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apostila sedimentologia

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(0,02 a 
 0,1 mm), com limites entre cristais. Ocorre como 
 cimento, que preenche espaços porosos e interstícios 
 entre oólitos, fósseis, intraclastos e pellets. 
 
 
Classificação de calcários e comparação com rochas terrígenas. As proporções de lama e cimento 
espático indicam o grau de seleção ou energia da corrente do ambiente deposicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Suguio, 2003. Geologia Sedimentar. 
 
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7.2.6 – Estrutura dos carbonatos 
• Calcários clásticos 
Estratificações e laminações cruzadas, marcas onduladas 
• Estruturas de crescimento 
Biohermas → edifícios preservados com estruturas de crescimento. Ex: 
estromatólitos 
� Edifícios bioconstruídos → organismos (corais e algas vermelhas) 
formadores que deixaram carapaças. Recife 
� Edifícios bioinduzidos → construções calcárias (fosfáticas) formadas pelo 
metabolismo fotossintetizante de cianobactérias 
• Estruturas químicas (pós-deposicionais) 
Nódulos, estilólitos, cone em cone. 
 
7.2.7 – Classificação das rochas carbonáticas 
� Calcários aloquímicos espáticos → componentes aloquímicos com cimento de 
calcita espática: 
(intraclastos, oólitos, fósseis, pellets) + calcita espática 
Rocha bem selecionada 
� Calcários aloquímicos microcristalinos → componentes aloquímicos com matriz de 
lama calcária (micrito). 
� Calcários microcristalinos → consistem apenas de vasa microcristalina (micrito). 
 Fonte: Suguio, 2003. Geologia Sedimentar. 
 
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7.2.8 – Texturas e nomenclatura de calcários 
 
Componentes aloquímicos 
� Oólitos (< 2mm) e pisólitos (>2mm): 
fragmentos esferoidais, com estrutura 
concêntrica e núcleo. 
� Bioclastos (fósseis): restos orgânicos 
fragmentados (algas, foraminíferos, esponjas, 
corais, etc.). 
� Intraclastos: fragmentos líticos calcários. 
Pellets: partículas pequenas (até 0,1mm), 
ovóides, calcíticas, sem estrutura interna. 
 
 
Componentes ortoquímicos calcita microcristalina < 0,050mm 
 Calcita espática (0,02 a 0,1mm) 
 
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7.3 – Evaporitos (Rochas Evaporíticas) 
Conceito: são rochas formadas pela evaporação de uma massa de água ou da água 
contida nos sedimentos. 
Sais contidos na água do mar (média) 
 Cl- 19.400 ppm Ca++ 410 ppm 
 Na+ 10.500 ppm K+ 390 ppm 
 SO4-- 2.600 ppm SiO2 2 ppm 
 Mg+1 1.300 ppm 
Princípios fundamentais 
 1 – As fácies obedecem uma ordem de precipitação: 
 os menos solúveis primeiro 
 CARBONATOS SULFATOS CLORETOS 
 Anidrita Halita, Silvita, 
 Gipsita Carnalita, Taquidrita 
 
2 – Uma bacia evaporítica sempre sofre refluxo, controlado pelo 
 abaixamento e levantamento do nível do mar. 
3 – Fatores complicadores da seqüência ideal: 
� grande número de elementos traços no resíduo de água do mar → 
mineralogia complexa. 
� reações pós-deposicionais entre os sais precipitados e águas conatas 
trapeadas. 
� influxo e refluxo (retorno de salmouras para o mar aberto e não precipitandp 
a seqüência de topo). 
OBS – Evaporitos constituem importante fonte mineral para a indústria química. 
São desconhecidos no Pré-Cambriano, provavelmente devido a fragilidade e 
dificuldade de preservação. 
Evaporitos constituem fonte de: 
 sal (Na,Cl) 
 gipsita, anidrita; enxofre nativo; K, Mg, Br, I, Rb, Sr. 
Gipsita deposita diretamente da água do mar (CaSO4.2H2O), mas a anidrita é o 
mais comum mineral em sedimentos evaporíticos. 
Assim, acredita-se que gipsita é primário e anidrita (secundário → desidratação pós-
deposicional). 
Anidrita CaSO4; Halita NaCl; Carnalita KMgCl3.6H2O; 
Silvita KCl; Taquidrita Ca0,5MgCl3.6H2O 
. 
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Exemplos de grandes bacias evaporíticas: 
 Saskatchewan, Zechstein, Paradox, Amazonas. 
A Lagoa de Kara Bogas é o único exemplar atual de deposição evaporítica em 
grande escala e talvez o único depósito de carnalita. 
BACIAS MÚLTIPLAS – São bacias interconectadas, com várias barreiras. 
Ex.: Proto – Atlântico Sul 
 
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7.4 – Rochas sedimentares ricas em ferro: jaspilitos e formação ferrífera 
 bandada (bif) 
Minerais (Fe) – principais minerais com ferro e ocorrência 
 Magnetita (Fe3O4) – rochas ígneas, metamórficas 
 Hematita (Fe2O3) – rochas sedimentares (itabiritos) 
 Goethita (FeO.OH) – produto do intemperismo (lateritas) 
 Siderita (FeCO3) – formações ferríferas 
 Pirita (FeS2) – ocorrência variada 
Chamosita (Mg,Fe)3 Fe3 (AlSi3) O10 (OH)6 – formação ferrífera, ironstone 
Grande demanda crescente de aço no mundo. Em 1950 a produção foi de 270m ton. e em 
1980, em torno de 750m ton. 
Maiores produtores: URSS, Brasil, Austrália, China. 
 
7.4.1 – Classificação dos depósitos de ferro 
1 – Magmáticos (Kiruna – Suécia) 
2 – Pirometassomáticos (Iron Springs – E.U.A.) 
3 – Depósitos sedimentares (2 tipos principais): 
� Formações ferríferas (BIF) com itabiritos + hematita 
Ex: Lago Superior (EUA) Hamersley (Austrália) 
 Labrador (Canadá) Transvaal (África do Sul) 
 Krivoi Rog (URSS) Q. Ferrífero, Serra dos Carajás (Brasil). 
� Ironstone: oólitos de limonita, hematita ou chamosita em matriz ferruginosa. Idade: 
Fanerozóico 
 
7.4.2 – Ciclo sedimentar do ferro: Fonte, transporte e deposição. 
Fonte: erosão continental 
 Atividade vulcânica (exalações submarinas) 
Transporte: 
� como atividade hidrotermal: Cl-, SO4--, CO3-- 
� em solução: lixiviação do FeII nos minerais e transporte em solução por águas 
subterrâneas neutras a ácidas (pH<7) 
� em suspensão: transporte mecânico como finas partículas adsorvido em argilo-
minerais. 
Deposição: depende do Eh, pH, do ambiente de sedimentação e de possíveis alterações 
diagenéticas. 
 
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Depósitos sedimentares de ferro são compostos de óxidos, carbonatos, silicatos e sulfetos 
 
7.4.3 – Principais tipos de depósitos de ferro sedimentar 
Formação ferrífera (BIF) → sedimento químico, bandado ou laminado, contendo 
no mínimo 15% de ferro de origem sedimentar, com camadas de chert. 
Tipos ALGOMA → associado a rochas vulcânicas, em “greenstone belts” 
 SUPERIOR → associado a rochas sedimentares (Prot. Inf.) 
Itabirito é a fácies óxido de uma formação ferrífera bandada metamorfizada. 
Jaspilito é o sedimento original, não metamorfico. 
Gênese controvertida: 
 erosão do continente 
 A) Fonte do ferro vulcanismo submarino 
 “Up-welling” de águas do mar 
 erosão do continente = clima diferente 
 B) Fonte da sílica vulcanismo ácido 
Atividade biológica c/ sílica de origem vulcânica 
 C) Estrutura bandada 
� Precipitação conjunta de hidróxido de ferro e sílica da água do mar 
(bandamento é diagenético). 
� Precipitação alternada de sílica e ferro a partir de emanações 
vulcânicas. 
� Variação sazonal de sílica e ferro. 
� Substituição diagenética de calcários. 
 
Ironstones → minério de ferro oolítico. 
Camadas intercaladas em folhelhos, arenitos e calcários, com hematita – chamosita 
– siderita e textura oolítica. TIPOS Clinton (Siluriano – EUA) 
Minete (Mesozóico –Europa, 
principalmente na Inglaterra) 
 
 
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7.5 – Sedimentos Silicosos 
Existem três principais: 
� diatomitos 
� porcelanitos 
� silexitos / chert 
 
Diatomitos → Acumulação de carapaças de diatomáceas (algas).
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