Buscar

Resumo de Direito Processual Penal Av.Bimestral 2 B DN7B

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Resumo de Direito Processual Penal – Av. Bimestral 2° B DN7B
Recursos em Espécie
Apelação
Cabimento: relaciona-se à Natureza das manifestações judiciais. De sentença o recurso cabível a apelação. Classificam-se em:
Despachos de mero expediente : ex: citação do réu, comando de intimação para resposta à acusação, aprazamento de audiências, intimação para apresentação de memoriais. Não tem caráter decisório. São sempre irrecorríveis.
Sentenças definitivas de condenação ou de absolvição – caráter decisório, pondo o termo ao processo. Podem ser prolatadas por:
Proferidas por juiz 1° grau em crimes de sua própria competência – sentença que declara a culpabilidade ou absolve pelas causas previstas no Art. 386 do CPP - Caberá Apelação – Art. 593, inciso I do CPP, exceto julgamento do réu por prática de crime político ( Lei de Segurança Nacional) – neste caso caberá ROC ao STF – Art. 102, inciso II alínea b CF.
Proferidas pelo juiz presidente do Tribunal do Júri por deliberação dos jurados – sentença que condena ou absolve o réu prolatada pelo juiz que presidiu julgamento pelo tribunal do júri – Caberá apelação pedindo novo julgamento – Art. 593, inciso III do CPP. 
Decisões Interlocutórias:
Decisões Interlocutórias Simples – jamais caberá Apelação. Comportam RESE, se previsto em lei ou possível sua utilização por interpretação extensiva. Caso contrário, serão irrecorríveis, podendo, entretanto, ser impugnadas mediante HC, MS e correição parcial ( todos sem natureza recursal). Ex: decretação de prisão preventiva, concessão de liberdade provisória, homologação da prisão em flagrante, habilitação do assistente de acusação, desclassificação, recebimento da denúncia. Em regra caberão RESE.
Decisões Interlocutórias Mistas Terminativas ou Não Terminativas – comportam RESE, se previsto em lei ou se possível sua utilização por interpretação extensiva. Não sendo o caso de RESE, será sempre cabível Apelação, conforme hipóteses do Art. 593, inciso II do CPP. A apelação, portanto, nesse caso será subsidiária ( caráter residual) em relação ao RESE. Ex: rejeição da denúncia, não recebimento da queixa, acolhimento das exceções de ilegitimidade da parte, coisa julgada e litispendência, absolvição sumária, impronúncia (todas terminativas). Ex: decisão de pronúncia e desacolhimento da defesa preliminar (não terminativa). 
OBS: a doutrina considera a apelação subsidiária aquela intentada pelo assistente de acusação, habilitado ou não, na ausência de recurso interposto pelo MP. Pois o assistente de acusação condiciona-se à não interposição de recurso pelo MP – Art. 598 do CPP. 
Apelação das decisões do Tribunal do Júri
Art. 593 , inciso III do CPP – matérias que poderão ser alegadas neste recurso:
Nulidades posteriores à pronúncia – aplica-se somente às nulidades relativas e não às absolutas (são insanáveis). Não poderão estar preclusas – Art. 571 do CPP. Deverão ser alegadas no início do julgamento e após de ouvidas as partes. Se provida a apelação ela anulará todos os atos posteriores inclusive o julgamento pelo júri. 
Sentença do juiz presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados – caberá apelação e não implica em novo julgamento, só retificação da sentença – Art. 593, § 1° do CPP e Art. 593, inciso III, alínea b do CPP. 
Erro na aplicação da pena – equívoco na quantificação da pena imposta - Art. 593, § 2° do CPP. Caberá apelação.
Decisão dos jurados manifestamente e integralmente contrária à prova dos autos – integralmente contrária. Anulará o julgamento se provida a apelação – Art. 593, § 3°,1ª parte. Esta apelação só poderá ser utilizada uma só vez. 
OBS: A apelação das decisões do tribunal do júri é considerada um Recurso Vinculado, pois seu julgamento se condiciona aos motivos de sua interposição pelo recurso da acusação – Súmula 713 do STF. Segundo entendimento doutrinário esta adstrição não abrange o recurso da defesa ( princípio geral de direito da devolução integral do recurso da defesa). 
Forma e Prazos – Apelação interposta por petição ou por termo nos autos. Recurso que sobe ao Tribunal competente e processado nos mesmos autos – Art. 603 do CPP. 
Prazo de 5 dias para interposição –Art. 593 caput. Exceção apelação do assistente de acusação não habilitado para sentença condenatória ou absolutória – 15 dias. 
As razões não precisam acompanhar a interposição. (prazo para razões de 8 dias – Art. 600 do CPP).
Efeitos – a apelação possui efeito devolutivo – devolve a matéria para reexame. Não possui efeito regressivo (não admite retratação). Possui efeito suspensivo nas hipóteses:
Sentença absolutória imprópria (com medida de segurança) – haverá aplicação de medida de segurança – a apelação possui efeito suspensivo indireto. 
Sentença condenatória – a apelação sempre suspende a execução da pena (o juiz pode decretar a prisão preventiva).
OBS: Em caso de sursis – não haverá suspensão até a realização da audiência admonitória (só realizada após o transito em julgado da condenação).
Processamento da Apelação – 1º) interposição no juízo 1º grau por petição ou termo nos autos; 2º) pressupostos de admissibilidade recursais; 3º) apelação recebida pelo Juiz; 4º) Notificação do apelante para apresentar as razões e do recorrido para contrarrazoar; 5º) envio da apelação para o Tribunal para julgamento.
OBS: No art. 600, § 4° do CPP – facultado ao apelante requerer ao juiz que oportunize que, apesar da interposição ter sido feita em 1° grau, que a razão seja interposta direto no Tribunal competente. 
OBS: revogado o disposto pelo Art. 595 do CPP – o não recolhimento do réu à prisão não é motivo para deserção do recurso de apelação – viola o devido processo legal e da ampla defesa. Súmula 347 do STJ – o conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão. 
Apelação no rito Sumaríssimo – Lei 9.099/95 – A interposição já deve estar acompanhada das razões. A interposição e razões, de forma simultânea a serem apresentadas em 10 dias – Art. 82, § 1° da Lei 9.099/95 e interposição será apenas por petição escrita. 
Dos Embargos Infringentes e de Nulidade– Art. 609 do CPP
Cabimento – destinado ao reexame de acórdãos de segunda instância, desde que não unânime (decisão por dois votos a um) e desfavorável ao réu – recurso privativo da defesa. 
Será manejado o Embargo Infringente somente se houver prejuízo para o réu ou em favor dele. 
Seu cabimento ocorrerá quando se tratar de acórdão que tenha julgado ou apelação ou RESE. Jurisprudência seu cabimento em caso de julgamento por maioria de agravo em execução. 
Os Embargos Infringentes poderão ser opostos em relação ao acórdão que tenha confirmado a decisão do juiz (1° grau) ou quanto ao acórdão que tenha reformado a decisão do juiz. 
Os Embargos Infringentes não são cabíveis de acórdãos de Tribunais de julgamento de competência originária (se exige decisão de 2ª instância).
Prazo – opostos em 10 dias, contados da publicação do acórdão. 
Forma – oposta apenas por petição (não se admite a termo). As razões devem estar presentes no momento da interposição do recurso. As razões são endereçadas ao órgão julgador. Competência – TJ ou TRF. Apreciado por 5 votos.
Efeitos – possuem efeito devolutivo. Possuem efeito suspensivo indireto, pois quando opostos pela defesa buscando reformar a condenação, a execução da pena ficará suspensa. Caso o recurso seja somente sobre a pena (quantidade e regime) não terá efeito suspensivo. 
Os embargos se restringem apenas a parte do acórdão (matéria) não unânime. 
Dos Embargos de Declaração – Art. 619 e Art. 620 do CPP
Cabimento - Art. 619 – instrumento recursal visando ao esclarecimento de decisões judiciais (acórdãos, sentenças ou decisões interlocutórias) contendo vícios como ambiguidade, obscuridade, omissão ou contradição. Ex; há previsão dos Embargos de Declaração para decisões do juiz de 1° grau, acórdãos dos Tribunais, Acórdãos do STJ e acórdãos do STF. 
OBS: É desnecessário a interposição de Embargos de Declaração para a correção de erro material – Art. 48,parágrafo único do CPP. 
Prazo e Forma – Art. 382 do CPP – opostos em 2 dias contados da intimação da sentença ou da publicação do acórdão. Deduzidos somente por petição já acompanhada das razões. Não há intimação da parte contrária para contrarrazoar. Se for contra sentença – endereçar para o juiz, se for contra acórdão – endereçar para o desembargador-relator.
OBS: contagem do prazo – Súmula 710 do STF – no processo penal, contam-se os prazos da data de intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
Efeitos – os embargos declaratórios uma vez opostos, interrompem o prazo para o recurso cabível, o qual fluirá, integralmente, após a decisão dos embargos. Se os embargos não forem conhecidos não se opera a interrupção. Possui efeito suspensivo, devolutivo e regressivo. 
OBS: Na Lei 9.099/95 o prazo para oposição dos Embargos de Declaração é de 5 dias e se oposto em relação à sentença do juiz, possui efeito suspensivo sobre o prazo da apelação – Art. 83, § 2°. – ou seja, não tem a integralidade do prazo para apelar que é de 10 dias. 
OBS: Do não provimento dos Embargos Declaratórios caberá apelação. 
OBS: Prevalece o entendimento doutrinário que não é necessário a oportunização para a parte recorrida se manifestar sobre o recurso, salvo quando o Embargo de Declaração versar e apresentar efeito modificativo, neste caso o magistrado deverá abrir oportunidade nos Embargos Declaratórios à parte contrária, porém não obrigatória a apresentação de contrarrazões. 
Processamento – a interposição é no próprio juízo que decidiu, e o julgamento será no próprio órgão que proferiu o julgamento e será na primeira oportunidade, ou seja, na primeira sessão – Art. 620, §1° do CPP. 
Do Agravo em Execução – Art. 197 da Lei 7.210/84
Cabimento – previsto no Art. 197 da Lei de Execução Penal – LEP – agravo em execução é o recurso cabível contra qualquer decisão do juiz da Vara de Execuções Criminais. Ex: saída temporária, progressão e regressão de regime, livramento condicional, unificação de penas, SURSIS, incidentes de medida de segurança, conversões, homologações de faltas graves e trabalho externo. 
Art. 581 do CPP : 
Inciso XI – da revogação da suspensão condicional da pena (última parte);
Inciso XII – que conceder, negar ou revogar o livramento condicional;
Inciso XVII – que decidir sobre a unificação de penas;
XIX – que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX – que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI – que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do Art. 774 do CPP;
XXII – que revogar a medida de segurança; 
XXIII – que revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita e revogação.
Prazo – súmula 700 do STF – é de 5 dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal.
OBS: A forma e o rito segue o mesmo do RESE, podendo ser interposto por meio de petição ou termo, podendo as razões apresentadas em momento posterior à interposição. O Agravo subirá ao Tribunal por instrumento, instruídos com os documentos necessários ao julgamento do recurso – Art. 587, parágrafo único do CPP. 
As razões e contrarrazões serão apresentadas no prazo de 2 dias contados da intimação dos interessados para esse fim – Art. 588 do CPP. 
Efeitos – possui efeito devolutivo e efeito regressivo, pela aplicação subsidiária do Agravo em Execução em relação ao RESE.
Não possui efeito suspensivo. 
OBS: com relação ao Agravo em Execução interposto contra decisão que julga extinta a medida de segurança – dispõe o Art. 179 da LEP que a liberação somente ocorrerá após o trânsito em julgado da decisão que extinguiu a medida, se o MP ingressar com o recurso, adiará o trânsito em julgado e em consequência a liberação do réu – efeito suspensivo indireto. 
Do Recurso Extraordinário e Do Recurso Especial – Art. 102, III e Art. 105, III da CF
Conceito
Conceito do Recurso Extraordinário – Art. 102, III da CF – destina-se à impugnação de qualquer decisão de única ou última instância que importe em violação da Constituição Federal. 
Conceito de Recurso Especial – Art. 105, III da CF – destina-se à submeter à apreciação do STJ decisões dos Tribunais dos Estados (TJ) e dos Tribunais Regionais Federais (TRFs), que tenham violado a lei federal ou que lhe tenham dado interpretação diversa da que foi dada por outro tribunal. Uniformiza a interpretação da lei federal no território nacional. 
cabimento
O cabimento do RE e do REsp é tanto de decisão de única ou última instância condicionando-se ao esgotamento de todas as outras vias recursais. 
OBS: o REsp – não se destina ao manejo de decisões de Turmas Recursais dos Juizados Especiais Criminais, pois estas não são tribunais – Súmula 203 do STJ.
O RE caberá de decisões de causas decididas em única ou última instância provenientes de Turmas Recursais dos Juizados Especiais Criminais. 
* Previsão Constitucional do RE – Art. 102, III da CF :
A)) fundamenta-se na violação direta à dispositivo constitucional; 
B) decisão que declarar inconstitucional tratado ou lei federal – quando o juízo (juiz de 1° grau) ou tribunal exercer o controle incidental de constitucionalidade – controle difuso – não aplicando leis ou atos normativos sob o fundamento de violação de dispositivo, princípio ou garantia constitucional; 
C) decisão que julgar válida lei ou ato do governo local contestado em face da CF – normatizações municipais ou estaduais em conflito com a CF;
D) decisão que julgar válida lei local contestada em face de Lei Federal – EC 45/2004 concentrou o controle de constitucionalidade de leis locais. 
* Previsão Constitucionais do REsp: Art. 105, III da CF:
A) contrariedade ou negativa de vigência a tratado ou Le federal – decidir contra ou deixar de aplicar normas federais emanadas do Congresso Nacional ou de tratados ratificados pelo CN;
B) decisão que julgar válido ato de governo local contestado em face da lei federal – existência de conflito entre uma lei federal e um ato editado por autoridade estadual ou municipal.
C) decisão que der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja adquirido outro tribunal – fundamentado na divergência jurisprudencial. Súmula 83 do STJ não é cabível para divergências que o STJ já tiver decidido. 
OBS: a comprovação de divergência será por meio de cópias das certidões de julgamento (cópias dos acórdãos) demonstrando o confronto analítico da divergência. 
Requisitos de Admissibilidade do RE e do REsp
Pressupostos gerais de admissibilidade : cabimento, tempestividade, forma, interesse e legitimidade + requisitos específicos:
Exigência de pré-questionamento da matéria objeto do recurso – corresponde ao enfrentamento no acórdão impugnado do tem jurídico alegado no recurso. Presença indispensável nos recursos de RE e REsp. pré-questionamento é a exigência formal de que a questão objeto dos RE e Resp tenha sido apreciada pelo tribunal de origem. 
No âmbito do STJ o pré-questionamento poder ser implícito.
No âmbito do STF o pré-questionamento tem que ser explícito. 
Súmula 320 do STJ – o voto vencido que tenha tratado de determinada matéria, isoladamente considerado, não satisfaz o requisito do pré-questionamento. 
Embargos Declaratórios opostos para suprir o pré-questionamento em caso dos tribunais se omitirem sobre os temas alegados nos recurso interposto – Sumula 98 do STJ.
Recursos do RE e do REsp vinculam a análise de matéria de direito e não de matéria de fato (depoimentos, documentos);
Exigência de enfrentamento de todos os temas que sustentaram o acórdão recorrido – sumula 283 do STF.
Esgotamento das vias ordinárias – Súmula 281 do STF.
Demonstração da violação da lei federal ou da CF 
Repercussão Geral da Matéria Constitucional – Requisito do RE – Art. 102, § 3° da CF
Requisito de admissibilidade do RE – exclusivo do RE – recorrente deverá demonstrar como preliminar na apreciação ao STF, toda ordem de questões relevantes sob o ponto de vista econômico,político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa – Art. 543-A, § 1° do CPC. 
Repercussão Geral = Relevância + Transcendência. Ela é presumida se a decisão tenha inobservado súmula ou jurisprudência dominante do STF. 
O pronunciamento do STF sobre a existência de repercussão geral em determinada matéria constitucional valerá para todos os recursos que versarem sobre questão idêntica. 
Efeitos dos Recursos Extraordinário e Recurso Especial 
Em regra estes recursos serão recebidos apenas no efeito devolutivo. Em regra estes recursos não terão efeito suspensivo. Todavia em caso de decisão condenatória, tem o STF entendido não admitir a execução provisória da pena, ou seja, com direito ao réu de aguardar o recurso em liberdade – efeito suspensivo indireto. Não possuem efeito regressivo (juízo de retratação).
Prazo e Forma de interposição – prazo de 15 dias a contar da publicação do acórdão recorrido ou da intimação pessoal da parte ( MP ou DP). Somente interpostos por petição já acompanhado das razões. 
Procedimento : 1º) Petição de Interposição com requisitos gerais e específicos dirigida ao Desembargador Presidente do Tribunal do acórdão recorrido. As razões ao STF (RE) ou ao STJ (REsp). 2º) será aberto vistas à parte contrária para contrarrazoar; 3°) Juízo de Admissibilidade pelo Tribunal recorrido; 4º) se admitido será encaminhado aos Tribunais Superiores para novo juízo de admissibilidade e então julgamento. 
Da denegação pelo Tribunal recorrido para a remessa dos autos ao STJ (Resp) ou ao STF (RE) – caberá recurso de Agravo de Instrumento – Art. 28 da Lei 8.038/90.
Do Recurso de Agravo - Art. 544 do CPC
Cabimento – não admitidos os Recursos Extraordinários ou o Recurso Especial, será interposto Agravo nos próprios autos encaminhado à instância Superior ao próprio processo em que está denegado os mencionados recursos (RE ou Resp). Lei 12.322/2010.
Prazo – interposto agravo nos próprios autos é de 5 dias. 
Procedimento – 1º) petição de agravo dirigida à Presidência do Tribunal recorrido, isenta de preparo; 2º) o agravado é intimado para o prazo de 5 dias oferecer resposta; 3º) autos remetidos à instância Superior; 4º) juízo de admissibilidade pelo Tribunal Superior (juízo ad quem); 5º) julgamento pelo Tribunal Superior. 
Do Habeas Corpus 
Conceito – o habeas corpus é ação autônoma de impugnação, constitucionalmente estabelecida, objetivando preservar ou restabelecer a liberdade de locomoção ilegalmente ameaçada ou violada. Não possui natureza recursal. Não está sujeito a prazos, podendo ser impetrado inclusive após o trânsito em julgado da sentença condenatória visando, por exemplo, ao reconhecimento de nulidades processuais – Art. 648, inciso VI do CPP. 
Classificação:
Habeas Corpus Repressivo ou Liberatório – cabível na hipótese de já ter sido consumado o constrangimento ilegal à liberdade de locomoção. Será expedido alvará de soltura – Art. 660, §1° do CPP. 
Habeas Corpus Preventivo – impetrado quando houver fundado receio de constrangimento ilegal à liberdade de locomoção. Havendo iminência de prisão ilegal. Expede-se salvo conduto se deferido o HC.
Exemplos:
Impetração do HC para o trancamento da ação penal – cabível o HC para prevenir a possibilidade de que uma medida constritiva da liberdade venha a ser determinada a partir de um processo viciado já na sua origem;
Impetração de HC para que seja alcançada a suspensão do processo em virtude de questão prejudicial que versa sobre estado das pessoas;
Impetração do HC para impugnar decisão de improcedência de exceções de incompetência, ilegitimidade das partes. Litispendência ou coisa julgada – contra decisão de improcedência das exceções descabe o RESE, oponível apenas contra a procedência – Art. 581, inciso III do CPP.
Constrangimento Ilegal – Art. 648 contempla as hipóteses de constrangimento ilegal:
Quando não houver justa causa - inciso I;
Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei – inciso II;
Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo – inciso III;
Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação – inciso IV;
Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza – inciso V;
Quando o processo for manifestamente nulo – inciso VI;
Quando extinta a punibilidade – inciso VII – extinta a punibilidade pela prescrição ou outra causa como em decorrência da abolitio criminis;
Sujeitos da HC:
Paciente: apenas pessoas físicas podem ser pacientes no HC, não sendo admitida a impetração do remédio heroico em favor de pessoas jurídicas.
Coator – é quem exerce ou determina o constrangimento ilegal. O coator pode ser tanto uma autoridade quanto o particular.
Impetrante – para a impetração do HC, não se exige a presença de advogado. Não se exige também a existência de capacidade. Reconhece-se legitimidade para a pessoa jurídica impetrar HC em favor de pessoa física. O MP igualmente pode impetrar HC em favor de outrem, pois nada o impede. Igual faculdade não assiste ao delegado e ao juiz de direito. 
Petição do HC: o art. 654, § 1° do CPP estabelece os requisitos da petição do HC:
O nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação;
O nome de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
A declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que se funda a seu temor;
A assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.
Competência para julgar o HC
Em matéria de competência para o julgamento do HC a regra geral encontra-se prevista no art. 650, § 1° do CPP, segundo a qual a competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier de autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição. Contra o promotor de justiça o Tribunal de Justiça do Estado é competente para julgar os membros do MP. Tratando-se de impetração de HC contra magistrado do Juizado Especial Criminal Estadual a competência será da Turma Recursal. 
Contra decisões de atos das Turmas Recursais dos Juizados Especiais a competência é do Tribunal de Justiça dos Estados. 
Da Revisão Criminal
Conceito – e RC é medida que tem por objetivo a desconstituição da decisão judicial condenatória transitada em julgado. Não possui natureza recursal. É ação penal de conhecimento de caráter desconstitutivo, de uso exclusivo da defesa, não sujeita a prazos e que pode ser deduzida após a morte do réu. 
Pressupostos da RC:
Existência de decisão judicial condenatória – não de admite a utilização da RC nem de qualquer outra via impugnativa para a desconstituição da sentença absolutória. A esta regra tem exceção apenas a hipótese de absolvição imprópria (absolvição acompanhada de medida de segurança) objetivando a absolvição própria do imputado, isto é, sem a imposição de medida de segurança.
Quanto às decisões do Tribunal do Júri tem cabimento contra as decisões dos jurados no âmbito do Tribunal do Júri quando se trata de provas novas de inocência do réu, devendo o colegiado competente para seu julgamento, na hipótese de procedência, submeter o acusado a novo júri popular. 
Ocorrência do Trânsito em Julgado – somente a decisão contra a qual estiverem preclusas todas as vias recursais rende ensejo à propositura da RC – Art. 625, § 1° CPP.
Cabimento: o Art. 621 do CPP disciplina as hipóteses de cabimento da RC que são taxativas, não admitindo ampliação:
Quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos;
Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos;
Quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstâncias que determine ou autorize diminuição especial da pena - trata-se de pessoas que aparecem após o trânsito em julgado ou de testemunhas que haviam prestado depoimento no curso do processo e que, agora retornam para se retrataremda versão anterior ou contar fatos que tinham esquecido de mencionar em prol do réu.
OBS: na RC não há contraditório tampouco fase instrutória voltada à produção de provas 
Ajuizamento da RC :
Regularmente instruído o pedido → o relator abre vista ao MP e após adota as providências necessárias para inclusão em pauta de julgamento;
Insuficientemente instruído o pedido:
Relator indefere de plano e determina o arquivamento após preclusa esta sua decisão;
Relator determina que seja apensada a ação revisional aos autos originais, prosseguindo-se a sua tramitação.
Legitimidade para a RC: art. 623 do CPP – a RC pode ser pedida pelo próprio réu oi por seu procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
Prazo – inexiste prazo para o ingresso da RC podendo ser ajuizada em qualquer tempo, mesmo depois de cumprida ou extinta a pena imposta ao réu – Art. 622 do CPP.
Competência para Julgamento – depende da natureza da ação de competência originária dos tribunais. Pode ocorrer que o próprio órgão que proferiu o julgamento objeto da revisão ser competente para julgar a RC. Ex: STF e STJ julgando RC proposta contra suas próprias decisões.
A competência pode ser dos Tribunais de Justiça dos Estados e Tribunais Regionais Federais.
OBS: A RC não é apta a reconhecer nulidade de sentença transitada em julgado, neste caso é HC.
Efeitos da RC – Art. 626 do CPP – julgada procedente a RC o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo, não se admitindo em nenhuma hipótese o agravamento da situação do réu, sendo vedada a reformatio in pejus.
OBS no JECRIM – admite-se o manejo da RC de sentença condenatória transitada em julgado no JECRIM e a competência para o julgamento é da Turma Recursal.

Outros materiais