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Resumo de CPP Acao Penal (1)

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Resumo de Ação Penal
Ação Penal 
Introdução:
Importante é a classificação que se faz da ação penal em relação ao critério subjetivo. Classifica-se a ação penal em: a) pública; b) de iniciativa privada (CP, art.100, §2o , e CPP, arts.24 e 30). A ação penal é pública quando movida pelo MP; e, é de iniciativa privada quando movida pelo ofendido. 
A ação penal pública divide-se em: incondicionada e condicionada. Incondicionada quando o MP independe de qualquer manifestação de vontade para pomovê-la. Condicionada quando, embora a titularidade da ação seja sempre do MP, dispositivos legais específicos condicionam o exercício desta à representação do ofendido ou à requisição do Ministro da Justiça (CP, art.102, §1o). A regra geral é ser incondicionada a ação pública. 
E uma vez apresentada a representação ou a requisição e oferecida a denúncia, o MP assume em toda sua plenitude a posição de dominus litis, sendo irrelevante uma vontade contrária do ofendido ou da Administração (na ação penal de iniciativa privada o perdão põe fim ao processo: CP, art.105). 
Por sua vez, a ação penal de iniciativa privada divide-se em: ação penal de iniciativa exclusivamente privada e a ação subsidiária da pública. 
A primeira compete exclusivamente ao ofendido, ao seu representante legal ou sucessor. Na segunda, a titularidade compete a qualquer das pessoas citadas, sempre que o MP deixar de intentá-la no prazo da lei (CF, art.5o , LIX; CPP, art.29, e CP, art.100, §3o).
Ação Penal
Ação é o meio pelo qual se persegue em juízo em busca da obtenção da tutela jurisdicional, a fim de proteger a um direito antes violado ou dar a sentença a aquele que dela dependa, seja para absolvição ou condenação, retirando ele do seio social, com a finalidade de reintegrá-lo mais tarde em perfeitas condições sociais, para a continuidade de sua vida civil. 
"Ação penal constitui ‘direito subjetivo público’ de exigir a satisfação da pretensão punitiva. Ela endereça-se ao Estado-Juiz porque só ele, observadas as garantias constitucionais, pode tornar efetivo esse direito, compelindo o réu ao cumprimento do dever, (sanção), defluente da violação da lei penal". (José Antônio Paganella Boschi, in: Ação Penal, AIDE, l993, Rio de Janeiro, p. 17). "Ação é, pois, o direito de invocar a prestação jurisdicional, isto é, o direito de requerer em juízo a reparação de um direito violado" (C.R. Bitencourt, ob. cit., p. 306). Ação Penal Pública (Incondicionada, Condicionada Þ Denúncia). Ação Penal Pública é aquela genuinamente oficial. O Processo Penal é público cujos órgãos são oficiais. A Ação Penal será pública porque na maioria dos tipos penais nós temos duas vítimas a imediata e a mediata (estado). A Ação Penal Pública será Incondicionada quando ela não depender de nenhuma condição, não existir nenhuma movimentação, ou representação. O próprio artigo 24 do CPP, já define o que vem a ser Ação Penal Pública Incondicionada, ou seja, é aquela que para o seu exercício o Estado não necessita de nenhuma condição prévia. É exercício privativo do MP. Ex: Matar Alguém. 
Art. 24 - Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1º - No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
§ 2º - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública.
Princípios da Ação Penal
1.Da Obrigatoriedade: este princípio indica "que o Promotor - frente à autoria de crime minimamente provado - tem o dever de oferecer a denúncia, em face da impessoalidade dos interesses versados" ( J. A . Paganella Boschi, ). O art. 24 do CPP, para a doutrina, consagra o dito princípio. Em suma, em mãos do inquérito ou quaisquer outras peças que o substituam (peças de outros processos, documentos públicos ou particulares etc.), em que aponte a materialidade do delito e indício de sua autoria, o MP deve denunciar o réu. 
E se não houver, nas peças informativas, indícios da autoria ou da materialidade? O Promotor requererá o arquivamento do inquérito. Caso insista em propor a ação penal e o juiz venha a recebê-la, o réu poderá propor habeas corpus para trancar a ação penal.
E se presentes a materialidade e autoria, o MP não denunciar o réu? In casu, a vítima, transcorrido o prazo para a propositura da ação penal, poderá propor ação penal privada subsidiária da pública. O mesmo ocorrerá se o MP requerer o arquivamento do inquérito, e o juiz acatar o seu pedido de arquivamento, mesmo sabendo que estão presentes o indício da autoria e a materialidade do delito.
Quid juris, se o juiz não acatar o pedido de arquivamento das peças informativas? Neste caso, mandará subir os autos para o parecer final do Procurador Geral da Justiça. Este, se acatar o entendimento do Promotor, mandará arquivar o inquérito; se não, ofertará a denúncia ou designará outro representante do MP para tanto.
2. Da Oportunidade: de acordo com esse princípio, a ação só será proposta se o ofendido ou seu representante legal vislumbrar entender ser conveniente ou oportuna, ou seja, ele tem o poder de dispor sobre a existência, andamento e término da ação penal exclusivamente privada. Esse princípio é adotado em sede de ação penal pública nos seguintes países: Grécia, França, EUA, Grã-Bretanha, Bélgica, Israel, Japão, Egito, Suécia, Rússia, Áustria e Noruega. No Brasil, o aludido princípio só se refere à ação penal exclusivamente privada.
3. Da Oficialidade: "deriva da presença do Estado num dos pólos da relação jurídica, como titular do jus puniendi, representado por órgão ordinariamente legitimado para agir: o MP (art. 129, I, da CF)" (Boschi, op. cit., p. 32). Um reparo deve ser feito no magistério deste autor. O MP não é detentor do jus puniendi, mas apenas do jus persequendi in juditio, o titular daquele é o Estado-Juiz.
Além disto, não basta ser membro do Ministério Público. É preciso ter atribuição legal para propor a ação penal. Daí advém o Princípio do Promotor Natural, que possui, inclusive, assento constitucional. Um Promotor de Justiça, onde haja Juízo Federal, não pode, p. ex., processar alguém por moeda falsa. Tal atribuição é afeta ao Procurador da República.
4. Da Indisponibilidade: Nos termos deste princípio, o MP, que é titular do jus persequendi in juditio, não tem ele o poder de acordar, desistir, transigir ou dispor do direito que soberanamente pertence ao Estado, salvo nos crimes de menor potencial ofensivo, que pode transacionar.
5. Da Indivisibilidade: Em se tratando de ação penal pública, esse princípio é um corolário do princípio da obrigatoriedade. Mas, na verdade, o princípio em tela adquire proeminência em sede de ação penal de iniciativa privada, vez que o autor da demanda tem que propor a ação contra todos os acusados, não podendo deixar de acusar nenhum deles, sob pena de rejeição da queixa-crime.
6. Da Intranscendência: Esse princípio é que limita a persecutio criminis ao autor da prática ilícita. É um corolário do princípio da personalidade da pena. É dizer-se, a ação penal só pode ser proposta contra quem, efetivamente, praticou ou participou da execução do delito, posto que a pena, neste caso, não poderá passar da sua pessoa.
Obs.: Princípios comuns à ação penal pública e à privada: o da indivisibilidade (há, contudo, quem entenda que tal princípio não se refere à ação penal pública, porém sem razão) e o da intranscendência; Princípios exclusivos da ação penal pública: o da oficialidade, o da obrigatoriedade e o da indisponibilidade; Princípios exclusivos da ação penal de iniciativa privada: o da oportunidade e o da disponibilidade.
Condições de Procedibilidade (ou de perseguibilidade) e de Punibilidade
São condições de procedibilidade: a) nos crimes de ação penal pública, a representaçãodo ofendido ou quem legalmente o assista ou represente e a requisição do Ministro da Justiça; b) b) o ingresso, no País, do autor de crime praticado no exterior contra brasileiro, inclusive por estrangeiro, punível segunda a lei brasileira. São condições de punibilidade: a) a sentença anulatória do casamento, por motivo de erro ou impedimento, do crime do art. 236 do CP; b) o fato ser punível também no país em que foi praticado, o réu for julgado pela justiça brasileira, por crime cometido fora do Brasil.
1. Diferença: "Enquanto as condições de procedibilidade têm conteúdo nitidamente processual e indicam que o Ministério Público não pode agir sem a ‘autorização’ do ofendido ou de quem possa em seu nome dar o consentimento, as condições de punibilidade têm conteúdo penal e constituem ‘elementos ou circunstâncias exteriores ao fato que, por motivos de política criminal, condicionam sua ilicitude penal ou sua punição (Heleno Fragoso apud Boschi, p. 86). 
Outra distinção: A ausência da condição de procedibilidade não permite seja julgado o mérito; a falta da condição objetiva de punibilidade permite o seu julgamento. Na primeira hipótese, o processo é anulado, e só poderá julgado o mérito da causa quando for cumprida tal condição. Na segunda, o juiz, detectando a ausência da condição de punibilidade, não anula o processo, mas absolve o réu. O processo aqui está findo. Lá, não, salvo se antes do cumprimento da condição faltante, advenha uma causa que extinga a punibilidade (decadência, prescrição etc).
A representação
1. Titularidade do direito de representação: pode ser oferecida pessoalmente pelo titular ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, ao Juiz, ao Promotor ou à autoridade policial (art. 39), nela constando todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria (§ 2º). Em caso de morte ou declaração judicial de ausência, passa-se o referido direito ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (art. 24 e seu p.único do CPP).
2. Titularidade do direito de representação e o prazo para seu exercício, na hipótese de menoridade da vítima, maior de 18 e menor de 21 anos: De acordo com a súmula 594 do STF: "os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal". Damásio, porém, entende que são dois os titulares, porém o direito (prazo) é uno. O prazo para apresentar a representação ou a queixa é de 6 meses, a partir da ciente de quem foi o autor do fato. 
Admite retratação da representação até a propositura da ação penal pública. Como o direito de retratação é personalíssimo, a retratação de um titular, não afeta o direito de representação do outro.
Admite-se, ainda, retratação da retratação. Ocorre quando, depois de ter se retratado, o ofendido se arrepende e volta novamente a representar contra o agente. Entretanto, só é admissível a retratação da retratação antes da propositura da ação penal e do decurso do prazo decadencial.
A requisição do Ministro da Justiça
Ocorre nos crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7o., § 3o., "b", do CP) e nos crimes contra a honra praticados contra o Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro (art. 141, I c/c o art. 145, p. único, do CP). Não há prazo decadencial de 6 meses, estando limitada apenas ao lapso prescricional da ação penal pública; E, segundo a doutrina, não admite retratação. Delmanto entende, porém, que, em face da analogia benéfica (art. 3º do CP) é admissível a retratação da requisição do Ministro da Justiça (CP Comentado. 5ª edição. Renovar. São Paulo. 2000, p. 179).
Classificação da Ação Penal
1. Ação Penal Pública: 
a) incondicionada; 
b) condicionada à representação da vítima ou à requisição do Ministro da Justiça;
AÇÃO PENAL PÚBLICA: 
Em princípio toda ação penal é pública, pois é um direito subjetivo do titular perante o Estado Juiz. A distinção a que se faz da ação pública e da ação privada se estabelece em relação da legitimidade para agir. 
A ação penal é pública porque é promovida pelo Estado-Administração, por intermédio do Ministério Público. Ela Pode ser incondicionada ou condicionada. 
Pública Incondicionada: 
Esta ação é exercida pelo Ministério Publico, que representa o Estado, como autor da ação. 
Na ação penal incondicionada o órgão do Ministério Público é quem propõe a ação através da denúncia, sem que haja manifestação de vontade de quem quer que seja, bastando para tanto que exista os elementos da prova do delito e a sua autoria, independente da vontade do ofendido ou de quem quer que seja. 
Este tipo de ação penal, só terá prosseguimento mediante a denúncia do Ministério Público, e não cabendo a parte representação, cabendo tão somente que ela seja assistente do Ministério Publico, devendo o processo só prosseguir mediante a participação ativa do Ministério Público. 
Pública Condicionada:
Esta ação é exercida também pelo Ministério Público, mas desde que haja a representação do ofendido ou requisição do Ministro da Justiça. 
Nesta ação o Ministério Público só poderá dar andamento, ou seja denunciar o infrator, após a parte ter manifestado interesse através da representação do ofendido no prazo de 30 dias, ou de seu representante, no prazo de 60 dias. 
A Ação de Penal Pública será Condicionada quando a lei estipula uma condição de procedibilidade (uma condição sem a qual não se pode instaurar a ação penal). Em ambos os tipos de ação o titular é o Ministério Público pois ele possui o "dominus litis". A representação é ofertada em juízo. Tanto a representação quanto a requisição são condições de procedibilidade, e algumas ações não podem prosseguir sem isso. A representação e a requisição ministerial são institutos processuais que condicionam o exercício do direito de ação. Segundo Mirabete devem ser consideradas como condições suspensivas de procedibilidade, uma vez que, sem elas, não pode ser proposta a ação penal pública. Existem dois tipos de Ação Penal Pública Condicionada:
Ação Penal Pública Condicionada à Representação: é um pedido- autorização para a propositura da ação penal que deve ser manifestado pela vítima (ofendido) ou por seu representante legal quanto à persecução penal. Requisitos da representação estão dispostos no art.39, CPP. Dependem de representação por exemplo: os crimes de perigo de contágio venéreo e ameaça. O prazo decadencial é de 6 meses, e o prazo começa a fluir do dia em que o ofendido ou seu representante legal tomar conhecimento da autoria do fato criminoso. 
Art. 39 - O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
§ 1º - A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
§ 2º - A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.
§ 3º - Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
§ 4º - A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
§ 5º - O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 25 - A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
No momento em que ocorre a representação o juiz recebe a denúncia, a partir daí não pode mais a vítima retratar-se em virtude do princípio da insdisponibilidade do processo, uma vez instaurada a ação penal o MP não pode desistir dela; omesmo se aplica aos recursos já interpostos (Art.42, CPP).
- Ação Penal Pública Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça: Se impõe nos crimes contra a honra do Presidente da República ou Chefe de Governo Estrangeiro (art. 145, parágrafo único, CP).
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único - Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do n.º I do art. 141, e mediante representação do ofendido, no caso do n.º II do mesmo artigo. 
AÇÃO PENAL PRIVADA:
1- Privada Exclusiva: Esta ação penal poderá ser exercida pelo ofendido, por seu representante legal, ou sucessor, conforme relacionado no artigo 100, § 4º, do CP.Nesta ação o ofendido ou seu representante legal ou seu sucessor, protocolará uma petição, denominada de queixe crime, e que cuja petição equivalerá a uma denúncia, na qual o ofendido ou seu representante legal, ou ainda o seu sucessor, relatará o motivo e contra quem esta propondo, e ainda, que seja dado vista ao Ministério Público. 
O Ministério Publico intervém em todos os atos do processo, não como parte, mas como fiscal da lei, inclusive poderá aditar a queixa, suprindo eventuais incorreções(Art. 45 do CP). 
2 - Privada Subsidiária: Esta ação penal será exercida por queixa, e somente pelo ofendido, no caso de o Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal(artigo 29 do CPP). 
Neste tipo de ação penal, como o próprio nome diz, ela é subsidiária da ação penal publica incondicionada, que caberia ao ministério público oferecer denúncia e ele anão o fez dentro do prazo legal, abrindo assim a oportunidade ao ofendido propor a queixa crime, contra seu ofensor. 
O Ministério Público pode não só aditar a queixa, mas também repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva(art. 29 do CPP). 
3 - Privada Personalíssima: Esta ação penal, só será exercida pelo próprio ofendido, não cabendo a outra pessoa exercer. Trata-se de um direito do próprio ofendido, não podendo ser proposta pelos sucessores, um exemplo é os crimes de adultério. 
Na ação privada temos na parte ativa o querelante e na parte passiva o querelado. 
Havendo dois ou mais querelados, estabelece a lei liame entre eles. O processo contra um, obriga a contra todos. Se houver renuncia ao direito de queixa contra um deles estende-se aos outros. O perdão a um, aproveita os demais(Princípio da indivisibilidade). 
O querelante não poderá deixar de praticar ato ao qual é lhe atribuído, fazendo com que o processo fique parado por mais de 30 dias seguidos, nem deixar de comparecer a qualquer ato do processo e nem deixar de formular pedido de condenação nas alegações finais, sob pena de perempção(art. 60 do CPP). Neste caso presumisse que ele não tem mais interesse. Inclusive é bom lembrar que o Querelado pode entrar com ação contra o Querelante pelos prejuízos causados. 
O prazo para se propor a queixa crime é seis meses, contados a partir do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou no caso da ação penal privada subsidiária, do dia em que se esgotar o prazo para oferecimento da denuncia(art.38 do CPP) 
Cabe lembrar que na ação abrangida pela lei 9.099/95(dos Juizados Especiais Criminais), havendo acordo homologado sobre a composição dos danos, acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. Sentença Criminal do Juizado Especial, mediante proposta do MP, não cabe execução cível. Só caberá ação civel independente, art. 95 e art. 76, § 6º da lei 9.099/95 
Art. 29 - Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública: No artigo 29 do CPP nós temos a Ação Penal Privada Subsidiária da Pública. Nos casos de Ação Penal Privada Subsidiária da Pública só é possível quando não há a demonstração da opinião delitiva por parte do Ministério Público. O particular através de seu advogado irá promover uma Ação Penal Privada Subsidiária da Pública com o intuito de suprir uma omissão do ministério público e a peça processual é denominada Queixa- Crime. Se o Ministério Público falhar alguém tem que cumprir a lacuna (art. 5, LIX, CF). Cabe ao Ministério Público propor a ação penal nos crimes de ação penal pública; não o fazendo no prazo legal nasce ao indivíduo o direito de propor ação penal privada.
OBS: Qual é a distinção entre ilícito penal e ilícito civil? O ilícito penal é aquele que viola os mais caros bens existentes na nossa sociedade.
O atraso do Ministério Público é considerado como uma irregularidade processual, como por exemplo, o Ministério Público tem 5 dias para ofertar a denúncia mas demora 30 dias.
Se alguém procura um advogado o que ele deve fazer? 
- Primeiro verificar o tipo de delito que é.
-Segundo deve fazer uma petição dirigida ao delegado de polícia nos termos do art. 5º, parágrafo § 4º, CPP, requerendo a instauração do inquérito e requerendo a representação. Esta petição também é considerada uma Notitia Criminis.
Art. 5º - Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
§ 4º - O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. 
Tanto o requerimento como a requisição e a representação são espécies de NOTITIA CRIMINIS. A Notitia Criminis pode ser ofertada a qualquer prazo.
Ação Penal Privada: A peça penal é a Queixa-Crime. A Ação Penal é Privada quando o interesse jurídico tutelado pela norma penal for eminentemente privado, dizem respeito somente as partes envolvidas. Quem move a ação privada é o advogado. Na ação penal privada o titular da ação penal é o ofendido, e se este vir a falecer o direito de queixa transmite-se aos seus familiares.
Art. 31 - No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Art. 268 - Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no art. 31.
OBSERVAÇÃO: A Procuração na Ação Penal Privada deve conter poderes especiais. Art. 44 - A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
QUEIXA- CRIME: Quando ocorre o fato crime nasce abstratamente o direito de punir para o estado, o jus puniendi. 
Prazos Prescricionais: Tanto na APPC e na APPI a pretenção punitiva do estado estará viva até o momento da prescrição. Na Ação Penal Privada nós teremos como parâmetro o art. 38, CPP.
Prazo Decadencial (Perda do Direito de Queixa, a perda da Ação Penal Privada é de 6 meses da ciência da autoria do crime, o termo final destes seis meses é o ajuizamento da queixa-crime). O prazo decadencial aplica-se somente a Ação Penal Privada (para todos os crimes de Ação Penal Privada), enquanto que na Ação Penal Pública aplica-se o prazo prescricional e cada crime tem o seu. 
Art. 38 - Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Parágrafo único - Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31 
Art. 39 - O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmenteou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
§ 1º - A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
§ 2º - A representação conterá todas as informações que possam servir à apuração do fato e da autoria.
§ 3º - Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à autoridade que o for.
§ 4º - A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a inquérito.
Quando a Ação Penal for privada o Ministério Público atua como "custos legis" (art.45, CPP).
Art. 45 - A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subseqüentes do processo.
Ação Penal Adesiva:
Pressupõe litisconsórcio ativo facultativo entre o querelante e o MP. Ocorre em casos de conexão ou continência entre ações penais pública e privada. Ex.: Nas lesões corporais sofridas por quem foi vítima de injúria real, o agente só poderá ser punido pela injúria real, se propuser sua queixa, por injúria real, juntamente com a denúncia ajuizada pelo MP, por lesões corporais.
Ação Penal Popular: 
existe em alguns Países, como os EUA, a Inglaterra, a Espanha, a Argentina, (para crimes eleitorais) e o Chile. Para o mestre Frederico Marques, o habeas corpus configura verdadeira ação penal popular, de natureza declaratória.
Ação Penal nos crimes contra o costume: 
Nos crimes contra o costume a ação penal de regra é privada, art. 225 do CPP, tendo o legislador entretanto acolhido 3 exceções: a) se o crime for cometido com abuso do pátrio poder ou da qualidade de padrasto, tutor curador; b) se da violência resultou lesão corporal grave ou morte; c)se a vitima e seus pais não puderem privar-se dos recursos indispensáveis a manutenção própria ou da família.
Nessas três exceções, a ação penal será pública ou semi-pública, nos dois primeiros casos pública incondicionada, devendo o Ministério Público promovê-la sem representação do ofendido, inclusive contra a sua vontade, ou de seus familiares. 
Na terceira hipótese, a ação penal é pública condicionada, em sendo a vitima desprovida de recursos, para oferecer a queixa, tendo em vista as custas do processo, caberá ao Ministério Público propô-la a seu favor. 
O RITO DA AÇÃO PENAL PÚBLICA: 
Feita a denúncia pelo Ministério Publico, será ela recebida pelo Juiz que mandará autuá-la, citar o réu e desiguinará a data para o seu interrogatório, prosseguindo-se conforme o rito a ela cabível. 
As ações penais públicas, só prosseguirão após a denúncia do Ministério Público, sendo que, quando pelo MP, não houver convicção de motivos para a denuncia, este requererá ao juiz o seu arquivamento. 
Se o Juiz não concordar, determinará a remessa a procuradoria, para que o Procurador Geral ofereça a denúncia ou ainda designe outro Promotor para oferecê-la, ou insista no arquivamento, devendo neste caso o juiz atendê-lo(art. 28 do CPP). 
Na ação penal pública, temos no pólo ativo o MP como autor, pois ele esta representando o Estado e no pólo passivo o denunciado. Caso haja assistente da acusação, este estará no pólo ativo abaixo do Ministério Público. 
O RITO NA AÇÃO PENAL PRIVADA: 
O juiz ao receber a queixa, ouvirá o Ministério Público e mandará citar o querelado para responder e desiguinará audiência de tentativa de conciliação. Não havendo conciliação, interrogará o querelado e determinará que se abra vistas as partes para arrolarem testemunhas, sendo que do interrogatório para frente, a ação será processada no mesmo rito das ações do juiz singular.
PROCESSO E PROCEDIMENTO: 
Processo: é o exercício da jurisdição, em relação a uma lide proposta em juízo. 
Processo nada mais é que uma reunião de atos, em busca de se alcançar a uma sentença. É formado pelo conjunto de procedimentos. 
Procedimento: é o modo pelo qual o processo anda, a parte visível do processo. 
È o modo de praticar os atos processuais.
Imunidades temporárias à persecução penal
Imunidade temporária à persecução penal tem o significado de que o agente não pode ser processado criminalmente, se cumprir alguns requisitos e em dadas circunstâncias. Podem ser absolutas ou relativas. Na verdade, o processo pode até ser iniciado mediante denúncia ou queixa perante o Órgão Judiciário Competente, que deve remeter o pedido de licença à Câmara ou ao Senado (§ 1º do art. 53 da CF). Se não houver deliberação sobre o pedido ou não for deferido, o processo não pode prosseguir contra o parlamentar. Contudo, terminado o mandato, o parlamentar o processo pode prosseguir, normalmente, sem reclamar qualquer pedido de licença à Casa anterior do agente político. O pedido de licença não é condição de procedibilidade da ação penal, mas de perseguibilidade.
Nos termos da Constituição Federal, somente o Presidente da República goza de imunidade penal temporária absoluta à persecução penal, no que toca aos crimes cometidos antes do mandato ou durante estranhos ao exercício das suas funções (art. 86, § 4º, da CR/88). 
Já os Senadores, Deputados Federais e Estaduais só gozam da imunidade temporal relativa, também denominadas imunidades parlamentares formais. Aos Governadores dos Estados, também, é estendido tal benefício. Nesse caso, podem ser processados, mas só com a prévia licença das suas Casas Legislativas, no caso dos parlamentares federais e estaduais, e da assembléia legislativa do seu Estado, no caso dos Governadores. Ressalte-se, por fim, que, em relação aos delitos de competência da Justiça Federal, os deputados estaduais não gozam de qualquer imunidade temporária. Quanto aos vereadores e Prefeitos Municipais, também, não gozam das mencionadas imunidades. 
Denúncia e Queixa - Requisitos
a) Descrição do fato com suas circunstâncias; b) qualificação do acusado; c) classificação do crime; e d) rol de testemunhas. A lei não fala, mas deve-se qualificar o autor da ação penal. Deve, também, haver o pedido condenatório e, eventualmente, requerimentos necessários à descoberta da verdade real.
Requisitos: Os mesmos requisitos da Denúncia (art. 41 e 43 CPP).
Art. 41 - A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
Art. 43 - A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I - o fato narrado evidentemente não constituir crime;
II - já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa;
III - for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação penal.
Parágrafo único - Nos casos do nº III, a rejeição da denúncia ou queixa não obstará ao exercício da ação penal, desde que promovida por parte legítima ou satisfeita a condição.
Prescrição: Cada delito possui um lapso prescricional (temporal). 
O artigo 47 do CPP dispõe sobre os pedidos de novas diligências por parte do Ministério Público:
Art. 47 - Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclarecimentos e documentos complementares ou novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-los.
Segundo o artigo 48 do CPP nós temos o Princípio da Indivisibilidade da Ação Penal. Qualquer ação penal é indivisível ela deve abarcar todos os autores do fato. Em qualquer momento em nome do principio da verdade real o processo será indivisível.
Art. 48 - A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.De acordo com o artigo de 49 do CPP se houver a renúncia ao exercício do direito de queixa por parte de um dos autores a todos se estenderá em nome do princípio da indivisibilidade. A renúncia em relação a um se estende a todos. 
Art. 49 - A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
A questão da ação penal nos crimes complexos
De acordo com a regra do art. 101 do CP, "Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério Público". A doutrina é praticamente unânime em assinalar a superfluidade de tal dispositivo legal. É que o 100 do CP já traz o critério para saber se a ação penal, por determinado crime (inclusive, o complexo) deva ser pública ou privada. Com efeito, se depois da definição legal de cada tipo legal, ou nos seus respectivos capítulos, seções etc., a lei nada dizer quanto à espécie de ação penal, será ela pública incondicionada. Só será, contudo, privada ou pública condicionada à representação se a lei expressamente disser.
Decadência
"A decadência é a extinção do direito de ação do ofendido pelo decurso do tempo. Por via de conseqüência, ela atinge o próprio direito de punir, uma vez que o Código Penal a incluiu entre as causas de extinção da punibilidade" (Frederico Marquês). Ela ocorre se dentro de 6 meses a partir do conhecimento da autoria do fato a vítima não propõe a queixa, nos casos ação penal privada, ou não apresenta a representação, nos de ação penal pública. Meras suspeitas da autoria, não dão ensejo ao início do cômputo do prazo decadencial. Quanto à ação penal privada subsidiária da pública, o prazo que é, também, de 6 meses, só se inicial quando se esgota o prazo do Ministério para propor a denúncia e não o faz (CPP, arts. 38 e 46).
Exceções ao prazo: a) adultério: 1 mês; b) crimes de imprensa: 3 meses, a partir da data da publicação ou transmissão incriminada.
Quanto aos crimes contra a propriedade imaterial, há divergências quanto ao prazo. Há quem entenda que é de trinta dias, após a homologação do laudo pericial, a que alude o art. 529 do CPP; porém, há quem entenda que o prazo continua a ser o previsto no CP: 6 meses, respeitado, dentro dos 6 meses, porém o prazo de 30 dias, a contar da intimação da homologação do laudo. Seguimos esta última corrente. No mesma linha é a orientação de Mirabete: "Assim, imperiosa a busca e apreensão prévia, há mister de a ação ser proposta no semestre a contar do inequívoco conhecimento da autoria da infração penal pelo ofendido, mas dentro do trintídio iniciado com a homologação do laudo pericial" (CPP Interpretado. 4ª edição. Atlas, SP, 1996, p. 608). No mesmo tom, o STJ (REsp. n. 103.231-SP – Rel. Min. Vicente Leal, ac. unân. da 6ª Turma).
A renúncia
"O art. 104 do Código Penal em vigor cuida da renúncia (expessa ou tácita), que impede o exercício do direito de queixa" (P. J. da Costa Júnior) . A renúncia efetivada em relação a um dos agentes beneficia a todos. Se, por exemplo, o querelante deliberadamente deixar de incluir algum dos querelados na sua queixa, o juiz a rejeitará, pois significa que houve renuncia tácita em relação aos querelados excluídos da peça inicial. E a propositura da ação, in casu, violaria o princípio da indivisibilidade da ação penal privada. 
E se na ação pública, o Promotor proceder da mesma forma? O juiz mandará aditar a denúncia, para incluir no pólo passivo da ação o co-réu não denunciado. E se o promotor não o fizer? Entendemos que, nestes casos, deve o juiz encaminhar as peças do processo e do inquérito, apontando a participação do co-réu não denunciado, para que o Procurador da Justiça mande denunciá-lo, se concordar com o Juiz, se não, não há nada mais a se fazer.
A renúncia tácita se traduz pela prática de ato incompatível com a vontade de exercer o direito de queixa, mas não se considerando como tal o recebimento da indenização do dano causado pelo crime. 
Se um dos ofendidos renunciar, não afeta o direito do outro de propor a queixa-crime. Em caso de dupla titularidade da ação penal (vítima maior de 18 anos e menor de 21), também, a renúncia de um deles não exclui o direito do outro e vice-versa.
Perdão do ofendido
O perdão ocorre sempre após a propositura da ação penal privada. Ele sempre depende da aceitação do ofendido, ou seja, é um ato bilateral. O perdão e a recusa são incondicionais, na lição de Magalhães Noronha. Vale dizer, a lei não admite que haja condições imposta pelo ofendido para perdoar, assim como não admite, também, condições por parte do ofensor para aceitá-lo.
O perdão pode ser: processual ou extraprocessual; expresso ou tácito. Quem pode conceder e aceitar o perdão? Os maiores de 18 e menores de 21 e seus representantes legais, porém se um deles se opor o perdão não produzirá efeito. 
O perdão pode ser concedido até não ocorrer o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, nos termos do § 2º do art. 106 do Código Penal.
Se houver vários ofendidos, o perdão de um deles, não afeta o direito dos outros de ver o prosseguimento da ação penal.
E se houver houver co-réus, a recusa de um deles, fará com que o processo tome curso somente em relação ao que não aceitou o perdão.
Na ação privada subsidiária da pública, não se admite o perdão.De acordo com o artigo de 51 do CPP se houver o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos. 
Art. 51 - O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
Art. 52 - Se o querelante for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito) anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, havendo oposição do outro, não produzirá efeito.
Art. 53 - Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz lhe nomear.
Art. 54 - Se o querelado for menor de 21 (vinte e um) anos, observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52.
De acordo com o artigo 55 do CPP o advogado pode perdoar se tiver poderes especiais para tanto. 
Art. 55 - O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
De acordo com o artigo 57 do CPP se alguém não move o aparelho judicial está renunciando tacitamente. 
Art. 57 - A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os meios de prova.
De acordo com o artigo 57 do CPP : Perempção é um instituto processual exclusivo da ação penal privada. 
Quando é que ocorre a perempção de uma ação penal? Art.60, I, CPP. É uma sanção processual pelo descaso do titular. A perempção é uma sanção pela falta do interesse de agir.
Art. 60 - Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
Por exemplo, quando o sujeito não for em uma audiência.
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
Existe uma peça chamada alegações finais em que se pede expressamente a condenação. Se o advogado da vítima não postular o pedido de condenação nas alegações finais, o juiz julgará a ação perempta. O Ministério Público não pode pedir a condenação do querelado nas Ações Penais Privadas porque o Promotor apenas opinasobre a condenação, porque ele não é o titular da Ação Penal Privada.
Pessoa jurídica não pode ser vítima de crime contra a honra porque ela não é titular de honra. Porque somente pode ser autor de um crime a pessoa humana com possibilidade de escolha de vontade. A Lei 9.605/98 dispõe que a pessoa jurídica pode ser responsabilizada pelos crimes ambientais ocorridos. Mas contraria a CF/88 que garante a personalidade da pena, pois a pena não pode passar a pessoa do condenado (Princípio da Individualização da Pena).
Lei 9.605/98, Art. 3º: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Parágrafo único - A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. 
Art. 6º - Para imposição e graduação da penalidade, a autoridade competente observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
O Art. 61 diz respeito somente as ações Penais Públicas Condicionadas e Incondicionadas:
Art. 61 - Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.
Parágrafo único - No caso de requerimento do Ministério Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente, concederá o prazo de 5 (cinco) dias para a prova, proferindo a decisão dentro de 5 (cinco) dias ou reservando-se para apreciar a matéria na sentença final.
Art. 62 - No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.

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