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Resumo de Direito Processual Penal 1B

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Resumo de Direito Processual Penal – Recursos - Av. Bimestral
Procedimentos: 
Conceito de Rito – Forma sequencial de tramitação do processo, ou seja, é a sequência dos atos processuais determinada pelo princípio da instrumentalidade das formas. 
Classificação dos Ritos Processuais:
Procedimento Comum :
Procedimento Ordinário – se aplica aos crimes com pena máxima igual ou superior à 4 anos. 
Sumário – aplica-se aos crimes com pena máxima menor que 4 anos e maior que 02 anos.
Sumaríssimo – aplicável aos crimes com pena máxima menor que 02 anos, também conhecido como crimes de menor potencial, regidos pela Lei 9.099/95
Procedimento Especial : engloba os crimes de submissão ao Tribunal do Júri (crimes dolosos contra a vida – homicídio, infanticídio, aborto e participação ou induzimento ao suicídio), os crimes praticados por funcionário público, os crimes contra a propriedade imaterial, os crimes contidos na Lei 11.343/ 2006 (Drogas) e os crimes de violência doméstica ( Lei 11.340/2006).
Procedimento Ordinário:
O Inquérito Policial presidido pela Autoridade Policial (delegado) é encaminhado ao juiz competente que abrirá vistas ao Ministério Público que se pronunciará nas seguintes medidas:
O arquivamento do inquérito;
A realização de novas diligências pela autoridade policial, se julgar necessário;
Oferecimento da denúncia em desfavor do acusado.
Na hipótese do magistrado não concordar com o pedido de arquivamento pelo membro do MP, o juiz encaminhará cópia do IP ao Procurador Geral de Justiça para que tome umas das providências seguintes: 
Para o próprio Procurador Geral de Justiça ofereça a denúncia;
Para que nomeie outro promotor de justiça para o oferecimento da denúncia;
Ou para que o PGJ peça o arquivamento do IP, reiterando o pronunciamento do MP.
Denúncia: seus requisitos estão expressos no Art. 41 do CPP, lembrando que estes requisitos também são aplicáveis na denúncia no rito sumário.
Art. 41 CPP – “ A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimento pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
LEMBRANDO :
Exposição do fato criminoso e todas as suas circunstâncias ( narrativa fática);
Qualificação do acusado ou como possa ser identificado;
Classificação do crime;
Rol das testemunhas.
Quando da recepção da denúncia (oferecimento da denúncia pelo MP ao juiz) pelo Magistrado, o mesmo de plano poderá rejeitá-la liminarmente com base no exposto no Art. 395 do CPP:
Art. 395 – A denúncia ou queixa será rejeitada quando:
I – for manifestamente inepta;
II – faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal;
III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.
Da rejeição da denúncia pelo magistrado caberá recurso ( RESE) – Recurso em sentido estrito do Art. 581 do CPP, que deverá ser interposto no Tribunal competente ( TJ/ TRF).
Art. 581 do CPP – ”Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença” : 
I – que não receber a denúncia ou a queixa; 
Já se o magistrado receber a denúncia oferecida pelo MP, deverá ele ordenar a citação do acusado para responder à acusação por escrito no prazo de 10 dias – Art. 396. Do recebimento da denúncia pelo juiz, caberá impetrar HC (que não é recurso)
Art. 396 – “ Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias”.
Parágrafo único – No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 
A citação do réu poderá ser efetuada de 03 maneiras: 
Pessoalmente (mandado) Art. 351 do CPP;
Por edital – Art. 361 do CPP;
Por hora certa – Art. 362 do CPP.
Art. 351 do CPP – A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
Art. 361 do CPP – Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 dias. 
Art. 362 do CPP – Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 e 229 do CPC. 
Parágrafo único – Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
Após efetivada a citação do réu, este deverá oferecer resposta à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias, conforme disposto no Art. 396 do CPP – Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 dias. 
Parágrafo único – No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. 
Art. 396-A : Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
Após a defesa preliminar do acusado será julgado o pedido de absolvição sumária do acusado, conforme dispõe o Art. 397 do CPP : Após o cumprimento do disposto no Art. 396-A (defesa preliminar) o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I – a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II – a existência manifesta de causa excludente de culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III – que o fato narrado evidentemente não constitui crime ( atipicidade do fato);
IV – extinta a punibilidade do agente. 
Recebida a denúncia e analisado improcedente o pedido de absolvição sumária do acusado, o juiz designará a audiência de instrução e julgamento, conforme disposto no Art. 399 do CPP – recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do MP e, se for o caso, do querelante e do assistente. 
A formalidade da audiência de instrução e julgamento está descrita no Art. 400 do CPPP – Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no Art. 222 do CPP, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se em seguida o acusado. 
§ 1° - as provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 
Art. 401 – Na instrução poderão ser inquiridas até 8 testemunhas arroladas pela acusação e 8 pela defesa. 
Art. 402 – produzidas as provas, ao final da audiência, o MP , o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. 
Art. 403 – Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 minutos, respectivamente pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 minutos, proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 3° - o juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 dias, sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso , terá o prazo de 10 dias para proferir a sentença. 
Art. 404 – se for ordenado diligências, será encerrada a audiência de instrução.
Parágrafo único – depois de realizada a diligência, as partes apresentarão em 5 dias sucessivos as alegações finais por memorial e a sentença será proferida após 10 dias.
Diferenças entre Rito Ordinário e Rito Sumário
	Rito Ordinário
	Rito Sumário
	Crime de maior potencial ofensivo 
	Crimes demédio potencial ofensivo
	Até 08 testemunhas na audiência de IJ
	Até 5 testemunhas na audiência de IJ
	Prazo de designação de audiência IJ – 60 dias
	Prazo de designação de audiência de IJ – 30 dias
	Previsão legal de alegações finais orais ou por memoriais 
	Previsão legal de alegações finais somente orais.
Do Procedimento Sumaríssimo – Lei 9.099 – JECRIM
Lavrado o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pela autoridade policial, será imediatamente ao JECRIM. 
O autor firmará compromisso de comparecer ao JECRIM para audiência de instrução e julgamento e será liberado ( não será cabível prisão em flagrante ou fiança). 
Art. 70 da Lei – comparecendo o autor do fato e vítima, e não sendo possível a realização imediata da audiência preliminar, será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes. 
Fase Preliminar :
Visa a tentativa de composição de danos civis (reparação do dano) e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não privativa de liberdade (transação penal pelo MP).
A reparação do dano é cabível em ação penal privada ou em ação pública condicionada à representação.
Já a transação penal é cabível em ação penal pública incondicionada proposta pelo MP, com multas ou prestação de serviço. 
Não havendo a composição o ofendido poderá representar o autor da infração. 
Art. 76 – havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o MP poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, a ser especificada na proposta. 
Art. 77 – em caso de ação penal pública, quando for possível a aplicação da pena restritiva de direito ( ausência do autor ou impossibilidade da sua aplicabilidade), o MP oferecerá denúncia oral ao juiz de imediato. 
A denúncia será com base no TCO. Sem Inquérito Policial. 
Art. 78 – oferecida a denúncia ou queixa, será reduzida a termo, entregando-se cópia ao acusado, que com ele ficará citado e imediatamente cientificado da designação de dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, da qual também tomarão ciência o MP, o ofendido, o responsável civil e seus advogados. 
Na audiência de instrução e julgamento será ofertada nova oportunidade de composição de danos civis, conforme entendimento do Art. 79 do CPP.
Art. 81 – aberta a audiência de instrução e julgamento, será dada a palavra ao defensor do acusado para responder à acusação ( defesa oral ou escrita), após o que o juiz receberá ou não, a denúncia ou queixa;
Havendo recebimento da denúncia, serão ouvidas a vítima, as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente,
Imediatamente depois das oitivas, serão abertos os debates orais e à prolação da sentença. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento. A sentença, dispensado o relatório, mencionará os elementos de convicção do juiz.
Do recebimento da denúncia não caberá recurso.
Art. 82 – da decisão de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença caberá apelação, que poderá ser julgada por turma recursal (3 juízes de primeiro grau) na sede do juizado. O prazo para a apelação é de 10 dias contados da ciência da sentença pelo MP, pelo réu e seu defensor. O recorrido será intimado para oferecer resposta escrita em 10 dias.
Do Procedimento do Tribunal do Júri
Dos Princípios Constitucionais do Tribunal do Júri – Art. 5°, inciso XXXVIII da CF:
Crimes dolosos contra a vida, nas formas tentada ou consumada ( homicídio, infanticídio, aborto, instigação e participação em suicídio).
Plenitude de defesa 
Sigilo das votações
Soberania dos veredictos – nenhuma decisão de recurso modificará a decisão dos jurados. 
Fase Sumário da Culpa
Inquérito Policial → encaminhado ao MP → oferecimento da denúncia → recebimento da denúncia pelo magistrado → o juiz ordenará a citação do acusado → resposta à acusação. 
Art. 406 CPP – o juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 dias. 
§ 1° - o prazo de 10 dias será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação inválida ou por edital.
§ 2° - acusação poderá arrolar até 8 testemunhas na denúncia ou queixa.
§ 3° - na resposta à acusação, o acusado poderá arguir na defesa preliminar tudo do interesse da sua defesa, oferecer documentos, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas ( até 8 testemunhas).
Art. 409 – apresentada a defesa, o juiz ouvirá o MP ou o querelante sobre a defesa preliminar em 5 dias.
Art. 411 – Na audiência de instrução e julgamento, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o debate. 
§ 2° as provas serão produzidas em uma só audiência.
§ 3° - encerrada a instrução probatória será verificado a existência de definição diversa da denúncia, deverá ser aditado a denúncia ou queixa pelo MP em 5 dias. 
§ 4° - as alegações são orais por 20 minutos, prorrogáveis por mais 10 minutos para a acusação e defesa, nesta ordem. 
§ 9° - terminado os debates, o juiz proferirá a decisão, que poderá ser no prazo de 10 dias.
Art. 412 CPP – prazo de 90 dias para término da fase de sumário de culpa (audiência de IJ).
Ao final da Fase de Sumário de Culpa o juiz dará sua decisão que poderá ser:
Decisão de Pronúncia – caberá recurso RESE (Art. 581, inciso IV) – Art. 413 CPP – o juiz, fundamentadamente pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação. 
§ 1° - a fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 
Impronúncia – recurso de apelação ( Art. 416 ) - Art. 414 CPP – não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
Parágrafo único – enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova ( não faz coisa julgada material, só formal).
Absolvição Sumária - caberá recurso de apelação (Art. 416) – Art. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
I – provada a inexistência do fato;
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
III – o fato não constituir infração penal;
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Desclassificação da Denúncia – caberá RESE (Art. 581, inciso II) – Art. 418 – o juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave. 
Art. 419 – quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diverso de competência do Tribunal do Júri, remeterá os autos ao juiz competente. 
Da Fase Intermediária 
 da preparação do processo para julgamento em plenário.
Art. 422 – o juiz (presidente do Tribunal do Júri) determinará a intimação do MP ou do querelante (em caso de queixa) e do defensor do réu, para no prazo de 5 dias:
Apresentar o rol de testemunhas para depor no plenário( até 5 testemunhas);
Juntar documentos e provas a serem produzidas ou exibidas no plenário do júri;
Requerer diligências.
Art. 423 – o juiz presidente: 
I – ordenará as diligências necessárias para fatos que interesse ao julgamento;
II – fará relatório sucinto do processo para reunião do Tribunal do Júri.
Do Alistamento dos Jurados – Art. 425 – alistados de 80 a 400 jurados nas comarcas de menos de 100 mil habitantes.Art. 426 – a lista geral dos jurados será publicada até 10 de Outubro de cada ano. O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 meses antecedentes estará excluído desta lista.
Do desaforamento do Tribunal do Júri – desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região (mais próxima) sob a alegação: de interesse da ordem pública, dúvida da imparcialidade do júri, receio sobre a segurança pessoal do acusado.
O pedido de desaforamento será julgado em Câmara ou Turma competente.
Art. 428 – o desaforamento também poderá ser excesso de serviço, em caso do julgamento não tiver sido realizado no prazo de 6 meses após o trânsito em julgado da decisão de pronúncia.
Da Organização da Pauta – Art. 429 do CPP – salvo motivo relevante que autorize alteração na ordem dos julgamentos, terão preferência: 
I – os acusados presos;
II – dentre os acusados presos, aqueles que estiverem há mais tempo na prisão;
III – em igualdade de condições, os precedentemente pronunciados. 
Do Sorteio e da Convocação dos Jurados- Art. 433 – o sorteio, presidido pelo juiz, far-se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cédulas até completar o número de 25 jurados, para a reunião periódica ou extraordinária. Destes 25, 07 constituirão o Conselho de Sentença. 
Da Função do Jurado – Art. 437 – estão isentos do serviço de júri:o PR, Ministros de Estados, Governadores, Secretários de Estados, Congresso Nacional, AL, CM, Prefeitos, juízes, MP, DP e servidores do PJ e da DP, servidores da segurança pública, militares, maiores de 70 anos, e os com justo impedimento. 
Da Composição do Tribunal do Júri – Art. 448 CPP – são impedidos de servir no mesmo Conselho de Sentença: Marido e mulher; ascendente e descendente, sogro e genro ou nora; irmãos e cunhados; tio e sobrinho; padrasto, madrasta ou enteado. 
Das Sessões do Tribunal do júri – Art. 456, § 2° - se houver a falta do advogado do acusado sem escusa legítima, o juiz nomeará o Defensor Público para defesa do acusado em novo julgamento a ser adiado no prazo mínimo de 10 dias.
Art. 457 – o julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante que tiver sido regularmente intimado. 
Art. 467 – tem-se o sorteio do Conselho de Sentença ( 07 jurados) 
Da Instrução em Plenário do Júri - Art. 473 – declarações do ofendido, oitivas das testemunhas de acusação, oitiva das testemunhas de defesa e finalmente do acusado.
§2° - os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e as testemunhas por intermédio do juiz presidente. 
§3° - os jurados e as partes poderão requerer acareações, reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimento de peritos. 
Art. 476 – encerrada a instrução, será colhida a fala do MP (limitado à pronúncia e aos agravantes), o assistente falará depois do MP, posteriormente passa-se a palavra para a defesa. ( a acusação terá a réplica e a defesa a tréplica). Cada fala terá a duração de 1 hora e meia e 1 hora para réplica e tréplica. 
Art. 480, § 1° - concluídos os debates, o presidente perguntará aos jurados se estão aptos a julgar. 
Art. 483 – serão apresentados os quesitos aos jurados na seguinte ordem: 1) a materialidade do fato; 2) a autoria ou participação; 3) se ao acusado deve ser absolvido; 3) se existe causa de diminuição de pena; 5) se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena. 
Caso haja resposta negativa de mais de 3 jurados a qualquer dos quesitos sobre a materialidade e autoria, implicará na absolvição do acusado. 
Se for verificada a desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito depois do 2° quesito. 
Finda a votação o juiz presidente proferirá a sentença ( Art. 492).
§ 1° - se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao juiz presidente caberá proferir sentença em seguida para infrações de menor potencial ofensivo.
Dos Procedimentos Especiais 
Dos Crimes Funcionais – são os previstos no Código Penal do Art. 312 ao Art. 326, cometidos por funcionário público, são eles Peculato, Concussão, Excesso de exação, Corrupção Passiva, Prevaricação, Violação de sigilo Funcional. Todos os crimes funcionais são afiançáveis.
Seguirá o rito especial do Art. 513 do CPP – a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação de presunção da existência do delito.
Art. 514 – a queixa ou denúncia será remetida ao juiz, que mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, no prazo de 15 dias (defesa preliminar). Esta oportunidade de defesa preliminar, antes do recebimento da denúncia, é no sentido de oportunizar o arrependimento posterior pelo funcionário público e reparar o dano antes do recebimento da denúncia. 
Art. 516 – depois de analisar a defesa preliminar do acusado, o juiz rejeitará ou receberá a denúncia. 
Art. 517 – recebida a denúncia ou queixa, o juiz mandará citar o acusado. Depois segue o rito ordinário/ sumário. 
Súmula 330 do STJ – é desnecessária a resposta preliminar de que trata o Art. 514 do CPP, na ação penal instruída por inquérito policial. 
No caso de crime do Art. 319 do CP (prevaricação) aplica-se o rito da lei 9.099/95, por se tratar de crime de menor potencial ofensivo. 
Dos Crimes de Violência Doméstica – Lei 11.340/2006.
Conceito – Art. 5° da Lei 11.340/2006 – configura-se violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
Da inaplicabilidade da Lei 9.099/95 nos crimes de Violência doméstica e Familiar – Art. 17 da Lei 11.340/2006 – é vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa ( transação penal). Art. 41 da Lei 11.340/2006 – aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei 9.099/95.
Da Representação – Art. 16 da Lei 11.340/2006 – nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia, e ouvido o MP. 
Da competência – é do juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, seguindo o rito ordinário ( pena máxima maior que 4 anos) ou rito sumário ( crimes de pena máxima de até 4 anos). 
Das Medidas Protetivas- Art. 22 da Lei 11.340/2006 – constatada a prática de VDF, o juiz poderá aplicar, de imediato, as medidas protetivas de urgência:
Suspensão da posse ou restrição do porte de armas; 2) afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 3) proibição de determinadas condutas como aproximação da ofendida, proibição de contato com a ofendida, proibição de frequentar lugares; 4) restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores; 5) prestação de alimentos provisionais. 
Prisão Preventiva do Ofensor – Art. 20 da Lei 11.340 – em qualquer fase do IP ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva ao agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do MP ou mediante representação da autoridade policial. 
Art. 313, inciso III do CPP – será admitida a decretação da prisão preventiva se o crime envolver VDF contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência. 
Dos Crimes de Drogas – Lei 11.343/2006 – 
Art. 50 da Lei 11.343 – prisão em flagrante → autoridade policial remeterá o APF ao juiz competente → o juiz abrirá vista ao MP em 24 h. 
Art. 51 – o IP será concluído no prazo de 30 dias se o indiciado estiver preso, e de 90 dias, quando o indiciado estiver solto. 
Art. 10, § 3° do CPP – quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto,a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizados no prazo marcado pelo juiz. 
Do Procedimento em Juízo : Oferecimento da denúncia pelo MP → o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa preliminar por escrito no prazo de 10 dias → na defesa preliminar o acusado alegará toda matéria de defesa e testemunhas até 5 → apresentada a defesa preliminar o juiz decidirá em 5 dias. 
Art. 56 – se recebida a denúncia o juiz designará a audiência de instrução e julgamento e ordenará a citação pessoal do acusado, intimação do MP e requisitará laudos periciais. 
§ 2° - a audiência de IJ será realizada dentro do prazo de 30 dias. 
Art. 57 – na audiência de instrução e julgamento será realizado o interrogatório do acusado, oitiva das testemunhas, manifestação do MP e em seguida do defensor do acusado para sustentação oral por 20 minutos para cada um, prorrogável por mais 10 minutos. 
Art. 58 – encerrados os debates, o juiz proferira a sentença de imediato ou em 10 dias. 
ORGANOGRAMAS
RITO ORDINÀRIO :
Denúncia pelo MP 
↓
 Encaminhada ao Juiz
 ↙			 ↘
 Receber a denúncia Rejeitar a denúncia
Cabe HC ↓			 Caberá RESE
 Citação do réu : pessoal, edital, por hora certa
 ↓
 Resposta à Acusação 
 ↙ ↘
Absolvição Sumária Audiência de Instrução e Julgamento
Excludente de ilicitude ↓
Excludente de culpabilidade Alegações Finais da Defesa / acusação
Fato Atípico orais (*)
Extinção da punibilidade ↓
 Sentença
(*) – dependendo da complexidade do caso será apresentado as alegações finais em memoriais, conforme Art. 403, § 3° em 10 dias e após proferida a sentença.
Organograma do Tribunal do júri ;
Oferecimento da denúncia nos crimes ao Art. 121 ao Art. 128 do CP
 ↓
 Denúncia encaminhada ao Juiz
 ↙ ↘
Recebe a denúncia 		Rejeita a denúncia 
 ↓					 Cabe RESE
Citação do Réu : pessoal, edital ou hora certa.
 ↓
Resposta à Acusação 
 ↓
Conhece da resposta à acusação
 ↓
Audiência de Instrução e Julgamento – Art. 411 : Pronúncia, Impronúncia, Absolvição e Desclassificação da infração (*) 
 ↓
 Decisão de Pronúncia 
 ↓
Fase Intermediária 
 ↓
Audiência em Plenário do Júri
(*) Decisão de Pronúncia – remessa ao Plenário do Júri – cabe RESE;
 Decisão de Impronúncia – suspende o processo – caberá apelação;
 Decisão de Absolvição - liberdade do réu – caberá apelação.
 Decisão de Desclassificação – encaminhara os autos a juiz competente – RESE. 
Organograma Rito Sumaríssimo - Lei 9.099 /95
Lavratura do TCO
 			↓
			Encaminhado ao Juiz que abre vista ao MP
		 ↙						 ↘
Ação Penal Pública 						Ação Penal Privada
↙ 			↘
Incondicionada 		Condicionada
 ↓					↓
Transação Penal (MP)		 Reparação de Danos Civis 
 ↓						↓
Audiência Preliminar 			Não aceita composição de danos
↓		 ↘					↓
Oferece denúncia Arquivamento (MP)		Transação Penal (MP)
 ↓
Notificação do Acusado
 ↓
Audiência de Instrução e Julgamento com os atos:
1°) apresentação da defesa;
2°) recebimento ou não da denúncia; (*)
3°) oitiva da vítima;
4°) oitiva das testemunhas de acusação;
5°) oitiva das testemunhas de defesa;
6°) interrogatório do acusado;
7°) debates orais;
8°) Sentença 
(*) após o 2° ato ou após a sentença poderá haver a proposta de suspensão condicional do processo.

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