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Nomenclatura biológica Para que serve? No passado Sem regras, normas Agrupamentos, nominações – seguindo regras próprias de cada pesquisador Ocasionando Várias linguagens e alfabetos - problemas para a nomenclatura biológica Mesmo nome para diferentes tipos de organismos Mesmo organismo com vários nomes Exemplo Descoberta – era atribuído nome trivial ou popular Nome – relacionado às características do organismo Descoberta do pássaro sabiá 1ª população - sabiá 2ª população - sabiá-branco 3ª população - sabiá-coleira 4ª população - sabiá-laranjeira Descoberta do besouro 1ª população - besouro 2ª população – besouro vermelho 3ª população – besouro vermelho pardo 4ª população – besouro vermelho pardo com manchas pretas Ocasionando Nomes grandes, representando uma diagnose do táxon Dificuldade de padronização e comunicação Aristóteles (Grécia, 384-322 a.C.) Boa classificação Usada por mais de vinte séculos Critérios taxonômicos dicotômicos. Tº = Ambiente Colocam ovos Enaima (com sangue) Tº = Quente Crias vivas Reino Animal Colocam ovos Anaima (sem sangue) Não colocam ovos John Ray (Inglaterra, 1628-1705) Historia Plantarum Agrupou espécies em gêneros Poucos gêneros com muitas espécies Gênero e espécie - Nome descritivo, diagnose - Sistema confuso e inviável Amaryllis liliaceus saturato colore belladonna Karl von Linné (Suécia, 1707-1778) Simplificou e organizou os procedimentos - criou um Sistema Binomial Método de classificação hierárquica - criou as Categorias Taxonômicas Humano (Homo sapiens) Domínio Eukarya Reino Animalia Filo Chordata Subfilo Vertebrata Classe Mammalia Subclasse Theria Infraclasse Eutheria Ordem Primates Subordem Haplorrhini Família Hominidae Gênero Homo Sistema de nomenclatura binominal Codificação do sistema de nomenclatura popular - genérico – características coletivas - específico – com características peculiares, individuais Epíteto específico Amaryllis belladonna Epíteto genérico Amaryllis indicus liliaceus saturato colore belladonna Chegada das normas (década de 30) Atribuição de nomes aos táxons das classificações Permitir a comunicação entre membros da comunidade científica Códigos de nomenclatura Códigos de nomenclatura CINZ – Código Internacional de Nomenclatura Zoológica CINB - Código Internacional de Nomenclatura Botânica CINB - Código Internacional de Nomenclatura Bacteriológica Códigos de nomenclatura Não têm estatuto de lei – indica o melhor procedimento a adotar Aceita conselhos - abre processo para questionamentos que não estão no Código e são de interesse Modificações - discutidas a nível mundial Dividido em capítulos com artigos e recomendações, e apêndices - Artigos- uso obrigatório - Recomendações- uso facultativo Códigos de nomenclatura Promover a estabilidade e a universalidade dos nomes científicos e assegurar que o nome de cada táxon seja único e distinto - Único: cada táxon deve ter apenas um nome - Distinto: cada táxon não deve compartilhar o nome com outro táxon Princípios básicos do código 1º ESTABILIDADE- nome correto de um táxon não deve ser alterado injustamente 2º CLAREZA- Todos tem que entende-lo em todo o mundo e em todas as especialidades 3º UNIVERSALIDADE- Todos devem segui-lo Grupo espécie: espécie e subespécie Grupo gênero: gênero e subgênero Grupo família: superfamília, família, subfamília, tribo ** Outros níveis taxonômicos não tem regulamentação Código Internacional de Nomenclatura - Regulamentações - Códigos de nomenclatura vs nome científico O nome científico Elo de ligação - conhecimento e trabalho científico Símbolo usado como meio de referência Documentação dos táxons Códigos de nomenclatura vs nome científico Nome único e distinto para cada táxon Rejeitar os nomes confusos ou ambíguos Códigos de nomenclatura vs nome científico Universal, único e distinto para táxon - sistema eficiente - estabilidade - clareza dos nomes científicos Conceitos importantes do código Nome disponível -É todo nome científico latino (ou latinizado) dado a um determinado táxon e publicado com autoria e data. -Um táxon pode ter vários nomes disponíveis, mas somente um deles é o nome válido, sendo geralmente o mais antigo. - Nome proposto que está totalmente de acordo com as regras do código. Conceitos importantes do código Nome válido- é o nome disponível que cumpre as condições taxonômicas (não é sinônimo nem homônimo) Exemplo: Musca musca e Musca robusta 1 - O nome deve ser latino ou latinizado 2 - Deve aplicar consistentemente a nomenclatura binomial 3 - O nome DEVE ser acompanhado de uma descrição do táxon 4 - DEVE ser designado um TIPO Requisitos para a disponibilidade Princípios operacionais da nomenclatura biológica Publicação e Tipificação PUBLICAÇÃO O nome entra na nomenclatura biológica: domínio público Nome + descrição associada ao nome - Disponibilidade - Validade Publicação de Nomes Científicos Após o nome - indicação clara, abreviada, da categoria à qual pertence: a) Espécie nova - sp.n. b) Gênero novo - gen.n. Exemplos Leptogorgia punicea sp.n. Megaproctus filiformis sp.n. Spondylis upiformis sp.n. New species of Leptohyphidae (Ephemeroptera) from northeastern Brazil LUCAS R. C. LIMA1,4, FREDERICO F. SALLES2 & ULISSES DOS S. PINHEIRO3 .... Results Traverhyphes (Traverhyphes) frevo sp. nov. (Figs. 1–4) Adult. Male imago (in alcohol). Length: body, 3.0–3.3 mm; forewings, 3.4–3.6 mm; hind wings, 0.5–0.6 mm. General coloration yellowish light brown. Head. Yellowish shaded with gray. Antennae: scape and pedicel yellowish, flagellum hyaline. Thorax. Pronotum translucent, laterally yellowish and grayish black medially... Nomes dos autores dos táxons Logo após o nome do táxon Musca domestica Linnaeus ou L. Merostenus Marinoni & Monné Nomes dos autores Publicação do nome pela primeira vez Opcional - não constitui parte do nome do táxon Data da publicação do novo táxon Nome aparece pela primeira vez Data Sphaerion mormus Newman, 1832 Formação dos nomes 1- Grupo de espécie Binômio - Bunodosoma cangicum - deve concordar com o nome genérico (se for transferido a outro gênero deve alterar) - epíteto específiconunca deve ser usado sozinho - grifado ou itálico - deve basear-se no tipo Formação dos nomes 2 - Grupo de gênero - inclui gênero e subgênero - deve se basear em uma espécie tipo -inicial maiúscula Formação dos nomes 3 - Grupo família - família, subfamília, tribo - baseador-se em um gênero tipo - inicial maiúscula - uninomial, substantivo, plural Uninominais (de subtribo a reino) Expressos por uma única palavra Substantivo no plural ou adjetivo Inicial maiúscula Não grifados Exemplos Coelenterata – Filo Insecta – Classe Ithomiidae – Família Ibiodionini - Tribo Uninominais - gênero Expressos por uma única palavra Substantivo no singular Inicial maiúscula Grifados: sublinhado, itálico Exemplos Musca – gênero Homo – gênero Citrus - gênero Binominais Espécie nome do gênero + epíteto específico (binômio) Nome da espécie Gênero + epíteto específico Epíteto • Adjetivo ou substantivo • Quando for adjetivo deve concordar com o gênero • Letra inicial minúscula • Grafado (itálico ou sublinhado) Araucaria braziliensis Fragaria vesca Escherichia coli Hylocartis cyanus ATENÇÃO!!! Assim - Taricanus truquii Nunca assim - truquii Trinômios Subgêneros e subespécies Nunca devem ser usados sozinhos O subgênero deve ser acompanhado do gênero A subespécie deve ser acompanhada da espécie. Em Botânica Subgênero - precedido da palavra “subgênero” - não apresenta parênteses Primula subg. Primula Em Botânica Subespécie - precedida da palavra “subespécie” Primula primula subsp. primula Em Zoologia Subgênero - não precedido da palavra “subgênero” - parênteses Apis (Apis) Em Zoologia Subespécie - Não precedida da palavra “subespécie” Acanthoderes dawei sigmus Tetranominais Formados por 4 nomes Taricanus (Microcanus) truquii mexicanus TIPIFICAÇÃO Tipo: é um objeto que fixa um nome aplicado a um táxon que contém esse objeto. - tipo de um nome de um grupo família: gênero-tipo - tipo de um nome genérico ou subgenérico: espécie-tipo - tipo de um nome específico ou subespecífico: espécime(s). TIPOS DA CATEGORIA DE ESPÉCIE Série-tipo Conjunto de exemplares utilizados para a descrição da espécie - Holótipo Elemento utilizado pelo autor de um nome novo ou o elemento designado por ele como tipo - Parátipos Exemplares da série-tipo, exceto holótipo E quando o tipo não é designado no momento da descrição do táxon? Série sintípica: Se o autor estudou uma amostra de dois ou mais exemplares e não designou um como holótipo - Lectótipo Exemplar da série-síntipica que tem função de holótipo - Paralectótipo Demais exemplares da série-síntipica E quando o tipo é designado no momento da descrição do táxon e depois perdido? Neótipo Exemplares escolhidos para substituir o tipo (perda do holótipo e parátipos) Onde depositar? Museus ou Instituições reconhecidas Rotulagem Inequívocamente de forma a indicar claramente seu estatuto A informação do rótulo deve coincidir com a indicada na publicação da nova espécie. Responsabilidades das instituições Assegurar rotulagem clara. Preservação Acessibilidade - pesquisa Publicar listas de material-tipo em sua posse Comunicar informações sobre os tipos a quem requisitar. Localidade-tipo Localidade onde foi coletada o exemplar tipo. Relacionada com: * A descrição original do táxon * Dados que acompanham o material original * No caso de fósseis, estratos tipo * No caso de parasitos, hospedeiro tipo. LEI DA PRIORIDADE “Dentre todos os nomes propostos para um mesmo táxon, o mais antigo é o que tem validade” SINONÍMIA Nomes diferentes a um mesmo táxon Prionus saperda Fabricius, 1808 Tomopterus prontus Bates, 1900 SINONÍMIA O nome válido mais antigo Sinônimo sênior – nome antigo Prionus saperda Fabricius, 1808 Sinônimo júnior – nome jovem Tomopterus prontus Bates, 1900 HOMONÍMIA Organismos diferentes com mesmo nome Tulcus bubis Buck, 1810 (gênero de aves) Tulcus bubis Pizarro, 1940 (gênero de peixes) HOMONÍMIA O homônimo mais recente - rejeitado e substituído Homônimo sênior Tulcus bubis Buck, 1810 Homônimo júnior Tulcus bubis Pizarro, 1940 TRANSFERÊNCIA DE TÁXON “Quando um táxon apresenta mudança na sua classificação, vale a lei da prioridade” 1º Staphylinum discoideus Monné, 1945 2º Philonthus 3º Philonthus discoideus Monné, 1945 TRANSFERÊNCIA DE TÁXON Em Zoologia Coloca-se o autor e data de descrição entre parênteses após a mudança; Philonthus discoideus (Monné, 1945) TRANSFERÊNCIA DE TÁXON Em Botânica Coloca-se o autor da mudança após o autor da descrição. Philonthus discoideus Monné, 1945 Stramaire Exercícios Em 1850, Martins descreveu uma espécie nova de bactéria e não designou o tipo na ocasião. Como os pesquisadores hoje devem proceder. Exercícios Após examinar a coleção de Araceae do Museu de Londres, Boileau (1902) descreveu Sclerostomus rotundatus. Lüderwaldt (1931) descreveu Sclerognathus ruficollis, inserindo erroneamente nesse gênero. O nome Sclerognathus havia sido pré-ocupado por um gênero de peixes em 1844. Exercícios Consultando um catálogo de fungos, foi encontrada a seguinte citação: Coelosis (Coelosis) bourgini (Dechambre, 1976) Millotsis bourgini Dechambre, 1976 1. Parênteses? 2. É um caso de:
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