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Resumo de Direito Processual Penal Av. Bimestral 2 B DN6B

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Resumo de Direito Processual Penal – Av. Bimestral 2° B DN6B
Competência – Art. 69 do CP :
A competência jurisdicional será determinada:
I – pelo lugar da infração (regra geral);
II – pelo domicílio ou residência do réu;
III – pela natureza da infração; ATENÇÃO
IV – pela distribuição;
V – pela conexão ou continência ( não determina e sim altera a competência;
VI - pela prevenção;
VII – por prerrogativa de função. ATENÇÃO .
Competência pela Natureza da Infração – determina se o crime é de competência da Justiça comum ( estadual ou federal) ou especial (militar ou eleitoral).
1° perguntar que crime? - natureza da infração.
Competência pela Natureza da Infração:
	Crime 
	Justiça Comum Federal 
	Justiça Comum Estadual
	Tráfico internacional de entorpecentes 
	X
	
	Tráfico interno de entorpecentes STJ/ 522
	
	X
	Contravenção penal contra bens da União 
	
	X
	Contravenção penal contra bens da União com prerrogativa de função
	X
	
	Crimes em detrimento de Sociedade economia mista controlados pela União
	
	X
	Crime praticado contra servidor público federal em razão funcional
	X
	
	Crimes contra a organização do trabalho (coletivo)
	X
	
	Crime contra interesse individual do trabalho
	
	X
	Crime de falsificação de título de eleitor e OAB
	X
	
	Crime contra indígena STJ/ 140
	
	X (Tribunal júri)
	Crime contra grupo indígena por disputa de terras. Art. 109 CF , XI
	X
	
	Crime a bordo de navio de viagens internacionais
	X
	
	Crime contra patrimônio tombado histórico Naciona
	X
	
	Crime de Genocídio
	
	X
	Emissão de cheque sem fundo contra a CEF
	
	X
	Crime contra a CEF com dano efetivo (furto)
	X
	
	Contrabando e descaminho STJ/151
	X
	
	Crime praticado em área de fronteira
	
	X
	Crimes praticados contra a fauna de proteção União
	X
	
	Crimes praticados contra a fauna proteção Estado
	
	X
	Crimes praticados contra Conselho de Fiscalização Profissional 
	X
	
	Crimes praticados contra concessionários público
	
	X
	Crimes contra entidade particular de ensino superior
	
	X
	Crime de falsa anotação em carteira trabalho por empresa privada
	
	X
	Crime de falsificação de moeda 
	X
	
	Crime de moeda falsa grosseira 
	
	X
	Crime de homicídio e policial federal em razão funcional
	X (Tribunal Juri Fed)
	
	Crime contra servidor estadual em função federal
	X
	
	Crime contra juiz federal por ameaça ou abuso de autoridade sem ex. função
	
	X
	Crime contra func. Público federal aposentado
	
	X
	Crime contra servidor público juiz do TJ DF
	
	X
	Crime praticado por PRF no exercício da função
	X (tribunal júri federal)
	
	Crime praticado por PF mesmo sem exerc função
	X
	
	Crime praticado por func da CEF contra idoso
	X
	
	Abuso de autoridade por func público federal
	X
	
	Tráfico de influência por func público federal 
	X
	
	Crime de arma de uso restrito
	X
	X
	Crime de falsidade de documento particular perante Adm Federal
	X
	
	Crime contra ordem tributária federal e previdenciária 
	X
	
	Crimes com OGM
	X
	
	Crime de pedofilia em rede internet internacional
	X
	
	Infração penal Mata Atlântica
	X
	
	Crime previsto em tratado/ convenção internacional
	X
	
	Crimes cometidos a bordo de navios e aeronaves
	X
	
Critério de determinação (alteração) da competência por conexão ou continência:
SSQP – concurso de jurisdições de categorias diversas ( Art. 78, inciso III – instâncias diversas): predominará a jurisdição de maior graduação a quem compete julgar também o crime conexo, salvo se para o crime conexo houver competência constitucional ( não é o caso do JECRIM). 
Súmula 704 do STF – Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. 
Art. 79 do CPP : A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo :
I – no concurso entre a jurisdição comum ( estadual e federal) e a militar;
II – no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.
Competência por Prerrogativa de Função:
Art. 84 do CPP: A competência pela prerrogativa de função é do STF, do STJ, dos TRFs e TJ dos Estados e do DF, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade.
Critério da Simetria – compete a um mesmo órgão julgar pessoas que ocupem uma mesma posição dentro da escala de poder. 
	Jurisdição Competente
	Executivo
	Judiciário
	Legislativo
	Outros
	STF
	PR, Vice-PR, Ministros, AGU
	Membros dos STF e STJ
	Senadores e Deputados Fed
	PGR, Comando das FA, Membros do TCU e Chefes de Missão Diplomática
	STJ 
	Governadores
	Membros do TRF, TER, dos TJ e dos TRT
	
	Membros do TCEs, e dos municípios, membros do MPF
	TRF / TJ / 
TER
Somente crimes eleitorias
	Prefeitos
	Juiz de Direito Estadual e Federal, juiz trabalho, juiz militar
	Deputado Estadual
	Membros do Ministério Público (eleitoral, militar do trabalho e estadual)
TJ – julga PGJ, promotor de justiça, juiz de direito - prática de crime comum e crime de responsabilidade e doloso contra a vida. 
A Assembléia Legislativa julga o PGJ em crime de responsabilidade.
O TRF julga membros do MPF e juízes federais – prática de crime comum, de responsabilidade e doloso contra a vida. 
O TJ julga Deputado Estadual e Prefeitos em crime comum e crimes dolosos contra a vida.
O TRF julga Deputado Estadual em crime federal. O TER julga DE em crime eleitoral.
DE que comete crime doloso contra a vida –julgado pelo TJ. DE que comete crime de responsabilidade –julgado pela AL. 
Vice-Governador e Secretário de Estafo é julgado pelo TJ em crime comum. Em crime federal pelo TRF. 
Deputado Federal e Senador sempre será julgado pelo STF, independente da natureza do crime.
STF e STJ tem foro privativo fixo. 
	Jurisdição Competente
	Critério de foro privativo quanto a natureza da infração
	 STF e STJ
	Foro privativo fixo, independente da natureza da infração
	TRF e TJ
	Foro privativo móvel se crime eleitoral será TER 
	TJ
	DE e Prefeitos crimes comp justiça estadual - se crime federal ou eleitoral será TRF ou TER. 
Foro que prevalece em crime conexos ou continentes entre 2 ou mais agentes com foro privilegiado: Súmula 704 do STF – prevalece o foro por prerrogativa de função do juízo especial mais graduado. 
Se a prerrogativa for fixada pela CF prevalece ela: ex: DF pratica crime em concurso com DE - ambos serão julgados pelo STF. 
Se um Senador (STF) comete crime em concurso com Juiz Federal (TRF)- ambos serão julgados pelo STF. 
Compete ao STF julgar ( Art. 102, CF) – crime comum do PR, Vice-PR, Ministros, DF, Senadores, Ministros do STF e do STJ, PGR, membros dos Tribunais Superiores.
Crimes de responsabilidade do PR, Vice-PR são julgados pelo Senado.
Compete ao STJ (Art. 105, CF) – julgar Governadores, Membros dos TRF, TER, dos TJ e dos TRT, membros dos TCE, membros do MPF.
Compete ao TJ julgar – julgar Prefeitos, DE, juiz de direito, membros do MPE. 
Competência do TRF – julga os juízes federais, juízes da justiça militar e da justiça do trabalho, membro do MPF que oficia em 1ª instância, prefeitos , DE, vice governador e secretário de Estado que cometem crime federais. 
Juizes, promotores, prefeitos, DE, secretários de Estados e Vice Governador em crimes eleitorais são julgados pelo TER.
O deputado estadual independente do princípio da simetria seria julgado pelo órgão de 2ª instancia, de acordo com a natureza da infração, conforme o Art. 25 da CF e Art. 27, § 1° da CF. 
O foro por prerrogativa de função poderá ser estabelecido por Constituição Estadual desde que o cargo estadual tenha equivalência no modelo federal e se houver também foro por prerrogativa de função no modelo federal. Porém só aplica para crimes cometidos dentro do Estado e não se aplica peranteo Tribunal do Júri e perante a Justiça Federal.
Prisão – Lei 12.403/11 – Prisão em Flagrante, Prisão Preventiva, Prisão Temporária e Medidas Cautelares.
Questão de Prova - SSQP
Segundo Avena, depois da Lei 12.403, a prisão em flagrante se tornou uma medida pré-cautelar e deixou de ser uma medida cautelar, trata-se de normas heterotrópicas, ou seja, normas processuais que se baseiam sobre regras materiais. Já para Luiz Flavio Gomes e Renato Brasileiro a prisão em flagrante continua sendo uma medida cautelar, porém de natureza efêmera, guardando essa natureza até a comunicação do flagrante. 
 O prazo de comunicação pelo Delegado à autoridade Judiciária (juiz) sobre a prisão em flagrante é de 24 h com a entrega da nota de culpa e o comunicado ao PJ.
O delegado somente poderá efetuar prisão se em flagrante. 
O juiz só determina a prisão por ordem judicial, exceção do Art. 307 do CPP que é espécie de prisão em flagrante. 
No flagrante deverá ser ouvido primeiramente o condutor, depois duas testemunhas, a vítima e por fim o conduzido. 
Depois da Lei 12.403 temos três status para o agente infrator : Livre, Preso e em Semi-liberdade conforme as medidas cautelares do Art. 319 e do Art. 320 do CPP. 
A prisão preventiva é medida da extrema ratio da ultima ratio em conformidade com o Princípio do Estado de inocência. 
O Princípio da Proporcionalidade estabelece os critérios da necessidade, da adequação e da proporcionalidade. 
O Art. 282, inciso I do CPP não é requisito para decretar a prisão preventiva para garantir a ordem econômica, pois neste inciso não menciona ordem econômica. Somente no Art. 312 em seu caput, constituindo princípio informador das medidas cautelares, salvo a temporária. 
No Art. 282 temos o princípio da proporcionalidade em sentido latu: necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito.
A necessidade para evitar a prática de infrações penais mencionada no Art. 282, inciso I, o fundamento é a garantia da ordem pública, disciplinada no Art. 312 do CPP. 
Art. 282, § 2° - as medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do MP.
Questão de Prova: SSQP
Legitimidade para requerer ou representar medidas cautelares:
Na fase de Investigação criminal, o juiz não poderá de ofício decretar medida cautelar.
Na fase processual tem legitimidade para requerer/ representar por prisão e outras medidas cautelares diversa a prisão: o juiz de ofício, o MP, o assistente de acusação habilitado (se habilita somente após o oferecimento da denúncia) e o querelante (em ação penal privada).
Art. 282, § 4°	 No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do MP, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou em última ratio, decretar a prisão preventiva (art. 312 § único) . desta forma inobstante este artigo não ter elencado a autoridade policial como legitimado, o delegado tem legitimidade para representar pela prisão preventiva em caso de descumprimento de medida cautelar anteriormente imposta. 
O delegado pode decretar apenas fiança como medida cautelar diversa da prisão nos casos de crimes com pena máxima inferior à 4 anos. 
Requisitos para decretação da Prisão Preventiva:
1) Requisitos do Art. 312 
2) Fumus comissi delicti e periculum in libertatis ( inciso I do Art. 282 c/c Art. 312).
Requisitos da Prisão Temporária:
A decretação da prisão temporária não está condicionada à verificação da necessidade e da adequação, critérios vislumbrados no Art. 282, incisos I e II do CPP. A necessidade exigível para a decretação da temporária é aquela verificada no Art. 1º, inciso I da Lei 7.960/89, ou seja, a necessidade para as investigações policiais. A adequação também é analisada à luz da Lei 7.960/89.
Em virtude de não serem exigidos critérios mais rigorosos para a decretação da temporária, é que esta possui prazos rigorosamente estipulados. Somente é decretada a prisão temporária na fase da investigação policial, seja esta conduzida pela autoridade policial ou pelo MP. Para que seja decretada a prisão temporária deverá ser ouvido previamente o MP.
O prazo para a prisão temporária é de 5 dias prorrogáveis por mais 5 dias em caso de extrema e comprovada necessidade. No caso de crimes hediondos e equiparados o prazo é de 30 dias podendo ser prorrogável por mais 30 dias. 
OBS: Não existe prazo para prisão preventiva. 
É possível a decretação de prisão preventiva em crimes com pena máxima de 4 anos:
Em caso de réu reincidente em crime doloso;
Em caso de violência no âmbito doméstico e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência; 
Em caso de descumprimento de medida cautelar anteriormente imposta.
Provas Ilícitas:
Prova – conceito – provar significa demonstrar, no processo, ou no bojo do inquérito a existência de um fato, a falsidade ou a veracidade de uma afirmação. A prova nada mais é que a reconstrução da realidade histórica do fato delituoso. 
A priori a gravação telefônica e ambiental é prova lícita, não havendo expectativa de privacidade, não necessitando de autorização judicial, se tornando ilícito em caso de quebra de sigilo (confiança) funcional ou de violação da intimidade sem justa causa, não podendo ser utilizada como meio de prova. 
Prova ilícita é toda prova que é produzida com violação à uma norma de direito material ou constitucional. A prova ilícita só poderá ser admitida em favor do réu
Prova ilícita por derivação – provas que originam de uma prova ilícita originária e são anuladas. São aquelas que embora lícitas na própria essência, decorrem exclusivamente de prova considerada ilícita ou de situação de ilegalidade ocorrida anteriormente à sua produção, estando assim, contaminadas (Trata-se da aplicação da Teoria dos Frutos da Árvore envenenada – Art. 157 do CPP, §1°) . As exceções à prova ilícita por derivação são: 
Teoria da fonte independente:
Impõe-se inicialmente esclarecer, que fonte independente é aquilo que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. Para a fonte ser independente não deve haver nenhuma relação de causalidade ou de dependência lógica ou temporal ( produção de prova posterior à ilícita). A prova não relaciona-se com os fatos que geraram a produção contaminada. Ex: interceptação clandestina que durante o fato se descobre uma testemunha de um homicídio, porém antes de ser intimada pelo delegado, a testemunha procura o MP e depõe como testemunha do homicídio.
Teoria da Descoberta inevitável:
Já a teoria da descoberta inevitável, muito utilizada no direito estadunidence, admite-se a prova, ainda que presente eventual relação de causalidade ou dependência entre as provas ( o ilícito e a descoberta), exatamente em razão de se tratar dos meios de prova rotineiramente adotadas em determinadas investigações. Ex: crianças sequestradas e o pai da criança pratica tortura do sequestrador, todavia a polícia em atividade rotineira descobre o local do cativeiro.
Teoria da contaminação expurgada:
Trata-se da hipótese em que, apesar de já estar contaminado um determinado meio de prova, em face da ilicitude ou ilegalidade da situação que o gerou, um acontecimento posterior expurga, afasta, elide esse vício, permitindo o aproveitamento da prova inicialmente contaminada. Ex: um agente delituoso confessa um crime durante uma prisão ilegal, todavia perante o juiz o agente novamente confessa o delito, expurgando a ilicitude da confissão anterior. 
Prova Ilegítima é toda prova produzida com violação à uma norma de direito processual. 
Teoria do Encontro Fortuito de Provas – deve haver uma conexão entre a prova e o delito e também entre o autor e o crime investigado. Também conhecida como Teoria da Serendipidade. Trata-se de encontrofortuito de elementos probatórios em relação a outros fatos delituosos. Na hipótese de uma interceptação telefônica autorizada judicialmente para apurar um crime de tráfico de drogas, vier a polícia a descobrir a prática de um outro delito, deverá ser considerado as seguintes orientações:
É valida a prova, como destaca Luiz Flávio Gomes, que em caso de descoberta do fato delitivo conexo com o investigado, dê responsabilidade ao mesmo sujeito passivo. Logo, se o fato não é conexo ou se versa sobre outra pessoa, não vale a prova. Cuida-se de prova nula. Mas isso não significa que a descoberta não tenha valor nenhum, vale como fonte de prova, ou seja, a partir dela pode ser desenvolvida uma nova investigação. Em suma, vale como notitia criminis. Nada impede a abertura de uma nova investigação, até mesmo uma nova investigação, porém independente.
Estamos falando nesta hipótese da Teoria do Encontro Fortuito ou Casual de Provas, a qual é utilizada nos casos e que no cumprimento de uma diligência relativa a um delito, a autoridade policial, casualmente encontra provas pertinentes à outra infração penal, que não estavam na linha de desdobramento normal da investigação. 
OBS: É lícito a gravação ambiental realizada pela autoridade policial durante uma conversa informal com o investigado? 
Em relação à gravação de eventual confissão do suspeito, investigado, preso ou acusado, sem prévia e formal advertência quanto ao direito ao silêncio, a jurisprudência e a doutrina, tem considerados tratar-se de prova ilícita, em razão da lesão ao princípio da não autoincriminação. Convém ressaltar, que eventual gravação clandestina de conversa informal do preso com policiais, em que sejam incriminados terceiros, não está acobertada pelo direito a não autoincriminação. 
OBS: A lei 9.296/96 não abarca a gravação de uma conversa telefônica por um interlocutor sem o consentimento do outro. Fica esta hipótese fora do regime da lei, sendo considerada válida a gravação como prova quando houver justa causa, como ocorre em caso de sequestro.
O STF entendeu que será lícita as imagens obtidas através de câmeras instaladas em uma residência, quando estas captarem o momento do cometimento de um delito. Porém só serão lícitas se houver ordem judicial autorizando esta interceptação ambiental.

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