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SEGURIDADE SOCIAL E PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
I – INTRODUÇÃO 
 
1. ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
 
A Previdência Social teve sua origem na busca do homem de amparar a si mesmo e 
aos seus dependentes no caso de eventos fortuitos como doença, invalidez, idade 
avançada e morte que o impedisse de trabalhar e prover a manutenção daqueles que 
dependiam economicamente dele. 
 
A primeira tentativa de prevenção quanto aos riscos individuais foi feita de forma 
solitária, entretanto o homem chegou a conclusão que ser previdente sozinho não lhe 
assegurava os meios de manutenção. 
 
Em seguida, tentou fazer, em grupo, uma previdência coletiva onde foram 
estabelecidas regras para uso do fundo comum e valores de contribuição. 
 
Várias outras alternativas foram experimentadas face a insegurança sentida pelos 
trabalhadores mas, só a partir de 1883, a partir da política de BISMARCHI, na 
Alemanha, teve início o período de formação, de fato, da Previdência Social no 
Mundo. 
 
 
No Brasil, várias formas de amparo ao trabalhador foram apresentadas e dentre elas 
podemos registrar, resumidamente: 
 
1888 a 1922 – Foram criados alguns benefícios para trabalhadores específicos, por 
exemplo, empregados dos correios. 
1923 - Marco da Legislação Previdenciária - Lei Eloi Chaves que criou a Caixa de 
Aposentadoria e pensões para empregados da Rede Ferroviária. 
1923 a 1933 – Criação das caixas de aposentadorias e pensões. 
1930 - O Decreto n° 19.433, de 26 de novembro de 1930, criou o Ministério do 
Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como uma das atribuições orientar e 
supervisionar a Previdência Social, inclusive como órgão de recursos das decisões 
das Caixas de Aposentadorias e Pensões. 
1933 a 1939 - Reestruturação do modelo, com fusão das caixas em Institutos de 
Aposentadorias e Pensões (IAPM, IAPI, IAPC, IAPB, IAPETC, IAPE) 
1938 - O Decreto-Lei n° 288, de 23 de fevereiro de 1938, c riou o Instituto de 
Previdência e Assistência dos Servidores do Estado – IPASE. 
1960 - A Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960, criou a Le i Orgânica de Previdência 
Social - LOPS, que unificou a legislação referente aos Institutos de Aposentadorias e 
Pensões. 
1963 - A Lei n° 4.214, de 2 de março de 1963, criou o Fund o de Assistência ao 
Trabalhador Rural (FUNRURAL). No entanto, a parte referente à Previdência Social 
Rural não foi regulamentada. 
1966 - O Decreto-Lei n° 72, de 21 de novembro de 1966, reu niu os seis Institutos de 
Aposentadorias e Pensões no Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, para 
atender os trabalhadores urbanos, a partir de 1º de janeiro de 1967 – Regime Geral de 
Previdência Social. 
1971 - A Lei Complementar n° 11, de 25 de maio de 1971, in stitui o Programa de 
Assistência ao Trabalhador Rural - PRÓ-RURAL, em substituição ao plano básico de 
Previdência Social Rural. 
1972 – A Lei 5859, de 11 de dezembro de 1972, incluiu os empregados domésticos 
obrigatoriamente na Previdência Social. 
1973 - A Lei n° 5.939, de 19 de novembro de 1973, institui u o salário-de-benefício do 
jogador de futebol profissional. 
1974 - A Lei n° 6.036, de 1° de maio de 1974, criou o Mini stério da Previdência e 
Assistência Social, desmembrado do Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
1977 - A Lei n° 6.439, de 1° de setembro de 1977, institui u o Sistema Nacional de 
Previdência e Assistência Social - SINPAS, orientado, coordenado e controlado pelo 
Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável "pela proposição da 
política de previdência e assistência médica, farmacêutica e social, bem como pela 
supervisão dos órgãos que lhe são subordinados" e das entidades a ele vinculadas. 
Paralelamente, extinguiu o FUNRURAL e o IPASE, reorientando o INPS. 
Passam a integrar o SINPAS as seguintes entidades: 
INPS - Responsável pela concessão de benefícios e reabilitação profissional 
IAPAS - Responsável pela arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições 
DATAPREV - Responsável pelo processamento de dados 
INAMPS - Responsável pela assistência médica à população previdenciária 
CEME - Central de medicamentos. Distribuía medicamentos, gratuitamente, à 
população previdenciária. 
FUNABEM – promovia a execução da política nacional do bem estar do menor 
LBA – responsável pela assistência social à população carente 
 
1988 - A Constituição Federal dispõe sobre a seguridade social. 
1990 - A Lei n° 8.029, de 12 de abril de 1990, extingui u o Ministério da Previdência e 
Assistência Social e restabeleceu o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
Criação do INSS através da fusão do INPS e IAPAS com a finalidade de arrecadar e 
conceder benefícios previdenciários. 
1991 - A Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, dispôs sobr e a organização da 
Seguridade Social e instituiu seu novo Plano de Custeio. A Lei n° 8.213, de 24 de julho 
de 1991, instituiu o Plano de Benefícios da Previdência Social. 
1992 - A Lei nº 8.490, de 19 de novembro de 1992, extinguiu o Ministério do Trabalho 
e da Previdência Social e restabeleceu o Ministério da Previdência Social (MPS). 
1993 – Extinção do INAMPS e criação do SUS. A Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 
1993, dispôs sobre a Organização da Assistência Social. 
1995 - A Medida Provisória n° 813, de 1° de janeiro de 199 5, transformou o Ministério 
da Previdência Social (MPS) em Ministério da Previdência e Assistência Social 
(MPAS). 
1998 – Emenda Constitucional 20, de 15 de dezembro de 1998. Aposentadoria por 
tempo de contribuição. 
1999 – Lei n° 9876, de 22 de novembro de 1999, institui u o fator previdenciário. 
2003 – Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, restabelecido o Ministério da 
Previdência Social (MPS) e criado o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate 
a Fome que passou a cuidar da Assistência Social. 
2005 – Lei 11.098, de 13 de janeiro de 2005, atribuiu ao Ministério da Previdência 
Social competências relativas à arrecadação, fiscalização, lançamento e normatização 
de receitas previdenciárias e autorizou a criação da Secretaria da Receita 
Previdenciária no âmbito do referido Ministério. 
 2007 – Lei 11.457, de 16 de março de 2007, transfere para a Secretaria da Receita 
Federal do Brasil – Ministério da Fazenda as competências relativas à arrecadação, 
fiscalização, lançamento e normatização de receitas previdenciárias. 
 
2. SEGURIDADE SOCIAL (CF88, art. 194) 
Conceito: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Organização e princípios: 
Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base 
nos seguintes objetivos: 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e 
rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão 
quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
a. O princípio da solidariedade está apenas implícito no texto constitucional (arts. 194 
e 195), embora seja o mais importante de todos neste campo. 
 
b. Universalidade 
 
Este princípio incorpora a idéia de amparar todas as pessoas (universalidade do 
atendimento) em todas as suas necessidades sociais (universalidade da cobertura) 
 
c. Uniformidade e equivalência 
 
A uniformidade significa um único regime de previdência para os urbanos e rurais. 
A equivalência refere-se ao aspecto quantitativo dos benefícios desse mesmoregime, 
isto é, os valores dos benefícios devem ser idênticos para ambas essas populações. 
 
d. Seletividade e distributividade 
 
A seletividade significa que determinadas prestações podem ser asseguradas somente 
àqueles que se encontrem em maior estado de necessidade social, até como forma de 
realizar a isonomia, ou seja, de tratar desigualmente os desiguais, na medida de suas 
desigualdades. 
 
Ex. o salário-família. 
 
A distributividade tem a ver com a principal função do sistema, que é a de funcionar 
como instrumento de distribuição de rendas. Não se coaduna muito com a previdência 
social, mas encontra campo fértil na área da saúde e, principalmente, na da 
assistência social. 
 
Ex. o benefício de que trata o art. 203, V, da CF/88 
 
e. Irredutibilidade 
 
Refere-se, especificamente, ao campo da previdência social, e significa o óbvio, ou 
seja, que os valores nominais e reais dos benefícios não podem sofrer redução. 
 
f. Equidade 
 
Este princípio traduz a dimensão do princípio da capacidade contributiva no âmbito da 
seguridade social. 
 
Deve ser analisado conjuntamente com o § 9º do art. 195 da CF/88: 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo 
poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da 
atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte 
da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
 
g. Diversidade 
 
Ao mesmo tempo em que reflete a solidariedade (todos devem contribuir), este 
princípio, ao determinar que sejam estabelecidas diversas fontes de financiamento, 
visa imprimir maior garantia à sustentação econômica da seguridade social, já que, 
entrando em crise uma dessas fontes, as demais prosseguem transferindo recursos ao 
sistema. 
 
h. Caráter democrático e descentralizado da administração 
 
Visa à participação da sociedade na organização e no gerenciamento do sistema, 
mediante gestão quadripartite. 
 
Este princípio é reflexo imediato do art. 10 da CF/88: 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores 
nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses 
profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação. 
Reflete, também, diretriz estabelecida na primeira convenção da OIT, em 1919, 
segundo a qual o Estado deve garantir esse tipo de participação. 
 
Exemplos de observância desse princípio encontramos nos seguintes órgãos, todos 
com representantes dos setores mencionados no inciso VII do parágrafo único do art. 
195 da CF/88. 
 
- Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS 
- Conselho Nacional da Saúde – CNS 
- Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS 
- Conselho de Recursos da Previdência Social – CRPS 
 
 
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social 
 
Autarquia federal que tem por atribuição gerir, acompanhar e avaliar a concessão e 
manutenção dos benefícios do RGPS e da assistência social. 
 
 
Quadro sinóptico: 
 
Saúde MS/SUS 
Lei 8080/90 (LOS) 
Previdência Social MF/DRFB – custeio – Lei 8212/91 
MPS/INSS – benefícios – Lei 8.213/91 
Decreto 3.048/99 - RPS 
Assistência Social MDS/INSS 
Lei 8742/93 (LOAS) 
Lei 10.741/03 – Estatuto do Idoso 
 
 
3. PREVIDÊNCIA SOCIAL (CF88) 
 
A Previdência Social é o seguro social para a pessoa que contribui. É uma 
instituição pública que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus 
segurados. A renda transferida pela Previdência Social é utilizada para substituir a 
renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja 
pela doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário, ou mesmo 
a maternidade e a reclusão. 
 
 
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RPPS 
 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é 
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante 
contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos 
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o 
disposto neste artigo. 
 
Tem que garantir, no mínimo, aposentadoria e pensão. 
 
 
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º. 
 
NOTA: RGPS x RPPS – exclusão dos segurados do RPPS – Lei 
8.213/91, art. 12. Caso exerça atividade abrangida pelo RGPS, é 
segurado obrigatório e terá direito às coberturas dos dois regimes. 
 
 
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 
 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de 
forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, 
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado 
por lei complementar. 
 
LC 109/01 e LC 108/01. 
 
 
4. ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
O benefício assistencial consiste no pagamento de 01 (um) salário mínimo mensal à 
pessoas com 65 anos ou mais de idade e à pessoas com deficiência incapacitante 
para a vida independente e para o trabalho, onde em ambos os casos a renda per 
capita familiar seja inferior a ¼ do salário mínimo. 
O Benefício é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à 
Fome (MDS) a quem compete sua gestão, acompanhamento e avaliação e, ao 
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a sua operacionalização. 
Os recursos para custeio do BPC provem do Fundo Nacional de Assistência Social 
(FNAS). 
 
São consideradas membros da família, para o cálculo da renda per capita, as pessoas 
que vivem sob o mesmo teto com o mesmo parentesco dos dependentes descritos na 
Lei 8.213/91, artigo 16. 
 
Benefício assistencial concedido a idoso não integra a renda per capita para a 
concessão de outro benefício assistencial da mesma espécie (Estatuto do Idoso). 
 
 
5. CONCEITO PREVIDENCIÁRIO DE EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO 
A Lei 8.212/91, no artigo 15, trás os conceitos de empresa e de empregador 
doméstico, no âmbito previdenciário: 
 
Art. 15. Considera-se: 
 
I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade 
econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem como os órgãos 
e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional; 
 
II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu serviço, 
sem finalidade lucrativa, empregado doméstico. 
 
Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o 
contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço, bem como 
a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, a 
missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras. 
 
Assim, considera-se empresa: 
 
- a firma individual 
- a sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, 
com fins lucrativos ou não, 
- os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e 
fundacional 
 
Equiparam-se a empresa: 
 
- o contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço 
- a cooperativa 
- a associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade- a missão diplomática e a repartição consular de carreira estrangeiras 
 
 
 
II - REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS 
 
 
1. PRESTAÇÕES 
 
Lei 8.213, de 24 de julho de 1991. 
 
 
Art. 1º Lei 8.213/91 Benefícios 
Incapacidade (doença e invalidez) Auxílio-doença 
Aposentadoria por invalidez 
Auxílio-acidente 
Desemprego involuntário Seguro desemprego 
(tem por finalidade, mas não dá 
cobertura) 
Idade avançada Aposentadoria por idade 
Tempo de serviço Aposentadoria por tempo de contribuição 
Aposentadoria Especial 
Encargos familiares Salário família 
Salário maternidade 
prisão Auxílio reclusão 
morte Pensão por morte 
Mais: abono anual, serviço social e reabilitação profissional 
 
 
BENEFÍCIOS/SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 
Quanto ao segurado 1. Aposentadoria por invalidez 
2. Aposentadoria por idade 
3. Aposentadoria por tempo de 
contribuição 
4. Aposentadoria especial 
5. Auxílio-doença 
6. Salário-família 
7. Salário-maternidade 
8. Auxílio-acidente 
Quanto aos dependentes 9. Pensão por morte 
10. Auxílio-reclusão 
Ambos 11. Reabilitação profissional 
12. Serviço social 
13. Abono anual 
 
 
2. SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
2.1. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – Lei 8.212/91, art. 12; RPS, art. 9o 
 
Trabalhadores urbanos e rurais que exercem atividade remunerada (>16 anos) 
 
NOTA: sobre a idade mínima, onde se lê 14 (quatorze anos) na Lei 
8.212/91, deve-se ler 16 (dezesseis) anos, pois esta é a atual idade 
mínima, prevista na Constituição Federal após a Emenda nº 20/98, para 
que alguém possa ingressar no mercado de trabalho (exceto na 
condição de menor aprendiz, em que tal limite é de quatorze anos). 
 
I – Empregado (RPS, art. 9o, I) 
 
Aqueles contratados por empresas urbanas ou rurais para prestar serviços em caráter 
não eventual, sob subordinação e mediante remuneração. 
 
Pressupostos: pessoa física (pessoalidade), empresa, não eventualidade, 
subordinação e onerosidade. 
 
Não eventualidade – relaciona-se com a natureza do serviço (e não com a freqüência) 
- entende-se por serviço prestado em caráter não eventual aquele relacionado direta 
ou indiretamente com as atividades normais da empresa (RPS, art. 9º, §4º). 
 
Subordinação - Subordinação jurídica - o direito do empregador de dirigir e fiscalizar a 
prestação do trabalho e dispor dos serviços contratados como melhor lhe aprouver. 
 
Também é considerado segurado empregado o aprendiz, com idade entre 14 e 24 
anos, sujeito à formação profissional metódica do ofício em que exerça seu trabalho. 
 
Alíneas do inciso I do artigo 9º do RPS. 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter 
não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como 
diretor empregado; 
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, por prazo não 
superior a três meses, prorrogável, presta serviço para atender a necessidade 
transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviço de outras empresas, na forma da legislação própria; 
NOTA: O trabalhador temporário é equiparado a empregado 
apenas para fins previdenciários. Não há vínculo empregatício 
entre ele e a empresa de trabalho temporário ou a empresa 
tomadora dos serviços. 
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para 
trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou agência de empresa 
constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede e administração no País; 
d) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para 
trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior com maioria do 
capital votante pertencente a empresa constituída sob as leis brasileiras, 
que tenha sede e administração no País e cujo controle efetivo esteja em caráter 
permanente sob a titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas 
e residentes no País ou de entidade de direito público interno; 
e) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição 
consular de carreira estrangeira e a órgãos a elas subordinados, ou a membros 
dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem residência 
permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do 
país da respectiva missão diplomática ou repartição consular; 
NOTA:diferentemente da alínea anterior, neste caso o brasileiro e 
o estrangeiro são contratados por outro país, mas prestam 
serviços no Brasil, ficando excluídos (1) o estrangeiro sem 
residência permanente no Brasil e (2) o brasileiro amparado por 
regime próprio de previdência do país contratante. 
f) o brasileiro civil que trabalha para a União no exterior, em organismos oficiais 
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo se amparado por regime próprio de previdência social; 
g) o brasileiro civil que presta serviços à União no exterior, em repartições 
governamentais brasileiras, lá domiciliado e contratado, inclusive o auxiliar local 
de que tratam os arts. 56 e 57 da Lei no 11.440, de 29 de dezembro de 2006, 
este desde que, em razão de proibição legal, não possa filiar-se ao sistema 
previdenciário local; 
h) o bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com 
a Lei no 11.788, de 25 de setembro de 2008; 
i) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas 
autarquias e fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
j) o servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das 
respectivas autarquias e fundações, ocupante de cargo efetivo, desde que, 
nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social; 
l) o servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem 
como pelas respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos 
do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal; 
m) o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas 
autarquias e fundações, ocupante de emprego público; 
n) (Revogado pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99) 
o) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de 
registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo 
Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei nº 8.935, de 
18 de novembro de 1994; e 
p) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não 
vinculado a regime próprio de previdência social; 
q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em 
funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de 
previdência social; 
r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 
14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de 
natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de 
um ano. 
 
II – Empregado doméstico (RPS, art. 9o, II) 
 
Aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa física ou família, sem 
finalidade lucrativa. 
 
III – Contribuinte individual (autônomo, empresário) (RPS, art. 9o, V) 
 
Trabalhadores que exercem atividades por conta própria ou prestam serviços a 
empresa sem relação de emprego. 
 
Alíneas do inciso V do artigo 9º do RPS. 
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a 
qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área, contínua ou 
descontínua, superior a quatro módulos fiscais; ou, quando em área igual ou 
inferior a quatro módulos fiscais ou atividade pesqueira ou extrativista, com 
auxílio de empregados ou porintermédio de prepostos; ou ainda nas hipóteses 
dos §§ 8o e 23 deste artigo; 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral 
- garimpo -, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por 
intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a 
qualquer título, ainda que de forma não contínua; 
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, 
de congregação ou de ordem religiosa; 
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional 
do qual o Brasil é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo 
quando coberto por regime próprio de previdência social; 
NOTA: Este brasileiro civil difere do citado na alínea “f” do inciso I do 
mesmo artigo (que é considerado empregado) pelo simples fato de não 
prestar serviços para a União, mas para os citados organismos 
internacionais do qual o Brasil seja membro efetivo (Ex. ONU). Deixará, 
no entanto, de ser segurado do RGPS, caso esteja amparado por 
regime próprio de previdência social. 
e) o titular de firma individual urbana ou rural; 
f) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na 
sociedade anônima; 
g) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria; 
h) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de 
seu trabalho e o administrador não empregado na sociedade por cotas de 
responsabilidade limitada, urbana ou rural; 
i) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou 
entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou 
administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que 
recebam remuneração; 
j) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma 
ou mais empresas, sem relação de emprego; 
l) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de 
natureza urbana, com fins lucrativos ou não; 
m) o aposentado de qualquer regime previdenciário nomeado magistrado 
classista temporário da Justiça do Trabalho, na forma dos incisos II do §1º do 
art. 111 ou III do art. 115 ou do parágrafo único do art. 116 da Constituição 
Federal, ou nomeado magistrado da Justiça Eleitoral, na forma dos incisos II do 
art. 119 ou III do §1º do art. 120 da Constituição Federal; 
n) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço 
à sociedade cooperativa mediante remuneração ajustada ao trabalho executado; 
o) o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semi-aberto, que, nesta 
condição, preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais 
empresas, com ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade 
afim, ou que exerce atividade artesanal por conta própria; 
p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei 
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que opte pelo recolhimento dos 
impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. 
 
São, portanto, características do autônomo: 
 
 - a pessoalidade na prestação dos serviços, 
 - a profissionalidade, 
 - a assunção de riscos e 
 - a independência 
 
Segundo o Regulamento da Previdência Social (art. 9º, §15), enquadram-se 
como trabalhadores autônomos, dentre outros: 
 
1. o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce 
atividade profissional sem vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou 
promitente-comprador de um só veículo; 
2. aquele que exerce atividade de auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, 
em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de 
agosto de 1974; 
3. aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena 
atividade comercial em via pública ou de porta em porta, como comerciante 
ambulante, nos termos da Lei nº 6.586, de 6 de novembro de 1978; 
4. o trabalhador associado a cooperativa que, nessa qualidade, presta serviço a 
terceiros; 
5. o membro de conselho fiscal em sociedade por ações (de acordo com o § 1º do art. 
161 da Lei nº 6.404/76, “o conselho fiscal será composto de, no mínimo, 3 (três) e, no 
máximo, 5 (cinco) membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, eleitos 
pela assembléia-geral.”); 
6. aquele que presta serviço de natureza não contínua, por conta própria, a pessoa ou 
família, no âmbito residencial desta, sem fins lucrativos (“diarista”); 
7. o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que 
detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados 
pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994; 
8. aquele que, na condição de pequeno feirante, compra para revenda produtos 
hortifrutigranjeiros ou assemelhados; 
9. a pessoa física que edifica obra de construção civil; 
10. o médico-residente de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, com as 
alterações da Lei nº 8.138, de 28 de dezembro de 1990. 
11. o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em 
barco com mais de seis toneladas de arqueação bruta (entende-se por tonelagem 
de arqueação bruta a expressão da capacidade total da embarcação constante da 
respectiva certificação fornecida pelo órgão competente); 
12. o incorporador de que trata o art. 29 da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964; 
13. o bolsista da Fundação Habitacional do Exército contratado em conformidade com 
a Lei nº 6.855, de 18 de novembro de 1980; 
14. o árbitro e seus auxiliares que atuam em conformidade com a Lei nº 9.615, de 24 
de março de 1998; 
15. o membro de conselho tutelar de que trata o art. 132 da Lei nº 8.069, de 13 de 
julho de 1990, quando remunerado; 
16. o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição 
financeira de que trata o § 6º do art. 201. 
 
IV – Trabalhador avulso (RPS, art. 9o, VI) 
 
Trabalham para empresa, sem vínculo empregatício. A contratação é feita por órgão 
gestor de mão-de-obra – OGMO ou sindicato da categoria. 
 
Ex: atividades portuárias de capatazia, estiva, conferência de carga, conserto de 
carga, vigilância de embarcações (RPS, art. 9º, VI, ‘a’, §7º); estivador, o ensacador de 
café, cacau, sal e similares etc (RPS, art. 9º, VI). 
 
V – Segurado Especial (RPS, art. 9o, VII) 
 
Pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a 
ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio 
eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de: 
 
a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro 
outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 
 
1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou 
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do 
inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas 
atividades o principal meio de vida; 
 
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou 
principal meio de vida; e 
 NOTA: não é considerado segurado especial o pescador artesanal que 
utilize embarcação acima de 6 toneladas de arqueação bruta. Neste 
caso, o segurado é contribuinte individual. 
 
Assemelham-se ao pescador o mariscador, o caranguejeiro, o eviscerador (limpador 
de pescado), o observador de cardumes, o pescador de tartarugas, o catador de 
algas. 
 
c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a 
este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas “a” e “b” deste inciso, que, 
comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
 
A Lei 11.718, de 23/6/08,incluiu os parágrafos 7º a 13 no artigo 12 da Lei 8.212/91 (o 
Decreto nº 6.722, de 30/12/2008, incluiu os parágrafos 18 a 25 no artigo 9º do RPS) . 
 
Atualmente, o segurado especial pode: 
 
• exercer atividade remunerada em período de entressafra ou do defeso, não 
superior a cento e vinte dias, corridos ou intercalados, no ano civil; 
• utilizar de empregado, em épocas de safra, à razão de no máximo cento e vinte 
pessoas/dia dentro do ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou, 
ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, à razão de oito horas/dia e 
quarenta e quatro horas/semana; 
• explorar a propriedade rural para turismo, inclusive com hospedagem, por não mais 
de cento e vinte dias ao ano; 
• exercer atividade artesanal ou artística desde que a renda mensal obtida na 
atividade não exceda um salário mínimo. 
 
 
NOTA: Aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada 
sujeita ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS é obrigatoriamente filiado em 
relação a cada uma dessas atividades. 
 
O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS que estiver 
exercendo ou que voltar a exercer atividade abrangida por este Regime é segurado 
obrigatório em relação a essa atividade, ficando sujeito às contribuições de que trata a 
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para fins de custeio da Seguridade Social. 
 
 
2.2. SEGURADO FACULTATIVO – Lei 8.212/91, art. 14; RPS, art. 11 
 
Pessoa com mais de 16 anos de idade, que não recebe remuneração e opta por se 
filiar à previdência social. Somente poderá inscrever-se nesta condição aquele que 
não é segurado obrigatório. 
 
Ex: dona de casa, estudante, desempregado, síndico que não recebe pró-labore (se 
recebe é CI). 
 
O RPS excetua da possibilidade de filiar-se facultativamente a pessoa participante de 
regime próprio de previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem 
vencimento e desde que não permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo 
regime próprio (art. 11, § 2º). 
 
Observe que o RPS dispõe que “o segurado facultativo somente poderá 
recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de 
segurado, conforme o disposto no inciso VI do art. 13”. 
 
 
 
3. BENEFICIÁRIOS – RPS, art. 16 
 
Segurados – o próprio contribuinte usufrui o benefício. 
 
Dependente – pessoas que podem usufruir o benefício. Subdividem-se em 3 classes: 
 
a) classe I – cônjuge/companheiro, filho menor de 21 anos e não emancipado 
(inclusive enteado ou tutelado) ou inválido; 
b) classe II – pais; 
c) classe III – irmão menor de 21 anos ou inválido. 
 
Dependentes se inscrevem quando do requerimento do benefício. 
 
A existência de dependentes na classe I exclui os dependentes das outras classes 
(idem para classe II em relação a III). A dependência econômica dos beneficiários da 
classe I é presumida, dos demais deve ser comprovada. 
 
Dependentes de uma mesma classe concorrem entre si em igualdade de condições, 
sendo os benefícios a eles devidos concedido por rateio. 
 
No caso de invalidez de dependente, esta deve acontecer anteriormente à maioridade 
ou ao evento que gerou o benefício (morte ou reclusão do segurado). 
 
 
Perda da condição de dependente: 
 
Por falecimento 
 
Para o menor de 21 anos: quando completa 21 anos ou é emancipado 
 
Para o maior de 21 anos inválido: se cessar a invalidez ou emancipação (exceto 
colação de grau) 
 
Para o cônjuge/companheiro: pela separação/divórcio/interrupção da união estável 
sem pensão alimentícia, pela anulação do casamento. 
 
 
COMPANHEIRO (A) 
 
Para ser considerado companheiro(a) é preciso comprovar união estável com 
segurado(a). 
 
NOTA: A Ação Civil Pública nº 2000.71.00.009347-0 determina que 
companheiro(a) homossexual de segurado(a) terá direito a pensão por 
morte e auxílio-reclusão. 
 
 
Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, 
devem ser apresentados no mínimo três dos seguintes documentos (RPS, art. 22, 
§3o): 
 
I - certidão de nascimento de filho havido em comum; 
II - certidão de casamento religioso; 
III- declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado 
como seu dependente; 
IV - disposições testamentárias; 
V - revogado 
VI - declaração especial feita perante tabelião; 
VII - prova de mesmo domicílio; 
VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou 
comunhão nos atos da vida civil; 
IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
X - conta bancária conjunta; 
XI - registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado 
como dependente do segurado; 
XII - anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; 
XIII- apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a 
pessoa interessada como sua beneficiária; 
XIV - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o 
segurado como responsável; 
XV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de 
dependente; 
XVI - declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um 
anos; ou 
XVII - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 
 
 
Emancipação 
 
Atualmente, a maioridade civil ocorre aos 18 anos de idade, contudo, o menor pode 
ser emancipado, nos termos do artigo 5º, parágrafo único do Código Civil, Lei 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002. 
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do 
juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria. 
 
4. FILIAÇÃO X INSCRIÇÃO: RPS, art. 18 
 
Filiação - vínculo estabelecido com a previdência social, da qual decorre direitos e 
obrigações. 
 
Automática: independentemente de formalização material (inscrição), quando exerce 
atividade remunerada sujeita à filiação obrigatória (RPS, art. 20). 
 
Facultativo: depende de inscrição + recolhimento da primeira contribuição (RPS, art. 
11, §3o) 
 
Inscrição – comprovação dos dados pessoais e elementos que caracterizam a 
condição de segurado (RPS, art. 18). NIT – número de identificação do trabalhador. 
 
Empregado: contrato de trabalho registrado na CTPS. 
 
Trabalhador avulso: registro no OGMO ou no sindicato. 
 
Empregado doméstico: CTPS e inscrição no INSS. 
 
Contribuinte individual, Facultativo e Segurado Especial: inscrição no INSS. 
 
O número de inscrição é um só – comunica ao INSS apenas se mudar de categoria 
(ex. CI para empregado). 
 
Atividades concomitantes: ex. empregado e contribuinte individual – filiação e inscrição 
em cada uma delas. 
 
A inscrição pós-morte é admitida para o segurado especial. 
 
 
5. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO – Lei 8.213/91, art. 15; RPS, 
art. 13. 
 
Hipóteses em que, mesmo tendo deixado de efetuar recolhimentos, a pessoa mantém 
a qualidade de segurado do RGPS. 
 
 
Hipótese Período de graça 
Enquanto estiver recebendo benefício sem limite de prazo 
Após cessar serviço militar 3 meses 
Segurado facultativo que deixou de 
contribuir 
6 meses 
Após livramento (retido ou recluso) 
Após cessar o benefício 
Após cessar a segregação compulsória12 meses 
Desempregado* com até 120 
contribuições 
Desempregado* com mais de 120 
contribuições sem perda da qualidade de 
segurado 
24 meses 
* Se houver registro no MTE (cadastrado no SINE ou seguro desemprego) prorroga o 
período de graça por mais 12 meses. (Lei 8.313/91, art. 15, §2o). 
 
Perde-se a qualidade após o 15o dia do 2o mês após o término do período de graça. 
 
Nos casos de aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria 
especial, a perda da qualidade de segurado não implica a caducidade dos direitos a 
esses benefícios. O mesmo acontece no caso de aposentadoria por idade, desde 
que cumprida a carência exigida (180 contribuições). 
 
No caso de fuga do recolhido à prisão, será descontado do prazo para 
perda da qualidade de segurado a partir da data da fuga, o período de 
graça já usufruído anteriormente ao recolhimento. Havendo livramento 
do recolhido à prisão, permanece o prazo integral de doze meses, 
contado a partir da soltura, conforme o inciso IV do art.13 do RPS, 
aprovado pelo Decreto nº 3.048/99. (IN INSS/PRES 20, de 11/10/2007, 
art. 12) 
 
O segurado obrigatório que, durante o prazo de manutenção da sua 
qualidade de segurado (12, 24 ou 36 meses, conforme o caso), se filie 
ao RGPS como facultativo, ao deixar de contribuir nesta última, terá o 
direito de usufruir o período de graça de sua condição anterior. (IN 
INSS/PRES 20, de 11/10/2007, art. 20, §3º) 
 
 
 
6. CARÊNCIA - RPS, art. 26 a art. 30 
 
Tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais exigidas para 
ter direito ao benefício. 
 
segurados Início da contagem 
empregados 
trabalhadores avulsos 
contribuintes individuais (desde 04/03) 
que presta serviço a empresas 
Data de filiação 
Recolhimento é presumido 
contribuinte individual que trabalha por 
conta própria 
empregado doméstico 
segurado facultativo 
data do efetivo recolhimento da primeira 
contribuição sem atraso (não são 
consideradas contribuições recolhidas 
com atraso referentes a competências 
anteriores) 
 
Para o segurado especial a carência começa a contar a partir do efetivo exercício da 
atividade rural, mediante comprovação. 
 
Benefício Segurado carência 
Auxílio Doença 
Aposentadoria por invalidez 
todos 12 contribuições 
Obs: Acidente de qualquer natureza, acidente do Sem carência 
trabalho, doença profissional e do trabalho + doenças da 
lista do MS/MTE/MPS (Lei 8.213/91, art. 26, II e art. 151) 
Aposentadoria por idade 
Aposentadoria por TC 
Aposentadoria especial 
todos 180 contribuições 
 
Salário maternidade Contribuinte Individual 
Facultativo 
Segurada Especial 
10 contribuições* 
Salário maternidade Empregadas 
Empregadas domésticas 
Trabalhadoras avulsas 
Sem carência 
Pensão por morte 
Auxílio-reclusão 
Salário-família 
Auxílio-acidente 
 Sem carência 
*parto antecipado: reduz pelo mesmo número de meses em que o parto foi 
antecipado. 
 
Segurado especial - Comprovar o exercício da atividade rural em período 
correspondente à carência do benefício requerido, ainda que descontinuamente. 
 
 
Perda da qualidade de segurado – recuperação do período anterior: 
 
Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores serão 
computadas para efeito de carência apenas quando o segurado contar, a partir da 
nova filiação, com o mínimo de 1/3 do número de contribuições exigidas para o 
cumprimento da carência. Exceto para aposentadorias por tempo de contribuição, 
especial e por idade. Logo, fala-se em recuperação do período anterior apenas para 
os benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade, e 
o número de contribuições exigidas será quatro (1/3 de 12) no caso do auxílio-doença 
e da aposentadoria por invalidez ou 3 (1/3 de 10) no caso do salário-maternidade. 
 
 
Aposentadoria por tempo de contribuição, especial e por idade - Regra de 
transição: 
 
Tabela progressiva de carência para filiados até 24 de julho de 1991, data anterior a 
publicação da Lei 8.213/1991 (era de 60 contribuições em 1992 e aumentou de 6 /ano) 
 
Ano de implementação das condições Carência (meses) 
2007 156 
2008 162 
2009 168 
2010 174 
2011 180 
 
Para o segurado inscrito na Previdência Social até 24 de julho de 1991, 
a carência das aposentadorias por idade, tempo de contribuição e 
especial, bem como para os trabalhadores e empregadores rurais 
amparados pela antiga Previdência Social Rural, obedecerá à tabela, 
levando-se em conta o ano em que o segurado implementou todas as 
condições necessárias à obtenção do benefício. (IN INSS/PRES 20, de 
11/10/2007, art. 57) 
 
 
7. SALÁRIO DE BENEFÍCIO E RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO – RPS, art. 31 a 
art. 39 
 
SALÁRIO DE BENEFÍCIO – SB: valor básico utilizado para definir a renda mensal 
inicial de cada benefício. Lei 9.876, de 28/11/1999. 
 
Cálculo da média (M): A partir da publicação da Lei 9.876/99, para o cálculo do 
salário de benefício é feita a média aritmética simples dos maiores salários de 
contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo. 
 
Para os segurados inscritos anteriormente à publicação da Lei 9.876/99, tal média é 
calculada com os salários de contribuição corrigidos, a partir de julho/1994. 
 
 
FP – fator previdenciário 
 
( )



 ×+
+
×
=
100
1 aTCIdx
Es
aTCFP 
 
Onde: 
FP = fator previdenciário; 
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; (IBGE) 
TC = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; 
Id = idade no momento da aposentadoria; e 
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 
OBS: TC+5 para mulheres; 
 
Professor com tempo exclusivamente no magistério da educação infantil, ensino 
fundamental e médio: H: TC+5; M: TC+10 
 
Benefício SB 
Aposentadoria por tempo de contribuição 
Aposentadoria por idade 
= M x FP* 
Aposentadoria por invalidez 
Aposentadoria especial 
Auxílio-doença 
Auxílio-acidente 
= M 
* No cálculo do SB na aposentadoria por idade, a multiplicação pelo fator 
previdenciário é facultativa (Lei 9.876/99, art. 7º). 
 
NOTA: RPS, art. 31, §20 – Nos casos de auxílio-doença e aposentadoria por 
invalidez, se o segurado contar com menos de 144 contribuições, o SB 
corresponderá à soma dos salários de contribuição dividido pelo número de 
contribuições apurado (não despreza os 20% menores SC). 
 
 
No cálculo do SB, não será considerado o aumento dos SC que exceder o limite legal, 
inclusive o voluntariamente concedido nos 36 meses imediatamente anteriores ao 
início do benefício, salvo se: 
 - homologado pela Justiça do Trabalho 
 - resultante de promoção regulada por normas gerais da empresa, admitida pela 
 legislação do trabalho 
 - resultante de sentença normativa 
 - resultante de reajustamento salarial obtido pela categoria respectiva 
 
Caso os segurados empregado e trabalhador avulso não possam comprovar o valor 
dos seus SC no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor 
mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos 
SC. 
 
O empregado doméstico deve comprovar não apenas os valores dos seus SC, mas 
também os recolhimentos devidos, sob pena de ser concedido o benefício de valor 
mínimo, que também será recalculado na hipótese de serem comprovados os 
recolhimentos a posteriori. 
 
Para os demais segurados somente serão computados os SC referentes aos meses 
de contribuição efetivamente recolhida. 
 
 
RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO – RMB: valor mensal que efetivamente o segurado 
vai receber. 
 
Limites dos benefícios: 
 
Mínimo – salário mínimo 
 
Máximo – teto do salário de contribuição (alterado sempre que os benefícios são 
reajustados). 
 
Exceção – Aposentadoria por invalidez se o beneficiárionecessitar de assistência 
permanente de outra pessoa – acréscimo de 25% (mesmo que superior ao teto). 
 
Obs: o valor recebido a título de auxílio-acidente é considerado como salário de 
contribuição. 
 
Benefício RMB 
Aposentadoria por TC SB 
Aposentadoria por idade (70%+1%/grupo de 12 contribuições, até 30%) SB 
Aposentadoria por invalidez 
Aposentadoria especial 
SB 
Auxílio Doença 91% SB 
Auxílio Acidente 50% SB 
Segurados especiais 1 salário mínimo 
 
 
8. REAJUSTAMENTO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS - RPS, art. 40 
 
O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data 
do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de 
início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao 
Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística - IBGE. 
 
 
9. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO, Lei 8.213/91, art. 103, RPS, art. 347 
 
O segurado tem o prazo de 10 anos (prazo decadencial) para pedir revisão do valor do 
benefício (a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira 
prestação) ou do ato que indefere benefício. Em caso de provimento do pedido, pode 
receber os últimos 5 anos (prescrição qüinqüenal), salvo o direito dos menores e 
incapazes. 
 
O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em 
que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
 
10. RECURSO DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS, Lei 8.213/91, art. 126, RPS, 
art. 305 
 
O Conselho de Recursos da Previdência Social, colegiado integrante da estrutura do 
Ministério da Previdência Social, é órgão de controle jurisdicional das decisões do 
Instituto Nacional do Seguro Social, nos processos de interesse dos beneficiários da 
seguridade social. 
 
Das decisões proferidas pelo INSS, poderão os interessados, quando não 
conformados, no prazo de trinta dias, recorrer às Juntas de Recursos-JR, ou às 
Câmaras de Julgamento-CaJ do CRPS. 
 
Havendo interposição de recurso do interessado contra decisão do INSS, o processo 
deverá ser reanalisado e, se reformada totalmente a decisão, será atendido o pedido 
reclamado. Caso contrário, o processo deverá ser encaminhado para a JR, para 
julgamento. 
 
 
III – PLANO DE BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
1. AUXÍLIO-DOENÇA – RPS, art. 71 a art. 80 
 
Benefício devido ao segurado incapacitado para o trabalho por motivo de doença ou 
acidente de qualquer natureza, por mais de 15 dias consecutivos. 
 
Comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica da 
Previdência Social. 
 
Segurado empregado - cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em 
convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias 
de afastamento. 
 
Será devido: 
 
• Empregados – a partir do 16o dia, consecutivo ou não, do afastamento do 
trabalho, sendo os 15 primeiros dias de responsabilidade do empregador. 
 
• Contribuintes Individuais, empregados domésticos, avulsos, especiais e 
facultativos – a partir do início da incapacidade. 
 
Deve ser requerido em até trinta dias da data do afastamento (para empregados a 
partir do 16o dia), se não o benefício será pago a partir da data do requerimento. 
 
Segurados empregados – afastamento do trabalho por mais de uma vez dentro de 60 
dias, decorrente da mesma doença: 
 
• se concedido novo benefício decorrente da mesma doença dentro de 60 dias 
contados da cessação do benefício anterior, a empresa fica desobrigada do 
pagamento relativo aos 15 primeiros dias de afastamento, prorrogando-se o 
benefício anterior e descontando-se os dias trabalhados, se for o caso. 
 
• se o segurado empregado, por motivo de doença, afastar-se do trabalho 
durante 15 dias, retornando à atividade no 16º dia, e se dela voltar a se afastar 
dentro de 60 dias desse retorno, fará jus ao auxílio-doença a partir da data do 
novo afastamento. Retornando à atividade antes de quinze dias do 
afastamento, o benefício será devido a partir do dia seguinte ao que completar 
aquele período. 
 
o segurado empregado em gozo de auxílio-doença é considerado pela empresa como 
licenciado. 
 
 NOTA: a empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará 
obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual 
diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença. 
 
RMB = 91% SB 
 
Carência: 12 contribuições 
 
Isenção de carência: Acidente de qualquer natureza (dentro ou fora do trabalho), 
acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho e moléstias que 
constam da lista de doenças (art. 151 da Lei 8.213/91), desde que a doença apareça 
após a filiação. 
 
Considera-se acidente do trabalho se sofrido no trajeto (sem parar para resolver 
assuntos particulares). 
 
Não é devido o auxílio-doença se ao se filiar à Previdência Social, o segurado já seja 
portador da doença ou lesão invocada como causa do benefício, salvo quando a 
incapacidade sobrevier por motivo de agravamento da doença ou lesão. 
 
Se a doença é anterior à filiação e é cumprida a carência de 12 meses, 
considera-se agravamento da doença e a pessoa tem direito ao 
benefício. 
 
Obrigação de submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, de 
participar de processo de reabilitação profissional, se insusceptível de retornar para a 
atividade habitual e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e 
transfusão de sangue, que são facultativos. 
 
O benefício não cessa até que o segurado seja dado como habilitado 
para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência 
 
 
Cessação do auxílio doença: falecimento, alta médica, volta voluntária ao trabalho ou 
transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio acidente, se resultar seqüela 
para a atividade que habitualmente exercia. 
 
Acidente do trabalho - estabilidade no emprego de 12 meses após o término do 
auxílio. 
 
Múltipla atividade: 
 
O auxílio-doença do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pelo 
RGPS será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma 
delas, devendo a perícia médica ser conhecedora de todas as atividades que o 
mesmo estiver exercendo. Neste caso, o valor do benefício poderá ser inferior ao 
salário mínimo, desde que somado às demais remunerações recebidas resultar valor 
superior a este, além do que observar-se-ão as seguintes regras: 
 
 a) o auxílio-doença será concedido em relação à atividade para a qual o segurado 
estiver incapacitado, considerando-se para efeito de carência somente as 
contribuições relativas a essa atividade 
 
 b) se nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de 
imediato o afastamento de todas 
 
 c) constatada, durante o recebimento do auxílio-doença, a incapacidade do 
segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefício deverá ser 
revisto com base nos respectivos SC 
 
 d) quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar 
definitivamente para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, 
não cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa 
incapacidade não se estender às demais atividades 
 
Regulamentando a expressão “enquanto ele permanecer incapaz”, contida no final do 
art. 60 da Lei nº 8.213/91, o Decreto nº 5.844, de 13-7-2006, acrescentou os 
seguintes parágrafos ao art. 78 do Regulamento da Previdência Social: 
 
§ 1o O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o 
prazo que entender suficiente para a recuperação da capacidade para o 
trabalho do segurado, dispensada nessa hipótese a realização de novaperícia. 
§ 2o Caso o prazo concedido para a recuperação se revele 
insuficiente, o segurado poderá solicitar a realização de nova 
perícia médica, na forma estabelecida pelo Ministério da Previdência 
Social. 
§ 3o O documento de concessão do auxílio-doença conterá as 
informações necessárias para o requerimento da nova avaliação 
médico-pericial. 
 
 
 
2. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ - RPS, art. 43 a art. 50 
 
Benefício devido ao segurado que ficar incapacitado para qualquer trabalho, 
independentemente de ter recebido auxílio-doença. 
 
Obrigação de submeter-se a reavaliação de 2 em 2 anos. 
 
É indefinida, mas não é definitiva. 
 
RMB = 100% SB 
 
Carência e concessão: mesmas regras do auxílio-doença. 
 
Pode ser acrescido de 25% caso o beneficiário necessite de auxílio permanente de 
outra pessoa, observada a relação constante do anexo I do RPS (atestado por perícia 
do INSS). Cessa com a morte do segurado, não sendo incorporado ao valor da 
pensão por morte. 
 
Cessação da aposentadoria por invalidez: falecimento, alta médica, volta voluntária ao 
trabalho ou transformação em aposentadoria por idade. 
 
Segurado que se julga apto a retornar à atividade: 
 
Realizada a perícia, se concluir pela recuperação, a aposentadoria será cancelada: 
 
 Benefício cessa 
De imediato Se o segurado empregado 
tem direito a voltar para a 
mesma função que exercia 
antes 
Recuperação total dentro 
de cinco anos* 
Após tantos meses 
quantos forem os anos de 
duração do benefício por 
incapacidade 
Para demais segurados 
 
 Benefício é mantido por Valor do benefício 
6 meses Valor integral 
No período seguinte de 6 
meses 
50% 
Recuperação parcial ou 
recuperação total após 
cinco anos 
No período seguinte de 6 
meses 
25% 
*os cinco anos são contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do 
auxílio-doença que a antecedeu, ou seja, da data do início da incapacidade. 
 
 
3. AUXÍLIO ACIDENTE - RPS, art. 104 
 
Benefício devido como indenização ao segurado empregado, trabalhador avulso e 
segurado especial que sofram lesões definitivas de acidentes de qualquer natureza, 
que diminuam a sua capacidade para o trabalho, até que se aposente definitivamente. 
 
Situações discriminadas no anexo III do RPS. 
 
Necessidade de ter recebido o auxílio-doença. 
 
O segurado retorna ao trabalho, recebe o salário do empregador e o auxílio-acidente. 
 
Não é concedido quando o segurado estiver desempregado, podendo ser concedido 
o auxílio-doença (justifica-se este dispositivo pela impossibilidade de aferição da 
redução de capacidade laborativa, pois como o segurado encontra-se desempregado, 
não há como a perícia médica identificar a efetiva diminuição do potencial laborativo). 
 
RMB = 50% SB (SB que deu origem ao auxílio-doença), podendo ser inferior ao 
salário mínimo. 
 
Pode ser cumulado com os demais benefícios, exceto aposentadoria ou outro auxílio-
acidente. 
 
Se o auxílio-doença por acidente que tenha dado origem ao auxílio-acidente for 
reaberto, suspende o auxílio-acidente. 
 
Seu valor é computado como salário de contribuição quando for concedida a 
aposentadoria. 
 
Não será devido o benefício quando do acidente: 
 
 a) resultarem danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem 
repercussão na capacidade laborativa. 
 b) houver mudança de função do acidentado, mediante readaptação profissional 
promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação 
do local de trabalho. 
 
A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do 
auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento do nexo de causa entre o trabalho 
e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o 
trabalho que o segurado habitualmente exercia. 
 
 
4. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO - RPS, art. 56 a art. 63 
A aposentadoria por tempo de contribuição é irreversível e irrenunciável: a partir do 
primeiro pagamento, o segurado não pode desistir do benefício. 
O trabalhador não precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria. 
Carência de 180 contribuições (15 anos) ou a tabela. 
 
Será devida: 
 
Ao empregado e ao empregado doméstico: 
 a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até noventa 
dias depois dela. 
 b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do 
emprego ou quando for requerida após 90 dias dele. 
 
Para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. 
 
Considera-se tempo de contribuição o tempo, contado de data a data, desde o início 
até a data do requerimento ou do desligamento de atividade abrangida pela 
previdência social, descontados os períodos legalmente estabelecidos como de 
suspensão de contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da 
atividade. 
 
NOTA: o segurado especial que contribui também, facultativamente, na 
condição de contribuinte individual, fará jus à aposentadoria por idade, 
tempo de contribuição e especial, depois de cumpridas as carências 
exigidas para estes benefícios, não sendo considerado, para esse fim, o 
tempo de atividade rural não contributivo. 
 
 
4.1. Aposentadoria por tempo de serviço, direito adquirido até a EC20, de 15/12/98, 
em vigor a partir de 16/12/1998 
 
SB = média dos 36 últimos salários de contribuição. 
 
Integral (RMB = 100% SB) Homem Mulher 
carência 35 anos de serviço 30 anos de serviço 
Professor* em efetivo 
magistério 
30 anos de serviço 25 anos de serviço 
*não é aposentadoria especial, é aposentadoria por tempo de contribuição com 
tratamento especial. 
 
NOTA: 
Conforme o art. 1º da Lei nº 11.301, de 10 de maio de 2006, considera-se função de 
magistério não apenas o exercício da docência, mas também as atividades de direção 
de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. 
 
 
Proporcional Homem Mulher 
carência 30 anos de serviço 25 anos de serviço 
RMB = 70% SB + 6% por ano completo em atividade 
Não existia fator previdenciário nem era exigida idade mínima 
 
 
 
4.2. Aposentadoria por tempo de contribuição, filiação depois da EC20, de 15/12/98 
 
Benefício integral 
(RMB = SB x FP) 
Homem Mulher 
carência 35 anos de contribuição 30 anos de contribuição 
Professor até ensino 
médio em efetivo 
magistério 
30 anos de contribuição 25 anos de contribuição 
 
Filiados ao RGPS após à EC20, mesmo que considerado tempo de RPPS, apenas 
pode aposentar integral. 
 
O tempo de atividade exercido em condições especiais poderá ser convertido para 
atividade comum. 
 
Deixou de existir a aposentadoria proporcional. 
 
 
4.3. Aposentadoria por tempo de contribuição, filiação anterior à EC20, de 15/12/98 – 
regra de transição 
 
 
Aposentadoria integral: 
 
Pedágio: tempo que faltava para aposentar integral na data da EC20, acrescido de 
20% + idade mínima (53 anos para homens e 48 anos para mulheres) 
 
A regra atual é melhor: não tem pedágio, nem idade mínima. 
 
Aposentadoria proporcional: 
 
Os segurados que já eram filiados à previdência social antes da EC20, têm direito à 
aposentadoria proporcional. 
 
Pedágio: tempo que faltava para aposentar proporcional na data da EC20, acrescido 
de 40% + idade mínima (53 anos para homens e 48 anos para mulheres) 
 
Ex. Mulher com 40 anos de idade e 23 anos de contribuição na data da EC20. 
Faltavam 2 anos para aposentar proporcional 
2 anos + 40% = 33,6 meses ~ 2 anos e 10 meses 
A idade vai para quase 43 anos – não pode aposentar, tem que esperar completar 48 
anos de idade. 
Solução: APOSENTA INTEGRAL aos 47 anos com 30 anos de contribuição! 
 
Apenas é interessante para quem, da data da EC20, faltava menos que 
12,5 anospara a aposentadoria proporcional (40% de 12,5 = 5 anos, 
tempo a mais para aposentadoria integral) e teria a idade mínima 
requerida ao tempo da aposentadoria. Se não, aposenta integral sem o 
requisito da idade mínima! 
 
Professor de ensino superior, converte o tempo até a EC20 (acréscimo de 17% para 
homens e de 20% para mulheres), desde que continue em atividade de efetivo 
magistério. 
 
 
4.4. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO COMO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO – 
RPS, art. 60 
 
Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição, 
entre outros: 
 
a) Contagem do tempo como tempo de contribuição para segurado que recebeu 
auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez: 
 
Doença O tempo é considerado se o benefício foi 
pago entre períodos de atividade (RPS, 
art. 60, III e art. 61, II) 
acidente o tempo é considerado (RPS, art. 61, III) 
 
 
b) Contagem recíproca (artigos 125 a 134 do RPS) – compensação financeira entre o 
RPPS e RGPS, ou seja, contagem do tempo de contribuição para o RPPS para fins de 
benefícios do RGPS ou emissão de certidão de tempo de contribuição pelo INSS, para 
utilização no RPPS. 
 
c) tempo de serviço militar 
 
d) período em que a segurada recebeu salário-maternidade 
 
e) conversão de períodos exercidos em atividades especiais 
 
f) período de contribuição como facultativo 
 
Para segurados contribuinte individual e doméstico, o reconhecimento de filiação 
somente será feito mediante indenização das contribuições (RPS, art. 122). 
 
Para o trabalhador rural (Lei 8.213/91, art. 55, §2º e RPS, art. 123), que optou por 
contribuir na condição de contribuinte individual, o tempo de serviço anterior a 11/1991 
será computado independentemente de recolhimento, exceto para efeito de carência. 
 
Ex. Aposentadoria por idade, tempo de contribuição ou especial 
 
Até 10/91 – comprovar atividade rural 
 
A partir de 11/91 – comprovar contribuições na atividade rural 
 
Para cumprir a carência, deve haver 180 contribuições. Logo, se o período for anterior 
a 11/91 e o segurado precisar de parte dele para compor as 180 contribuições, tem 
que indenizar o período. 
 
Se for segurado especial, basta comprovar o exercício da atividade por 180 meses 
(independe de contribuição). 
 
 
5. APOSENTADORIA POR IDADE - RPS, art. 51 a art. 55 
 
É irreversível e irrenunciável. 
 
Benefício proporcional Homem Mulher 
Trabalhadores urbanos 65 anos de idade 60 anos de idade 
Trabalhadores rurais* 60 anos de idade 55 anos de idade 
*tem que comprovar 180 meses de exercício de atividade rural. 
 
RMB = 70% SB + 1% por grupo de 12 contribuições até o máximo de 30% 
 
Ex: Homem aposenta aos 65 anos de idade com 20 anos de contribuição 
RMB = (70%+20%) do SB = 90% SB 
 
Este benefício pode ser calculado com o fator previdenciário, o que for mais 
vantajoso para o segurado. 
 
No exemplo acima, FP = 0,603, logo, não vale a pena. 
 
Em 2009, vale a pena considerar o FP para homens aos 65 anos de 
idade com tempo de contribuição de, no mínimo, 33 anos. 
 
Será devida: 
 
Ao empregado e ao empregado doméstico: 
 a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até noventa 
dias depois dela. 
 b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do 
emprego ou quando for requerida após 90 dias dele. 
 
Para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. 
 
Pode ser requerida pela empresa: H – 70 anos e M – 65 anos, sendo compulsória; 
garantia da indenização prevista na legislação trabalhista. 
 
 
A aposentadoria por idade poderá ser decorrente da transformação de aposentadoria 
por invalidez ou auxílio-doença, desde que requerida pelo segurado, observado o 
cumprimento, na data de início do benefício a ser transformado, da carência exigida. 
 
 
 
6. APOSENTADORIA ESPECIAL - RPS, art. 64 a art. 70 
 
Lei 8.213/91, art. 57 e ss. 
 
Concedida aos segurados (empregado, avulso, contribuinte individual quando 
cooperado filiado à cooperativa de trabalho) que tenham trabalhado 
permanentemente em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física durante 15, 20 ou 25 anos, de acordo com o nível de exposição a agentes 
nocivos. Relação de agentes nocivos considerados para fins de concessão dessa 
aposentadoria – RPS, anexo IV. 
 
O anexo IV do RPS é exaustivo quanto aos agentes e exemplificativo quanto às 
atividades, exceto agentes biológicos. 
 
Requisitos: nocividade e permanência. 
 
Agente nocivo (art. 157, §1o da IN20/07): 
Qualitativo – nocividade independe de mensuração; 
Quantitativo – nocividade caracterizada pela ultrapassagem dos limites de tolerância. 
 
Ruído se acima de 85 dB. 
 
Não será devida quando a adoção de medidas de proteção coletiva ou individual 
neutralizarem ou reduzirem o grau de exposição do trabalhador a níveis legais de 
tolerância, de forma que afaste a concessão da aposentadoria especial, desde que a 
empresa comprove o gerenciamento dos riscos e a adoção das medidas de proteção 
recomendadas. 
 
RMB = 100% SB 
 
A comprovação da exposição será feita mediante formulário emitido pela empresa com 
base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT), elaborado por 
médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. 
 
A empresa deverá ainda elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico 
previdenciário (PPP) abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e 
fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste 
documento. 
 
 
Será devida: 
 
Ao empregado: 
 a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida até noventa 
dias depois dela. 
 b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do 
emprego ou quando for requerida após 90 dias dele. 
 
Para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento. 
 
Conversão do tempo de trabalho em condições especiais: 
Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades 
sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem 
completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, 
os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme tabela abaixo, 
considerada a atividade preponderante: 
 
 Multiplicadores 
Para Mulher Homem Tempo a 
converter 15 20 25 30 35 
15 1 1,33 1,67 2 2,33 
20 0,75 1 1,25 1,5 1,75 
25 0,6 0,8 1 1,2 1,4 
 
 
Ao segurado que recebe aposentadoria especial é vedado retornar ao exercício de 
atividade ou operações que o sujeitem aos agentes nocivos definidos no 
Regulamento, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que 
seja a forma de prestação do serviço, ou categoria de segurado, sob pena de 
cessação do benefício. 
 
 
7. SALÁRIO-FAMÍLIA - RPS, art. 81 a art. 92 
 
Benefício pago a trabalhadores empregados e avulsos, inclusive se recebendo 
auxílio-doença ou aposentados por invalidez ou demais aposentadorias, desde que 
tenham 65 anos ou 60 anos, se homem ou mulher, respectivamente. Ao trabalhador 
rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo masculino, ou 55 anos, se do 
sexo feminino. 
 
Têm direito ao benefício: 
 
Segurado empregado e trabalhador avulso que tenham filho até completar 14 anos de 
idade ou inválido, com remuneração mensal menor ou igual a R$ 752,12 (Portaria 
MPS/MF 48, de 12/02/2009). 
 
O segurado deve apresentar atestado anual de vacinação para crianças até 6 anos e 
declaração semestral de freqüência escolar para as crianças com 7 anos ou mais. 
 
Uma cota para cada filho ou equiparado (enteado e tutelado). Tanto o trabalhador 
quanto a trabalhadora podem receber o benefício para o mesmo filho. 
 
Remuneraçãomensal 
a partir de 01/02/2009 
Valor do benefício 
Até R$ 500,40 R$ 25,66 
> R$ 500,41 e <= R$ 752,12 R$ 18,08 
 
O direito ao SF cessa automaticamente: 
 
 a) por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito. 
 b) quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se inválido, a 
contar do mês seguinte ao da data do aniversário. 
 c) pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido maior de 14 anos 
de idade, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade. 
 d) pelo desemprego do segurado. 
 
As cotas do SF não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao 
benefício. 
 
 
8. SALÁRIO-MATERNIDADE - RPS, art. 93 a art. 103 
 
Benefício concedido à segurada gestante por 120 dias (até 28 dias antes do parto + 1 
do parto + 91 dias depois). Pode ser prorrogado por 2 semanas antes do parto e ao 
final do período de licença, mediante atestado médico específico 
 
Adoção: (tem que pedir o benefício no INSS) 
Idade da criança Período do benefício 
< 1 ano 120 dias 
1 a 4 anos completos 60 dias 
4 até completar 8 anos 30 dias 
 
Valor do benefício: 
Segurada Valor do benefício 
Empregada e trabalhadora avulsa = última remuneração recebida* (sal. Fixo) 
= média 6 últimas remunerações (sal. Var) 
Empregada doméstica = último salário de contribuição, sujeito ao 
teto 
Segurada especial = 1 SM 
Segurada CI e facultativa = 1/12 da soma dos doze últimos salários 
de contribuição, apurados em um período 
não superior a 15 meses, limitado ao teto. 
*limitada ao subsídio de ministro do STF (CF88, art. 37) 
 
Nota: único benefício previdenciário sobre o qual incide contribuição previdenciária. 
 
Carência: 
Contribuinte Individual 
Facultativo 
Segurado especial* 
10 contribuições* 
Empregadas 
Empregadas domésticas 
Trabalhadoras avulsas 
Sem carência 
 
O salário maternidade pode ser cumulado com aposentadoria, para a aposentada que 
retornar à atividade. 
 
O SM não pode ser acumulado com benefício por incapacidade. 
 
NOTA: quando ocorrer incapacidade em concomitância com o período 
de pagamento do SM, o benefício por incapacidade, conforme o caso, 
deverá ser suspenso enquanto perdurar o referido pagamento, ou terá 
sua data de início adiada para o 1º dia seguinte ao término do período 
de 120 dias 
 
 
Parto a partir da 23a semana de gravidez. Antes é aborto. 
 
Se natimorto, tem direito ao salário maternidade. Aborto espontâneo: salário 
maternidade por 2 semanas. 
 
No caso de segurada adotante ou que obtiver a guarda judicial para fins de adoção, o 
SM será devido ainda que a mãe biológica também tenha recebido o benefício quando 
do nascimento da criança. 
 
No caso de salário-maternidade por adoção, o benefício será pago, sempre, 
diretamente pela previdência social, ainda que a beneficiária se trate de segurada 
empregada. 
 
A empresa será reembolsada pelo pagamento do valor bruto do salário-maternidade, 
incluída a gratificação natalina proporcional ao período correspondente à licença, 
mediante dedução do respectivo valor, no ato do recolhimento das contribuições 
devidas, na forma estabelecida pelo INSS. 
 
 
9. PENSÃO POR MORTE - RPS, art. 105 a art. 115 
 
Benefício pago aos beneficiários quando o segurado falecer. É necessária a qualidade 
de segurado. 
Se o óbito ocorrer após a perda da qualidade de segurado, os dependentes terão 
direito a pensão desde que o trabalhador tenha cumprido, até o dia da morte, os 
requisitos para obtenção de aposentadoria, concedida pela Previdência Social. 
RMB = valor da aposentadoria, se segurado era aposentado; 
RMB = valor caso se aposentasse por invalidez na data do óbito, para segurado não 
aposentado. 
 
A pensão por morte deixada por trabalhadores rurais é de um salário mínimo. 
 
Havendo mais de um dependente, o benefício é repartido em partes iguais entre os 
dependentes. 
 
Reverterá em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão 
cessar. 
 
 
A pensão por morte será devida a contar: 
 
a) da data do óbito, quando requerida até trinta dais depois deste 
b) da data do requerimento, quando requerida após trinta dias da data do óbito 
c) da decisão judicial, no caso de morte presumida. 
 
A concessão de PPM não será protelada pela falta de habilitação de outro possível 
dependente, e qualquer habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de 
dependente somente produzirá efeito a contar da data da habilitação 
 
Um novo casamento não anula o benefício. Caso o novo companheiro 
(a) venha a falecer, a viúva (o) poderá escolher a pensão de maior 
valor. 
 
A PPM somente será devida ao dependente inválido se for comprovada pela perícia 
médica a existência de invalidez na data do óbito do segurado. 
 
NOTA: o dependente inválido está obrigado, independentemente de 
sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a 
exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação 
profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado 
gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são 
facultativos. 
 
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, que recebia pensão de 
alimentos, receberá a PPM em igualdade de condições com os dependentes referidos 
no inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213/91 (cônjuge, companheira ou companheiro e 
filhos não emancipados, de qualquer condição, menores de 21 anos ou inválidos). 
 
A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida: 
 
a) mediante sentença declaratória de ausência, a contar de sua emissão, ou 
b) em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou 
desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil. 
 
NOTA: verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da PPM cessa 
automaticamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores 
recebidos, salvo má-fé. 
 
O pagamento da cota individual da PPM cessa: 
 
a) pela morte do pensionista. 
b) para o pensionista menor de idade, ao completar vinte e um anos, salvo se inválido, 
ou pela emancipação, ainda que inválido. 
c) para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame 
médico-pericial a cargo da previdência social. 
 
NOTA: com a extinção da cota do último pensionista, a PPM será encerrada. 
 
O valor da PPM devida aos dependentes do segurado recluso que, nesta condição, 
exercia atividade remunerada será obtido mediante a realização de cálculo com base 
no novo tempo de contribuição e salários-de-contribuição correspondentes, neles 
incluídas as contribuições recolhidas enquanto recluso, facultada a opção pela pensão 
com valor correspondente ao do auxílio-reclusão, se mais vantajoso. 
 
 
10. AUXÍLIO RECLUSÃO - RPS, art. 116 a art. 119 
 
Benefício devido aos dependentes durante o período de detenção ou reclusão do 
segurado (cumprimento da pena em regime fechado ou semi-aberto), desde que o 
último salário de contribuição seja de até R$ 752,12 (fevereiro/2009). 
 
O segurado não pode receber remuneração de empresa (exceto se prestar-lhe serviço 
na condição de contribuinte individual), nem estiver em gozo de auxílio-doença, 
aposentadoria ou abono de permanência em serviço. 
 
A data de início do benefício será fixada na data do efetivo recolhimento do segurado 
à prisão, se requerido até trinta dias depois desta, ou na data do requerimento, se 
posterior. 
 
Os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, 
atestado de que o segurado continua preso. 
 
Concessão igual à pensão por morte. No caso de qualificação de dependentes após e 
reclusão ou detenção do segurado, é necessário comprovar a preexistência da 
dependência econômica. 
 
No

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