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Aula 06 semestre 2017-1 15/08/2017 Geologia do Brasil 0800055 Bacias Paleozoicas Após os estágios finais de amalgamação do Gondwana com o Ciclo Brasiliano, há uma mudança considerável no Fanerozoico nas condições geotectônicas no território brasileiro, onde, no Paleozoico inferior: - Os domínios crustais do Brasil atingirão condições finais estáveis, propícias à sedimentação; Os primeiros registros destes processos estão nas Bacias Paleozoicas, depositadas em contexto de sedimentação intracratônica; De modo geral a sedimentação se inicia por volta do Ordoviciano Superior, e é comum que persista até o Cretáceo, com episódios de magmatismo associado (200-120 Ma): As grandes Bacias Paleozoicas brasileiras são: Solimões, Amazonas, Parnaíba e Paraná 3,0 milhões Km2 Como principais características comuns, apresentam: - Desenvolvimento da sedimentação com ampla abrangência temporal, que se inicia no Paleozoico e progride até o Cretáceo; - Deslocamento dos esforços tectônicos com a formção de altos estruturais; - Evolução anterior, e em algumas porções relacionadas à pré-abertura do Atlântico Sul; - Registros de bacias em regime de riftes interiores; - Coberturas pós-cretáceas; Bacias Paleozoicas Expressivas Inundações Fanerozoicas Expressivas Inundações Fanerozoicas Glaciações Paleozoicas • Bacia do Solimões Características Gerais: - Individualizada das bacias do Acre e Amazonas pelos arcos de Iquitos e Purus; - Apresenta quatro supersequências: Ordoviciana: rochas siliciclásticas continentais a marinhas rasas; Siluriana-Devoniana: folhelhos marinhos gradando a arenitos e siltitos; (sist. Costeiros) Devoniana-Carbonífera: silexitos, arenitos, folhelhos ricos em M.O. e diamictitos; (marinho raso) Carbonífera-Permiana: arenitos eólicos, carbonatos e evaporitos continentalização e climas áridos, com depósitos finais fluviais e lacustrinos Bacia do Solimões: evolução estratigráfica • Bacia do Amazonas Características Gerais: - Recobre uma área aproximada de 500 000 km2, atingindo espessuras da ordem se 5000 m em seu depocentro; - Dados gravimétricos da bacia exibem porções com pronunciada anomalia positiva, coincidente com o eixo da sinéclise, sugerindo existência de corpos ultrabásicos em profundidade; Mapa gravimétrico Bacia do Amazonas: transversas à bacia • Sequências sedimentares da Bacia do Amazonas: • Sequência Paleozoica • Ordovício-Devoniana • Devoniana • Carbonífero-Permiana • Sequência mesozoica-cenozoica • Sequência Ordovícico-Devoniana: - marcada em seu início pela acumulação de sedimentos ligados à uma sequência transgressiva-regressiva; - sedimentos glaciais e marinhos – separação com a Bacia de Solimões pelo Arco de Purus • Sequência Devoniana: novo ciclo transgressivo-regressivo • Sequência meso-cenozoica: marcada por arenitos eólicos e fluvias Eventos magmáticos marcados na Bacia do Solimões e Amazonas: - Expressivos na idade de 200 Ma, ocorrendo na forma de soleiras de diabásio bastante espessas, com até 800 m; - Relação com a pré-abertura do Atlântico Norte (?) Bacia do Amazonas: Carta estratigráfica • Bacia do Paraná • Extensão areal e espessura • Arqueamentos regionais delimitando altos: Arco de Ponta Grossa e Rio Grande • Extensão da bacia conforme a evolução do tempo geológico • Coberturas sedimentares x vulcânicas • Carta Estratigráfica Registros importantes e grandes mudanças paleoambientais na Bacia do Paraná (Gr. Itararé): Depósitos glaciais – durante o Permo-Carbonífero “Varvito de Itu” Mato Grosso do Sul Mares Interiores: Grupo Passa Dois –Fm. Irati (Permiano) Processos de continentalização e formação de Paleodesertos: Botucatu e Pirambóia (Tr. Juro-Cretáceo) Processos de continentalização e formação de Paleodesertos: Botucatu e Pirambóia (Tr. Juro-Cretáceo) Magmatismo na Bacia do Paraná: Distribuição atual das principais • Paraná-Etendeka Magmatismo na Bacia do Paraná: - Formação Serra Geral: Maior evento extrusivo registrado no país, uma das grandes LIPs em escala global; - As idades mais recentes indicam intervalos de magmatismo entre 130 Ma–133 Ma (datações pelo método Ar-Ar); - Extravasamento em um intervalo de tempo bastante curto! (1 a 3 (5 Ma?)); - Evolução relacionada aos processos prévios de abertura do Atlântico Sul. • Bacia do Parnaíba Bacia do Parnaíba • Nome antigo empregado – Bacia do Maranhão; • 600 000 km2; • Espessura aproximada de 3 500 m; • Arco Ferrer-Urbano Santos – arqueamento flexural positivo, originado durante o mesozoico relacionado à abertura do Atlântico, marca seu limite NE; • Evolução da Bacia do Parnaíba - Fase inicial com riftes precursores; - Cinco supersequências: - Siluriana - Ciclo transgressivo-regressivo com influência glacial - Mesodevoniana - Eocarbonífera - Neocarbonífera-Eotriássica – registro de ambientes eólicos e fluviais, com ingressões marinhas, e transições paleoambientais importantes: ambientes evaporíticos e desertificação ao final; - Jurássica – início abertura Atlântica - Cretácea - deslocamento do depocentro para o extremo norte e noroeste da bacia (reflexo da abertura do Oceano Atlântico) Delimitadas por eventos erosivos – superfícies de discordâncias regionais ambientes litorâneos e ingressão marinha, com influência glacial Magmatismo na Bacia do Parnaíba: - Eventos magmáticos: 200 Ma (Mosquito – T-J) e a 130 Ma (Sardinha - C); - Registros nas formas de soleiras e derrames de composição básica; - Relação com eventos pré-abertura do Atlântico Norte e abertura do Atlântico Sul • Carta Estratigráfica • Evolução Estratigráfica regional das bacias Paleozoicas Aspectos cronológicos na evolução do magmatismo: - Solimões 200 Ma; - Amazonas 200 Ma; - Parnaíba 200/130 Ma; - Paraná 130 Ma; Bacia do Parecis Bacia do Alto Tapajós
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