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Sanção e Coação • Sanção: • Sanção: “prêmio ou castigo que tem por escopo assegurar a observância ou a violação da norma.” (Diniz). • Sanção: “medida legal que pode vir a ser imposta, pelo poder competente, por quem foi lesado pela violação da norma jurídica a fim de fazer cumprir a norma violada, de fazer reparar o dano causado ou de infundir respeito à ordem jurídica” (Goffredo). • Sanção: consequência prevista em norma jurídica para a hipótese de violação do preceito: sanções penais. (pena, penalidade, punição). • Coação: aplicação efetiva de uma sanção pelo poder competente segundo os processos legais contra o violador da norma (Diniz). • Coação: é força disciplinada, organizada a impedir o caos e necessária ao próprio Direito. Aprovação, assentimento, autorização, confirmação, consagração, plácito (beneplácito), concordância. Castigo, Pena, reprimenda Coação e Coerção • Conceitos: • Coerção: medo das consequências da violação da norma jurídica que reside na consciência e exerce pressão sobre a vontade livre do obrigado (Diniz). • Coercibilidade: possibilidade lógica da interferência da força no cumprimento de uma regra do direito (Reale). • Coação: é a violência praticada contra alguém. • Coação: força organizada em defesa do cumprimento do Direito. • Coação: é arma do Direito para garantir o seu cumprimento. Sanção e Coação • A norma que estabelece o dever (preceito), pela sua importância e antecedência, é considerada primária. O descumprimento do dever dá origem a uma consequência: a sanção. A norma que contém a sanção, dita norma sancionadora, é secundária. • Normas: • 1) primária (prótase): estabelece dever (preceito). • 2) secundária (apódose): contém a sanção. • Numa acepção genérica, a palavra coação é sinônimo de violência praticada contra alguém. Se a pressão for irresistível e impedir a livre manifestação da vontade, tal vício contrapõe-se ao Direito e torna anulável o ato jurídico. COAÇÃO E SANÇÃO • Direito não prescinde da violência (força organizada) para: 1) manter-se; e 2) proteger seus súditos e as relações jurídicas estabelecidas entre eles. • Coação é a aplicação forçada da sanção. Se a sanção é garantia, a coação que a reforça também o é, só que com maior carga de força. • A sanção não se confunde com a coação. Se aquela é consequência pelo descumprimento do preceito; a outra, é a execução forçada da sanção. SIMBOLOGIA DO DIREITO: • “A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender. A espada sem a balança é a força brutal, a balança sem a espada é a impotência do direito" - Rudolf Von Ihering. Iustitia Diké Maat SIMBOLOGIA DA JUSTIÇA: • •Espada – simboliza a força, coragem, ordem e regra, é aquilo que a razão dita a coerção para alcançar tais determinações. • •Balança – simboliza a equidade, o equilíbrio, a ponderação, a igualdade das decisões aplicadas pela lei. • •Deusa de olhos vendados – significa o desejo de nivelar o tratamento jurídico de todos por igual, sem nenhuma distinção. Tem o propósito da imparcialidade e da objetividade. • •Deusa de olhos abertos e sem venda – pode ser interpretada como a necessidade de não deixar que nenhum pormenor relevante para a aplicação da lei seja desconsiderado, avaliar o julgamento de todos os ângulos. • Designa a necessidade de manter os olhos bem abertos, para que nenhum pormenor escape à sua percepção. Espécies de Sanção 1. Sanção repressiva: Toda norma legal traz a própria sanção, que se traduz numa pena ligada ao seu fiel cumprimento ou à sua transgressão. Por ela é que se torna efetiva a coação, asseguradora do direito. Ex.: sanções penais, a imposição de multas, indenizações, prisão ou confisco de bens; 2. Sanção recompensatória: São as premiais, que oferecem uma vantagem ao beneficiário. Ex.: abatimento no tributo ao contribuinte que o paga antes do vencimento; nota legal. 3. Inexistência do ato como sanção: Toda vez que falta, no suporte fático, elemento nuclear, o fato não tem entrada no plano da existência. Em tal situação não há fato jurídico. Ex.: matrimônio civil em que figurou como celebrante um Delegado de Polícia; sentença assinada por estagiário. Espécies de Sanção: 4. Sanções dos atos nulos: válido é o ato que obedece a algumas exigências: I - agente capaz; II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei. 5. Sanções de anulação: são as que inquinam de anulável o ato jurídico que não obedeceu à forma prescrita não substancial, ou que omitiu requisito suprível. Diante da violação da lei, pode, então, por sua força, ser pedida a anulação do ato. 6. Sanções acauteladoras (tutela de urgência de natureza cautela – art. 301, CPC): são aquelas que autorizam a prática de medidas tendentes a acautelar os interesses da parte prejudicada pela transgressão ao preceito legal. Ex.: oitiva antecipada de testemunha; indisponibilidade de bens. 7. Sanções antecipatórias (tutela de urgência antecipatória): bem ao contrário das medidas cautelares derivadas do poder geral de cautela do juiz, previu o legislador, no art. 300, CPC, a antecipação dos efeitos da tutela definitiva de mérito, isto é, é possível logo no início do processo adotar medidas provisórias satisfativas, cabível em qualquer ação de conhecimento. Ex. Lei de Alimentos (Lei 5.478/68), art. 4º Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
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