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20/08/2012 
1 
Orthographia virou 
ortografia 
Um panorama da evolução do registro 
escrito da língua portuguesa 
A ortografia, da combinação dos elementos de origem grega orto- (reto, direito, 
correto, normal) e -grafia (representação escrita de uma palavra), é, segundo o 
dicionário Houaiss, "o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa 
que ensina a grafia correta das palavras". 
Folha de rosto da Ortografia da Lingua 
Portugueza, de João Franco Barreto (1671). 
Folha de rosto da Ortographia, ou Arte de escrever e 
pronunciar com acerto a lingua portugueza, de João 
de Moraes Madureira Feijó (1739) 
Em constante mudança 
 1500 - "Datada deste porto seguro davosa 
jlha da vera cruz oje sesta feira primeiro de 
mayo de 1500..." (Trecho original da Carta de 
Caminha). 
 
 1576 – O bonito complicado é que valia. 
Duarte Nunes Leão publicou Orthographia da 
Lingoa Portuguesa para melhora a “scrptura” 
que, segundo o autor, andava “ mui 
depravada” 
 Século 19 – Antonio de Moraes Silva 
escreveu Diccionario da Lingua Portuguesa. 
Assim marcava o início pela simplificação da 
ortografia. 
 Início do século 20 – O “chaos” ortográfico 
se instala. Praticamente, cada escritor tinha 
sua ortografia. 
 1904 – Gonçalves Viana publicou Ortografia 
Nacional cuja proposta era a simplificação da 
escrita através da valorização da fala e do 
afastamento do latim. 
20/08/2012 
2 
 1943 – Início do processo de uniformização 
da ortografia portuguesa e brasileira. 
 
 1971 - No governo Médici, um novo decreto é 
assinado. A ortografia de 1943 sofreu 
pequenas alterações. Essa foi a última 
reforma e perdura até hoje. Em Portugal, 
nada foi alterado. 
Acordo Ortográfico (1990) 
Mudanças no português do Brasil 
"A frequência com que empresários 
leem durante um voo é heroica!" 
 
 Ao que tudo indica, a frase acima possui pelo 
menos quatro erros de ortografia. Mas isso não é 
verdade, pois no momento em que começou a 
vigorar o "Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa", ela está corretíssima. Os países-
irmãos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, 
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e 
Timor-Leste terão, enfim, uma única forma de 
escrever. 
Esse acordo dá uma nova dimensão à presença da língua 
portuguesa no mundo. Abre a possibilidade de lutar para 
que se torne uma das línguas oficiais da ONU. 
 O português é a terceira língua ocidental mais 
falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de 
ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma 
e a sua prática em eventos internacionais. Sua 
unificação, no entanto, facilitará a definição de 
critérios para exames e certificados para 
estrangeiros. 
 Com as modificações propostas no acordo, 
calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja 
modificado. 
 No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das 
palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das 
mudanças ortográficas, serão conservadas as 
pronúncias típicas de cada país. 
20/08/2012 
3 
1. ALFABETO 
 Como era . 
O alfabeto apresenta 23 letras. 
 
 Nova regra: 
O alfabeto passa a apresentar 26 letras por meio da 
incorporação de K, W, Y. São usadas em siglas, 
símbolos, nomes próprios estrangeiros e seus 
derivados. Exemplos: Km, watt, Byron, byroniano. 
2. TREMA 
 Como era. 
Agüentar, conseqüência, delinqüir, pingüim, 
cinqüenta, tranqüilo, lingüiça,qüinqüênio, 
freqüente, eloqüente, eloqüência, argüição 
 
 Nova regra: 
O trema é eliminado, exceto dos nomes 
próprios e de seus derivados (Müller, 
mülleriano, Anhangüera). 
Como é: 
 
 Aguentar, consequência, delinquir, pinguim, 
cinquenta, tranquilo, linguiça, quinquênio, 
frequente, eloquente, eloquência, arguição 
 
3. ACENTUAÇÃO 
3.1 - Como era. 
Assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, 
panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, 
jibóia, apóio, heróico, paranóico. 
 
 Nova regra: 
Não se acentuam os ditongos abertos –ei e –oi 
nas palavras paroxítonas. 
20/08/2012 
4 
 Como é: 
 Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, 
panaceia, Coreia, hebreia, boia, apoio, 
paranoia, jiboia, heroico, paranoico. 
 
 Observações: 
 O acento nos ditongos –éi e –ói perdura nas 
palavras oxítonas e monossílabos tônicos de 
som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, 
anzóis. 
2. O acento no ditongo aberto –éu permanece. 
 Exemplo: chapéu, véu, céu, ilhéu, réu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 – Como era. 
Enjôo e vôo (subst. e forma verbal), corôo, perdôo, 
côo, môo, abençôo, povôo. 
 
 Nova regra: 
Não se acentua o hiato –oo. 
 
 Como é: 
Enjoo e voo (subst. e forma verbal), coroo, perdoo, 
coo, moo, abençoo, povoo. 
3.3 – Como era. 
Crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem, 
prevêem. 
 
 Nova regra: 
Não se acentua o hiato –ee dos verbos crer, dar, ler, ver e 
seus derivados na 3ª pessoa do plural. 
 
 Como é: 
Creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem, 
preveem. 
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5 
3.4 – Como era. 
 Pára (verbo parar), péla (subst.- do arcaico - tipo de 
bola e verbo pelar), pêlo (subst.cabelo), pêra (subst. 
fruta), péra (subst.- do arcaico - pedra), pólo 
(subst.extremidade). 
 
 Nova regra: 
Não se acentuam as palavras paroxítonas que são 
homógrafas. 
 
 Como é: 
Para (verbo), pela (subst. e verbo), pelo (subst.), pera 
(subst), pera (subst.), polo (subst.) 
 Observações: 
 
1. O acento diferencial permanece nos 
homógrafos pode (3ª pessoa do sing. do 
presente do indicativo do verbo poder) e 
pôde (3ª p. do sing. do pretérito perfeito do 
indicativo). 
 
Não pôde vir [ontem]. 
Não pode vir [hoje, agora]. 
 
2. O acento diferencial permanece em: pôr 
(verbo) em oposição a por (preposição). 
 
Irei pôr tudo às claras por uma questão de 
justiça. 
3.5 – Como era. 
Argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, obliqúe (verbo 
obliquar – proceder com dissimulação). 
 
 Nova regra: 
Não se acentua o –u tônico nas formas verbais 
rizotônicas (acento na raiz) dos grupos que/qui e 
gue/gui. 
 
 Como é: 
Argui, apazigue, averigue, enxague, oblique. 
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6 
3.6 – Como era. 
Baiúca (bodega), boiúno (relativo a boi; bovino), 
feiúra. 
 
 Nova regra: 
Não se acentuam -i e –u tônicos das palavras 
paroxítonas quando precedidas de ditongo. 
 
 Como é: 
Baiuca, boiuna, feiura. 
Hífen é novo vilão da reforma 
ortográfica 
Iris Russo e Simone Harnik Do G1, em São 
Paulo, 04/10/08. 
 
 Acordo ortográfico tem pontos obscuros e 
indefinições no texto. Proposta é que ABL 
faça um vocabulário parcial com palavras 
afetadas. 
Indefinições sobre o hífen 
 Segundo Godofredo de Oliveira Neto, presidente do 
conselho diretor do Instituto Internacional de Língua 
Portuguesa (IILP), órgão da Comunidade dos Países de 
Língua Portuguesa (CPLP), a definição de diversos usos 
do hífen só vai acontecer com a criação de um 
vocabulário ortográfico oficial. Esse é o próximo passo 
da reforma que unifica a escrita do português nos países 
lusófonos. 
 
 "O acordo ortográfico não fala de todos os prefixos. Tem de 
ser feito um vocabulário que vai acabar com essas 
indefinições. 
Outras indefinições 
 Segundo o professor José Carlos de Azeredo, 
da Comissão de Definição da Política de Ensino, 
Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua 
Portuguesa (Colip), presidida por Oliveira Neto, há 
outras indefinições que envolvem o hífen. 
 
 "Palavras como girassol e passatempo não têm 
hífen. Porta-retrato, guarda-louça e tira-teima, têm 
hífen atualmente. Não se sabe se essas palavras 
vão ou não ter hífen", diz. "O que está escrito no 
acordo é que o hífen desaparece quando se 
perde a noção da composição de outras duas 
palavras, mas isso é muito subjetivo", afirma. 
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4. USO DO HÍFEN 
4.1 – Como era. 
 Ante-sala, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, 
arqui-romântico, auto-sugestão, auto-
regulamentação, contra-senso, contra-regra, 
extra-regimento, extra-seco,infra-som, infra-
renal, ultra-romântico, ultra-sonografia, semi-
real, semi-sintético, supra-renal, supra-
sensível. 
 Nova regra: 
 Não se emprega o hífen nos compostos em que 
o prefixo termina em vogal e o segundo 
elemento começa por R ou S, devendo essas 
consoantes se duplicarem. 
 Como é: 
Antessala, autorretrato, 
antissocial, antirrugas, 
arquirromântico, 
autossugestão, autorregulamentação, 
contrassenso, contrarregra, 
extrarregimento, extrasseco, 
infrassom, infrarrenal, 
ultrarromântico, ultrassonografia, 
semirreal, semissintético, 
suprarrenal, suprassensível. 
 Observações: 
1. O uso do hífen permanece nos compostos em 
que os prefixos SUPER, HIPER, INTER 
aparecem combinados com elementos 
iniciados por –R. 
 
Exemplos: 
Hiper-realista, hiper-requintado, inter-racial, inter-
regional, super-racional, super-resistente. 
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4.2 – Como era. 
 Auto-afirmação, auto-escola, auto-instrução, 
contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, 
extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-
ocular, neo-expressionista, neo-imperialista, 
semi-aberto, semi-embriagado, semi-
obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado. 
 Nova regra: 
 
 Não se emprega o hífen nos compostos em que 
o prefixo termina em vogal e o segundo 
elemento começa por vogal diferente. 
 
 Como é: 
 Autoafirmação, autoescola, autoinstrução, 
contraexemplo, contraindicação, contraordem, 
extraescolar, extraoficial, infraestrutura, 
intraocular, neoexpressionista, neoimperialista, 
semiaberto, semiembriagado, semiobscuridade, 
supraocular, ultraelevado. 
2. Esta nova regra normatiza os casos do uso do 
hífen entre vogais diferentes, como já 
acontecia em compostos como: antiaéreo, 
coeducação, agroindustrial, socioeconômico. 
 
3. O uso do hífen permanece nos compostos 
com prefixos em que o segundo elemento 
começa por –h: anti-herói, anti-higiênico, 
extra-humano, neo-helênico, super-homem, 
semi-herbáceo, supra-hepático. 
4.3 – Como era. 
Antiinflamatório, antiinflacionário, 
arquiinimigo, arquiirmandade, 
microondas, microônibus, microorgânico. 
 
 Nova regra: 
 Emprega-se o hífen nos compostos em que o 
prefixo termina em vogal e o segundo 
elemento começa por vogal igual. 
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 Como é: 
Anti-inflamatório, anti-inflacionário, 
Arqui-inimigo, arqui-irmandade, 
Micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico. 
 
4. Estes compostos escrevem-se agora com 
hífen por força da regra anterior. 
 
5. Esta regra normatiza todos os casos do uso 
do hífen entre vogais iguais, como já acontecia 
anteriormente como em auto-observação, 
contra-argumento, eletro-ótica, extra-
atmosférico, semi-interno, supra-auricular, 
ultra-apressado. 
 
6. No caso dos prefixos co- e re-, em geral, não 
se usam o hífen, mesmo que o segundo 
elemento comece pelas vogais o e e, 
respectivamente:cooperar,coordenação, 
reescrever, reescrita. 
4.4 – Como era. 
 Manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, 
pára-brisa, pára-choque, pára-vento. 
 
 Nova regra: 
 Não se emprega o hífen em certos compostos em que 
se perdeu, em certa medida, a noção de composição. 
 
 Como é: 
 Mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, 
parabrisa, parabrisa, parachoque, paravento. 
7. O uso do hífen permanece nas palavras 
compostas que mantêm acento próprio, bem 
como naquelas que designam espécies 
botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, 
médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, 
segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, 
erva-doce, bem-te-vi. 
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8. O uso do hífen permanece em: 
a) Nos compostos com os prefixos ex-, vice-, soto-: 
ex-marido, vice-presidente, soto-mestre; 
b) Nos compostos com os prefixos circum- e pan- 
quando o segundo elemento começa por vogal, M 
ou N: pan-americano, circum-navegação; 
c) Nos compostos com prefixos tônicos acentuados 
pré-, pró- e pós- quando o segundo elemento tem 
vida própria na língua: pré-natal, pós-graduação, 
pró-reitoria. 
d) Nos compostos terminados por sufixos de 
ordem tupi-guarani que representam formas 
adjetivas, como –açu, -guaçu e –mirim, 
quando o primeiro elemento acaba em vogal 
acentuada graficamente ou quando a pronúncia 
exige distinção gráfica entre ambos: jacaré-açu, 
amoré-guaçu, Ceará-mirim. 
e) Nos topônimos(nome próprio de lugar) 
iniciados pelos adjetivos grão e grã ou por 
forma verbal ou por elementos que incluam um 
artigo: Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-
Quatro, Baía de Todos-os-Santos. 
 
 
f) Nos compostos com os advérbios MAL e BEM 
e o segundo elemento começa por vogal ou 
H: bem-aventurado, bem-estar, bem-
humorado, mal-estar, mal-humorado. 
Entretanto, nem sempre os compostos com o 
advérbio BEM escrevem-se sem hífen quando 
este prefixo é seguido por um elemento 
iniciado por consoante: bem-nascida, bem-
criado, bem-visto (ao contrário de malnascida, 
malcriado e malvisto). 
g) Nos compostos com os elementos além, aquém, 
recém e sem: além-mar, aquém-oceano, recém-
casados, sem-teto. 
 
9. Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo 
(substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, 
adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): cão de 
guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, 
sala de jantar, cor de vinho, ele próprio, à vontade, 
abaixo de, acerca de, a fim de que. 
 São exceções algumas locuções já consagradas pelo 
uso: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, 
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à-
queima-roupa. 
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Obrigada!

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