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ANÁLISE DOS ESTUDOS AMBIENTAIS REALIZADOS EM CAXIAS – MA NOS ANOS 2010 A 2014

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – CAMPUS CAXIAS
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
JAYME RIMAR DA SILVA
ANÁLISE DOS ESTUDOS AMBIENTAIS REALIZADOS EM CAXIAS – MA NOS ANOS 2010 A 2014
CAXIAS
2015
JAYME RIMAR DA SILVA
ANÁLISE DOS ESTUDOS AMBIENTAIS REALIZADOS EM CAXIAS – MA NOS ANOS 2010 A 2014
Monografia apresentada ao Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão, Campus Caxias como exigência para obtenção do grau de licenciado em Ciências Biológicas. 
Orientador: Esp. Guilherme Santana Lustosa
Co-orientador: Esp. Daniel Silas Veras dos Santos 
CAXIAS
2015
ANÁLISE DOS ESTUDOS AMBIENTAIS REALIZADOS EM CAXIAS – MA NOS ANOS 2010 A 2014
Por
JAYME RIMAR DA SILVA
Monografia apresentada ao Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão, Campus Caxias como exigência para obtenção do grau de licenciado em Ciências Biológicas. 
Aprovada em ______/_______/________
COMISSÃO EXAMINADORA
_____________________________________
Presidente: Prof. Esp. Guilherme Santana Lustosa
Orientador – IFMA Campus Caxias
_____________________________________
Membro: Prof. Esp. Daniel Silas Veras dos Santos
Co-orientador – IFMA Campus Caxias
_____________________________________
Membro: Profa. Esp. Ana Maria França Cutrim 
Membro interno – IFMA Campus Caxias
Caxias – MA, 10 de Dezembro de 2015
AGRADECIMENTOS 
A DEUS pela vida e sabedoria. 
A MINHA FAMÍLIA, especialmente a minha Mãe Rosângela Rimar, que sempre esteve ao meu lado nesta difícil caminhada, me apoiando em todas as fases desta conquista. Ao meu Pai Jurandir Santana pelo incentivo na realização desta jornada. As minhas irmãs Karynne e Jakelyne Rimar que sempre me apoiaram em todas as minhas decisões, aos meus avós queridos Domingos Santana, Enestina Maria e Maria de Lurdes, muito obrigado pelo carinho e incentivo. Além de todos os meus primos e primas, tios e tias que sempre estiveram ao meu lado. Amo todos.
AOS AMIGOS, em especial ao quinteto (Gatarau) Larissa Dias, Lázaro Andrade, Luciana Paula e Paulo Coutinho, vocês tornaram minha vida mais especial durante todos esses anos juntos. Gostaria de agradecer a toda galera da Psão D’Ritis por todos esses anos de convívio e amizade, de forma carinhosa a Fernando, Jayne, Karinny, Rafael, Max, Tatiane (Taty girl), Paulinho, Adriana e D. Rita.
AO ORIENTADOR Guilherme Santana Lustosa pelo apoio, compreensão, incentivo e competência e ao Co-orientador, Daniel Silas Veras pela ajuda prestada.
AO IFMA – Campus Caxias pelo ensino de qualidade e pela excelente formação acadêmica. 
A SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE pelo oportunidade e experiência, agradeço ao chefe de departamento Wesley Silva, Coordenador de Meio Ambiente, pela ajuda e aprendizado, ao Assessor Especial Benedito Moura pelo acolhimento, ao Fiscal Ambiental Erik pelos ensinamentos de como trabalhar em campo e ao Secretário Ivanilson Pereira pelo apoio e atenção.
Peço desculpas por não relacionar o nome de todas as pessoas que contribuíram para a conclusão desta etapa da minha vida, foi uma longa caminhada, muito obrigado por me ajudarem a realizar esse sonho.
“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. 
Albert Einstein 
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo analisar os estudos ambientais realizados em Caxias - MA. O trabalho envolveu o levantamento descritivo das principais metodologias de avaliação de impacto ambiental utilizada pelos empreendedores caxienses, verificando a conformidade das principais variáveis de caráter ambiental com a legislação brasileira vigente. A pesquisa do tipo documental constitui na análise dos Estudos Ambientais (EA) disponibilizados na Secretária Municipal de Meio Ambiente e Preservação dos Recursos Naturais – SEMUMA, foram publicados 92 estudos ambientais nos últimos cinco anos (2010-2014). As varáveis do estudo foram: categorização dos estudos ambientais, ano de elaboração do estudo, responsáveis pela elaboração do estudo (equipe técnica, pessoa física ou jurídica), empreendedor, tipo de empreendimento, técnica de avaliação (metodologia de mensuração do impacto ambiental) e a conformidade dos estudos com a legislação CONAMA. Os resultados finais apontam que o Plano de Controle Ambiental (PCA) é utilizado como estudo ambiental para o licenciamento de todas as atividades modificadora dos recursos naturais. Apontam ainda que esses estudos utilizam como metodologia de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) o Check-list. Além do mais, a SEMUMA não utiliza nenhum termo de referências para os estudos ambientais elaborados nos processos de licenciamento ambiental. Por isso, não existe um método específico para ser utilizado em cada tipo de empreendimento, nem mesmo uma verificação da qualidade das informações apresentadas pelos estudos, que demostraram uma moderada conformidade com a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.
Palavras-chave: Licenciamento Ambiental, Impacto Ambiental, Meio Ambiente. 
ABSTRACT
This objective was to analyze the environmental studies in Caxias, Maranhão. The work involved the descriptive survey of the main methodologies of environmental impact assessment used by caxienses entrepreneurs, checking compliance of the main environmental character variables with the current Brazilian legislation. The documentary type of research is the analysis of Environmental Studies (ES) available at SEMUMA – a Government Agency in charge of environment supervision in Caxias – 92 environmental studies of the period 2010-2014 were analyzed. The main research variables were: categorization of environmental studies, year of preparation of the study, responsible for drafting the study (technical team, individual or legal entity), entrepreneur, enterprise type, valuation technique (measurement methodology of environmental impact) and as to whether studies with CONAMA legislation. The final results show that the Environmental Control Plan (ECP) is used as environmental study for the licensing of all modifier activities of natural resources. Also indicate that these studies use as the Environmental Impact Assessment (EIA) methodology the Checklist. Moreover, the SEMUMA does not use any term of reference for the environmental studies carried out in the environmental licensing process. Therefore, there is no specific method to be used in each type of enterprise, not even for checking the quality of information provided by studies that showed a moderate line with the current CONAMA legislation.
Keywords: Environmental Licensing, Environmental Studies, Environment. 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 - Ano de publicação por produção de Estudos Ambientais realizados em Caxias	21
Figura 2 - Responsáveis pela elaboração dos Estudos Ambientais em Caxias - I	21
Figura 3 - Responsáveis pela elaboração dos Estudos Ambientais em Caxias - II	22
Figura 4 - Perfis dos Profissionais que elaboraram Estudos Ambientais em Caxias	23
Figura 5 - Maiores empreendedores por produção de Estudos Ambientais realizados em Caxias	24
Quadro 1 - Empreendimentos por produção de Estudos Ambientais .................................
Figura 6 - Técnica de Avaliação de Impacto por produção de Estudos Ambientais realizados em Caxias	27
Figura 7 – Conformidade dos Estudos Ambientais referentes aos tipos de empreendimentos com CONAMA	29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AIA - Avaliação de Impacto Ambiental
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica 
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente 
CONFEA - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia 
EA - Estudo Ambiental
EIA - Estudo de Impacto Ambiental 
EIV - Estudo de Impacto de Vizinhança 
ERB - Estação de Rádio Base 
FIEMA - Federação das Indústriado Estado do Maranhão 
GLP - Gás Liquefeito de Petróleo 
IBMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IFMA - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão 
LI - Licença de instalação 
LO - Licença de operação
LP - Licença prévia 
MMA – Ministério do Meio Ambiente 
PCA - Plano de Controle Ambiental
PNMA - Política Nacional de Meio Ambiente 
PRAD - Plano de Recuperação de Área Degradada 
RCA - Relatório de Controle Ambiental
RIMA - Relatório de Impacto Ambiental
RVA - Relatório de Viabilidade Ambiental
SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Recursos Naturais
SEMUMA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Preservação dos Recursos Naturais 
 
	
INTRODUÇÃO
O uso desordenado da água, do solo e a qualidade do ar vem caindo com o desenvolvimento dos grandes centros urbanos. A preocupação do mundo com o meio ambiente é muito recente, a expressão impacto ambiental teve definição mais precisa somente na década de 70. A partir daí, diversos países perceberam a necessidade de estabelecer diretrizes e critérios para avaliar os efeitos provocados pela ação humana sobre a natureza.
A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), Lei n° 6.938/81 (BRASIL, 1981), representar o primeiro marco do moderno direito ambiental brasileiro, tendo como objetivo a regularização e racionalização no uso dos recursos ambientais. A PNMA engloba uma série de princípios, diretrizes, objetivos e instrumentos de planejamento e gestão do meio ambiente, assegurando-o como um patrimônio público protegido a fim de garantir o uso coletivo.
É primordial que todo e qualquer empreendimento que venha fazer uso dos recursos ambientais tenham a preocupação de estar legalmente viável, atendendo a todos os requisitos exigidos na lei. A definição jurídica de impacto ambiental no Brasil vem expressa no Art. 1° da Resolução 001, de 23 jan.1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), órgão consultivo e deliberativo sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado que considera: 
Impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas, do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas, que direta ou indiretamente, afetam-se: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos naturais. 
(CONAMA, 1986)
O Licenciamento Ambiental é um instrumento que direciona o funcionamento de um empreendimento através da definição de seus impactos e medidas mitigadoras e compensatórias, estabelecidos pelo estudo de Avaliação de Impactos Ambientais. Para Sánchez (2006) impacto é uma alteração do meio ambiente provocada por ação humana podendo ser benéfica ou adversa. Neste ponto, que o licenciamento ambiental age como uma tutela administrativa preventiva do meio ambiente, tendo como objetivos a preservação dos impactos negativos e valorização dos impactos positivos sobre os recursos naturais.
Segundo Silva (1994) os estudos ambientais são utilizados para prever as consequências ambientas resultantes do desenvolvimento de um projeto. É importante haver uma maior regulamentação no uso dos recursos ambientais, ou seja, no processo de concepção de um empreendimento que utilize recursos da natureza para a sua implantação, é necessário que haja uma avaliação prévia das condições deste ambiente, principalmente para determinar quais os impactos ambientais que essa atividade irá causar.
Ao longo do tempo, o desenvolvimento dos centros urbanos tem sido responsável pelo aumento da ação antrópica sobre os recursos naturais provocando o surgimento de graves desequilíbrios no ambiente global. O estudo ambiental é um importante instrumento de proteção do meio ambiente, por ter como base o princípio da prevenção e compõe uma das etapas do licenciamento ambiental. É essencial que sua elaboração siga todas as diretrizes exigidas pelo CONAMA e que suas informações sejam detalhadas, precisas e abrangentes, devendo ser apresentadas na forma de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
Para quer um estudo ambiental esteve em conformidade com as normas determinadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente é importante que ele atenda as diretrizes apresentadas na Resolução 001 de 1986. Além disso, a metodologia de avaliação dos impactos ambientais apresentada seja correta e eficiente. 
Dessa forma, este trabalho objetiva analisar os estudos ambientais realizados em Caxias – MA, disponibilizados na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Preservação dos Recursos Naturais no período de 2010 a 2014, verificando a conformidade dos estudos com a legislação brasileira vigente e a identificação das técnicas de avaliação de impacto ambiental. 
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Licenciamento Ambiental
O meio ambiente é assegurado e protegido como patrimônio público e deve ser garantido como uso coletivo. O licenciamento ambiental é uma exigência legal e uma ferramenta do poder público para controle ambiental e tem por finalidade assegurar que o meio ambiente seja respeitado no processo de instalação e operação de um empreendimento ou atividade que utilize recursos naturais para a sua concepção.
Segundo Motta e Pêgo (2013) o licenciamento ambiental é um procedimento administrativo destinado a regulamentação de atividades ou empreendimentos utilizadores dos recursos ambientais, de forma efetiva ou potencialmente poluidora, cause algum tipo de degradação ambiental. Ainda segundo os autores, o licenciamento “é um instrumento essencial para conciliar o meio ambiente e o desenvolvimento econômico e social”. Esse procedimento é importante para verificar a adequação de um projeto ou atividade ao meio ambiente. 
O licenciamento ambiental é uma revisão das atividades potencialmente poluidoras que exijam a elaboração do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental). É a análise da área onde será implantado o empreendimento nos aspectos sociais, econômicos e ambientais. Este estudo deve contemplar as alternativas tecnológicas e de localização, área de influência, diagnóstico ambiental e identificação dos impactos ambientais da implantação do projeto, verificando a existência de passivos ambientais, além de prever o impacto que sofrerá o meio com a implantação da atividade.
As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei n° 6.938/81 (BRASIL, 1981) e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. O licenciamento ambiental é composto por três tipos de licença: prévia, de instalação e de operação. Cada um refere-se a uma fase distinta do empreendimento e sua sequência de encadeamento deve ser seguida.
Conforme o Manual de Procedimentos para o Licenciamento Ambiental Federal (MMA, 2002) a instalação e operação de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores qualquer forma que cause degradação ambiental dependerá de prévio licenciamento por órgão estadual competente ou pelo IBAMA, sem prejuízo de outras licenças exigíveis. Além do mais, cada estado brasileiro pode apresentar uma legislação ambiental diferente, mas em todos é obrigatório o prévio licenciamento ambiental para construção, instalação, ampliação e funcionamento de atividades e estabelecimentos que façam uso dos recursos naturais.
2.2 Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)
A Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, de grande importância para a gestão institucional de planos, programas, projetos e políticas, em nível federal, estadual e municipal. É um processo de avaliação dos efeitos ecológicos, econômicos e sociais que podem resultar na implantação de atividades antrópicas, seu monitoramento e controle é feito pelo poder público e sociedade.Segundo Milaré (2004) a implantação de uma atividade ou obra que tenha potencial para causar impactos ambientais significativos deve submeter-se a uma análise e controle prévios. O diagnóstico é necessário para prever, antecipar e analisar os riscos dos impactos ambientais a serem prevenidos, mitigados e compensados no momento da instalação e operação do projeto.
De acordo com Thomé (2015) a avaliação de impacto ambiental são todos os estudos relativos aos aspectos ambientais apresentados como subsídios para análise de licença ambiental como forma de antever os danos provocados por um projeto. É importante perceber as diferenças entre AIA (gênero) com o EIA (espécie). O estudo é um dos elementos do processo de avaliação, sendo específico para obras ou atividades potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente.
Motta e Pêgo (2013) consideram que todo e qualquer estudo ambiental tem por objetivo subsidiar a tomada de decisão na viabilidade das atividades modificadoras do meio ambiente, e não apenas decidir sobre a concessão da licença ambiental. O estudo deve realizar um exame sistemático dos impactos ambientais de uma atividade que modifique o meio ambiente. Realiza-se um AIA para antever os danos causados a natureza por um empreendimento potencialmente poluidor, o estudo deve realizar um exame sistemático dos impactos ambientais da atividade sobre o meio ambiente. 
Contudo, Oliveira e Moura (2009) consideram como componente conciliador do desenvolvimento de um projeto ambiental uma retroalimentação contínua entre as conclusões de um estudo e a concepção da proposta sejam ecologicamente viáveis. As metodologias de AIA utilizam como proposta métodos e técnicas estruturadas para coletar, analisar, comparar e organizar informações e dados sobre impactos ambientais no meio físico, biológico e antrópico, tendo como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida. 
2.3 Estudos de Impacto Ambiental (EIA)
Dentre os instrumentos criados para defesa do meio ambiente está o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), inseridos no ordenamento jurídico pela Lei n° 6.938/81 (BRASIL, 1981), que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, que foi regulamentada pelas Resoluções 001/86 e 237/97 do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA. 
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é uma ferramenta de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e deve ser realizado para auxiliar os procedimentos de licenciamento ambiental de atividades efetiva ou potencialmente causadoras de degradação dos recursos naturais. O EIA faz uma análise do custo/benefício de um projeto, tendo como base o meio ambiente, a sociedade e não apenas o empreendedor privado. 
De acordo com Silva (1994) o EIA tem por finalidade a proteção do meio, por isso, é um procedimento utilizado para prever as consequências ambientais resultantes do desenvolvimento de atividades antrópicas. Na Resolução CONAMA n° 001/86, lista as atividades com impacto ambiental significativo em que normalmente o EIA/RIMA é exigido para o licenciamento de atividade modificadoras do meio ambiente, tais como: (o restante da lista se encontra no anexo A deste trabalho) 
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II - ferrovias; III -portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV - aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 48, do Decreto-Lei n.º 32, de 18 de novembro de 1966; V - oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 KW;
(CONAMA, 1986).
Para que um Estudo de Impacto Ambiental esteja em conformidade com a legislação vigente no Brasil é primordial que apresente todos os requisitos exigidos pelo CONAMA, como: alternativas tecnológicas e de localização, identificação e avaliação dos impactos ambientais do projeto, área de influência do empreendimento, planos e programas governamentais do projeto, diagnóstico ambiental da área, previsão de magnitude e interpretação dos impactos ambientais, medidas mitigadoras, programa de monitoramento de impacto ambiental. Além disso, os estudos devem apresentar a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de acordo com a Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977 (BRASIL, 1977).
A principal finalidade do EIA é assegurar que o meio ambiente esteja ecologicamente equilibrado e que não ocorra nenhum tipo de degradação por empreendimentos que utilizam os recursos ambientais para sua instalação e operação. Assim, muitos são os métodos e técnicas utilizados para avaliar os impactos ambientais que um empreendimento irá causar, destacam-se: metodologia espontânea, metodologia de listagem (Check-list), matriz de interação, metodologias quantitativas, modelos de simulação e mapas de superposição. As metodológicas de avaliação são mecanismos estruturados para coletar, analisar, comparar e organizar as informações sobre impactos ambientais de uma proposta, incluindo os meios de apresentação escrita e visual dessas informações (OLIVEIRA; MOURA, 2009). 
Fiorillo (2013) chama atenção para o processo de elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental que devem ser realizados por uma equipe multidisciplinar, sendo composta por técnicos habilitados das mais diferentes áreas, como: biólogos, geógrafos, físicos, sociólogos, entre outros, os quais avaliarão os impactos ambientais positivos e negativos do projeto seguindo todas as diretrizes estabelecidas pela legislação ambiental brasileira. O principal objetivo é a elaboração de um estudo ambiental completo, profundo e abrangente sobre as atividades com significativa degradação do meio ambiente.
É Importante estabelecer as diferenças existentes entre o EIA e o RIMA. Para Cecconello (2009) todas as informações do EIA será explicitado e apresentado através do RIMA, sendo que ambos são enviados ao órgão ambiental para concessão da licença ambiental. O estudo tem maior abrangência que o relatório, pois compreende o levantamento da literatura científica e legal, estudo de campo para diagnostico da área no meio físico, ecológico e antrópico, avaliação dos impactos ambientais e a da área de influência do projeto, além da própria redação do RIMA.
2.4 Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é um documento que visa comunicar ao público as principais conclusões do Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Deve apresentar uma linguagem clara e acessível aos interessados, cujas as informações são destinadas a apresentar a avaliação do potencial impacto ambiental do empreendimento diagnóstico pelo estudo. 
Segundo Thomé (2015) o principal objetivo do RIMA é esclarecer as informações do EIA que normalmente é complexo e apresenta uma linguagem mais técnica. Constitui um documento importante no processo de avaliação dos impactos ambientais, devendo esclarecer os elementos da proposta em estudo, de modo que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão.
Segundo Resolução CONAMA 001/86, o RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua compreensão, devendo as informações serem traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, quadros, cartas, gráficos e demais técnicas de comunicação visual. Objetiva-se que as informações sejam facilmente transmitidas, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais da sua implementação.
Para Fiorillo (2013) o EIA/RIMA deverão ser enviados ao órgão ambiental competente para que seja feita a análise sobre o licenciamento da atividade. O RIMA apresenta resultados dos estudos técnicos e científicos de avaliação de impacto ambiental. Portanto, a população poderá ter acesso a todas as informações desses estudos e também participará dos processos de audiências públicas, sendo parte integrante desse procedimento o poder público e a sociedade.2.5 Plano de Controle Ambiental (PCA)
O Plano de Controle Ambiental (PCA), conforme Resolução CONAMA 009/1990, reúne em programas específicos, todas as ações e medidas minimizadoras, compensatórias e potencializadoras aos impactos ambientais prognosticados pelo Estudo de Impacto Ambiental. A sua efetivação se dá por uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das diferentes áreas de abrangência, com todas as medidas a serem implementadas pelo projeto. 
De acordo com Pimenta et al. (2014) o PCA deve contém as propostas das ações que devem ser estabelecidas durante a fase de construção. O principal objetivo é a prevenção ou correção de impactos ambientais que possam acontecer com a implantação do empreendimento. A elaboração do PCA se dá durante a Licença de Instalação (LI) e, de maneira geral, é exigido pelos órgãos ambientais como subsídio para o Licenciamento Ambiental.
METODOLOGIA
3.1 Área de Estudo
O Município de Caxias (4º51’43,63’’ S e 43º21’50,27’’ O) localiza-se no leste do Maranhão, na microrregião de Caxias. Possui uma área total de 5.197 km² e uma população estimada em 160.291 habitantes (IBGE, 2014), sendo considera uma cidade de médio porte.
Os processos analisados por este estudo estão disponibilizados na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Preservação dos Recursos Naturais de Caxias – SEMUMA criada pela Lei n° 1.698/07 (CAXIAS, 2007). A Secretaria é um importante órgão de monitoramento e fiscalização das atividades causadoras de impacto ambiental no munícipio de Caxias e está localizada na Avenida Pirajá s/n, bairro Pirajá.
3.2 Coleta e Análise dos Dados 
A pesquisa aconteceu nos meses de setembro e outubro de 2015 na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Preservação dos Recursos Naturais de Caxias – SEMUMA. As técnicas utilizadas para levantamentos de dados foram: pesquisa documental e entrevistas não estruturadas.
Conforme Lakatos e Marconi (2010) a pesquisa documental tem como fonte de coleta de dados documentos, escritos ou não, denominados de fonte primária. Com a finalidade de identificar os processos que realizaram estudos ambientais para licenciamento ambiental de suas atividades, a pesquisa documental aconteceu nos arquivos públicos depositados na SEMUMA de Caxias – MA no período de 2010 a 2014. A escolha por esses anos se deu pelo fato de serem os últimos cinco anos na qual tivesses processos finalizados e publicados pela secretaria.
As entrevistas foram despadronizadas e os entrevistados tiveram liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direção que considerou adequado. Segundo Lakatos e Marconi (2010) as entrevistas não estruturadas são uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral, as perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal. As pessoas entrevistadas nesse estudo foram: o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Ivanilson José Pereira de Araújo e Silva, e o Coordenador de Meio Ambiente de Caxias, José Wesley Silva.
Para o levantamento dos dados da pesquisa houve a elaboração de uma Ficha Técnica Documental (apêndice A), na qual constava questões como: Nome do empreendimento; Categorização do estudo ambiental; Responsável por elaborar o Estudo Ambiental (EA); Perfil dos profissionais que elaboram os estudos ambientais; Empreendedor e tipo de empreendimento; Ano de Elaboração do EA; Identificação da técnica de Avaliação de Impacto Ambiental; Conformidade dos estudos ambientais com o CONAMA, nas seguintes diretrizes: Área de influência do projeto, Planos e Programas Governamentais, Alternativas locacionais e/ou tecnológicas, Diagnostico Ambiental preliminar, Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais do projeto, Previsão de magnitude e interpretação da importância dos prováveis Impactos Ambientais, Medidas mitigadoras, Impactos desfavoráveis e Medidas Compensatórias, Programa de monitoramento de Impacto Ambiental e Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.
Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007) a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura-se identificar nos estudos a frequência com que uma variável ocorre, sua relação e conexão com outras, sua natureza e suas características. Com esses objetivos, foram feitas análises de caráter descritivo da conformidade dos estudos ambientais com a legislação brasileira vigente e a identificação das técnicas de avaliação de impacto ambiental utilizadas nos estudos realizados para licenciamento de empreendimentos caxienses. 
Na descrição e análise dos dados coletados evidenciam-se as variáveis do estudo, como: categorização dos estudos ambientais, ano de elaboração do estudo, responsáveis pela elaboração do estudo (equipe técnica, pessoa física ou jurídica), empreendedor (empresa solicitada), tipo de empreendimento, técnica de avaliação (metodologia de mensuração do impacto ambiental) e a conformidade dos estudos com a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. 
A fim de facilitar a análise, houve uma categorização dos tipos de empreendimentos que utilizaram estudos ambientais para a sua implantação, como: açudes e barragens, construções turísticas (hotéis, pousadas, resort e outros empreendimentos turísticos), mineração (extração de argila, calcário, calcita e granito), pavimentação (rodovias e avenidas), saneamento, sistema de irrigação (projetos de irrigação e adutoras), urbanização (requalificação urbanística e loteamento), empreendimentos agrícolas e outros.
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
4.1 Categorizações dos Estudos Ambientais 
No período de 2010 a 2014 foram analisados 92 processos finalizados e publicados na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Conservação dos Recursos Naturais (SEMUMA), contendo 89 Planos de Controle Ambiental (PCA); 8 Planos de Recuperação de Área Degradada (PRAD); 1 Estudo de Impacto Ambiente/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA); 1 Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV); 1 Relatório de Controle Ambiental (RCA) e 1 Relatório de Viabilidade Ambiental (RVA).
Os processos de licenciamento ambiental podem vim com mais de um estudo ambiental. Os oito processos sobre extração mineral constam de um PCA e um PRAD. Também foi encontrado um processo sobre Operação de Estação de Rádio Base – ERB na qual constava com um PCA e um EIV.
Para o licenciamento ambiental de empreendimentos de pequena magnitude na cidade de Caxias são exigidos estudos ambientais mais simplificados como o Plano de Controle Ambiental, que foi encontrado nos 89 dos 92 processos finalizados e publicados pela SEMUMA. Conforme o Art. 5º da Resolução CONAMA nº 09 de 1990, o PCA deve conter todas as ações e medidas minimizadoras, compensatórias e potencializadoras aos impactos ambientais prognosticados pelo Estudo de Impacto Ambiental – EIA sendo exigido durante a Licença de Instalação (LI).
No período de 2010 a 2014 foi identificado um único empreendimento (Conjunto Habitacional Vila Paraíso) que utilizou um Estudo de Impacto Ambiental e seu Relatório de Impacto Ambiental para o processo de licenciamento ambiental. De acordo com o Secretário de Meio Ambiente, Ivanilson Pereira, não são exigidos estudos ambientais mais complexos, como uma EIA/RIMA, pois a cidade não recebe empresas e indústrias de grande porte.
4.2 Ano de elaboração
A figura 1 demostra que o número de publicações dos estudos ambientais apresenta estabilidade nos três últimos anos (2012, 2013 e 2014). No ano de 2011 houve um aumento de 63% em relação ao ano anterior de estudos ambientais relacionado ao desenvolvimento de empreendimentos sobre Silvicultura, Mineração e Posto de Revenda de Gás Liquefeito de Petróleo. Neste mesmo ano os projetos sobre Silvicultura saltaram de 1 para 7 por ano, os resultados estão alinhados ao aparecimento de novas empresas na região. Os projetos sobre criação de animais (piscicultura e suinocultura) também apresentaram destaque neste mesmo ano. Os resultados indicam uma leve baixa no número de estudos ambientais realizadosem Caxias. Nos últimos três anos (2012, 2013 e 2014) a média de publicações foram de 14 estudos ambientais por ano, um pouco abaixo da média dos últimos cinco anos (2010 a 2014) de 18 estudos ambientais.
Figura 1 - Ano de publicação por produção de Estudos Ambientais realizados em Caxias
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015.
4.3 Responsáveis pela elaboração
Na figura 2 é possível identificar que os estudos ambientais realizados nos anos de 2010 a 2014 foram elaborados, em sua maioria, de forma individual pelos técnicos na cidade de Caxias. Identificou-se aproximadamente 25 profissionais diferentes que participaram dos processos de realização dos estudos ambientais. Respeitando o sigilo profissional, os nomes dos técnicos que elaboraram os estudos serão representados por siglas, assim sendo, os que mais se destacaram foram: AJSP com 11 estudos ambientais, seguido de CPS e SSS com 9 estudos cada, JSOF e PBN com 8 estudos ambientais cada e ASCF com 6 estudos. Outros 7 técnicos realizaram um único estudo ambiental para a obtenção do licenciamento ambiental.
Figura 2 - Responsáveis pela elaboração dos Estudos Ambientais em Caxias - I
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015.
Na figura 3 é possível identificar que os responsáveis por elaborarem os estudos ambientais na cidade de Caxias são na maioria pessoa física. Somente em 11% dos processos de licenciamento ambiental foram empresas que ficaram responsáveis pela elaboração dos estudos ambientais. Dentre estas, identificou-se 4 que realizaram estudos na região, sendo 2 do Maranhão e 2 de outros estados. A P. Barroso Neto Consultoria é uma empresa caxiense e realizou 5 estudos ambientais, a FLOREST Consultoria Ltda. é uma empresa de São Luís e participou de 3 processos de licenciamento ambiental, já as empresas Flora Monte Claro Ltda., do Paraná, e a TEMA Engenharia e Empreendimentos Ltda., de Goiás, realizaram 1 estudo ambiental cada.
Figura 3 - Responsáveis pela elaboração dos Estudos Ambientais em Caxias - II
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015.
Conforma o Art. 11 da Resolução CONAMA 237/1997, os estudos de impacto ambiental deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados. A avaliação dos impactos ambientais devem considerar os aspectos positivos e negativos da implantação do projeto seguindo todas as diretrizes estabelecidas pela legislação ambiental, no qual determina que os estudos de impacto ambiental sejam realizados por técnicos capacitados para tais funções, correndo as despensas à conta do proponente do projeto.
Para Fiorillo (2013) os estudos ambientais devem ser realizados por uma equipe multidisciplinar, sendo composta por técnicos habilitados das mais diferentes áreas, como: biólogos, geógrafos, físicos, sociólogos, entre outros. O principal objetivo é a elaboração de um estudo ambiental completo, profundo e abrangente sobre as atividades com significativa degradação do meio ambiente. Um técnico ambiental capacitado desenvolverá estudos ambientais com maior precisão e riqueza de informações. 
4.4 Perfis dos Profissionais
Os responsáveis por elaborarem os estudos ambientais na cidade de Caxias apresentaram perfil variado. Os profissionais que mais elaboraram estudos ambientais na cidade foram na área da engenharia. Nos anos de 2010 a 2014 identificou-se 41 engenheiros, sendo: 13 eng. agrônomos, 10 eng. civis, 10 eng. florestais, 5 eng. mecânicos, 2 eng. ambientais e 1 eng. químico. Além dos engenheiros, observa-se na figura 4, outros profissionais também se destacaram, como os técnicos (agropecuária, ambiental, geoprocessamento e telecomunicações), arquitetos, geógrafos e geólogos, biólogos e economistas. 
Figura 4 - Perfis dos Profissionais que elaboraram Estudos Ambientais em Caxias
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015.
Conforme o Art. 69-A da Lei nº 9.605/1998 (BRASIL, 1998) sobre crimes ambientais, determina que a identificação dos profissionais que elaboraram os estudos ambientais é fundamental, pois serão responsabilizados penalmente em caso de prestar informações falsas, incompletas ou enganosa. A responsabilidade por prestar informações duvidosas é do empreendedor e dos profissionais que subscreveram os estudos, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais. Por isso, é primordial seguir todos os requisitos exigidos pelo órgão ambiental competente, além de elaborar estudos ambientais detalhados e completos. 
Para Cunha e Guerra (2006) as mudanças ambientais é um tema abrangente, sendo objeto de estudos em diversas áreas do conhecimento, como: Geologia, Biologia, Engenharia, Economia, Ciências Ambientais e da Terra, como um todo. Observou-se que nos estudos ambientais realizados em Caxias houve diversificação no número de profissionais que mostraram-se empenhados em realizar estudos na área ambiental, ratificando a ideia de que esses temas são transversais.
4.5 Empreendedores 
A figura 5 aponta o número de empresas, órgãos e empreendedores individuais diferentes que solicitaram a realização de estudos ambientais nos anos de 2010 a 2014. A maior quantidade de solicitações advém de empresas privadas, correspondendo a 58% de todos os processos de licenciamento. Dentre essas empresas, destaca-se a Comvap Açúcar e Álcool Ltda., empreendimento agrícola, com a maior quantidade de processos, além das empresas Sousa Barros Empreendimentos Ltda. e CENOL Cerâmica do Nordeste, que estão relacionados a projetos de habitação e mineração, respectivamente.
Figura 5 - Maiores empreendedores por produção de Estudos Ambientais realizados em Caxias
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015.
É importante salientar que dos 92 processos de licenciamento ambiental analisados nos anos de 2010 a 2014, em 91 desses eram de iniciativa privada e somente 1 era de uma instituição pública. Os empreendimentos públicos que foram implantados no município são na maioria de origem estadual ou federal, dessa forma, o processo de licenciamento ficou a cargo da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA. Para o Secretário de Meio Ambiente de Caxias, Ivanilson Pereira, existe uma anuência em relação ao licenciamento ambiental de órgãos públicos, pois segundo ele “nenhum secretário é louco de embargar uma obra do Estado com benefício para a população”. 
4.6 Tipos de Empreendimentos
No quadro 1 é possível verificar a frequência dos tipos de empreendimentos categorizados da seguinte forma: Empreendimentos agrícolas (plantação e criação de animais), Posto de Revenda e Armazenamento de Combustíveis, Urbanização (requalificação urbanística e loteamento), Silvicultura, Mineração, Posto de Distribuição e Venda de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), Instituição de Ensino, Indústria de Produtos de Limpeza, Operação de Estação de Rádio Base – ERB (torres de transmissão), Agroindústria e Outros empreendimentos (shopping, supermercado e indústria de óleo vegetal).
Quadro 1 - Empreendimentos por produção de Estudos Ambientais
	Tipos de Empreendimentos
	Quantidade
	Empreendimentos agrícolas
	30
	Posto de Rev. e Arm. de Combustíveis
	13
	Urbanização
	12
	Silvicultura
	10
	Mineração
	8
	Posto de Distribuição e Venda de GLP
	7
	Instituição de Ensino
	3
	Indústria de Produtos de Limpeza
	2
	Operação de Estação de Rádio Base (ERB)
	2
	Agroindústria
	2
	Outros empreendimentos 
	3
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015.
Verifica-se que os empreendimentos agrícolas apresentaram o maior número de solicitações, com 32,6% do total de processos. As solicitações foram de empresas e produtores individuais sobre plantação de cana-de-açúcar e arroz e a criação de animais (Suinocultura e Piscicultura). Para a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (2008) a agropecuária experimenta um processo de crescimento bastante significativo e que está ligado ao aumento do cultivo de cana-de-açúcar e soja no território maranhense.
Ainda na área rural, os projetos sobre silvicultura correspondem a aproximadamente 11% dos processos de licenciamento ambiental. A silvicultura procuramétodos naturais e artificiais de recuperar e melhorar áreas florestais com a finalidade de satisfazer as necessidades do mercado. Para Botelho e Andrade (2012) esse processo vem provocando transformações na estrutura agrária da mesorregião do leste maranhense, ocasionados pela expansão do agronegócio na região, principalmente dos plantios de eucalipto. 
Os empreendimentos sobre Urbanização no município de Caxias cresceram nos últimos cinco anos, com 13% do total de processos. Observa-se que grandes obras habitacionais foram feitas na cidade, entre as maiores estão o Conjunto Habitacional Vila Paraiso com 3.000 mil casas, além desse, existe muitos outros conjuntos, vilas e condomínios que muitas das vezes não passam por um planejamento e estudo adequado para a sua implantação. Segundo Vale et al (2014) o surgimento de impactos ambientais decorrentes do processo de expansão populacional está também relacionado à carência de conhecimentos acerca das questões ambientais, das dimensões físicas, político-sociais, socioculturais e espaciais. Essa atividade causa vários problemas ambientais.
Ao mesmo tempo, os projetos sobre mineração correspondem a aproximadamente 9% dos processos de licenciamento ambiental. Na cidade de Caxias todos os projetos sobre mineração tinham por finalidade a extração de argila para a fabricação de tijolos e telhas para abastecer a construção civil na cidade e região. Para a Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (2008) existe um crescimento importante na exploração de minerais não-metálicos, como calcário, gesso, argila e outros, sinalizando para utilizações industriais importantes na área da construção civil. 
Técnicas de Avaliação
A figura 6 apresenta as técnicas de Avaliação de Impacto Ambiental utilizada nos processos de licenciamento ambiental em Caxias. É importante destacar que é comum em um mesmo estudo ambiental ser utilizado mais de uma técnica de AIA e que fica a critério de cada equipe técnica a escolha pelo método mais apropriado, de acordo com as atividades propostas. 
Figura 6 - Técnica de Avaliação de Impacto por produção de Estudos Ambientais realizados em Caxias
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015. 
A metodologia de listagem foi a mais utilizada para prever os impactos ambientais nos projetos caxienses. Em 52% dos casos a técnica foi utilizada para identificar e enumerar os impactos, a partir do diagnóstico ambiental dos meios físico, bióticos e socioeconômico. Segundo consta SUREHMA/GTZ (1992), a legislação vigente no país não permite que o Check-list seja utilizado como método de avaliação de impacto ambiental, apesar de ser citado em referências sobre o assunto. Essa técnica apresenta um alto grau de subjetividade, pois considera a análise qualitativa e deixa de lado o caráter quantitativo da avaliação.
A técnica Matriz de Interação apareceu em 36% dos processos de licenciamento ambiental. Segundo Cunha e Guerra (2006) “as matrizes tiveram início como uma tentativa de suprir as deficiências das listagens (check-list)”. Observa-se que na maioria dos estudos ambientais analisados houve complementação entre as metodologias de listagens e as matrizes de interação. Além disso, as matrizes de interação receberam algumas nomenclaturas diferentes, como: matriz de correlação, matriz referencial e quadro sintético, mas todas apresentaram a mesma funcionalidade.
A Metodologia Espontânea foi a menos utilizada nos processos de licenciamento ambiental, somente em 6% dos casos. Esse método, segundo Oliveira e Moura (2009), baseia-se no conhecimento empírico de especialistas do assunto e/ou da área que será analisada. Identifica-se que essa metodologia apareceu em 100% dos casos em complementação a outra, pois se utilizada isoladamente, deverá desenvolver a avaliação dos impactos ambientais de forma simples. Esta técnica apresenta um alto grau de subjetividade, mas facilmente compreensível pelo público.
Observa-se que raramente os autores das técnicas de avaliação eram identificados. Somente em 4 estudos foram apontados os nomes dos responsáveis pelas técnicas de AIA, como: 3 casos da técnica de Fogliatti et al (2004) e 1 caso da técnica de Rachel Schualder (2000). Percebe-se que na descrição das metodologias existentes apareceu textualmente a expressão “adaptado”, indicando que as técnicas utilizadas sofreram adaptações pelos consultores. 
Em aproximadamente 7% dos casos não foram expressamente especificadas no Estudo Ambiental a técnica utilizada para a análise de impacto ambiental. A identificação dos impactos é uma etapa importante da elaboração dos estudos ambientais, além de ser primordial para antever os danos ambientais causados pela implantação de obras que possam causar prejuízos a natureza.
4.8 Conformidades com o CONAMA
Para cada etapa do processo de licenciamento ambiental é necessária a licença adequada. A licença prévia (LP) é exigida no planejamento de um empreendimento ou de uma atividade, a licença de instalação (LI) é cobrada na construção da obra e a licença de operação (LO) no funcionamento. É importante seguir todas as exigências do Conselho Nacional de Meio Ambiente para que o processo transcorra de forma segura e correta.
Para que um Estudo Ambiental esteja em conformidade com a legislação ambiental é essencial que apresente as diretrizes exigidas no Art. 5º e 6º da Resolução CONAMA 001/86 (BRASIL, 1986), e também deve conter a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de acordo a Lei nº 6.496/77 (BRASIL, 1977). Um estudo estar completo quando abrange todas as informações necessárias para identificação, mitigação, compensação e monitoramento dos impactos ocasionados pela implantação de obras ou atividades potencialmente causadoras de degradação do meio ambiente.
Na análise da conformidade dos estudos ambientais realizados em Caxias nos anos de 2010 a 2014 mostrou uma moderada concordância com as normas exigidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. Na figura 7 é possível verificar os empreendimentos que mais estão em concordância com a legislação ambiental brasileira por grau de porcentagem.
Figura 7 – Conformidade dos Estudos Ambientais referentes aos tipos de empreendimentos com CONAMA
1.Shopping, supermercado e indústria de óleo vegetal
Fonte: Ficha Técnica Documental, 2015.
Observa-se na figura 7 que as publicações sobre Empreendimentos de Agroindústria foram os que apresentaram o menor nível de conformidade com a legislação ambiental brasileira. Os estudos ambientais não descreveram quais serias as alternativas tecnológicas e locacionais, os planos e programas governamentais, a identificação dos impactos ambientais, a precisão de magnitude desses impactos e as suas medidas mitigadoras para os impactos negativos previstos nos Art. 5º e 6º da Resolução CONAMA 001/1986. 
Já os Empreendimentos Agrícolas foram os que mais apresentaram estudos ambientais para o licenciamento de suas atividades no período de 2010 a 2014 na cidade de Caxias. Em 100% dos projetos agrícolas não foram descritas as alternativas tecnológicas e locacionais e os planos e programas governamentais exigidos no Art. 5º, incisos I e II da Resolução CONAMA 001/1986. As atividades agrícolas que mais se destacaram foram: a plantação de cana-de-açúcar e arroz e a criação de porcos e peixes, mas somente em 45% dos casos fizeram o diagnostico ambiental da área.
Os empreendimentos sobre Urbanização também apresentaram-se numerosos em Caxias no período de 2010 a 2014. Em 100% dos projetos determinaram os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos ambientais. É importante destacar que em 25% dos processos os técnicos responsáveis pela elaboração dos estudos ambientais não apresentaram a Anotação de Responsabilidade Técnica – ART exigido na Lei no 6.496/1977. A identificação é importante, pois a responsabilidade pelas informações apresentadas é do empreendedor e dos profissionais que subscreveram os estudos, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais. 
Nos estudos ambientaissobre Silvicultura realizados em Caxias mostraram-se regulares em relação as normas exigidas no CONAMA, logo que 100% dos estudos definiram a área de influência do projeto e 90% fizeram o diagnostico ambiental e determinaram as medidas mitigadoras dos impactos negativos que o novo empreendimento iria causar. Além disso, 80% de todos os estudos identificaram e avaliaram os impactos ambientais gerados na implantação dos projetos e fizeram a previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos positivos e negativos causados ao meio ambiente. 
Por fim, os empreendimentos sobre Operação de Estação de Rádio Base (torres de transmissão) em Caxias foram os que apresentaram o maior nível de conformidade com a legislação ambiental brasileira. Em 100% dos projetos definiram a área de influência do projeto, fizeram o diagnóstico ambiental da área, identificaram os impactos ambientais da atividade, preveniram a magnitude desses impactos ambientais e desenvolveram medidas mitigadoras para os impactos negativos, além de apresentarem a ART. Dentre todos os processos de licenciamento, foram os que mais atenderam as diretrizes exigidas pelo CONAMA.
CONCLUSÃO
O presente trabalho fez a análise dos estudos ambientais realizados em Caxias nos anos de 2010 a 2014, constatou-se que o Plano de Controle Ambiental (PCA) é exigido pela Secretária Municipal de Meio Ambiente e Preservação de Recursos Naturais – SEMUMA como estudo ambiental padrão para o licenciamento de todas as atividades modificadora dos recursos naturais. Esses estudos utilizaram em sua maioria como metodologia de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) o Check-list. Essa técnica apresenta um alto grau de subjetividade, pois considera a análise qualitativa e deixa de lado o caráter quantitativo da avaliação. 
A SEMUMA não utiliza nenhum termo de referências para os estudos ambientais elaborados nos processos de licenciamento ambiental. Por isso, não existe um método específico para ser utilizado em cada tipo de empreendimento, nem mesmo há a verificação da qualidade das informações apresentadas pelos estudos ambientais. Percebe-se que esses estudos apresentaram uma moderada conformidade com a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.
Portanto, o estudo ambiental é um procedimento primordial para o tomada de decisões, levando em consideração os possíveis efeitos dos projetos de desenvolvimento sobre a qualidade do meio ambiente. É importante que aconteça uma melhor fiscalização e comprimento da legislação para que os empreendimentos caxienses adotem medidas ambientalmente menos agressivas e sustentáveis. 
	
REFERÊNCIAS
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CAXIAS. Lei n. 1.698, de 18 de dezembro de 2007. Extingue a secretaria municipal de agricultura e meio ambiente, cria a secretaria municipal de meio ambiente e preservação dos recursos naturais e secretaria municipal de agricultura, abastecimento e pecuária e dá outras providências. Diário Oficial do Município de Caxias. Caxias, MA, 18 dez. 2007.
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_______. Resolução n. 009, 6 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a realização de audiências públicas no processo de licenciamento ambiental. Brasília, DF, 6 dez. 1990. Seção 1, p. 12945. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=60>. Acesso em: 11 nov. 2015.
_______. Resolução n. 237, 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. Brasília, DF. 19 dez. 1997. Seção 1, p. 30841-30843. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=237>. Acesso em: 12 nov. 2015.
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APÊNDICE A - Ficha Técnica Documental
Ficha Técnica Documental
Nome do empreendimento:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________
Categorização do estudo ambiental
EIA/RIMA ( )
Plano de Controle Ambiental ( )	
Relatório ambiental simplificado ( )
Estudo de impacto de vizinhança ( )
Plano de recuperação de áreas degradadas ( )
Outros. Qual? __________________________ 
Responsável por elaborar o Estudo Ambiental. (Equipe Multidisciplinar, Técnico Ambiental, Pessoa Física ou Jurídica). 
__________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Perfil dos profissionais que elaboraram os Estudos ambientais. 
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Empreendedor 
Empresa privada ( ) Nome______________________________________
Empresa pública ( ) Nome______________________________________
Ano de elaboração do Estudo Ambiental 
2010 ( )
2011 ( )
2012 ( )
2013 ( )
2014 ( )
Tipos de Empreendimentos:
Açudes e barragens ( )
Construções turísticas (hotéis, pousadas e outros) ( )
Mineração (extração de argila, calcário, calcita e granito) ( )
Pavimentação (rodovias e avenidas) ( ) 
Saneamento ( )
Sistema de irrigação (projetos de irrigação e adutoras) ( )
Urbanização (requalificação urbanística e loteamento) ( )
Empreendimentos agrícolas ( )
Outros. Qual? _____________________________________
Técnicas de Avaliação de Impacto Ambiental
a) Metodologia espontânea ( )
b) Metodologia de listagem (Check-list) ( )
c) Matriz de Leopold ( )
d) Matriz de interações ( )
e) Metodologias quantitativas ( )
f) Modelos de simulação ( ) 
g) mapas de superposição ( )
h) Outro. Qual? _______________________
Atualização e Conformidade com o CONAMA? 
 
 Confere Não Confere 
a) Área de Influência do Projeto: ( ) ( )
b) Planos e Programas Governamentais (Zoneamento Ambiental): ( ) ( )
c) Alternativas locacionais e/ou tecnológicas: ( ) ( )
d) Diagnostico preliminar: ( ) ( )
e) Identificação e Avaliação dos Impactos Ambientais do Projeto: ( ) ( )
f) Previsão de Magnitude e Interpretação da importância dos prováveis Impactos Ambientais (Art. 6, II): ( ) ( )
g) Medidas Mitigadoras: ( ) ( )
h) Programa de Monitoramento de Imp. Ambiental:   ( ) ( ) 
i) Anotação de Responsabilidade técnica ( ) ( )
 
ANEXO A - Atividades ou empreendimentos que dependem de estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental na Resolução n. 001 (CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE, 1986).
VII obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; 
VIII - extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); 
IX - extração de minério, inclusive os da classe II, definidos no CÓDIGO DE MINERAÇÃO; 
X - aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; 
XI - usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10 MW; 
XII - complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos hidróbios); 
XIII - distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; 
XIV - exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; 
XV - projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes estaduais ou municipais; 
XVI - qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia; 
XVII - projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha. ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental; 
XVIII – empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico nacional.

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