo. Ex: num processo de indenização por danos morais, o modo como se apresenta a ação é um processo com variados atos, Já a arrumação interna destes atos, a disposição da sequência dos atos, é o procedimento. Também os prazos e os atos cabíveis fazem parte do procedimento. 
Processo 
Processo é o instrumento pelo qual se opera a jurisdição, com vistas à composição dos litígios. É instrumento de realização da justiça. É relação jurídica. Portanto, é abstrato e finalístico.
Processo é a sucessão de atos vinculados pelo objetivo comum da atuação da vontade da lei e procedendo ordenadamente para a consecução desse objetivo.
Processo é uma sequência de atos interdependentes vinculando o juiz e as partes com uma série de direitos e obrigações a fim de solucionar as lides, os conflitos ou litígios intersubjetivos para alcançar o objetivo final, a coisa julgada.
Etimologicamente, proceso significa marcha para frente, avanço, progresso ou desenvolvimento. Processo é instrumento usado pela jurisdição para tornar efetivo o direito material. O direito material gera direitos e obrigações, mas não se efetiva sozinho. Daí a relação de instrumentalidade (complementaridade) entre direito processual e direito material. 
Autos
Autos são as peças constitutivas de um processo, tais como petições, termos de audiências e certidões. São os documentos nos quais se corporificam os atos do procedimento. Não se deve falar em fases do processo, mas sim do procedimento, nem em consultar o processo, mas sim os autos. 
Esquema do processo
O processo é o instrumento através do qual a jurisdição opera (instrumento para a positivação do poder). O processo vai caminhando do ponto inicial (petição inicial) ao ponto de chegada (sentença de mérito e satisfação do credor). O processo é a síntese dessa relação jurídica progressiva (relação processual) e da série de fatos que determinam a sua progressão (procedimento). 
Petição Citação Resposta Prova Sentença Recorrer Execução 
 Inicial do réu 
 Se eu Se o juiz 
 quiser quiser 
Auxiliares do juiz
Perito
Escrivão - Também chamado de diretor de secretaria
Intérprete
Depositário
Administrador
Oficial de justiça - Responsável por executar atividades externas ao juízo
* Ministério Público
Natureza jurídica do processo
O processo não se reduz ao mero procedimento, ou mera sucessão de atos. O processo é também uma complexa ligação jurídica entre os sujeitos nele envolvidos. Assim, o processo é essencialmente uma relação jurídica (relação jurídica processual) entre as partes e o juiz. Contudo, não significa que o processo seja a própria relação processual. 
Características da relação processual
Complexidade - Existem relações jurídicas simples e outras complexas, segundo impliquem a existência de uma só posição jurídica ativa e uma passiva, ou uma pluralidade destas ou daquelas. A relação jurídica processual é a soma de uma série de posições jurídicas ativas e passivas, derivando daí o seu caráter complexo.
Progressividade (continuidade, dinamismo) - Nas relações jurídicas simples, a ocorrência de determinado fato jurídico (extintivo) dissolve a relação, como, por exemplo, o pagamento dissolve a relação de mútuo. Nas relações jurídicas complexas, ou acumulam-se desde logo diversas posições jurídicas ou então passa-se de posição em posição, pela ocorrência de fatos juridicamente relevantes (daí o caráter de dinamismo). No processo, como já vimos, ocorrem fatos e atos jurídicos que conduzem de uma posição jurídica a outra, ao longo de todo o procedimento. 
Unidade - Todos os atos do processo são coordenados a um objetivo comum, que é a emissão de um ato estatal imperativo (o provimento jurisdicional): o processo se instaura e todo ele é feito com vistas a esse resultado final. Isso nos permite ver a unidade da relação processual. 
Estrutura tríplice - Estado (juiz), autor e réu.
Natureza pública - No processo, o juiz não é um sujeito em nome próprio, mas o órgão através do qual age o próprio Estado. O juiz não vem ao processo em disputa com as partes sobre algum bem, nem tem com estas qualquer conflito de interesses, mas exerce sobre elas a sua autoridade soberana. Portanto, a relação entre o juiz e as partes é tipicamente uma relação de direito público, caracterizada pelo desequilíbrio entre as posições dos seus sujeitos, um dos quais é o Estado na sua condição de ente soberano. 
Autonomia - O processo existe por si mesmo, não dependendo da existência do direito material que a parte invoca. Prova disto é a ação declaratória de inexistência de relação jurídica. 
Publicidade - Em regra, qualquer pessoa pode ter acesso aos autos. Porém, quando se trata de processos sigilosos como, por exemplo, alguns da vara de família, somente o advogado pode consultar os autos.
Sujeitos da relação processual
Estado (juiz) - O juiz não participa do jogo de interesses contrapostos, mas comanda toda a atividade processual, distinguindo-se das partes por ser necessariamente desinteressado e imparcial. O juiz compõe a relação processual como representante do Estado, gerindo a relação processual entre as partes de maneira imparcial com a função de solucionar a lide e gerar pacificação social. Assim, o juiz deverá ser um terceiro que não possui nenhum interesse no conflito, que conduza o processo segundo as regras e princípios estabelecidos pela ordem jurídica e que permita às partes participarem igualmente na solução da controvérsia.
Autor e réu - São sujeitos contrapostos na relação processual que terão sua esfera de direitos atingida pelo resultado alcançado ao final do processo. O autor (demandante) é quem dá início à relação processual e o réu (demandado) é aquele contra quem o processo é promovido. É possível haver mais de 1 pessoa em um ou ambos os lados da relação jurídica processual, hipóse denominada de litisconsórcio. Já litispendência é quando são despachados 2 processos iguais. Neste caso, o segundo processo deixa de ser ajuizado. Também é possível a participação de terceiros na relação processual para substituir ou acrescentar alguma das partes. O advogado é essencial à relação processual, visto quer é obrigatório às partes estarem devidamente representadas por um advogado. Esta função pode ser exercida pela Defensoria Público e pelo Ministério Público.
Pressupostos processuais segundo Eduardo Calamini
Petição inicial assinada por um profissional habilitado
Citação feita pelo juiz
Juiz competente e imparcial. 
Capacidade das partes
Capacidade postulatória (jus postulandi) - A petição inicial só será apta se for assinada por um profissional habilitado. Via de regra, apenas o advogado, devidamenteinscrito na OAB, detém capacidade para postular em juízo e assinar a petição inicial. Em casos expressamente previstos, o jus postulandi pode ser exercido por qualquer pessoa, como na falta de advogado, recusa ou impedimento.
Capacidade de ser parte - Capacidade de adquirir direitos e obrigações (que se adquire ao nascer com vida). Pessoas físicas e jurídicas possuem capacidade de ser parte.
Capacidade de estar em juízo - O indivíduo deve ser maior de idade (ter 18 anos). Antes disso a parte será representada ou assistida. 
 Pressupostos processuais de existência Pressupostos processuais de validade
Órgão investido do poder de jurisdição (juiz) O órgão precisa ser competente *
 Existência de partes As partes devem ser capazes **
 Existência de demanda Formulada em petição inicial apta *** 
* Juiz competente e imparcial.
** Capacidade de ser parte, de estar em juízo e capacidade postulatória.
*** Assinada por profissional habilitado (advogado devidamente inscrito na OAB).
Os pressupostos processuais de validade são requisitos para a constituição de uma relação processual válida, ou seja, com viabilidade para se desenvolver regularmente. Sem os pressupostos, a relação processual pode até nascer, mas será inválida. 
PRESSUPOSTOS DA AÇÃO
 / CONDIÇÕES DA AÇÃO
De
vem estar presentes para permitir que o processo se desenvolva regularmente, 
ou seja, 
para permitir que alcance seu fim.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
D
evem estar presentes para que o próprio processo seja instaurado.
Alguns alunos se confundem com esses temas frequentemente, mas é importante destacar suas diferenças. 
E
mbora a consequência da ausência de 
ambos os 
pressupostos 
s
eja a extinção do processo sem julgamento de mérito, pressupostos e condições são elementos diferentes.
Tipos de processo
Processo de conhecimento - Assegurar a certeza
Processo
PRESSUPOSTOS DA AÇÃO
 / CONDIÇÕES DA AÇÃO
De
vem estar presentes para permitir que o processo se desenvolva regularmente, 
ou seja, 
para permitir que alcance seu fim.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
D
evem estar presentes para que o próprio processo seja instaurado.
Alguns alunos se confundem com esses temas frequentemente, mas é importante destacar suas diferenças. 
E
mbora a consequência da ausência de 
ambos os 
pressupostos 
s
eja a extinção do processo sem julgamento de mérito, pressupostos e condições são elementos diferentes. de execução - Assegurar a satisfação
Processo cautelar - Assegurar a proteção
PRESSUPOSTOS DA AÇÃO
 /
 CONDIÇÕES DA AÇÃO
De
vem estar presentes para permitir que o processo se desenvolva regularmente, 
ou seja, 
para permitir que alcance seu fim.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
D
evem estar presentes para que o próprio processo seja instaurado.
Alguns alunos se confundem com esses temas frequentemente, mas é importante destacar suas diferenças. 
E
mbora a consequência da ausência de 
ambos os 
pressupostos 
s
eja a extinção do processo sem julgamento de mérito, pressupostos e condições são elementos diferentes.

Outros materiais