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Competência
Conceito
A competência se relaciona intimamente com a jurisdição, pois é a distribuição da jurisdição entre os diversos órgãos do Judiciário que origina a competência. Assim, competência nada mais é do que a “medida da jurisdição”, sendo definida por alguns autores como “a quantidade de jurisdição definida por lei ao exercício de cada juiz”. Nem todo juiz que tem jurisdição é competente para julgar todas as causas, embora todo juiz competente para julgar todas as causas tenha jurisdição. A restrição ao exercício da jurisdição provém da lei, que traça os limites dentro dos quais ela pode ser exercida. Se a lei não restringe a jurisdição de um juiz, ele pode julgar tudo. Mas se a lei lhe atribui poderes para julgar apenas determinados casos, a jurisdição fica demarcada pela competência. Para cada causa, há pelo menos 1 juiz competente. Se existir mais de 1 juiz competente para uma determinada causa, a competência será concorrente. Cada juiz só pode julgar as causas que, segundo a lei, estão incluídas no âmbito de sua jurisdição, pois fora desse âmbito o juiz é considerado incompetente. Em outras palavras, cada juiz tem sua jurisdição determinada pela competência. Sendo a competência um dos pressupostos de validade do processo, deve o juiz examinar, de ofício (por conta própria), se é ou não competente para julgar a causa. Não devemos confundir “juízo” com “juiz”. 
Juízo - Também chamado de vara, é o órgão judicial dentro do qual se posiciona o juiz. 
Juiz - É o órgão jurisdicional (se o juízo for competente, essa competência se estende ao juiz). 
Delimitação da jurisdição no espaço - Competência internacional ou externa
A jurisdição do Estado vai até onde vai a sua soberania. Mas como evitar que a jurisdição nacional entre em choque com a jurisdição de outros países, também soberanos, criando conflitos intoleráveis na ordem jurídica internacional com possíveis danos à segurança externa? Nenhum critério específico existe para nortear o legislador nesse aspecto, guiando-se ele mais por motivos de ordem prática ou política. Se a jurisdição pode ser (em tese) concebida ilimitadamente, desconhecendo qualquer fronteira, aconselha-se ao Estado não conturbar a jurisdição de outros países. Portanto, cada Estado soberano cuida de estabelecer limites ao exercício da jurisdição dos seus juízes, determinando a competência internacional ou externa. 
Competência interna - Critérios de determinação de competência
Estabelecida a competência internacional ou externa, a multiplicidade de juízes atuando no território Estatal requer que, numa segunda operação, se reparta entre eles o exercício da jurisdição. Trata-se da determinação da competência interna. A doutrina aponta diversos critérios para a determinação da competência interna, mas não há nenhum consenso sobre qual deles é o correto. Porém, a grosso modo, podemos afirmar que as diversas teorias assentam suas bases em 5 elementos:
Valor da causa - Quando é o valor econômico da relação jurídica ou do seu objeto que determina a competência interna.
Matéria - Quando é a natureza da relação jurídica que determina a competência interna.
Pessoas - Quando é a condição ou qualidade das partes que determina a competência interna. 
Território - Quando é o lugar onde se encontram as partes ou o objeto da relação jurídica que determina a competência interna.
Função - Quando é a função do juiz sobre determinada demanda que determina a competência interna.
Critérios doutrinários de determinação de competência 
Subjetivo - Depende da qualidade da pessoa
Objetivo - Depende da matéria e do valor da causa
Funcional - Depende da função
Territorial - Depende do território
Critérios de determinação de competência adaptados pelo Código de Processo Civil
Competência em razão do valor
A competência em razão do valor se assenta no fato de que toda causa tem um valor. O valor da causa não é fixado pelo autor, resultando de critérios estabelecidos pelo Código (CPC, art. 259). Não se pode entender por “valor da causa” apenas o valor do bem estimado em dinheiro, uma vez que no campo processual penal a competência é fixada também pela quantidade de pena aplicada ao crime. Nem todas as causas estão sujeitas a uma valoração pecuniária, como, por exemplo, as concernentes ao estado e à capacidade das pessoas (anulação de casamento, separação judicial, alteração de registro civil etc). 
Juizado estadual Pega casos de valor abaixo de 40 salários mínimos.
Juizado federal Pega casos de valor abaixo de 60 salários mínimos.
Fazenda pública Pega casos de valor abaixo de 60 salários mínimos.
Vara federal Pega casos de valor acima de 60 salários mínimos.
Competência em razão da matéria
A competência em razão da matéria é determinada pela natureza da causa ou da relação jurídica que se apresenta ao juízo para ser decidida. O que justifica essa distribuição de competência é o interesse público: o legislador quis conceder uma proteção mais eficaz ao indivíduo e aos interesses sociais. Ex: as causas cíveis são da competência dos juízes das varas cíveis. Mas se as causas cíveis versarem sobre assuntos de família, passam a ser da competência dos juízes da vara de família. Do mesmo modo, as causas penais se aplicam aos juízes das varas criminais. Nas comarcas com vara única, toda a competência é atribuída ao juiz de direito (mesmo porque ele também é único), salvo se for da competência da justiça federal, trabalhista, eleitoral ou militar. 
Competência em razão da qualidade das pessoas
A qualidade das pessoas interfere na distribuição da competência, pois algumas pessoas jurídicas (União, autarquias, fundações públicas e empresas públicas), por motivo de interesse público, gozam do privilégio de foro e de juízo. 
Competência em razão do território
A competência territorial, também chamada de competência de foro, é aplicada porque as várias varas competentes para cuidar da matéria exercem suas funções em comarcas, seções judiciárias ou circunstâncias judiciárias. Através da competência territorial, as causas são distribuídas entre as varas, tornando mais cômoda a defesa das partes. O objetivo é fazer com que o processo se desenvolva numa vara que, em virtude de sua sede, possa exercitar suas funções de maneira mais eficiente. Foro é o lugar onde a demanda deve ser proposta. A lei cuida de estabelecer o foro onde as causas devem ser propostas. Além do foro geral, a lei também estabelece o foro supletivo do geral e o foro especial. A competência territorial é determinada pelo domicílio do réu nas ações pessoais e reais sobre bens móveis, sendo que o domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo e o da pessoa jurídica privada o lugar de sua administração.
FORO GERAL
É aquele onde uma pessoa deve ser ré, em juízo, em qualquer causa, salvo quando seja expressamente deferida a outro foro.
FORO 
SUPLETIVO
Atende à circunstância da pessoa ter mais de um domicílio, ou de não ter nenhum, ou de ser incerto ou desconhecido o seu domicílio, ou de não ter domicílio no território nacional.
FORO ESPECIAL
É aquele onde o réu deve ser chamado a responder somente em determinadas causas, atribuídas ao juízo desse foro.
Revisão de domicílio - Se a pessoa natural tiver residências onde viva alternadamente, considera-se domicílio qualquer uma delas. Quanto às relações concernentes à profissão, o domicílio é o lugar onde esta é exercida. Se não tiver residência habitual, tem-se por domicílio o lugar onde é encontrada. Se a pessoa jurídica tiver diversos estabelecimentos em lugares diferentes (franquias), será domicílio qualquer um deles, e se a administração ou diretoria tiver a sede no estrangeiro, será domicílio a agência ou estabelecimento no Brasil. Se for incapaz, seu domicílio será o do curador ou tutor. Se for menor de idade, o domicílio será o do próprio menor. Se a pessoa for idosa,o domicílio será o do próprio idoso.
Art. 94 - A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu.
§ 1º Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer um deles.
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer um deles, à escolha do autor.
*Se o autor for idoso, excepcionalmente a ação será proposta em seu domicílio.
Exemplos:
O autor da ação mora em Salvador O autor é idoso e mora no Rio de Janeiro.
O réu mora em São Paulo. O réu mora em Curitiba.
A ação será proposta em São Paulo. A ação será proposta excepcionalmente no Rio de Janeiro.
FALSOS PRIVILÉGIOS (OU SEGUE ESTAS HIPÓTESES OU SEGUE O ART. 94)
Art. 100 - É competente o foro:
I - Da residência da mulher, para a ação de desquite e de anulação de casamento.
I - Da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio.
I - Do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos.
III - Do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos.
IV - Do lugar: 
a) Onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica.
b) Onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu.
c) Onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que carece de personalidade jurídica.
d) Onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento.
V - Do lugar do ato ou fato: 
a) Para a ação de reparação do dano. 
b) Para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios. 
Parágrafo único - Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o foro do domicílio do autor, do réu ou do local do fato. 
COMARCA
É o território em que o juiz de direito de 
1ª 
instância exerce sua jurisdição.
 Ou seja, é o território abrangido pela competência do juiz. A comarca 
pode abranger um ou mais municípios, e nela podem atuar um ou mais juízes, cada 
um
 em uma vara específica (vara
 de família, sucessão, criminal
 etc.). Caso haja 
somente um juiz, toda a competência é atribuída a ele, que poderá julgar qualquer causa
.
VARA
/JUÍZO
É
 o local onde o magistrado efetua as atividades.
 
De acordo com a demanda processual da comarca e o tipo das causas, poderão ser criadas varas específicas, e em cada uma delas atuará um juiz de direito, que tomará para si somente as questões sobre uma determinada matéria.
FORO
É o lugar onde a demanda deve ser proposta. A vara fica dentro do foro. 
 Em razão da matéria (natureza da causa)
 I - Objetivo Em razão do valor (da causa)
 Em razão da pessoa (da qualidade da pessoa)
 Geral - Domicílio do réu
 
 Diversos domicílios
 Supletivo Diversas residências
 do geral Domicílios ou residências desconhecidos
 Critérios de II - Territorial Inexistência de domicílio ou residência
 determinação (ou de foro) 
 de competência Situação da coisa
 Especiais Condição das pessoas
 Local do ato ou fato
 Plano horizontal
 III - Funcional 
 (hierarquia) Plano vertical
NA ESFERA TRABALHISTA
 
A competência territorial geral é determinada pela localidade onde o empregado presta o serviço ao empregador. 
NA ESFERA PENAL 
A competência territorial geral é determinada
 pelo local da infração. 
Q
uando o local da infração é desconhecido, a competência territorial geral é determinada pelo domicílio do réu.
Competência em razão da função
Refere-se à hierarquia ou grau.
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
Eu posso dar entrada na ação no Brasil ou no estrangeiro.
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
Eu só posso dar entrada na ação no Brasil.
Perguntas eliminatórias para a determinação da competência
1. A competência é do Brasil (a competência é concorrente ou exclusiva)? Artigos 88 a 90.
2. Sendo do Brasil, a competência é do Judiciário?
3. Se é do Judiciário, é especializada?
4. Em caso negativo, é de superposição?
5. Sendo comum a competência, é federal ou estadual?
6. Qual a hierarquia ou grau?
7. Qual é a matéria (criminal, federal, previdenciário, etc)?
8. Qual a localidade (foro)?
Sendo federal ou estadual
 
 Tribunais de 
 superposição
 STF
 STJ TST TSE STM
 
 TJ TRF TRT TRE TJM
 
Juiz estadual Juiz federal Juiz trabalhista Juiz eleitoral Juiz militar
 Jurisdição comum Jurisdição especializada
COMPETÊNCIA NACIONAL
Art. 88 - É competente a autoridade judiciária brasileira quando:
I - O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil.
II - No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação.
III - A ação se originar de fato ocorrido ou de fato praticado no Brasil.
Parágrafo único - Considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 89 - Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - Conhecer ações relativas a imóveis situados no Brasil.
II - Proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
Art. 90 - A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que Ihe são conexas.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - Processar e julgar, originariamente:
a) Os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
b) As revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dosjuízes federais da região.
c) Os mandados de segurança e os habeas data contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal.
d) Os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal.
e) Os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal.
II - Julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua jurisdição.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - As causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.
II - As causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País.
III - As causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional.
IV - Os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral.
V - Os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente.
VI - Os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.
VII - Os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição.
VIII - Os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais.
IX - Os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar.
X - Os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o exequatur, e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização.
XI - A disputa sobre direitos indígenas.
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. § 3º Serão processadas e julgadas na Justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela Justiça estadual.
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
Para que serve o estudo da competência?
O estudo da competência serve para escrever o endereçamento da petição.
 
 Juiz de direito
Excelentíssimo Ministro
senhor doutor Juiz do trabalho
 Desembargador
 
 Vara penal
Da Vara do trabalho
 Vara eleitoral
 Vara de família
 
 Comarca
Território Seção judiciária do Estado
 Localidade
Incompetência relativa e absoluta
Incompetência absoluta Incompetência relativa
- São matérias de ordem pública relacionadas - São matérias de ordem privada relacionadas 
à competência: subjetivo, funcional e material. à competência valor da causa e territorial.
- A qualquer tempo e de qualquer maneira o - Há prazo e forma para o réu alegar vício de
réu pode alegar vício de competência. O juiz competência. Prazo = resposta do réu. 
também pode arguir isso de ofício. Forma = exceção da incompetência.
- Nulidade apenas dos atos decisórios. - Não há nulidade.
 Em ambos os casos, os autos serão
 encaminhados para o juízo competente
Competência de foro - 
Qual a comarca ou seção judiciária competente?
Competência de juízo -
 Qual a vara competente?
Competência interna -
 Qual o juiz competente?
Competência recursal -
 É competente o mesmo órgão ou órgão superior?
Conflito de competência
Art. 115 - Há conflito de competência:
I - Quando dois ou mais juízes se declaram competentes
II - Quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes.
III - Quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos.
* Se um juiz se clamar competente e o outro não, não há conflito de competência. Só há conflito de competência entre dois juízes se ambos se clamarem competentes ou incompetentes.
O conflito de competências pode ser dar
Entre dois juízes - Quem resolve é o TJ ou TRF.
Entre jurisdições diferentes - Quem resolve é o STJ.
Entre tribunais superiores diferentes - Quem resolve é o STF.
O que fazer quando duas ações sobre a mesma pretensão são ajuizadas?
Ex: João, casado com Maria, abre uma ação de divórcio. Maria, casada com João, também abre uma ação de divórcio. A ação de João cai na 7ª vara, enquanto que a de Maria cai na 8ª vara. Já que os dois processos não podem correr em paralelo, como escolher o que permanecerá correndo e o que será descartado?
Regra do STJ - Escolher-se-á a ação que primeiro foi ajuizada. Ex: se João ajuizou sua ação no dia 1 de janeiro e Maria ajuizou sua ação no dia 2 de janeiro, a ação que permanecerá correndo será a de João.
Regra do CPC - Se a competência territorial for igual, escolher-se-á a ação que o juiz primeiro despachar. Se a competência territorial for diferente, escolher-se-á a ação que primeiro for validada.

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