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resenha caso desapropriação do petróleo mexicano

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Público
Resenha do Caso: “Debatendo a expropriação do petróleo mexicano.”
 
Aluna: 
 Trabalho da disciplina:intervenções est. na prop. e no domínio econômico
 Tutor: 
 RJ 
2018
Caso Harvard Debatendo a Expropriação do Petróleo Mexicano
Introdução:
O estudo de caso “Debatendo a expropriação do petróleo mexicano” descreve a história dos conflitos políticos vividos pelo presidente mexicano Lázaro Cárdenas e como ele conquistou, em 18 de março de 1938, a expropriação dos ativos das empresas de petróleo estrangeiras em operação no país. Esse caso foi preparado pelo professor Geoffrey Jones e o professor R. Daniel Wadhwani, a partir de fontes publicadas, com a finalidade exclusiva para discussão em aula.
Resumo:
Até a desapropriação das empresas petroleiras privadas em 1938, o petróleo mexicano estava controlado por interesses estrangeiros. Os primeiros produtores de petróleo receberam apoio generoso do governo autoritário de Porfirio Diaz, Mas quando Diaz foi derrubado, a abordagem do governo tornou-se menos benevolente. As primeiras negociações se concentrou na regulamentação e na tributação. As empresas afirmam que seus contratos garantiam a posse do subsolo, enquanto o governo argumentava que a perfuração era uma concessão por tempo limitado.
As relações empresa-estado foram ainda mais complicadas pelo surgimento do trabalho organizado nos campos petrolíferos e por volta de 1920, vários sindicatos foram estabelecidos pelos trabalhadores. O governo mexicano, preocupado principalmente com as greves prolongadas e as paralisações de trabalho que poderiam atrapalhar a economia, geralmente desempenhou o papel de árbitro nessas situações, incentivando as empresas estrangeiras a negociar para retomar a produção rapidamente.
Cárdenas exerceu seus poderes sob a Lei de Expropriação do México de 1938, que concedeu ao presidente o poder de tomar e compensar propriedade privada em casos de necessidade ou utilidade pública. As principais empresas petrolíferas multinacionais atuaram rapidamente para bloquear o petróleo mexicano do mercado global e estimular seus respectivos governos a aplicar pressão diplomática sobre o México. A tentativa era "nacionalizar" retroativamente as propriedades petrolíferas compradas, arrendadas e desenvolvidas por americanos e outros estrangeiros. Os Estados Unidos tentaram resistir às tentativas para confiscar retroativamente os ativos das empresas de petróleo. O México, por sua vez através de decisões judiciais, sentiu-se obrigado a admitir que, pela Constituição mexicana, a nacionalização só poderia ser aplicada aos bens adquiridos depois de 1 de maio 1917.
A pressão política obrigou a administração do petróleo a adotar uma adição desnecessária de 25% ao número de trabalhadores permanentes, enquanto a produção caía devido à deterioração do equipamento da refinaria e à incapacidade financeira. Apesar do desejo de cooperação amigável exibido por duas grandes nações das quais são derivados importantes benefícios econômicos, as empresas de petróleo pareciam se esforçar para gerar conflitos de modo a semear as sementes da desconfiança nas relações amigáveis, pois não estão interessadas em obter uma compensação pelo valor justo de suas propriedades expropriadas, mas sim o que elas querem é continuar a exploração do petróleo sob um sistema baseado em vantagens privilegiadas e ilimitadas. 
Percebendo que a atitude rebelde das empresas de petróleo provocaria uma suspensão total das atividades em toda a indústria do petróleo, o presidente Cárdenas, no exercício dos poderes conferidos ao Poder Executivo Federal, nos termos do parágrafo 2 do artigo 27 da Constituição, bem como pela Lei de expropriação, em 18 de março de 1938, decretou a expropriação para utilidade pública, dos bens imóveis e pessoais pertencentes às empresas de petróleo. 
Conclusão:
O estudo de caso presente abordou amplamente os conflitos existentes na época, mostrou a soberania de Cárdenas como um líder popular ao desafiar poderosos grupos do norte, como Califórnia Standard Oil, Pemex, o Canadá e o governo americano entre dezenas de outros. Não se pode negar que os investimentos e habilidades técnicas e de negócios americanos e europeus trouxeram ao México um desenvolvimento que esse país nunca conheceu antes. Porém as ideias nacionalistas e socialistas extremas, nem sempre voltadas para o bem-estar dos trabalhadores, começaram a permear o país. O povo mexicano, como o estrangeiro, eram vítimas da nova política de confisco, descobriram que eram servos, não do México, mas de concessionárias estrangeiras. Então nessa luta pela nacionalização, Cárdenas criou um novo Sistema Político, o Populismo, com meios de comunicação que controlavam as massas, e a Nacionalização de Companhias Americanas de Petróleo e Criação da PEMEX. Em suma, ele nacionalizou a industria petrolífera, à época praticamente concentrada nas mãos de empresas norte-americanas e inglesas.

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